Kara Danvers
Uma raiva me consumiu, ela uma hora é a Lena que conheço e outra hora é essa pessoa estranha.
Olho e vejo minha irmã montando na moto dela e acena para mim e eu nego e pego impulso cortando o céu, mas sinto uma dor enorme e caio deixando um belo estrago no asfalto.
Alex para do meu lado e vem até mim me ajudando a me levantar do chão.
-O que aconteceu? – Pergunta preocupada.
-Não sei, pode ser por causa dos ferimentos que sofri.
-Vem comigo.
A sigo e ela monta na moto e eu atrás dela, ela acelera e eu seguro em sua cintura.
O caminho de volta para casa foi curto, mas ao mesmo tempo doloroso demais por conta de todos os meus machucados.
Ela para em frente a minha casa e sinto a presença da minha tia e a mesma me encara.
-O que..
-Longa história. – Falo descendo da moto.
-Tem uma visita.
Aceno e entro indo para o meu apartamento e consigo ouvir seus batimentos, abro a porta e ele se levanta do sofá me encarando.
-Tudo bem? - Pergunta Kon-El vindo até mim.
-Sim só complicações de outro mundo.
-Está ferida. – Fala me avaliando na certa usando a visão de raio-x.
-Consequências de ser alguém que ajuda os outros.
-Então porque ajuda?
-Porque se tenho esse poder todos ele pode ser usado para ajudar aqueles que precisam.
-Então tenho que ajudar as pessoas que precisam? – Pergunta e me sento no sofá e ele se senta do meu lado.
-Bom se é oque deseja sim pode fazer isso, ter um herói é melhor do que ter um vilão.
-Eu ataquei vocês porque eles mandaram então eu era um vilão? – Pergunta confuso.
-Não, isso faz de você uma pessoa que conseguiu ser influenciada, mas que agora está tomando o rumo certo quer ajudar a mim e a Kal-El?
-Seria algo bom e eu quero sim. – Fala sorrindo para mim. – Porque me chama de Kon-El?
-Você tem um nome humano, mas é um Kryptoniano, eu sou Kara Zor-El, Clark se chama Kal-El, minha tia Astra In-Ze e você é da família por ter o DNA do Kal por isso te chamei de Kon-El porque tem parte nossa em você.
-Eu também gosto de Conner, mas quando você me chama de Kon-El me faz pensar que sou especial também.
-E você é, eu sou chamada aqui de Kara Danvers, mas nem por isso meu sobrenome Kryptoniano é deixado de lado, aprenda garoto nos da casa de El somos fortes juntos esse é o nosso lema, e esse “S” que carrega em seu peito significa esperança e é isso que devemos ser para esse povo.
-Lena é da família também?
-Sim, ela é mais do que da família ela é tudo para nós da casa de El, você tem apego por ela por ela também ser do seu sangue, Kal-El por a conhecer a tanto tempo e eu porque ela a um tempo foi meu tudo, bom continua sendo, mas eu fui idiota demais a deixando partir, talvez era pra ter sido assim, mas nunca se esqueça Kon que a nossa maior fraqueza não é a Kryptonita, mas sim o nosso coração, nós Kryptonianos amamos uma única vez a vida toda e sempre amaremos essa pessoa independente de nos envolvermos com outros.
-Você a ama. – Fala sorrindo.
-Moleque isso não é assunto para ti. – Falo empurrando sua cabeça.
-Como chegou aqui?
-Astra, eu queria conversar mais com você, gosto de você porque você a pesar de tudo conversa comigo como se eu sempre vivesse aqui não como se fosse um garoto que está descobrindo um mundo novo.
-Eu sei como é se sentir assim, eu quando cheguei só sabia falar Kryptoniano e não conhecia a maioria das coisas aqui, eu não sabia controlar meus poderes também, mas com o tempo você vai conseguir entender tudo e quem você verdadeiramente é.
-Eles, o povo daqui fala que Lex Luthor foi um cara ruim, no Cadmus eles idolatravam ele e a Lilian Luthor, quem eles eram de verdade? – Pergunta encarando as mãos.
-Eles podem ter sido dois humanos bons, mas eles achavam que eu e meu primo o Kal éramos algo ruim que nos colocaríamos como deuses aqui, que poderíamos os escravizar e tomar o planeta, eles agiram conforme o pensamento deles, mas isso não significa que o que eles faziam era bom.
-Eles foram bons e se tornaram maus?
-Isso.
-Eu era mau e me tornei bom.
-Isso mesmo e não conte para ninguém, mas me alegro em te ter por perto garoto.
-Obrigado, devo voltar porque a Lena logo voltará né?
-Sim, estive com ela e ela trará outra pessoa para cá. – Comento fechando a cara.
-Eu sei o que é isso. – Fala me encarando com um sorriso.
-Isso o que? – Pergunto confusa.
-Ciúmes, está sentido ciúmes, se me lembro bem é um sentimento que se tem quando quem amamos está perto de alguém que não sentimos muito agrado.
-Está viajando Kon-El. – Falo o empurrando mais uma vez. – Agora vamos lá que eu vou te acompanhar.
Saímos do meu apartamento pela janela e sinto meu corpo um pouco melhor, voamos até estarmos de frente para o prédio dela e ele sobe na sacada e acena para mim.
Saio dali indo para casa, esse garoto pode sim ter o sangue do Lex, mas vejo que o lado Kryptoniano dele fala mais alto.
Chego em casa e vejo minha tia e minha irmã na minha sala ambas assistindo algo na tv, passo por elas e pego algo para come na geladeira e coloco na mesa o esquentando com minha visão de calor.
-Microondas para que né? – Fala Alex rindo de leve.
-Para que eu iria gastar dinheiro com algo que eu posso fazer ainda mais rápido?
Ela ri negando com a cabeça e vem até meu balcão pegando uma garrafa de uísque servindo uma dose generosa.
-Nem é de noite porque está bebendo?
-E eu me importo com horário para tomar uma boa dose de uísque? – Rebate me encarando com um riso.
-Touché. – Falo levantando os braços.
Não pensei que seria tão bom ter um momento de paz, só espero que não role agitações por enquanto.
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