1. Spirit Fanfics >
  2. It Was Just a Dream >
  3. Running For That Crown

História It Was Just a Dream - Running For That Crown



Notas do Autor


Não tenho muito o que dizer, mas me desculpem a demora.
Só quero avisar se a fanfic está acabando, então terá só mais dois capítulos, três no máximo,
Quero agradecer a todos que vem acompanhando a fanfic, mesmo eu sabendo que não há mais quase ninguém que acompanhava quando eu comecei a fic dois anos atrás.
Anyways, espero que gostem ; *

~~WinchestersGirl

Capítulo 17 - Running For That Crown


Fanfic / Fanfiction It Was Just a Dream - Running For That Crown

P.O.V Percy

 

O labirinto era escuro, confuso e mortal. E eu já estava cheio dele. Nos últimos minutos, ou horas, que eu e Thalia estávamos correndo à procura de Jason, nós já havíamos escapado da morte pelo menos umas vinte vezes. Se não fosse nossos bons reflexos de semideuses, nós provavelmente já estaríamos empalados por uma lança nas paredes sujas do labirinto. Dédalo que me desculpe, mas... ele não tinha algo menos irritante para inventar? Tudo bem, tudo bem, eu sei que ele fez isso para prender o Minotauro e blá blá blá, mas isso não deixa de ser estúpido, no fim Teseu acabou por matar a criatura, de qualquer modo.

Um som vindo da bifurcação à nossa esquerda me fez parar, puxando o braço de Thalia logo em seguida para que ela fizesse o mesmo.

─ Tá ouvindo isso? ─ perguntei, em baixo tom.

─ Isso é barulho de... vento? ─ uma expressão confusa se forma em sua face, a qual provavelmente estava estampada em mim também. Como poderia haver vento ali embaixo? Seria uma saída aberta ou...

─ Vamos Jason, responda! Reaja! Não era você o todo poderoso filho do rei dos deuses!?

Uma voz raivosa me tirou de meus devaneios. Mas não, aquela não era uma voz qualquer... aquela era minha voz. E aquilo não era um vento qualquer, aquilo eram furacões... meus furacões. Bastou um olhar meu para Thalia para ela entender o que estava acontecendo. Começamos a correr novamente, em direção daquela voz. A cada passo que dávamos o vento se tornava mais forte, fazendo com que fosse difícil manter a velocidade.

─ Você realmente achou que poderia chegar assim do nada e se tornar o preferidinho dos deuses com essa sua carinha de santo? Depois de tudo que eu fiz? ─ uma risada terrivelmente irônica surgiu do meu falso eu. Eu não tinha certeza se eu mesmo havia usado aquela risada alguma vez em minha vida. ─ Você não é, nunca foi e nunca será nada comparado a mim, Jason Grace! Ah... como eu gostaria de ter te matado antes... mas sabe como é, não é mesmo? Eu tive que manter a minha máscara de menino bonzinho, até que eu conseguisse o que eu realmente queria! Me tornar imortal!

─ Você já recusou a imortalidade antes, por que quer tanto agora? ─ a voz entrecortada e ofegante de Jason se fez presente. Thalia e eu continuávamos correndo, mas por mais que o fizéssemos, parecia que nunca chegávamos aos dois.

─ Aah, não me compare com aquele pirralho idiota que eu era... Recusar a imortalidade por uma garota? Sério mesmo? Veja onde isso me deixou agora! ─ mais uma risada irônica pode ser ouvida. Não pude negar que aquilo acabou machucando a mim mesmo. ─ Não, não, não... Eu não sou mais o mesmo de antes. Tártaro me fez ver como a vida poderia ser para mim, e sabe o que é mais incrível? Eu gostei. Eu simplesmente amei me ver ao topo de tudo, ao topo de todos vocês, semideuses fracos e idiotas... Mas, eu tive que esperar pelo momento certo, não é mesmo? E veja só onde eu estou agora! ─ nesse momento os dois entraram em nosso campo de visão. Pude ver o falso-eu com os braços erguido no meio de um salão, com redemoinhos o cercando por todo lado, e ao fundo, escorado em uma parede estava Jason, ajoelhado, suportando seu peso com as mãos em sua frente, a testa sangrando e sua espada caída a uns 30 metros dele. ─ Então?! ─ o falso-eu voltou a gritar. ─ Diga alguma coisa, filho de Júpiter! ─ ele levantou a mão e apontou para Jason, o qual imediatamente começou a gritar, em agonia.

O falso-Percy estava controlando a água em seu sangue, fazendo suas veias dilatarem, o causando uma dor insuportável. Aquele era um poder que eu odiava lembrar que possuía. Era medonho, sujo e repugnante. Eu não o havia utilizado desde aquela vez no Tártaro, eu me recusava. Aquilo era desumano.

─ Por que não está falando nada, Jase? ─ ele disse, colocando nojo ao pronunciar o apelido que usávamos com Jason. ─ Você perder a língua? Ou talvez seja porque... ─ sua fala se interrompeu quando cravei minha espada em suas costas.

─ Talvez seja porque você fala de mais. ─ eu disse. Os ventos pararam ao nosso redor no instante em que seu corpo começava a se transformar em ramos de parreiral e pinhas. Thalia já estava perto de Jason quando comecei a ir em direção a ele.

─ O que foi aquilo? ─ Jason perguntou, com a voz trêmula. Sangue saía de seu nariz e suas orelhas. Alguma veia deve ter se rompido. Concentrei-me ao máximo para achar o ponto de seu sangramento e estancá-lo, mas parecia vir de todos os lados, o máximo que consegui fazer foi que seu sangue permanecesse em seu corpo.

─ Foi uma ilusão dos deuses, o segundo teste. Nada daquilo foi real, aconteceu com nós também. ─ Thalia disse, ao se abaixar ao lado dele.

─ Por um momento, eu achei que... ─ ele me olhou com dor nos olhos.

─ Shh... não preocupe, eu achei que fosse real também. ─ Thalia me interrompeu. ─ Agora, nós temos que voltar e tratar desses seus ferimentos. ─ ela tentou levantá-lo, mas teve que parar quando um grito de Jason cortou o ar. ─ O que houve? ─ ela perguntou, claramente desesperada.

─ Minha perna... está quebrada.─ Jason respondeu, respirando pesadamente.

─ Deixe que eu carrego ele, Thalia. Você vai na frente. ─ eu disse, então me agachei para que Jason pudesse apoiar seu peso em mim. Segurei-o em sua cintura, fazendo com que o mesmo não precisasse suportar nada de seu peso.

─ Então vamos procurar aquele maldito triângulo azul. ─ Thalia disse com raiva.

 

 

Acontece que o maldito triângulo azul estava quase no teto de um corredor de tijolos à vista. Por acaso você já tentou levantar uma pessoa toda quebrada a quase dois metros do chão sem fazer com que tudo ficasse ainda pior? Se não, eu realmente não recomendo, não era fácil. Eu tive que escalar a parede e emergir na superfície para então içar Jason para cima. Ele não era a pessoa mais leve do mundo.

Assim, que consegui colocar Jason de um modo seguro ─ mais ou menos ─ ao meu lado, estendi a mão para puxar Thalia também para cima. Foi então que parei para observar onde nos encontrávamos. O “buraco” por onde havíamos saído se situava no meio de um amontoado de pedras, olhei ao redor e reconheci o local imediatamente.

─ Eu conheço esse lugar, é um pequeno parque. Fica a um pouco mais de um quarteirão do Empire State...

─ Pelo menos essa merda nos cuspiu para um local perto do Olimpo. ─ Thalia resmungou. ─ Bom, vamos logo, antes que a situação piore. ─ ela começou a andar.

─ Espera! ─ eu disse. Ela se virou imediatamente devido à urgência em minha voz.

─ Qual o problema?

─ Eu... ─ olhei de soslaio para o buraco ainda aberto.

─ Percy, pelo amor de todos os deuses não me diga que você está pensando em voltar lá pra dentro pra resgatar ela. ─ ela disse, fechando a cara.

─ Ela pode estar em perigo... ─ eu disse receoso. Thalia parecia que ia pular em meu pescoço a qualquer momento.

─ Primeiramente, eu não estou nem ai se ela estiver em perigo, porque não sei se você percebeu mas meu irmão está morrendo aqui ao nosso lado e você é a única coisa o mantendo vivo. E segundo, eu sei que a merda do seu defeito mortal é a lealdade, mas você não pode ser estúpido o suficiente e achar que ela faria a mesma coisa por você se fosse o contrário, não depois de tudo que aconteceu nos últimos dias. Ela quer ganhar, Percy, eu vi nos olhos dela, e sei que ela faria qualquer coisa por isso. ─ ela parecia extremamente irritada.

─ Mas... ─ olhei para o buraco novamente.

─ Percy, por favor, eu não consigo carregar o Jason sozinha. ─ olhei assustado para ela, quando ouvi o desespero em sua voz. Lágrimas começaram a escorrer em seus olhos.

─ Hey... ─ eu disse, me aproximando da mesma e pegando seu rosto em minhas mão. ─ Vai ficar tudo bem, vamos para o Olimpo agora, Apolo vai curá-lo, okay? ─ ela pareceu se acalmar um pouco com minhas palavras.

Depositei um pequeno beijo em seus lábios, antes de soltá-la e me direcionar ao loiro sentado no chão. Quando cheguei perto do mesmo, ele me olhava com uma cara emburrada. O levantei com todo cuidado para não machucá-lo ainda mais. Já em pé, ele continuava me olhando daquele mesmo jeito.

─ O que foi? ─ perguntei.

─ Por acaso, você acabou de beijar minha irmã? ─ seus olhos se estreitaram. Eu me limitei a soltar uma pequena risada anasalada. ─ Você está morto, Jackson. Eu vou t... ─ então ele fez uma cara de dor quado começamos a nos movimentar. ─ Estou meio impossibilitado no momento, mas assim que eu melhorar eu vou te matar, entendeu?

─ Claro que sim, Grace, claro que sim. ─ eu disse rindo.

 

O caminho até a sala de tronos foi um pouco sofrido. Carregar Jason ao mesmo tempo em que me concentrava em manter o sangue dentro de seu corpo estava me exaurindo. Por sorte, o porteiro do edifício parecia já estar avisado da nossa chegada e apenas nos deu a passagem para o Olimpo. Jason estava ficando cada vez mais pálido e parecia prestes a desmaiar, no momento em que chegamos em frente às grandes portas prateadas.

─ Nós precisamos de ajuda. ─ Thalia mal havia entrado e já estava gritando com olhos presos em Apolo.

Este começou a descer do seu trono no mesmo instante, ficando em tamanho normal logo em seguida. Will já estava ao meu lado, me ajudando a sustentar o peso de Jason.

─ O que aconteceu? ─ ele perguntou.

─ A perna esquerda e algumas costelas estão quebradas. E tenho quase certeza de que algumas veias estão estouradas. ─ Will arregalou os olhos para a última parte.

─ Tragam ele aqui, garotos. ─ Apolo apontou para um canto da sala do tronos, que se encontrava atrás dos outros campistas que nos aguardavam, agora com expressões preocupadas no rosto. Não pude deixar de notar que Annabeth não estava em nenhum lugar por ali.

Segui Apolo até o lugar antes apontado, onde havia uma espécie de bancada de mármore branco. Deitei-o lá com a ajuda de Will, enquanto Apolo começava a examiná-lo. Jason gemia de dor a cada movimento brusco.

─ Era você, não era? ─ Apolo perguntou de repente. Eu provavelmente deixei a minha confusão passar às minhas expressões faciais porque ele explicou logo em seguida. ─ O inimigo dele, era você? ─ suspirei.

─ Tecnicamente, sim, era eu. Mas eu nunca f...

─ Eu sei, Percy, não se preocupe. ─ ele me interrompeu. ─ Pode soltar a corrente sanguínea dele agora, eu cuido disso.

 

 

Durou mais ou menos meia hora, mas pareciam ter sido quinhentas. Jason já estava devidamente enfaixado e suas veias foram “reconstruídas” pelo poder de Apolo. Ele estava dormindo agora, e pelas informações passadas, demoraria um pouco para acordar. Uma vez Bela Adormecida, sempre Bela Adormecida.

Estávamos todos os campistas sentado no chão em um semicírculo em frente aos tronos dos deuses, em outra situação, acharia aquela cena cômica, mas meu emocional estava muito desgastado para emitir qualquer emoção.

─ As três horas já terminaram, podemos trazê-la de volta. ─ a voz de Zeus rebumbou de repente, nos assustando um pouco.

─ Espere! Ela vai conseguir, só temos que fazê-la encarar o desafio. ─ Atena se pronunciou.

─ Se ela não fez isso até agora, não irá mais Atena. O tempo já se esgotou. ─ Zeus rebateu e estalou os dedos.

O barulho da porta se abrindo atrás de nós foi ouvido por todos, nos fazendo virar naquela direção. Parada no arco do portão, ofegando, estava Annabeth. A confusão se espalhava e seu rosto por ter aparecido no meio do Olímpico de repente.

─ O que está acontecendo? ─ ela perguntou, olhando para todos os lados

─ Você falhou na segunda fase do teste. Não é mais apta para a competição. ─ Ares disse, com claro deboche na voz. Era óbvio que ele adorava ver o fracasso de Atena, mesmo que indiretamente.

─ O que?! ─ ela parecia indignada. ─ Mas o que eu fiz de errado?

─ Na verdade foi o que você não fez, minha filha. Você deveria ter encarado o desafio e discernir o quê era real e o quê era ilusão, mas ao invés disso, você fugiu. ─ Atena disse com amargura, parecia estar pronta para anunciar uma guerra com Ares a qualquer instante.

─ Mas... ─ Annabeth tentou argumentar, mas foi interrompida pelo rei dos deuses.

─ Sem mas, menina, aceite a derrota e vá se juntar aos seus amigos derrotados. ─ ele disse apontando para as pessoas que haviam reprovado na primeira fase. A loira saiu bufando e se juntou aos outros. ─ Como sabem, nosso grupo de possíveis campeões se limitou a duas pessoas apenas... ─ ele continuou. ─ Visto que apenas Perseu e Thalia passaram na segunda fase.

Eu pude então sentir o olhar de Annabeth em nós. Pelo canto do olho pude ver uma carranca de formando em sua face. Acho que ela não deve ter gostado muito de ter sido “menos capaz” que nós na competição. Ou talvez o fato de Thalia estar deitada em meu ombro não tenha ajudado muito também.

─ Tivemos uma breve discussão e decidimos que não vamos continuar com os testes. Os pais dos restantes heróis temem pela segurança dos mesmos e não querem colocá-los em perigo desnecessário sendo que já podemos tirar uma conclusão de a quem será concebida a mortalidade ao analisarmos os testes anteriores, além dos acontecimentos na vida de cada um dos dois heróis. ─ Hera completou, parecendo um pouco amargurada ao pronunciar as palavras “pais dos restantes heróis”. Pelo jeito, ela ainda não havia superado as traições de seu marido.─ Logo, a decisão já está tomada.

Murmúrios começaram a tomar conta do espaço, ao passo que nós íamos nos levantando ao ouvir aquela notícia tão repentina. Senti a mão de Thalia pegar a minha e baixei o olhar em sua direção. Milhões de emoções passavam em seus olhos, e eu sabia que os meus não estávamos diferentes. Em poucos minutos, um de nós dois se tornaria imortal. Um de nós dois viveria para sempre e teria de ver o outro morrer. Eu podia sentir as minhas pernas fraquejarem um pouco.

─ Percy, independentemente do resultado, eu só quero que você saiba que... ─ ela começou a falar, mas não pode terminar a frase, pois a voz estridente de Zeus ecoava novamente.

─ O conselho dos olimpianos decidiu que o herói que se tornará o novo diretor do acampamento e consequentemente um deus é...

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...