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História It's a Beautiful life (Hiatus) - Eu posso ver o brilho dos seus olhos part II


Escrita por: Kuchiki001

Notas do Autor


ok! como eu falei...dividi o segundo capitulo em dois, e vou disponibilizar hoje mesmo para vcs... então peço que aguardem pacientemente o próximo e espero que gostem!! e obrigada por favoritarem e comentarem! boa leitura!

Capítulo 3 - Eu posso ver o brilho dos seus olhos part II


As horas que se seguiram passaram em silêncio, depois de comermos um pouco Rukia a garota que salvei, voltou a dormir. Esperei o sol derreter um pouco a neve que impedia que eu abrisse a porta, me sentia cansado e minhas pernas estavam começando a ficar dormentes, consegui me esticar assim que saí do carro, depois do que me pareceu ser uma eternidade, olhei para o céu o sol estava brilhando e a neve já estava sumindo em alguns lugares, vi ao longe alguns pássaros voarem o dia estava belíssimo, respirei aquele ar fresco que só uma cidade pouco populosa tinha. Percebi a morena sair do carro e pisar no chão frio com dificuldade tentou dar alguns passos e a segurei fazendo ela se sentar no banco do motorista novamente.

-Preciso fazer xixi. –me disse envergonhada.

A olhei pensando em uma solução para aquilo, verifiquei o porta malas do meu carro que estava parcialmente coberto pela neve tirei com as mãos o tanto que podia e consegui abrir para em seguida pegar alguns pares de meias e uma pantufa, fiquei com vergonha, mas aquilo iria resolver.

Me ajoelhei diante dela e limpei seus pés pequenos e feridos, eu devia estar vermelho feito pimentão, não me permiti olhá-la sabia que ela estava me observando com aqueles olhos, assim que coloquei as meias e a pantufa me levantei e virei de costas para ela.

-São muito fofas! Eu gosto muito de coelhinhos. –falou.

Um rubor subiu em minha face e consegui falar o mais normal possível.

-Eu comprei para minha irmãzinha.

-Obrigada! –disse ao passar mancando por mim.

Fui atrás dela algo me dizia para não deixa-la eu não confiava vê-la indo sozinha em direção a mata.

-Pode me esperar aqui, prometo que não vou fugir para tentar me matar. –me garantiu.

Fiz como ela falou e a esperei, passaram-se alguns minutos e nada dela aparecer, resolvi ver o que tinha acontecido e a encontrei sentada em baixo de uma árvore.

-Ei, está melhor? –perguntei aliviado.

-Estou sim, só estou esperando meus pés pararem de doer. –falou com  uma voz cansada.

Sem pensar muito vou até ela e me abaixo.

-Venha vou te dar uma carona até o carro, pode subir.

Fiz um gesto para ela vim e olhei para trás, ela estava hesitante, mas concordou.

Voltei para onde estava meu carro com ela em minhas costas, e fiquei surpreso ao me deparar com meu pai e um carro do corpo de bombeiros.

Ele me olhou sem entender nada e correu para mim.

-Ichigooooo! –gritou.

 Me desviei do que seria um abraço caloroso e vi ele cair de cara no chão, não sabia onde enterrar  minha vergonha, que situação!

-Filho ingrato, você sabe o quanto fiquei preocupado? – falou se levantando do chão e limpando a pouca neve de suas roupas. -Pensei que algo ruim tivesse acontecido quando encontramos seu carro e você não estava nele, o que aconteceu? Por que não foi para casa? Onde passou a noite? E quem é essa moça bonita?

O ignorei.

Minha atenção estava no oficial do corpo de bombeiros que veio até nós, expliquei para ele o que tinha acontecido com o meu carro e que não havia conseguido ligar ou pedir ajuda, enquanto isso meu pai analisava a situação com uma grande interrogação, provavelmente ele estava tentando ligar os acontecimentos com a garota que estava calada em minhas costas.

Passadas as explicações para o oficial levei Rukia até o carro do meu pai e a deixei sentada descansando, a mesma continuava sem dizer nada, pensei em algo para falar para o velho e nada vinha à mente.

- Filho não precisa se preocupar com seu carro, o seguro virá rebocá-lo hoje mesmo, já resolvi as coisas por aqui, agora vamos para casa tem duas pessoinhas que estão loucas para te ver.

Dei a volta no carro do meu velho e entrei, sentando ao lado da morena. Rukia me olhou e consegui entender o que aquele olhar me pedia.

- Então como se conheceram? –perguntou Isshin sem esconder a curiosidade na voz.

Tentei inventar uma historia, mas eu não era bom em mentir.

- Faz pouco tempo. –respondi sucinto.

Passamos pela ponte e percebi a morena se encolher ao meu lado, se não fosse por ele, naquela hora provavelmente haveria noticias na pequena cidade sobre um suicídio. Afastei esses pensamentos e tive vontade de apertar a mão dela para demonstrar que eu estava ao seu lado, mas me contive.

- Pouco tempo, quanto tempo seria isso? Vocês estão em algum tipo de relacionamento? –meu pai continuou com o interrogatório.

Naquela hora queria enterrar minha cabeça no mais profundo buraco, senti um calor tomar meu rosto e mais que depressa neguei.

- Não pense besteira, velho ela é só uma... pensei. Podia falar amiga? Eu queria de fato ser amigo dela. - Amiga. –disse por fim.

Ele nos olhou pelo espelho retrovisor não muito convencido.

- Então quer dizer que eu ganhei uma terceira filha?

Rukia me olhou e dei de ombros, infelizmente aquele era meu pai.

- Prazer eu me chamo Kuchiki Rukia. –falou de forma tímida.

- Kurosaki Isshin, o prazer é todo meu... Kuchiki esse sobrenome... Você tem algo a ver com o falecido Kuchiki Byakuya? –perguntou e uma curiosidade se instalou em mim.

Ela hesitou um pouco antes de responder.

- Ele era meu irmão. 

- Lamento por tudo que aconteceu, eu conheci seu irmão ele era um grande homem, bom Rukia fico feliz que tenha encontrado o idiota do meu filho.

- Pai! –protestei indignado.

Ela sorriu timidamente e pude presenciar algo único, tive vontade de perguntar o que aconteceu com o irmão dela, mas preferi respeitar, talvez aquilo pudesse estar conectado com o fato dela querer tirar a própria vida e com muito esforço eu ia conseguir que ela se abrisse para mim. A viagem foi tranquila sem mais perguntas pela parte do meu velho, tudo que eu queria era um banho e a minha cama.

 Assim que chegamos, percebi duas pessoas na janela correrem ao nosso encontro, eu estava muito feliz em voltar para casa.

-Irmãozinho!

Uma garota de cabelos ruivos vários tons mais claros que o meu me abraçou assim que saí do carro, atrás dela estava uma morena da mesma idade que ela, quem olhasse não imaginava que eram gêmeas.

-E aí ichi? –saudou minha irmã Karin.

-Como vocês podem ter crescido tanto em tão pouco tempo? –perguntei admirado.

-Não exagera, contínuo a mesma de sempre. –Karin retrucou.

-É irmãozinho eu também. –Yuzu falou enquanto me soltava.

Olhei para as duas, eu estava ficando velho, minhas irmãs já eram quase adultas, mas aos meus olhos seriam para sempre aquelas garotas pequenas.

-Karin, Yuzu, deixem seu irmão respirar. –pediu meu pai.

Lembrei-me da pequena que estava no carro, dei a mão para ela sair, o toque quente de seus dedos nos meus me trouxe uma sensação de tranquilidade, ajudei ela a descer do carro, enquanto isso minhas irmãs me olhavam com extrema curiosidade.

-Meninas essa é a Rukia, ela é nossa convidada por hoje. –escuto meu pai falar.

-Então quer dizer que meu irmãozinho arrumou uma namorada? –perguntou Yuzu avaliativa.

Quem respondeu foi a Karin que era a pessoa mais lógica daquela casa.

-Para de ser boba não ver que ela é só amiga do Ichi, quem é que em sua sã consciência namoraria nosso irmão? –perguntou.

-Ah é verdade não tem como ele arrumar uma namorada, tinha me esquecido disso. –Yuzu concordou.

Uma veia saltou da minha testa aquelas eram minhas irmãs mesmo?

-Eu ainda estou aqui sabiam? –lembrei.

-Ora, Ora vamos entrar não vê que a nossa convidada não pode ficar tanto tempo em pé? –interrompeu o velho.

Olhei para a morena que não sabia o que fazer naquela situação.

-Me desculpa, vou te ajudar. –tentei me redimir.

-Não precisa estou bem, só quero que chame um Uber para que eu possa ir para casa...

-Nada disso mocinha, você precisa descansar e se alimentar, estou fazendo um almoço bem gostoso pra gente! –falou uma Yuzu autoritária.

Ficou difícil para a morena contestar com aquele jeito mandão da ruivinha e agradeci por ter irmãs tão gentis, andei com Rukia calmamente até chegarmos à sala onde a deixei sentada no sofá com todos os seus pensamentos e impressões sobre a minha família, ela observou o lugar e fiz o mesmo que ela e percebi que nada havia mudado com exceção dos vasos de flores que adornavam o retrato da minha mãe.

A olhei, ela estava distraída olhando para um ponto qualquer da sala, agora com mais tranquilidade pude observa-la com clareza e o fato de uma até então desconhecida estar ali não teve importância para mim.

Ela me olhou e pela primeira vez pude perceber a cor dos seus olhos, era uma cor que jamais vi em nenhuma outra pessoa, seria violeta? Sim aquela era a cor preferida da minha mãe.

-Agradeço por tudo que está fazendo por mim, mas não preciso, eu...

-Quer tomar um banho? Vou pedir algumas roupas emprestadas para a minha irmã. –a interrompi.

Não deixei ela me responder e sai em direção à cozinha.

   ***

Aquilo parecia um interrogatório policial, tentei pensar nas inúmeras respostas para todas aquelas perguntas, comecei a suar desesperado, minha vontade era de correr porta afora, respirei fundo quando a pequena entrou na sala de jantar acompanhada pela minha irmã Karin, ela agora vestia uma calça jeans e uma blusa de lã branca em seus pés a pantufa de coelhinho, seus cabelos medianos estavam úmidos pelo banho.

Todos ali presentes se calaram impressionados, ela era de fato linda.

-Sente-se aqui. –minha irmã Karin puxou uma cadeira ao meu lado para a baixinha.

 Tentei focar a atenção na comida em minha frente, eu não queria que minha família pensasse besteira.

-Você esta bem irmãozinho? De repente ficou vermelho, está com febre? –Perguntou minha irmã mais nova preocupada.

- O quê!? Ah estou bem não se preocupe. -a tranquilizei.

- Ele deve estar é com vergonha!

Olhei para a morena mais nova segurando a vontade de pegar uma daquelas batatas e enfiar em sua boca grande.

-Vamos comer! Estou morrendo de fome! Mas primeiro vamos agradecer a Deus pelo alimento. –falou o velho.

Assim que meu pai deu inicio a oração, olhei para a morena ao meu lado que estava de cabeça baixa, eu sabia que aquele ato era insignificante para ela, mas fiquei feliz ao vê-la fechar os olhos.

-... Agradecemos em seu nome, Amém! –finalizou Isshin a oração.

Coloquei bastante comida no prato dela, ela me olhou com os olhos arregalados suplicantes e sorri em satisfação.

-Então Rukia conta pra gente o que aconteceu com você e o Ichi! –pediu minha irmã Karin.

E lá estava o interrogatório novamente, mas desta vez direcionado a baixinha.

-Bom... –começou a falar e fiquei curioso pra saber o que ela iria inventar. - Eu fui ao aeroporto deixar uma amiga e aí não consegui um táxi para voltar, percebi que o irmão de vocês estava indo para algum lugar, ele pareceu ser uma boa pessoa, então perguntei se ele iria para Karakura e ele confirmou então peguei carona com ele.

Fiquei boquiaberto, até eu estava acreditando naquela estória.

-Entendi, mas o que aconteceu com os seus pés? –perguntou minha outra irmã ainda mais curiosa.

Agora toda a minha atenção estava nela, eu queria saber como ela iria escapar dessa pergunta.  

Pensou um pouco e respondeu.

-Eu escorreguei na neve e caí, perdi meus sapatos, a gente tinha ido buscar ajuda então precisei caminhar um tempo descalça e na queda torci o tornozelo.

Uau! A parabenizei em pensamentos, eu não pensaria em algo tão bom assim, fiz bem em ficar calado. Agradeci o fim daquele interrogatório e todos voltaram sua atenção para seus pratos, olhei para Rukia de canto de olho, vê-la sã e salva sentada com minha família me dava uma sensação de paz e felicidade.

Depois de almoçarmos fomos todos para a sala, minhas irmãs fizeram questão de tratar bem nossa convidada e eu não podia estar mais do que feliz, o dia estava passando rápido demais quando olhei para as horas me assustei. O que eu podia fazer para que ela continuasse ali? Temia que depois de tudo eu não pudesse mais encontrá-la, subi para meu quarto e peguei a minha bíblia preferida ela estava cheia de anotações e mensagens, pensei bem aquilo seria perfeito para ela, anotei o número do meu celular de modo que ficasse bem visível e coloquei em uma caixa bem bonita, desci as escadas com um sentimento bom no meu coração, minha irmã insistia que ela ficasse para o jantar a mesma negava freneticamente, entreguei a caixa para ela que me olhou sem entender, eu ia falar que ela podia contar comigo quando precisasse, mas naquele momento fui interrompido pelo barulho da campainha, assim que minha irmã abriu a porta uma ruiva toda saltitante me abraçou.

-Que saudades! –falou

Olhei da garota que me agarrava pela cintura para os três rapazes que acabavam de entrar na sala.

A morena ao meu lado se afastou e foi em direção à porta, me soltei da ruiva e fui até ela.

-Rukia já vai embora? –perguntei receoso pela resposta.

-Preciso ir está tarde, obrigada por tudo. –agradeceu e sem dar tempo saiu.

-Espera! Eu te levo para casa. –ofereci.

-Não precisa sua irmã já chamou um táxi para mim. –falou ao se virar para me olhar.

Ela andou lentamente até a calçada, a acompanhei sentindo que aquilo estava errado, o táxi chegou em poucos minutos e abri a porta para ela entrar.

 - Obrigada! –agradeceu antes de fechar a porta.

A olhei sentindo que eu não deveria deixá-la ir.

-Rukia eu... –tentei falar algo para postergar aquele momento.

-Adeus Ichigo! – disse por fim e fiquei olhando para o táxi que cada vez se distanciava com uma sensação estranha no coração.


Notas Finais


obrigada a todos!!!


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