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História It's a man's world - CR7 - Na trave


Escrita por: almeidaanajulia

Notas do Autor


Um capítulo curto, antecipando a atualização de domingo. Sei que estavam loucos para saber o que aconteceu...Então vamos lá!
Insônia dá nisso.

Capítulo 5 - Na trave


Fanfic / Fanfiction It's a man's world - CR7 - Na trave

Os lábios dele tocaram o meu com urgência, eu levei as mãos até o seu peito, tentando empurra-lo, para desistir daquela loucura, mas logo os braços dele estavam em volta da minha cintura. Minha mente gritava que ele tinha uma namorada, uma filha com ela, que era a segunda vez que nos víamos, mas não conseguia empurra-lo.

Aos poucos fui cedendo, quando percebi, ele havia fechado a porta do apartamento de alguma forma, agora estava contra uma parede do minúsculo hall de entrada. Conseguir afasta-lo um pouco e falar ofegante, com os lábios próximos aos meus.

- Isso é loucura.

- Não é. – Ele argumentou com a voz rouca pelo desejo.

- Tens namorada.

- Não tenho.

- Como assim não tens?

Empurro ele um pouco mais para longe, olhando nos olhos, ele estava disposto a mentir só para continuar tendo aquele momento? É sério isso?

- Eu e a Georgina estamos em processo de separação. É uma longa história.

- Mas ainda não estais separado.

- Estou. Só que as pessoas não sabem...Ainda.

- Ainda?

Ele suspira pesadamente, como se preparasse para uma longa conversa.

- Por que existem outras coisas acontecendo e a notícia da separação não ajudaria nisso.

- A sua saída do Real Madrid.

- Isso mesmo. – Ele caminhou até o sofá se sentando, e eu me sentei ao lado dele. – Na verdade foi isso que fez começar o processo de separação. Ela ficou chateada por que não a consultei, ela tem uma vida toda na Espanha e eu não levei isso em consideração. Mas o que ela não entende é que eu não tinha escolha. O fato do Real Madrid estar entrando em contato com o Neymar que é uma grande estrela, é prova de que eu não era mais o suficiente para eles.

- Mas eles poderiam querer ter os dois melhores do mundo. Já pensou nisso?

- Maria, para que um Clube vai gastar tanto dinheiro? Por que nos manter geraria isso, um custo imenso. Para que ter este custo, se só eu já garanto os títulos? Foram três Champions seguidas e muitos outros.

- Eles iam te descartar.

- Com toda certeza. Mas iam fazer isso só depois de ter certeza que tinham o Neymar. Eu antecipei-me. Começamos a procurar e a negociar antes que eles saíssem me oferecendo para qualquer um. Só que a Georgina não entende isso. Que minha vida é assim, eu sou uma mercadoria que vou para onde me querem. Aprendi isso com 12 anos, quando fui para Lisboa.

- Compreendo. Recomeçar uma vida nova é sempre bom. Um pouco atordoante no início, mas com muita instabilidade.

- Então, por isso, não posso deixar vazar minha separação. Pois o novo clube não ia querer esse tipo de história chamando mais atenção do que a sua aquisição. Estamos segurando tudo isso. Tanto que ela vai para a Copa, fará o papel de namorada modelo, é o mínimo que ela pode fazer em troca dos benefícios que receberá.

- E a guarda da criança? – Pergunto preocupada.

- Ficará com ela. – Ele falou tristemente. – Georgina é uma boa pessoa, uma boa mãe, só é um pouco centrada demais na sua vida, no que é bom pra ela, mas será boa para a Alana. E tirar a criança da mãe não ia repercutir bem para mim.

- E o seu filho? Ele já se apegou a ela.

- Já conversei com o Junior. Ele entendeu, mas na verdade há muita coisa para compreender, a mudança, nova escola, uma nova língua. Estou preocupado.

Ele passa a mão pelo rosto. Então compreendo toda a carga dele, de tudo que ele estava fugindo.

- Agora entendo do que tanto se esconde.

- Obrigada por tudo.

Repouso a mão na perna dele e então falo com um sorriso:

- Estou aqui para o que precisar.

- Posso passar a noite aqui?...Juro que não faremos nada além de dormir. Juro mesmo. Eu só não quero ficar só naquele quarto de hotel, acabo pensando nessas coisas e eu não quero.

- Tudo bem. Mas se tentar alguma coisa. Eu te jogo no chão.

- Obrigada. – Ele ergue o dedo. – Espere apenas um bocadinho. Vou até o carro e já volto.

- Deixarei a porta encostada, quando voltar, você passa a chave na porta. Enquanto isso vou me arrumar para dormir, vestir uma armadura, só para me certificar.

Ele dá uma risada, enquanto caminhava para a porta, sumindo por ela. Olhei em volta e sim, ainda parecia que estava presa em um episódio de Além da Imaginação, mas o estranho é que parecia tão comum fazermos aquilo, já uma questão de habito.

Fui para o quarto, dei uma geral rápida, pegue um pijama daqueles bem brochantes, com um sorrisinho sacana, queria ver um pau endurecer para calça de moletom e camiseta surrada. Quando ia entrando no único banheiro que ficava no corredor, ele voltou com uma pequena nécessaire de mão, olhei para a bolsa franzindo a sobrancelha.

- Sempre ando com uma para emergências. Nunca se sabe.

Joguei a cabeça para trás rindo, enquanto entrava no banheiro e falando.

- Só você Christiano Ronaldo. Só você.

Entro no banheiro para fazer minhas necessidades, toda a higiene, coloco o pijama, então saio do banheiro, quando entro no quarto, estanco na porta, estava ele ali, só com cueca box preta, com um CR7 no elástico da cueca.

- Quem usa o próprio nome em uma cueca?

Ele começou a rir e vi que tinha verbalizado meu pensamento. Então ele respondeu.

- É a minha marca, se eu não uso, como posso esperar que os outros usem?

Falou enquanto ia para o banheiro com a bolsinha.

- É justo.

Eu falei para vocês que ele é um Deus Grego? Na verdade não quero pensar muito na visão que eu tive, daqueles músculos definidos, as coxas grossas, o peito todo trabalhado, assim como os braços. Nunca achei bonito homem malhado, mas nele era diferente, não parecia artificial, parecia fazer parte dele, combinava com a pele morena, os rosto anguloso. Ele todo era um convite ao pecado. Mas eu não queria pensar isso, por que aquele pecado eu não queria e nem podia cometer.

Quando fui até o banheiro, ele estava escovando os dentes, peguei a minha escova na bancada e logo estava escovando os dentes também. Nos olhávamos pelo espelho, em uma espécie de avaliação um do outro, os olhos brilhavam em diversão. Era uma conversa muda, uma sobrancelha dele arqueou, como se perguntasse: "É mesmo?". Balancei a cabeça afirmativamente. Era como se todos os dias fizéssemos aquilo juntos.

Terminamos e fomos juntos para o quarto. Naturalmente cada um escolheu um lado da cama, nos deitamos, puxamos as cobertas. Falei "boa noite" e recebi um como resposta, me virei de lado para dormir, logo braços possessivos estavam à minha volta, em uma posição de conchinha, era um corpo quente, forte, me encaixava bem nele. Não demorou muito para que caísse em um sono profundo.

***

O estores cobria a janela toda, deixando o carro em uma grande escuridão, mas o despertador que tocava, lembrava que já eram 7 da manhã, e era hora de acordar. Minha cabeça estava levemente pesada, fruto do vinho com o horário que fui dormir. Os braços, ou melhor, o corpo em volta de mim, me lembrava que não estava só, minha mente fez questão de me deixar bem claro que um certo português mortalmente gostoso, estava dormindo na minha cama, comigo, isso, na minha cama.

Logo me levantei com aquela preguiça típica de todos os dias, o meu turno na obra começava normalmente as 9, eu chegava rápido lá, uns 40 minutos graças ao sistema de transporte eficiente, café da manhã tomava no caminho, mas é que de manhã devido ao lento raciocínio, eu precisava de uma hora aproximadamente para fazer tudo. Então me arrastei para o banheiro, lentamente, quase como uma lesma.

Consegui tirar os braços que estavam em volta de mim, fui até o banheiro, tomei um banho morno, carinhoso, gostoso, tão bom que eu quase não queria sair dali. Sai do banheiro, me sequei, fui até o quarto, abri o guarda-roupa e fiquei olhando para ele, ai você fica pensando em como poderia ter dificuldade se minhas roupas são tão simples, mas é pura preguiça de pensar mesmo. Pego a boa e velha calça jeans, calcinha, sutiã, camiseta e volto ao banheiro para me vestir.

Depois de pentear os cabelos, passar perfume, me sento na cama para colocar as botas, então sinto um movimento atrás de mim, braços longos se esticam até o criado mudo e pegam o celular que estava ao lado do meu.

- Já estais acordada?

- Sim, eu não estou de folga como o Senhor, ainda trabalho no sábado, até as 2 da tarde pelo menos. Por causa do hotel, incluímos os sábados para cumprir o prazo, o pessoal vai receber hora extra.

- Posso ir contigo?

Quando olho por cima do ombro, para ver se ele não estava brincando, encontro um Cristiano adoravelmente de cara amassada, cabelo desalinhado (sim, o cabelo dele fica desalinhado), parecendo o mais humano dos mortais, que me olhava com expectativa.

- Gajo, o que vais fazer lá?

- Te ajudar. Quero conhecer um pouco do seu mundo. – Ele dá de ombros como se falasse a coisa mais óbvia.

- Sério isso?

- Nunca falei tão sério em toda minha vida. Juro-te!

Respirei fundo, ponderei enquanto calçava as botas e então falo em meio ao esforço.

- Tudo bem! Mas você vai ter que prometer que se comportará como qualquer um dos meninos da minha equipe e que vais acatar minhas ordens e se manter na linha. Lá não serás Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, mas sim, Ronaldo, o meu assistente. Certo?

- Certo, Doutora!

Ele sai da cama indo para o banheiro enquanto eu revirava os olhos, então falo alto.

- ENÃO ME CHAME DE DOUTORA, OK? – Quando estava irritada ou contrariada, o portuguêsdo Brasil falava mais alto, sendo que eu fazia de forma inconsciente umamistura dos dois, devido ao tempo que moro aqui. Mas logo volto a normalidadeenquanto resmungo. – Quero ver, o Senhor Armani dando uma de peão de obra.  


Notas Finais


Não perca a playlist do Spotify: https://goo.gl/whWcKf

Assista o trailer: https://youtu.be/HJ2HhWZplrY

Siga a sala da redação, um twitter onde vou soltando uns Spoilers, coisas que vou escrevendo: https://twitter.com/AutoraAnaJulia

Esse capítulo ia ficar imeeeeeenso, então para não ficar grande demais, resolvi partir ele em dois, deixar as emoções para o próximo que vai ser engraçado com um pouco de judiação, por que Maria é dessas, e por aí vai.

Beijinhos!


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