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História It's a man's world - CR7 - As Mensagens


Escrita por: almeidaanajulia

Notas do Autor


Diante da notícia da saída do Cristiano Ronaldo do Real Madrid para o Juventus, resolvi postar esse capítulo para aquecer alguns corações partidos.
Como eu já sabia que tudo isso ia acabar acontecendo, resolvi fazer essa história se passando neste período de transição. Estamos ainda em um momento pré-Copa.

Capítulo 3 - As Mensagens


Fanfic / Fanfiction It's a man's world - CR7 - As Mensagens

Tinha acabado de chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho, os últimos dias sempre eram os piores, por que eram cheios de detalhes para administrar, a Paula surtava com o excesso de horas extras, mas tínhamos que entregar antes da alta temporada, pois o grande lançamento ia aproveitar as vantagens da Copa aliada com o verão europeu.

Já tinha se passado uma semana desde que tinha saído com o jogador, aos poucos a lembrança vívida dava lugar a uma memória apagada do passado, algo distante, as vezes achava que era até um sonho de tão maluco e insólito era aquilo.

Entrei no banheiro e tomei aquela ducha, precisava de um bom banho, o silêncio do apartamento era um conforto no bairro extremamente calmo. Ao sair do banheiro, liguei no telejornal, enquanto comia algo que havia acabado de aquecer. Até que a notícia sobre a preparação do time Português para a Copa que começaria em algumas semanas, chamou a minha atenção, ergui os olhos e assisti atentamente, até que a tela ficou preenchida por ele, que falava do quanto estava consciente da capacidade do time, que tinham a meta de passar da fase de grupos.

Ficou analisando a imagem na tela, pensando em quanto era absurdo, uma semana atrás estava sentada em um restaurante com Cristiano, conversando bobagens, e eles estavam de tal forma que parecia que ninguém queria se aproximar, nem que seja para pedir uma foto para o astro da bola. Até os paparazzi pareciam ter tirado folga naquele dia. Só pude rir sozinha no meu apartamento, era tão engraçado parecia algo além do mundo que eu vivia.

Um alerta do meu celular avisou a chegada de uma mensagem. Ao destravar a tela vi que era um número desconhecido, logo a curiosidade venceu qualquer racionalidade. Por isso que Pandora se meteu em furada.

+34 91 785 502 777:
“Vai estar na cidade na próxima sexta-feira, Srta. Engenheira?”

Olhei para a mensagem, estranhando o código internacional, era de fora de Portugal. A foto não aparecia para mim. Quem deveria ser.

Eu:
“???”

 

+34 91 785 502 777:
“Já esqueceu o seu mais novo amigo?”

Meus olhos se arregalaram, não podia ser, sério aquilo?

Logo comecei a rir, por que era isso que eu fazia quando estava nervosa. Não podia ser, ele estava na minha televisão ainda a pouco, como podia estar ali. Ele era uma alucinação minha.

Eu:
“Você?”

 

+34 91 785 502 777:
“Depende de quem você acha que sou eu.”

Ele colocou vários emojis rindo e isso não ia ficar impune. Agora seria a hora de provocar.

Eu:
“Sim, o jogador mais convencido do mundo, um poço de arrogância, aquele que se acha um máximo, que é um poço de vaidade. Que vive ajeitando aquele cabelo e se olhando no espelho. Aquele que pensa ser o Rei da Porra Toda.”

 

+34 91 785 502 777:
“Ei! Mas eu sou o Rei da Porra Toda, dei muito duro para isso, duro demais, não imagina o quanto. E eu não sou tão vaidoso assim, estas a falar, mas sabes que não sou. Deixas de lado estas ideias tolas.”

 

Eu:
“É um pouco difícil, não consigo ver a humildade daqui, acho que preciso de uma lupa ou seria um microscópio?”

 

O Rei da Porra Toda:
“Pensei que tinha deixado bem claro que sou bem diferente do que parece, mas vejo que falhei, e tu sabes que não consigo aceitar falhas.”

 

Eu:
“Sei?...O que vais fazer em relação a isso?”

 

O Rei da Porra Toda:
“Leva-la para jantar na Sexta.”

 

Eu:
“Oi?”

 

O Rei da Porra Toda:
“Olá! Estais bem?”

 

Eu:
“Estou bem. Bem impressionada com a sua arrogância. O que o leva acreditar que eu vou aceitar o seu convite? Você não está apostando demais nas suas bolas? Pelo que eu saiba essa não são de ouro.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Hahahahahahaha...Você não negaria a um homem o direito de se defender.”

 

Eu:
“Golpe baixo.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Estou apenas querendo que sejas justa.”

 

Eu:
“Tudo bem. Com uma condição.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Qual?”

 

Eu:
“Que seja em um lugar simples, não estou com tempo pra me preocupar com essas coisas de menina, estou ocupada demais para entregar o hotel de um cliente muito arrogante.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Hahahahaha...Tudo bem. Eu aceito...Vou contar para o seu cliente a opinião que tem sobre ele. Pode perde-lo se continuares a agir assim. Falar mal dele sem que ele saiba disso.”

 

Eu:
“Eu sei que ele não gosta de perder.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Nenhum pouco, é um gajo bastante competitivo, chega a ser até um pouco maluco, há momentos que até venho a ter pena dele, mas não podemos discutir com loucos.”

 

Eu:
“Obrigada por me lembrar disso...Anotarei para encontros futuros.”

Continuamos assim, trocando mensagens bem humoradas até uma certa hora, entre risadas bobas. Bem, já era terça-feira, logo seria sexta. E ia ser divertido encontra-lo. Mesmo sendo um pouco maluco ainda. Será que em algum momento ela ia se acostumar com a ideia de que era amiga dele? Cristiano Ronaldo?

***

Na manhã seguinte estava acordada no horário de sempre, com a diferença é que eu tinha uma mensagem de “Bom dia”, estranhei, respondi enquanto estava no metro, e o meu livro que sempre era lido na companhia do meu café, foi substituído pelo meu celular e uma troca de mensagens, as vezes sem querer acabava rindo e as pessoas me olhavam como se tivesse enlouquecido. Talvez se eu falasse com quem estava conversando, eles iam achar que estava louca mesmo. Mas logo ele largou o celular para treinar e eu para trabalhar, seguindo a batida de sempre, agora coordenando os ajustes finais, o pessoal da gráfica estava grudando os adesivos nas paredes de alguns quartos do último andar. Lá estava ele em tamanho gigantesco.

Tirei uma foto e mandei uma mensagem:

Eu:
“Deus! Você parece estar em todos os lugares.”

 

O Rei da Porra Toda:
“Estou?”

Revirei os olhos, as vezes ele parecia um adolescente, como um homem poderia ser tão maduro e não ao mesmo tempo. Ele tinha namorada e quatro filhos, então devia agir como tal. E eu não deveria esquecer disso. Nunca. Amigos, somos só amigos.

Fui com todo o ritmo, até que no almoço meu celular tocou. Atendi sem tirar a atenção da porta, que precisou passar por reparos, era colocada de volta ao lugar.

- Estou.

- Já falas como uma portuguesa. – A voz do jogador veio cheia de humor.

- E não é que você está em todos os lugares mesmo? – Usei todo o sarcasmo para pegar no pé do jogador.

- Acho que não me respondeste sobre isso. – Alfinetou.

Eu revirei os olhos, fiz um sinal de afirmativo para meu marceneiro que mostrava que a porta estava, fechando, dei as costas indo para outra demanda, enquanto continuava a conversa:

- Não tens outra pessoa para ficar atormentando?

- Não tenho tantos amigos assim. Digamos que sou uma pessoa de poucas amizades.

- Acho que estou começando a entender por que, elas fogem de ti.

- Ouch! Assim você me deixa magoado...Como alguém não pode ter instagram, Facebook, nada disso?

- Andou me stalkeando, Aveiro?

Enfiei a cabeça em um dos quartos do primeiro andar, fiz sinal de 2 para o pintor e girei o dedo em volta. Ele fez sinal de positivo, tinha compreendido a ordem de que a 2ª demão tinha que ser em todas as paredes. Continuei andando no corredor.

- Bem que eu queria, mas dificultas bastante o meu trabalho.

- Tens 4 filhos, eles deveriam ocupar bastante do seu tempo.

- E ocupam, me dedico bastante a eles. Mas o trabalho no Clube tem diminuído bastante, apenas mantendo o ritmo antes de sairmos para a Copa. Para mim praticamente não tem tido trabalho. Depois da Champions, tudo anda complicado. Mas não vou enche-la com isso.

- Cristiano vejo que algo está o incomodando. Amigos servem para isso também. Sabes disso?...Mesmo o conhecendo a pouco tempo. Quem está de fora pode ver tudo de uma forma melhor.

- Obrigada, mas justamente o fato de estares de fora é o que tem me ajudado. Quando estou conversando contigo, eu esqueço dos problemas, de tudo. Por justamente não saberes do que se passa, falas de coisas que estão fora de tudo isso. Entendes?

- Entendo.

Suspiro baixando a cabeça, enquanto o homem falava, eu chutava um pedaço de papelão que cobria o piso caro de arranhões, era como se ele tivesse me sugado para um mundo paralelo por alguns minutos.

- Por isso vou fugir para o Porto nesta sexta, ai é mais calmo que Lisboa, e posso rir um pouco mais.

- Então venha, jogador. - Até que me viro e vejo que Paula está escorada na parede com uma das sobrancelhas levantadas. O sorriso do meu rosto desaparece e fico vermelha, logo falo séria. – Bem, preciso desligar, minha sócia precisa falar comigo.

- Tudo bem. Manteremos contacto até sexta. Até mais, Doutora. – Pude ter certeza que ele estava sorrindo por causa da brincadeira, e não vou focar no fato que ficou adorável ele me chamando de “Doutora” com aquele sotaque português e aquela voz. Merda!

- Até mais.

Desliguei o telefone e encarei minha amiga que me disse com um sorrisinho torto.

- Rapariga, tens que me contar tudo.

- Não tem nada para contar, antes que penses besteira, ele tem mulher e filhos.

- Vai parecer sórdido o que vou dizer, mas vamos ser realistas, ele tem namorada, e três filhos são apenas dele, e filho não prende ninguém. – Ela fala de forma direta e contundente como só ela era capaz.

Ela estava como sempre bem vestida, andava como a Barbie, e eu como uma operária, era tão engraçado, mas o que tínhamos em comum é que as vezes ela falava como um bom e velho pedreiro.

- Você é louca! Isso sim! Somos só amigos!

- Essa parte eu ouvi, mas cá convenhamos que não dá pra ser só melhor amiga daquele Deus Grego!

- Senhor do céu! Diferente de muitos Europeus, ele não está a me ver como uma puta, o que já é admirável vindo de um jogador de futebol. Até digno de administração.

- Deve ser por que você está bem distante da visão da brasileira gostosa.

- Está dizendo que eu não sou gostosa, Paula?

- Estou dizendo que tudo isso está escondendo sob essa roupa de peão de obra!

Dou de costas e continuo a caminhar até o meu escritório sendo seguida por ela.

- Você convidou ele para vir pra aqui? – Paula pergunta com um sorrisinho.

- Não! Claro que não! Estais louca! – Falo chocada, retirando o capacete assim que entro na minha sala, jogando ele sobre a mesa, e logo me sentando na cadeira.

- Eu ouvi! Não negue! – Minha amiga me apontou, enquanto sentava na cadeira diante da minha mesa, esfregando na minha cara que tinha ouvido, só que eu não sabia o quanto e não ia perguntar, para não dar o braço a torcer, mas eu tinha que dizer algo.

- Ele vem para o Porto na Sexta.

- Uau! Ele só pode estar vindo para ver a ti. Rapariga! És poderosa!

- Estais a falar bobagens! Sua maluca! – Jogo uma caneta na direção dela.

- Não estou e sabes disso! Bem que o cabeça me disse que ele havia levado você para um almoço, mas achei que ele estava com mais um dos exageros dele. Então foi verdade! E você não me contou nada!

- Por que não havia nada para contar, foi apenas um almoço, como amigos. Simples amigos.

- Ah! O gajo chega aqui para ver a obra, te conhece rapidamente, e resolve do nada: “Esta rapariga será minha amiga, vou convida-la para almoçar”. Por favor, depois dizem no Brasil que os portugueses que são burros, estou começando a achar que é ao contrário, principalmente aqueles que nascem na ilha da Madeira. – Ela dá uma piscadinha sacana.

- Aonde assino para desfazer essa sociedade? Aproveito e assino a demissão do bocudo do Cabeça! Puta que pariu! – Passo as mãos pelo rosto. – Eu devo ter feito um streptease na Santa Ceia!

- Eu acho que não, acho que foste uma boa menina, uma menina tão doce que estais sendo coberta de bênçãos. Tipo um dos Portugueses mais gatos do mundo vindo te ver sexta. Minha amiga, a necessidade não tem lei.

- A vozes loucas, orelhas moucas – Retruco com uma risada.

Até que um alerta de mensagem chega ao meu celular.

- Se não for um fornecedor, só pode ser um certo jogador. – Ela se levanta pegando a bolsa. – Bem, só vim ver como estão a andar as coisas. Não te esqueças que a inauguração é semana que vem, sábado. Por favor.

- Estará tudo pronto! – Bato uma pequena continência.

- Espero que me conte se as bolas dele são de ouro mesmo.

Paula riu enquanto saia do meu escritório, eu bem que queria jogar algo nela. Só pela piadinha.


Notas Finais


Não perca a playlist do Spotify: https://goo.gl/whWcKf

Assista o trailer: https://youtu.be/HJ2HhWZplrY

Siga a sala da redação, um twitter onde vou soltando uns Spoilers, coisas que vou escrevendo: https://twitter.com/AutoraAnaJulia

Bem, já temos até o 6º Capítulo escrito, tenho que me segurar para não postar. Mas o dia pedia esse momento para dar conforto aos fãs tristonhos.

Beijinhos! Até sábado!


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