Mike Shinoda – POV.
– Você é tão idiota, Mike. – Sussurro para mim mesmo, respirando fundo e tentando apagar o que eu acabei de fazer.
Mantenho a porta do meu armário aberta e minha cabeça ali dentro, me sentindo um verdadeiro avestruz. Fecho meus olhos e me vem a mente a cena de Rob escorado no Chester confortavelmente, e eu tento achar os motivos certos do porquê que aquilo me incomodou tanto. Eles pareciam estar tão confortáveis daquele jeito.
Por um momento me vejo como Bourdon estava com Chester, e…
– Mike! – Ouço uma batida na porta de metal, me assustando.
– Que porra… – Sussurro fechando a mesma e dando de cara com Dale, meu cenho fraze. – Dale?
– E aí, cara… – Ele parece estar sem jeito, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans e desviando o olhar. – Olha, eu queria pedir desculpas por sábado, sabe… – Coça a sobrancelha. – Eu me estressei com a Samantha e uma porra toda. Foi mal.
Dale estende uma mão para eu apertar para aceitar as desculpas, eu continuo olhando da mesma forma para ele.
– Qual é, cara? – Ele ri. – Vamos esquecer aquilo…
– Tá, pode ser. – Aperto a mão dele rapidamente.
– Hoje você tem treino, não é?
– Sim, comando a aula de judô hoje. – Comento sentindo meu rosto tranquilizar.
– Boa. Quer carona de novo? Não me importo. – Dale dá de ombros.
– Pode ser. – Sorrio discretamente.
– Meninos! – Ouço a voz de Samantha perto de nós.
Olho para o lado e vejo ela vindo com seu decote extravagante, o barulho dos saltos ecoavam no corredor afirmando que ela estava aproximando. Como deixam ela entrar na escola com esse modelito? Sem julgamento de valor, mas parece que ela saiu da boate e veio direto para a escola.
– Oi. – Sorrio forçado.
– E aí, gata. – Dale abraça ela pelos ombros, forçando um beijo.
– O que estão fazendo parados aqui? – Ela pergunta mastigando com chiclete.
– Estava me desculpando com Mike sobre sábado, e combinando de ir junto com ele para o treino. – Dale responde e ela me encara, sorrio forçado mais uma vez.
– Ah, você é treinador de judô, né? Será que tem vaga para essa tigreza aqui? – Samantha pergunta rindo e passando as mãos na lateral do corpo.
Meu rosto arde de vergonha alheia.
– Sim, eu sou, mas eu não sei sobre a ala do judô feminina, não sou eu que dou os treinos, então…
– Mas judô não é aquela luta que só fica se agarrando? Não quero treinar isso com mulheres. – Ela revira os olhos.
Fico boquiaberto pela burrice dessa criatura. Penso em responder. Falando dessa forma ela ofende todos os meus ancestrais, mas vejo que é pura perda de tempo.
– É, na nossa academia é assim. Mulheres entre mulheres e homens entre homens. – Respondo sorrindo forçado mais uma vez.
– Tudo bem. Vou procurar outra e vou te desafiar no octógono. – Ela ri e aperta meu braço, aproveitando para cravar as unhas tentando me provocar.
Provocar só se for vômito e raiva. Ela se faz de burra, só pode.
– Haha, pode deixar. – Forço de novo e afasto a mão dela de mim.
– A Wendie pediu seu número, se quiser passar para mim passar para ela… – Samantha enrola uma mecha do cabelo na ponta do indicador.
– Tô dispensando. – Sorrio.
– Qual é, Mike? Você fodeu aquela baleia da Kaila e tá me dispensando… Não, dispensando a minha amiga? – Samantha pergunta indignada.
– Por favor né, Samantha. – Reviro meus olhos. – Precisa de mil Wendies para fazer uma Kaila.
– Sim, pelo tamanho dela precisa isso mesmo. – Samantha ri maldosamente.
– Não é por isso não, é por beleza, caráter e pelo simples fato de se respeitar. Pensa nisso. – Pisco para ela, deixando claro que o recado não era para Wendie. – Até, Dale.
– Falou, cara.
Mereço. Suspiro fundo com isso. Sigo para a aula de Matemática, no corredor encontro Chester e Amanda conversando distraidamente. Ele ergue o olhar para mim e baixa as sobrancelhas. Filho da puta, ele sabe que tem alguma coisa de errado comigo. E é bonito. Continuo andando, deixando os dois para trás e sigo para aula, eu não vou deixar assim. Ele não vai ver nada por trás dessa minha armadura.
Entro na sala e a professora Vic sorri para mim.
– Bom dia, Shinoda.
– Bom dia, professora Turner. – Sorrio e escolho a classe para me sentar.
Coloco meus materiais na mesa, então Rob entra na sala e vem em minha direção, tento controlar a minha expressão. Ele se senta no meu lado, me olhando fixamente.
– Que foi, Rob? – Pergunto já me sentindo estranho.
– Você está bravo comigo? – Pergunta franzindo o cenho.
– Eu? Não. – Respondo óbvio.
– Por que fez essa cara de rabo quando me viu vindo em sua direção? – Ele coloca o nariz quase encostado no meu.
Aproximo meu rosto do dele e faço um biquinho, quase beijando os seus lábios e então ele se afasta, batendo a mão na lateral da coxa. Mordo a ponta da minha língua sorrindo.
– Qual é seu problema? – Ele pergunta franzindo o cenho.
– Tirei o seu BV! – Brinco comemorando.
– Eu não sou mais BV, Mike. Eu tenho namorada. – Rob murcha os ombros, se virando de frente para o quadro.
– Vocês mal agem como um casal, então eu esqueço. – Descontraio.
– Ela só mora em outro bairro e estuda em outra escola. – Ele comenta abrindo o seu caderno.
– Ah… É verdade. – Comento disfarçando ainda.
Rob sorri divertido com isso, e então a professora chama a atenção para começar a aula.
*
Fico aliviado em desviar todos os assuntos que surgiram para mim. Não quero dar explicações para coisas que nem eu sei o porquê. Saio com Joe da última aula de Línguas, ele parece estar chateado, pois está quieto. Ele sempre entra em algum assunto geek comigo, e hoje, ele só dá alguns suspiros.
– Desembucha. – Falo cutucando ele com o meu cotovelo.
– O quê? – Ele pergunta desentendido.
– Vamos, Joe, fala o que te aflinge. – Olho para cima, logo olhando para ele.
Ele sorri.
– Eu odeio você. – Continua sorrindo.
– Odeia nada. Me ama como a coisa mais preciosa desse mundo! – Franzo meu nariz arrancando mais uma risada dele, então suspira, desacelerando os passos.
– Ah cara, a situação lá em casa tá foda. Minha mãe continua pegando no meu pé pelo o que os meus irmãos mais velhos fazem, eu nem saio, saio só para ir na sua casa, e mesmo assim, eles fazem as merdas e quem fica como ruim sou eu. Minha mãe pressiona sempre com "você sabia disso?", mas se eu falo sobre o que eles vão fazer, ela me repreende dizendo que é fofoca! – Joe desabafa visivelmente irritado. – E lá eu tenho culpa do Lee e do Hiruma serem dois babacas? Eu fiquei sem o meu playstation por causa deles!
– Porra, Joe… Eu nem sei o que te falar. – Respondo realmente sem ter o que aconselhar.
– E tem o que falar? Não tem! – Ele olha para o outro lado. – E meu pai é sempre o mesmo babaca de sempre. Não abre a boca para nada. Olha tudo acontecendo sem esboçar uma expressão.
Suspiro fundo e abraço ele pelos ombros, beijando a têmpora dele.
– Pensando pelo um lado positivo, falta pouco para nos formarmos, também ficarmos maior de idade e Deus quiera que nós ingressaremos em uma faculdade.
– É, para eles tanto faz eu estar ali. Só sirvo para saco de pancada mesmo.
– Não fala assim, Joe. – Aperto meu braço contra ele. – Talvez seja só um mal entendido do momento. Mais para frente, as coisas vão melhorar.
– Amo sua positividade. – Joe responde ironico, mas logo sorrindo.
– É que eu transei hoje. – Respondo sabendo que ele vai me xingar.
– Vai para puta que te pariu, meu.
Solto uma risada alta disso, fazendo ele rir também. Já estávamos perto do saguão da escola quando senti Joe travar, e eu tiro meu braço dos seus ombros.
– Oi, Joe! – Benjamin ergue o braço vindo em nossa direção. – E oi, Mike! – Ele sorri.
– O-oi, Benji. – Joe estremece e eu pressiono meus lábios para não rir.
– Você é fofo falando meu apelido. – Ele sorri.
Joe sorri também sem jeito.
– Bem, não quero ser indiscreto, mas eu tenho que ir para o treino. – Começo a me afastar deles. – E agora você tá bem acompanhado, Joe.
– Eu cuido bem dele. – Benjamin pisca para mim.
– Não tenho sombra de dúvidas. – Sorrio e sigo. – Tchau!
Eles abanam para mim, e eu sigo meu caminho sorrindo. É apenas questão de tempo para Joe terminar o drama dele e se entender. Aposto todas as fichas que ele joga no meu time, toda vez que vê Benjamim ele treme na base, mas também não pode ver Gwen que quase tem uma taquicardia. Já pensei em dar a dica para ele, se deixar envolver para qualquer um dos dois que quiserem também, mas Joe tem todo esse problema com o medo, e eu entendo ele.
Encontro Dale no estacionamento, ele faz a volta no carro dele e eu abro a porta, dando de cara com Samantha.
Ah não.
– Oi, Shinoda! – Ela sorri maliciosamente.
Ergo meu corpo e encaro Dale por cima do capô do carro.
– Ô Dale, ela vai ir junto? – Aponto para baixo me referindo a Samantha.
– Vai, ela quer ver o tigrão dela treinar hoje. – Ele ri.
Eu reviro meus olhos enquanto os dois imitam dois gatos com problema na cabeça um para o outro. Queria eu não ter visto e nem ouvido isso.
– Tá, passa para o banco de trás. – Digo empurrando ela.
– Ai, grosso! – Ela reclama, mas passa para o banco de trás.
– Não trata a minha gata assim, cara.
– Não enche meu saco, Dale. Vamos. E se ficar de frescura eu vou à pé.
– Relaxa, cara. – Dale ri.
Eu bufo. Durante todo o caminho ela foi tentando passar a mão em meus ombros, ou braços, até nas minhas costelas. Me senti um video game, toda hora tendo que dar tapinhas na mão enxerida. Como é que Dale tem paciência para Samantha?
Dave Farrell – POV.
Eu sinto como se carregasse o peso do mundo a cada dia que passa, e chego na minha casa. Ouço um LP do Pearl Jam no maior volume, mas ainda posso ouvir meus pais discutindo no andar de baixo. Eles se agridem com as palavras apenas por não aceitarem que relacionamentos acabam, preferem ficar trocando farpas do que aceitarem e dizerem tchau um para o outro. Mas não são eles que saem feridos nisso. Sou eu e Lucas, apesar que ele passa a semana na casa dos meus avós, coisa que eu agradeço, se eu mal suporto viver nesse inferno, imagina uma criança como ele. Me aperta o peito só de pensar nisso. Agradeço por eles terem um pouco de senso e não brigarem tanto na frente dele, também quando Jason ou outro amigo dele vem para posar.
Estou cansado de ficar olhando para minha parede enquanto eles gritam discutindo e eu tento abafar isso com alguma boa música. Tento fingir que no final, estaremos bem e jantaremos juntos. Fingindo, pois boa parte dos dias da semana minha mãe sai à noite e volta de manhã para pegar suas coisas para trabalhar e discutir mais um pouco com o meu pai, entre isso, tem as vezes que meu pai não tem ânimo para fazer uma janta decente e eu preciso arregaçar as mangas e fazer algo.
Suspiro fundo, tentando tirar a irritação que aquele ruído atrás da música me causava, então desligo a música e pego meu celular cuidando a hora, e é nessa horário que Mike sai do treino. Eu só quero respirar. Ligo para o número dele.
– Oi!
– Oi, Mike. – Respondo sorrindo, mas sentindo um nó se formar na minha garganta. – Você está em casa já?
– Estou dobrando a esquina. Por quê?
– Posso ir aí?
Ele fica um tempo em silêncio.
– Claro que pode. – Mike responde hesitante. – Tá tudo bem? Sua voz tá estranha.
Engulo o choro, com dificuldade, mas sorrio.
– Tá tudo sim. Eu só quero dar uma volta.
– Claro. Eu vou arrumar as coisas aqui, ver minha mãe e ajudar o Jason, pode vir que eu estarei te esperando.
– Ok, até.
– Até, cara.
Desligo a chamada e limpo as duas únicas lágrimas que caíram no meu rosto, pegando as coisas que preciso para dar uma saída e saio do quarto me preparando mentalmente para o que eu vou enfrentar. Desço as escadas e vejo meus pais discutindo no hall, sem nem perceberem que eu tô me aproximando.
Ando em direção a porta ignorando aquela briga ridícula, mas instantaneamente eles param e sinto eles olhando para mim.
– Onde você vai, Dave? – Pergunta minha mãe.
– Vou dar uma saída, vou na casa do Mike. – Respondo sem muita vontade de encarar eles.
– Para o Mike? De novo? – Meu pai estranha.
– Sim, de novo. Não sei se volto para dormir. – Respondo seguindo para porta.
– Você tá vendo, Landen? Esse é o inferno que você faz que o nosso filho não quer mais ficar aqui! E ainda, tá sempre na casa daquele… Promíscuo!
– Dave sabe muito bem do que faz, Genna, ele não é mais uma criança, e se ele não quer ficar aqui a culpa é sua!
Eles continuam discutindo e eu saio porta afora. Se eles soubessem que ambos são culpados de eu não querer estar ali, seria mais fácil? Não, creio que não.
O jeito que a minha mãe fala de Mike me incomoda. Ela sempre usa palavras de baixo calão para se referir à ele, o que me deixa constrangido, por mais que eles não saibam - meu pai suspeita - mas eu levo minha vida quase no mesmo estilo que Mike. Fico com quem me dá vontade, indepente do sexo. Diferente do Mike, eu não faço minha fama e depois deito na cama.
Ele tem uma necessidade de ter todos para si, saber que é desejado e ter o prazer de dizer que não se apaixona. Não julgo, mas eu não consigo fazer dessa forma. Prefiro fazer as coisas na penumbra, onde nem todos veem.
Chego na casa de Mike, entro no pátio pelo canto e adentro o "nosso-lugar-secreto" e encontro ele sentado no sofá. Ele ergue o olhar para mim e franze o cenho. Eu não aguento.
– Dave? O que aconteceu? – Ele pergunta vindo para minha direção.
Fecho a porta e abraço ele, deixando o choro cair. Mike me abraça forte e fica assim, até o meu choro amenizar. Ele não faz menção de se afastar até eu dar sinal, então me guia até o sofá e vai para a geladeira, buscando uma garrafa de cerveja para mim e me entregando, se sentando ao meu lado.
– Me explica, por favor, por que eu tô achando que alguém morreu!
– Ninguém morreu, Mike. – Fungo e abro a garrafa. – Só minha casa que tá um inferno! Meus pais querem me enlouquecer.
Mike fica um tempo me encarando perplexo.
– Eu sabia que eles estavam se separando, mas achei que era civilizadamente.
– Tá aí uma palavra que tá bem longe daqueles dois. – Rio amargamente e tomo um gole.
Mike fica em silêncio de novo, me encarando. O choro volta com força, e eu sinto a mão dele repousando em meu ombro fazendo um carinho leve ali, até meio sem jeito. Ficamos um tempo assim, eu não consigo mais controlar os meus sentimentos sendo postos para fora em forma de choro. Talvez eu tenha guardado isso por muito tempo, estava quase soterrado.
– Vem cá. – Mike puxa meu ombro e me faz deitar em meu colo.
Desajeitamente ele faz carinho nos meus cabelos até eu me acalmar novamente, coisa que demora um pouco. Reparo que Mike me encara sem entender nada, até um pouco assustado.
– Ok, vou tentar te explicar. Meus pais estão se separando, certo? – Pergunto e ele assente. – Só que eles estão me usando de cabo de força!
Me sento e me viro para Mike.
– Eles não têm mais o que se atacarem, e então eles usam o que eu faço para se atingirem! Na verdade, minha mãe faz isso para atacar meu pai. Ele é mais tranquilo, até me entende. – Limpo meu rosto e tomo mais um gole. – Mas todo santo dia é isso. Todo santo dia! Eu não consigo mais abafar aquele barulho todo com música, eu não consigo mais sentir conforto, eu só me distraio um pouco com Lucas, que é quando eles param de brigar um pouco pelo resto de senso que eles têm, mas é só final de semana. Tô cansado, Mike.
– Desde quando isso?
– Desde quando eles resolveram se separar.
Mike fica pensativo, então ergue as sobrancelhas.
– Faz alguns meses.
– Sim, três meses. – Tomo outro gole.
– E você só veio falar sobre isso agora? – Mike pergunta espantado.
Dou de ombros.
– Entendi o porquê do choro compulsivo. – Ele estica os braços, tornando a me abraçar, colocando minha cabeça no seu peito.
Torna a fazer carinho em mim. Eu curto esse momento que me fez sair um pouco daquele estresse todo. Mike é uma boa pessoa para essas horas, ele tem paciência e cuidado, mesmo um pouco bruto.
– Tá melhor? – Ele pergunta dando um beijo na minha testa.
Assinto.
– Você todo meigo até dá vontade de te assumir, sabia? – Pergunta sorrindo.
– Não é você que não se apaixona? – Retribui ironico.
– Sou eu sim. – Ele ri. – Mas eu gosto de estar com você. – Beija meus lábios rapidamente. – Só não quero que você se apaixone, não quero te magoar.
– Olha… Mike. – Me ergo, segurando suas mãos. – Eu realmente gosto de estar com você também, mas esse seu papo de "o problema é você se apaixonar" tá me irritando. Eu não vou me apaixonar por você, ok? Eu tenho tudo isso bem resolvido dentro de mim, mas vejo que você não, então melhor pararmos por aqui.
Mike fica boquiaberto, erguendo as sobrancelhas e piscando algumas vezes.
– Isso não vai interferir na nossa amizade. Até por que quando eu aceitei ter esse lance contigo, eu sabia que você ficaria com outras pessoas e que fatalmente iríamos parar com isso, e está tudo bem. – Beijo o seu rosto, e ele retribui. – Agora chega desse papo, até por que quem vai ou já está apaixonado aqui é você. – Zombo deitando no seu colo de novo.
– Tá maluco? – Ele pergunta levemente ofendido. – Por quem?
– Não se faça de louco para andar de ambulância, Mike. – Espreito meus olhos para ele. – Você tá caidinho pelo Chester.
– Não tô não.
– Está sim.
– Não tô.
– Não vou discutir com você. Mas que você está… Está sim!
Mike bufa.
– Você estava me beijando a pouco tempo atrás e agora está dando uma de cupido?
– Sim, Mike. Eu não me apaixono. – Mostro a língua para ele e ele ri, olhando para outro lado.
Ficamos em silêncio por mais um tempo, então seguro o seu rosto e o beijo.
– Última ficada? – Sorrio.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.