História Its real? like a dream. - (please)

POV PERCY.

Se você gostou de uma garota e quer conquista-la não beije a “amiga” com a qual ela acabou de discutir, na frente dela e ainda por cima no dia do aniversário dela.

Por tudo que é mais sagrado Percy Jackson como você consegue ser tão burro?

Depois que me afastei de Annabeth meus olhos foram automaticamente para a mesa onde Rachel estava. Isso mesmo “estava” porque eu só pude ver sua silhueta saindo do lugar. Soltei Annabeth percebendo o que tinha acabado de fazer.

Droga de álcool, droga de hormônios masculinos, droga de cérebro de geleia que você tem Percy!

Piper que dançava com Jason ao nosso lado pareceu perceber tudo e de alguma forma arrastou a loira rapidamente para longe. Jason me olhou irritado.

- vai atrás dela imbecil! – ele disse firme e com isso eu consegui fazer algo, que foi correr até a entrada do lugar.

Vi Rachel com seu lindo vestido azul (que eu particularmente amei ainda mais nela) na calçada chamando um taxi. Ela limpou o rosto o que fez meu coração doer e o desespero me tomar.

- Rachel! – gritei por ela correndo para alcança-la, mas a garota apenas fingiu não ouvir e entrou no taxi que saiu rapidamente trafegando pelas ruas.

Fiquei parado encarando a rua na qual o taxi em que ela estava já tinha sumido.

O que eu faço? O que eu faço?

Desesperei por um momento até me lembrar do celular e tentar ligar para ela.

Caixa postal.

Bufei irritado comigo mesmo.

Justo hoje, no aniversário dela em que ela estava tremendamente linda (mais do que já era) e eu queria muito conseguir ficar com ela de novo, mas Rachel sempre me evitava e dava um jeito de escapar, isso fazia com que eu pensasse que talvez ela não quisesse nada comigo.

Mas é claro que eu não deveria ter beijado Annabeth por causa disso. Se eu tinha alguma chance com ela essas chances se foram naquele momento.

Me peguei pensando no quanto o beijo das duas eram diferentes. Não só no jeito de beijar em si, mas em como faziam eu me sentir. Annabeth era extremamente vulgar e atirada o que quase me irritou se ela não soubesse exatamente como atentar um homem.

Mas Rachel tinha todo aquele lado doce e inocente que eu me apaixonei desde o primeiro momento. Seu beijo era calmo e sensível, ela me fazia querer cuidar dela, toma-la em meus braços e leva-la comigo para onde fosse.

- acorda imbecil! – Jason disse ao meu lado me dando um tapa na nuca.

- ai! Pare de me bater e me chamar de imbecil! – reclamei ao sair de meus pensamentos.

Ele cruzou os braços para mim furioso. De todas as pessoas Jason era o único que sabia o quanto eu havia gostado da Rachel, sobre o que tinha acontecido e de todas as pessoas ele era o mais racional que parecia querer socar minha cara agora (até eu queria me socar).

- porque você é um imbecil e deveria levar uma surra! Qual seu problema? Como pode cair naquele golpe baixo de “bêbada que dança se esfregando”? nem o Leo cai nessa Percy! – ele quase gritou irritado e eu murchei culpado.

- ta bom, ta bom. Agora pare de gritar e me ajude a pensar em um jeito de falar com ela. – disse a ele tentando esconder meu desespero.

Jason fechou a cara para mim e pensou por um momento.

- celular? – arriscou e eu neguei com a cabeça. – melhor você deixar ela por hoje e amanhã pode tentar ir na casa dela. Mas o que você vai dizer? “Oi Rachel sou um completo idiota que beijou sua amiga na sua frente mesmo depois de dizer que gostava de você, ah pior no seu aniversario!” – ele disse irônico e irritado.

Trinquei os dentes para ele.

- você não está ajudando Jason! Mais que inferno eu já entendi que fiz merda, agora me ajude a pensar no que fazer! – Reclamei novamente. Eu não precisava dele atirando pedras agora.

Ele me olhou serio e depois suspirou.

- vamos embora e amanhã você tenta ir la. – ele disse como se não tivesse outra solução e chamou um taxi.

Não consegui dormir direito naquela noite pensando em uma maneira de me explicar a Rachel, se é que ela iria querer me ouvir. Não era como se ela fosse minha namorada ou algo assim, mas ela parecia tão inocente e pura que me fez pensar sobre quanto caras ela já esteve na vida, se é que esteve com alguém. Isso não a tornava ainda mais frágil a mim?

Acordei com meu celular tocando e o atendi com um gemido.

- alo?

- acorda imbecil e vai atrás da sua garota. – Jason disse ríspido do outro lado.

Em partes eu fiquei feliz por ter ele como amigo e primo. Se alguém te acorda em pleno sábado para te lembrar de tentar concertar um erro com a garota que você gosta, com certeza essa pessoa se importa muito com você.

- que horas são? – perguntei sonolento.

- você não dormiu cedo não é? São quase 14:00 já bela adormecida. Levante logo e vá até la antes que eu va ai chutar essa sua bunda branquela. – ele ameaçou e eu dei um salto na cama contendo o riso da ultima parte.

- ta bom, já vou! E deixe minha bunda branquela em paz. – resmunguei me levantando ele bufou do outro lado. – obrigado cara, me deseje sorte.

- te desejo um cérebro. – ele estava mesmo irritado com aquilo. Bufou de novo. – boa sorte e não estrague tudo. – disse mais calmo e eu sorri mesmo depois que ele desligou.

Me encarei no espelho.

Então Percy Jackson o idiota do ano, vamos tentar resolver algumas porcarias que você fez.

POV RACHEL.

Depois que cheguei me joguei na cama e me permitir chorar em silencio.

O que era ridículo porque eu não deveria ter motivos para estar tão chateada. Mas estava.

Dormi sem nem perceber e acordei com a luz forte do sol passando pela cortina e acertando meu rosto, deveria ser tarde ja. Gemi me revirando na cama e então aquela dor estranha voltou com a lembrança da noite passada.

Maldita hora que fui conhecer Percy Jackson!

Me levantei e fui tomar um demorado banho quente. Por mais que eu tentasse não pensar era inevitável já que eu não conseguia me desfazer das cenas deles se beijando em minha cabeça.

Sai do banho depois de algum tempo e me arrumei casualmente. Não me preocupei em ligar novamente meu celular já que não queria mesmo falar com ninguém. Desci e comi alguma coisa rapidamente sem falar muito o que Lydia pareceu estranhar, mas não ficou sondando me fazendo agradecer internamente.

Voltei ao meu quarto e me joguei na cama sem saber o que fazer com aquele sábado dolorido. Era o dia em que Percy vinha até minha casa para ensaiarmos para a peça e eu torci para que ele tivesse algum pingo de noção e não aparecesse.

Mas claro que nem isso ele tinha.

Algum tempo depois ouvi a campainha tocar e fechei os olhos rezando para que não fosse ele.

Nitidamente os deuses não estavam nem ai para minhas rezas.

Alguns minutos depois ouço passos no corredor e não olho para a porta quando ele entra e fica me olhando como um palerma que ele era.

- podemos conversar? – perguntou receoso.

Como doía só de ouvi-lo.

- não. – eu disse ríspida sem olha-lo.

O ouvi suspirar e se aproxima, logo ele se sentou ao meu lado na cama me olhando com preocupação e cautela. Vi pelo canto do olho sua silhueta e aquilo foi o suficiente para eu querer fechar os olhos e chorar.

- Rach, por favor me escuta. – pediu tristemente.

Ah não em chame assim Percy Jackson...

Controlei a raiva repentina que percorreu meu corpo.

- o que você quer Percy? – questionei friamente e ele apertou os lábios.

- quero conversar com você. me explicar, me desculpar...

Desta vez o olhei mortalmente. Ele parecia mesmo arrependido e perdido, mas a raiva e frustração que senti naquele momento me deixou cega e egoísta.

- você não me deve explicações e muito menos desculpas. – falei secamente e os olhos verdes dele estreitaram um pouco para mim.

- eu entendo que esteja chateada, mas não significou nada, eu juro. – disse tentando me convencer.

Respirei fundo fechando os olhos então me sentei na cama o olhando fixamente fuzilante.

- não interessa se significou algo ou não Percy. Como... você... justo ela? Deuses! – bufei irritada sem saber bem o que dizer.

Ciúmes era um sentimento difícil de entender.

Ele me olhou quase que com dó o que me irritou mais ainda.

- Rach, olhe para mim. – pediu serio e eu desviei meus olhos para os seus depois de um momento. Ele estava mais firme agora, seus olhos fixos nos meus como jades brilhantes. – pode parecer estranho, pode parecer o que for, mas eu gosto de você. Gosto de uma forma muito diferente da qual já gostei de qualquer outra pessoa. – ele disse pausadamente para mim como se quisesse que eu entendesse perfeitamente aquilo.

Meu coração se aqueceu e doeu ao mesmo tempo. A imagem dele beijando Annabeth voltou a minha mente como um vírus.

- não diga isso. não diga essas coisas depois do que fez. Não diga como se eu fosse sua namorada ou algo assim. Você não me deve nada Percy e eu entendo que Annabeth é linda e sedutora...

Eu parei de falar. Não porque eu quis, mas porque não conseguia mais.

Percy estava me beijando calmamente com carinho o que fez meu corpo relaxar instantaneamente involuntário.

Droga, como ele era bom naquilo.

Ele se afastou e me olhou de perto, seus olhos de um verde-mar raro brilharam nos meus.

- digo porque é verdade e porque você não é minha namorada porque não quer. – sua voz saiu calma e suave o que fez meu coração derreter.

- o que isso quer dizer? – perguntei confusa.

Que você é lerda Dare! Só isso! me xinguei mentalmente.

Ele sorriu abertamente como se achasse fofo toda minha ingenuidade.

- que eu gosto de você e quero saber se você quer namorar comigo. – ele respondeu simplesmente com aquele ar tranquilo e jeito doce que ele tinha.

Senti muitas coisas naquele momento as quais não conseguiria descrever, mas a que predominou foi como se um choque elétrico percorresse meu corpo todo me deixando sem saber o que fazer por um momento. Parecia que tudo a minha volta tinha desacelerado inclusive meu cérebro que demorou um pouco para processar aquelas palavras.

Abri a boce incrédula.

- você... mas e Annabeth? – foi o que consegui perguntar.

Parabéns Rachel! O cara diz que quer namorar com você e é isso que você responde?

Me dê um tempo consciência, a falha foi sua por ficar lenta! – rebati aos meus próprios pensamentos.

Percy balançou a cabeça levemente negando e me deu um sorriso tranquilizador. Sua mão foi para meu cabelo o colocando atrás da orelha.

- já disse que não significou nada. Foi um deslize que não vai acontecer de novo. – garantiu passando firmeza, mas eu ainda estava desconfiada.

- você sabe que ela gosta de você. – observei e ele deu nos ombros indiferente.

- não me importa. – disse como sempre simplesmente.

- você sabe que eu gosto de você. – falei mordendo o lábio para não sorrir pela primeira vez que eu dizia isso a ele.

Percy que olhava para meu cabelo voltou-se a meus olhos primeiramente surpreso e depois sorriu de leve o que eu achei extremamente lindo.

- isso me importa. – respondeu me fazendo reprimir mais o sorriso.

Como ele conseguia me ter nas mãos tão fácil?

- isso é estranho e novo para mim. – confessei me sentindo corar e ele riu baixo colocando sua mão em minha bochecha e se aproximando.

- tudo bem. – ele disse em um sussurro antes de me beijar novamente, desta vez mais aprofundado demonstrativo.

Ele pegou minha outra mão ao meu colo e entrelaçou nossos dedos como fez antes e isso fez com que eu quisesse ficar daquele jeito para sempre. Seu beijo era tão maravilhoso e viciante, seu toque quente fazia com que eu quisesse tê-lo como um cobertor particular.

Percy parecia tão sincero naquele momento (ou era só cegueira apaixonada) que não consegui resistir, na verdade não consegui nem tentar resistir. Eu queria ele, mais que tudo naquele momento.

Quando nos afastamos pela falta do ar colei minha testa na sua ofegante.

- isso é um sim? – questionou com um meio sorriso contido e eu sorri cedendo.

- sim. – respondi simplesmente antes de puxa-lo para mim novamente e selar nossos lábios mais uma vez.