História It's You - Camren (Lauren G!P) - Garçonete

P.O.V  Camila

Eu me sentia extremamente cansada, não aguentava mais trocar de roupa e fazer alguma pose. Greg exigia de mim, já que eu tinha voltado com tudo para a agencia e agora eu fazia um ensaio fotográfico. E como esses meses eu fiquei na mordomia, agora que eu voltei, aí que me canso rápido mesmo. E para acabar comigo naquele momento, depois de uma ultima foto tirada, tive que ensaiar em uma passarela improvisada. Eu só tinha poucos segundos para tomar um gole de água e depois voltava a ensaiar. Louis ficou com a Marie, eu tinha dado o seio para ele de manhã, enchendo bem a barriguinha dele e o coloquei para dormir, e só então vim para a agencia. Lauren tinha que treinar, ela não poderia ficar o tempo todo em casa, afinal, campeonatos se aproximavam. Minha esposa precisa manter a forma e o ritmo, não pode desaprender nada. Sento em uma cadeira de plástico e visto os saltos, resmunguei internamente por saber que os meus pés vão reclamar.

O salto é realmente muito alto e fino, os fios passavam pelos meus tornozelos, como se fossem tranças. E assim eu tive que desfilar na passarela improvisada, andando de um lado para o outro, balançando o meu quadril exageradamente. E não era apenas isso que eu tinha que fazer, eu treinava as minhas expressões, momentos certos para sorrir, para ficar séria e para mover as sobrancelhas. Sério, depois disso tudo eu to merecendo um belo lanche gorduroso com fritas e um copão de refrigerante. Minhas pernas já reclamavam e as minhas costas queimavam de tanto que eu andava de um lado para o outro.

- Greg! – Faço um bico enorme, queria que acabasse aquela tortura – Por favor.

- Pausa – Ele decidiu por fim – Vá encher o bucho de água e descanse um pouco.

- Sério que ainda tem mais?

- Já ouviu dizer que a beleza dói? – Ele arqueou uma sobrancelha e começou a rir.

- Mas eu não tenho beleza – Resmungo, indo toda emburrada até ao frigobar que tem ao canto da sala e tirei de lá uma garrafa de água.

- Não diga besteira – Greg revirou os olhos – Não é atoa que você é a minha melhor modelo.

- Deixa as outras escutarem isso – Tomo um grande gole daquele liquido gelado e transparente, fazendo questão de beber até a metade de uma vez.

- Serei amaldiçoado para sempre – Greg riu e deu de ombros – E como está o príncipe Louis?

- Uma graça – Me desmanchei ali mesmo – Está com quatro meses e a cada expressão que ele faz, eu fico totalmente derretida.

- Eu imagino! – Sorriu só de imaginar.

- Falando nele, eu preciso fazer uma ligação para a Marie – Vou até uma mesinha pequena que tem perto do frigobar, pego o meu celular que está ali em cima. Rapidamente ligo para a senhora – Marie?

- Oi querida.

- Como está o Louis? Ele já acordou? Está chorando?

- Calma, Mila – Marie riu do outro lado da ligação – Ele está dormindo que nem um anjo, não deu nenhum trabalho.

- Fico mais aliviada assim.

A ligação não durou muito, pois eu ainda tinha que ensaiar arduamente. Terminei de tomar o resto da água e voltei para a passarela improvisada, seguindo as ordens de Greg que me auxiliava no desfile e nas expressões. O meu quadril não aguentava mais ficar balançando de um lado para o outro, nem a minha bunda, pois eu tinha que movimenta-la exageradamente em rebolados enquanto desfilava. Um passo de cada vez. Só sei que quando o Greg anunciou que já estava bom, eu me esparramei pela passarela e fiquei puxando ar, tentando acalmar a minha respiração ofegante. O meu peito subia e descia aceleradamente, mostrando o meu cansaço. Senti uma mão em meu tornozelo e eu já ia soltar um berro, quando percebo que é a minha esposa.

- Amor? – A fito confusa, mas ao mesmo tempo com um sorriso bobo.

- Vim te buscar, minha princesa – Ela fez questão de tirar os saltos dos meus pés.

- Céus, amor! – Se antes eu já estava sorrindo, agora eu parecia o coringa – Você é uma esposa perfeita mesmo, eu te amo tanto.

- Estou sendo perfeita com quem é perfeita comigo – Retrucou com um piscar – Eu sabia que você estaria acabada.

- Está certíssima – Me sento prontamente, a puxando para mais perto de mim – Lolo, você está suada e toda vermelha.

- Você também está suada – Lauren riu e mesmo assim me abraçou – Hoje o sol está castigando, tive que treinar na quadra descoberta.

- Que maldade – Roubo-lhe um selinho demorado – Seu treinador não deveria ter feito isso, poxa.

- Não tem jeito, amor – Lauren suspirou cansada – Quando eu for competir, as quadras geralmente são descobertas e eu ficaria no sol de qualquer jeito – Deu de ombros e um sorriso sapeca nascia em seus lábios – Bora comer um lanche antes de irmos para casa?

- Estou começando a achar que você lê a minha mente – Começo a enche-la de beijinhos estalados.

- Somos almas gêmeas, meu amor.

- Cabello! – Greg me olhou bravo – Você precisa fazer uma dieta.

- É Cabello Jauregui – Trato de corrigi-lo em uma provocação amistosa – E comer algo gorduroso em um dia, não mata ninguém.

Sai da agencia com os meus pertences e com um Greg bravo, mas eu sabia que ele não estava bravo de verdade. Lauren e eu rodeamos a cidade de carro em busca de uma lanchonete agradável. Infelizmente a lanchonete onde os meus pais trabalham, está fechada por hoje, pois está em uma reforma intensa. Então tivemos que procurar por outra que nos agradasse, o que não demorou para que entrássemos. Lauren e eu entramos de mãos dadas, atraindo a atenção de varias pessoas ali dentro, mas que nenhuma tirou o nosso momento de paz, respeitaram e não se aproximaram. Achamos uma mesa vermelha lá no fundo, me senti confortável ali, pois era afastada das pessoas.

- Eu vou ligar para a Marie...

- Não, Lo – Seguro em sua mão, antes que ela pudesse fazer a ligação – Eu já liguei, a Marie disse que o Louis ainda está dormindo.

- Já? Então tá bom – Lauren sorriu relaxada – Que bom então, temos mais tempo.

- É, se ele acordar ou algo acontecer, a Marie ligaria.

- Tem razão – Concordou prontamente e olhou ao redor – Será que eu vou ter que reclamar com alguém? Eu só queria que viessem nos atender logo.

- Eu estou morrendo de fome e sede – Deito a cabeça na mesa – Minhas mãos estão tremendo.

- Eu vou resolver isso – Lauren se levantou, para então, se sentar novamente – Essa não.

- Bom... – A garçonete ia nos cumprimentar quando se calou ao nos ver.

- O que você está fazendo aqui? – Arregalo os olhos ao ver aquela loira parada ali na mesa, usando um uniforme ajeitada e típico de garçonete.

- F-façam...façam os pedidos por favor – Margot pediu, ela parecia estar com vergonha.

- Dois hamburgueres caprichados, batatas fritas, dois copões de Coca-Cola e dois milkshakes de morango – Lauren quem disse, eu apenas ficava olhando para aquela garota sem acreditar no que via – E por favor, não demore, a minha esposa está com muita fome.

Margot anotou os pedidos e sumiu de nossa visão. É sério isso? A garota que ela modelo agora virou uma garçonete? Lauren me olhou como se estivesse pensando a mesma coisa, nós duas incrédulas com aquela situação. Dessa eu não estava sabendo, aliás, eu nem sentia falta da Margot, é como se ela não existisse mais. Mas ali estava ela, trabalhando em uma lanchonete depois de ter perdido o emprego dos sonhos e ter feito toda aquela patifaria. Bom, cada um tem a vida que merece, não é mesmo? Qualquer trabalho é digno, desde que esteja fazendo as coisas certas. Eu nunca vou criticar um trabalho de garçonete, eu já fui uma quando eu estava passando por necessidades. Mas o que eu quero dizer é que a Margot está merecendo isso, pois fez coisa errada e perdeu o emprego dos sonhos, para se tornar uma garçonete. Vamos ver se ela vira gente.

- Aqui está – Margot depositava os nossos pedidos em cima da mesa. Lauren e eu trocamos olhares cumplices.

- Nossa amor, eu nem te conto – Usei do meu tom animado e ao mesmo tempo cansado – Greg está acabando comigo, tive que ensaiar bastante e ainda o fotografo fez uma sessão de fotos.

- Mas é por uma boa razão, minha rainha – Lauren fez questão de frisar “minha rainha” – Não é atoa que você é a melhor modelo e que está em todas as revistas.

- É verdade – Sorrio abertamente.

- Mais alguma coisa? – Margot segurava firme a bandeja de alumínio.

- Amor, se você quiser, eu posso te fazer uma boa massagem nos pés e nas costas – Lauren continuou ignorando totalmente a ex. – E quem sabe algo a mais.

- Olha, eu adoraria – Pisco para ela – Principalmente esse algo a mais.

- Pode deixar então – Ela sorriu maliciosamente – Só espero que o nosso filho não nos atrapalhe.

- É mesmo, mas o nosso Louis é um príncipe e sabe o momento certo para acordar – Fito a loira que parecia impaciente – Finalmente deu certo, nosso filho é uma gracinha e a coisa mais linda do mundo.

- E quando ele sorri? Eu fico tão trouxa – Lauren também encarou a ex. – O sorriso dele é o mesmo que o seu, Camz.

- Mais alguma coisa? – Margot insistiu.

- Não querida, pode ir – Sorrio esnobe para ela, que suspirou pesadamente e girou sobre os calcanhares – Cuidado para não derrubar as coisas.

Eu sabia que dizendo aquilo, surtiria um efeito nela. Pois a Margot está nervosa e impaciente, tudo isso por conta da minha gracinha e a de Lauren, o que faria a ex modelo ficar desatenta. E foi o que aconteceu, ela trombou em uma mesa e o copo de um homem caiu no chão, derramando o liquido escuro. Ele resmungou, brigou com ela e se levantou para pegar um guardanapo, limpando os respingos em sua calça. Pelo que eu pude perceber, Margot pediu desculpas e foi pegar uma nova bebida. Soltei uma risada e voltei a minha atenção para o lanche, abocanhando.

- Você é má, Camz – Lauren começou a gargalhar estrondosamente.

- Eu nem fiz nada, apenas a desestabilizei – Dou de ombros como se não fosse nada – Mas você gostou, não é?

- Claro, sempre – Riu mais ainda – Você é um ícone, amor.

- Eu sei – Jogo o meu cabelo para o lado e abocanho novamente o meu lanche – Isso está uma delícia.

- Uhum – Lauren concordou de boca cheia, logo ela levava algumas fritas até a boca.

- E qual vai ser o nosso plano? – Bebo um gole do refrigerante.

- Que plano?

- Quando pedirmos a conta – Sorrio de lado – Teremos que chama-la novamente.

- Acho que eu tenho uma ideia – Lauren esfregou uma mão na outra, totalmente maligna.

- Somos demais – Levanto a minha mão, ela tratou de bater a dela na minha, fazendo um hi-five.

- O melhor casal, sempre.

Terminamos de comer os nossos lanches, tomamos os nossos refrigerantes e os nossos milkshakes. Lauren fez um sinal com a mão, chamando pela Margot que andava de um lado para o outro na lanchonete. Assim que a vi se aproximando, eu me estiquei toda sobre a mesa, percebendo a minha intenção, a minha esposa tratou de se aproximar pelo resto do caminho, até que os nossos lábios se encontrassem. Eu a devorei ali, dando sugadas e mordidinhas, fazendo questão de deixar o beijo bem exposto, mostrando tudo o que eu fazia. Eu sabia que a Margot já estava ali, parada e esperando que terminássemos. Mas a Lauren fez uma coisa que em deixou arrepiada, ela passou a língua pelos meus lábios, lambendo-os e então, adentrando a língua em minha boca. Ela serpenteava, buscava pela minha e quando a encontro, ambas entraram em uma dança sensual. Quando o ar fez falta, descolamos as nossas bocas, mas antes que eu pudesse voltar para o meu lugar, Lauren me deu um selinho e eu acabei dando outro nela, e assim ficamos nessa sequência.

- Ah gostosa – Seguro em seu rosto e pressiono mais ainda os nossos lábios – Para de ser tão gostosa assim, eu não consigo te soltar.

- Você que é – Lauren murmurou contra a minha boca – Sexy – Um selinho – Gostosa – Uma mordidinha em meu lábio inferior – E deliciosa – Sugou o mesmo lábio.

- O que desejam? – Margot pigarreou.

- A conta, querida – Abano a mão, esperando que a mesma puxasse o seu bloquinho de notas e fizesse a conta ali mesmo.

- Já viu isso? – Lauren esticou a mão, mostrando aquela aliança desenhada e chamativa no dedo, perfeita.

- É, eu fiquei sabendo – Margot parecia querer ignorar.

- Meu casamento foi tão lindo em Bora-Bora, a Camila tem as melhores ideias.

- Diz ai amor, esse casamento foi melhor do que nas Ilhas Maldivas, né? – Faço um joguinho com as sobrancelhas.

- Com certeza – Lauren acenou freneticamente – O melhor casamento da minha vida e olha só, vai ser o único – Sorriu para mim – Pois eu te quero para sempre.

- Ah Lauren, para, eu te amo demais – Me desmancho na cadeira – Sou tão sortuda – Mordo o meu lábio – Imagina quem te teve e te perdeu? A pessoa é realmente muito tapada.

- Eu dou graças a Deus por te ter, meu amor.

- E eu dou graças a Deus pela pessoa ser uma idiota tapada, porque assim você é só minha.

Margot pigarreou novamente, respirou fundo e colocou o papel em cima da mesa, mostrando a conta. Ela saiu correndo, não esperando pelo dinheiro, e ela estava chorando, um choro silencioso, mas eu tinha visto as lagrimas. Lauren e eu depositamos o dinheiro em cima da mesa, junto com o papel, e assim voltamos para o carro. O caminho todo fomos rindo daquela situação, eu não tenho dó, Margot merece coisas piores pelo tanto de merda que já fez. Assim que chegamos em nossa casa, Lauren foi direto procurar pelo nosso filho.

- Cadê o garotão da mamãe? – Ela o achou no colo de Marie, que passava pelo corredor extenso.

- Esse pequeno acabou de acordar e nem sequer chorou – Marie entregou o Louis para a minha esposa.

- Meu neném é incrível – Lauren beijou a bochecha gordinha dele – Cadê o sorriso da mamãe?

- Como você tá, meu filhote? – Beijo a testinha dele, aqueles olhos verdes me fitaram intensamente – Sentiu saudades da mama aqui? – Apontou para mim mesma.

- Aposto que sim – Marie riu – E como foi o treino e o ensaio?

- Doloroso – Deixo os meus ombros caírem.

- Cansativo – Lauren respondeu em uma careta – Estou acabada.

- Foi o que eu pensei – Marie negou com a cabeça – Querem comer algo?

- Não – Nego prontamente, ela me olhou confusa, sabendo que eu nunca nego comida – Lauren e eu fomos em uma lanchonete, enchemos a barriga.

- Tá explicado!

- Olha o aviãozinho – Lauren balançava o nosso filho no ar e fazia um barulho de avião com a boca – Ele está decolando! – O pequeno começou a sorrir, parecendo gostar da brincadeira.

 - Esses dois são bebês mesmo – Estalo a língua divertida.

- O aviãozinho vai pousar na mama, Camz – Lauren levou o nosso pequeno até aos meus braços – E pouso foi realizado com sucesso – Exagerou em um barulho com a boca.

- Neném está se divertindo com a mamãe? – Cutuco a barriguinha de Louis, o mesmo mexeu a boquinha, sorrindo mais ainda – Ah sim, esse neném realmente está se divertindo com a mamãe.

Fiquei admirando o meu filho, que agora ficava quieto em meus braços e soltava um bocejo tímido. Lauren prontamente me abraçou por trás e pousou o queixo em meu ombro, também olhando para o pequeno, guardando cada detalhe dele. Louis tem um cabelo grande, que começava a tomar a testa dele, logo teríamos que cortar. Os olhos estão verdes clarinhos, o nariz enrugado e ele parecia encarar o teto, descobrindo as coisas.

- Peguei o nariz do neném – Aperto levemente o narizinho dele.

- Eu sinto que posso ficar admirando vocês dois para sempre – Lauren comentou em meu ouvido – Eu nunca vou me cansar.

- E eu nunca vou me cansar de você, amor.

- Eu só acho que... – Marie fez uma pausa, para tirar o Louis dos meus braços – vocês deveriam tomar um banho e tirar essa catinga.

- Qual é, Marie? – Lauren protestou.

- As duas estão fendendo a bundas – Marie fez careta e olhou para o pequeno – Não é meu pequeno? Concorda com a dinda?

- Arg! – Resmunguei ao ver o Louis sorrindo – Vamos amor.

- Vamos – Lauren bufou e pegou em minha mão.

- E não demorem no banho, o Louis daqui a pouco vai sentir fome.

Maldita meninas que converteram a Marie.