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História I've Got You - Fillie - All About You


Escrita por: sthingfillie

Notas do Autor


Vocês querem narração da Millie? Então TOMA!

Capítulo 14 - All About You


Fanfic / Fanfiction I've Got You - Fillie - All About You

Rosadele, Toronto, Canadá - Sexta-feira, 17h


All About You


Millie 

Coloco minha mochila no chão, assim que chego ao meu quarto,  me jogando na enorme cama com cobertas felpudas e almofadas confortáveis em seguida. Sentia meu coração bater descontroladamente, mas não havia nenhuma relação com o ato de subir correndo as escadas ou problemas de saúde. Escuto meu celular tocar alto, no bolso da jaqueta, mas o ignoro. Sentia-me anestesiada, como se a qualquer momento fosse desmaiar. O telefone volta a vibrar. Me estico, para o alcançar, encarando a tela do aparelho e vendo o nome que piscava incessante e irritantemente, o derrubo sob o colchão, sem ânimo atender.


-Tudo bem? - Paige, que estava com os cabelos presos e roupa de ginástica pergunta, escorada no batente da porta. 

- Não. - respondo

- Quer conversar? 

- O Louis chegou, na segunda. - conto, mirando o teto, sem coragem de encará-la. 

- Ah… Ok. É esse o problema? - mesmo desconfortável, ela insiste. 

- Não exatamente. - suspiro profundamente, sem me mover. 

- Porque não sai um pouco? - sugere, olhando-me preocupada. 

- Acho que é uma boa ideia. - concordo, levantando o tronco para olhá-la. - Cadê a Kelly?

- Não faço ideia. Ela e a Ava devem ter ido no mercado. - presume, dando de ombros. 

- É única coisa que ela faz agora. - digo, revirando os olhos.

- Não começa, por favor. - pede, mirando minha janela. - Chama seus amigos, ok? Dou carona se você quiser. - oferece, quase se virando para sair. - Só, não quero ver o Louis. 

- Vou fazer o possível. - respondo seu pedido rispidamente, voltando a tombar meu corpo sob a cama, enquanto Paige se afasta. 


Pego novamente meu celular, enviando uma mensagem à Noah, poderia mandar no grupo do "rolê", mas sentia que Finn, o garoto mais lindo, doce, azarado e inocente que já tive o prazer de conhecer, estava tentando a todo custo me evitar. Eu sempre tive a sorte ao meu favor, mesmo que a dita cuja tenha me deixado na mão em alguns momentos, ainda acreditava que esbarrar com ele no meio desse caos era um claro sinal de que ela ainda estava ao meu lado. Porém, apesar de acreditar nisso, também vinha notando uma crescente aura de confusão ao meu redor. 

Levanto, meio a contragosto, e caminho até o banheiro da minha suite. Ao tirar a roupa e me afundar na banheira, coberta por espumas e sais perfumados, continuo refletindo sobre minha curta e vibrante vida. Sentia falta dos meus amigos da Califórnia, meus olhos formigam com as lembranças, pesados pelas lágrimas que eu nunca derrubaria. Não fui criada para me afundar em emoções, ou me deixar levar por elas, sempre centrada, com os pés bem firmados no chão e mente para frente, esses eram os meus lemas, que se provaram ainda mais fortes após toda a confusão envolvendo minha mãe, Paige, Beckham e Ivan. 

Coloco meu roupão, parando diante do espelho, encarando meu reflexo pelo vidro embaçado, em razão do vapor da água quente. Estava feliz, era bom recomeçar, mas sentia uma espécie de raiva me corroer aos poucos, uma amargura crescer em meu peito, como se apesar de aceitar os fatos, me visse como uma completa inútil, apenas sendo jogada para lá e para cá pelas ações irresponsáveis dos outros. 

Bato com força meu punho no mármore branco da pia, fazendo um barulho oco pelo impacto. Fecho os olhos, respirando fundo, pegando minha necessaire de maquiagem e focando minhas frustrações em meu rosto. Ao sair do banheiro, rumo até o closet, escolhendo um vestido branco midi comportado, junto de uma sandália com salto e uma coleção de colares da Harry Winston, borrifo meu perfume de cereja, que uso desde os 12 anos, da L'OCCITANE, e deixo meu quarto, descendo as escadas calmamente, alcançando a porta de saída bem no momento em que Noah encosta o carro de sua mãe na entrada da minha casa. 


-Para onde, senhorita? - ele pergunta.

- Primeiro um café, estou exausta e preciso de cafeína correndo nas minhas veias. - digo, colocando a bolsa nos bancos de trás. 

- É claro, madame. - ele ri. Estava usando um moletom azul petróleo, meias brancas por cima da calça cargo bege, e um tênis Falcon, da Adidas, bastante colorido. 

- Só porque é por minha conta não é? - afirmo, ouvindo o som do motor reclamar pela troca de marcha afobada de Noah. 

- Exatamente! - declara, rindo alto e acelerando.


Logo que estacionamos o carro em uma vaga, vejo Ayla, Sadie e Caleb a nossa espera, porém, apesar de estar feliz com a presença deles, meus olhos varrem cada perímetro da rua, buscando a confusão de cachos negros de Finn, mas não o encontrando. 


-Finalmente! - Ay diz, colocando as mãos na cintura, de forma autoritária. 

- Nem demoramos, para com isso. - Noah agarra a loira em um abraço, antes que a mesma pudesse reclamar. Abraço Sad e Caleb aos risos. 

- Aylão é muito pontual! - beijo a bochecha da loira, que ri.

- Desculpa ser uma senhora de 35 anos. - caminhamos até uma mesa, na parte externa na cafeteria, aproveitando os últimos raios de sol antes do anoitecer. 

- Minha mãe tem 40 anos e não fica de fiscal. - Caleb zomba, chamando Charlie com um aceno, para anotar nossos pedidos. 

- Prometo me controlar, mas não prometo nadinha. - Ayla responde, fuçando em sua bolsa à procura de algum objeto. 

- Hoje é por minha conta, então não ouse a tirar a carteira dessa bolsa! - falo, atraindo o olhar de todos. 

- Você não é nem amiga, é anjo! - Sadie pega minhas mãos, olhando-me de forma teatral.

- Interesseira demais, volte duas casas. - Noah provoca, fazendo a ruiva o olhar irritada. 

- Quero quatro capuccino de canela e um frappuccino com muito chantilly. - peço, assim que Charlie chega até nós. 

- Um macchiato também, em copo especial para senhor Finn Wolfhard. E dois tradicionais, sem açúcar. - Caleb pede, fazendo meu estômago revirar de nervoso. 

- Ah, então o senhor cara de bunda vem? - indago, tentando parecer despreocupada. 

- Nick vai trazer ele amarrado e amordaçado, mas vem. - Sadie explica, fazendo todos rirem. 

- Ele está chateado comigo, não está? - volto a perguntar, sem conseguir controlar minha curiosidade. 

- Amiga, ele está é com ciúmes! - Noah diz, rindo alto. 

- Ciúmes? De que? - franzo o cenho, vendo nossos cafés chegarem. 

- Ele deve ter ficado sabendo de sua saidinha com o Jacob. Aliás, que merda em. - a ruiva, que estava sentada ao lado de Caleb, alcança seu copo, tomando um longo e rápido gole, o que a faz queimar a boca, assustando seu vizinho quando começa a tentar se abanar. 

- Mas o que tem hav… Ah, entendi. - tento esconder o sorriso que surge em meus lábios, levando o copo até a boca. 

-  Quem aguenta esses jovens né? - Ayla debocha, bebericando seu café. 

- Falando no diabo. - Caleb comenta, fazendo com que todos olhem para a rua. Finn, Jack e Malcolm andavam calmamente, conversando baixo, minha atenção para no mais alto. Ele usava uma calça jeans azul clássica, parecida com as da Calvin Klein, mas se eu pudesse chutar, tinha quase certeza de que era alguma imitação, um cinto de couro, também tradicional, e um agasalho com listras que lembravam as feitas em tutoriais no YouTube, super na moda, nas cores pink escuro e branco, nos pés, um All Star surrado de cano alto branco, seus cabelos pareciam úmidos. Ele estava adorável, como sempre. Me viro rapidamente, tentando parecer alheia a sua chegada. 

-Apareceram as margaridas! - Noah diz, me chutando levemente por debaixo da mesa. Noto que Ayla percebeu, pois quase solta uma gargalhada. 

- Se alguém reclamar do horário eu mato aqui mesmo. - Jack puxa uma cadeira, ação imitada pelos outros dois amigos.

- Nada! Nenhuma reclamação para fazer. - Noah tampa a boca de Ayla com suas mãos, fazendo a mesa toda rir. Percebo que Finn tenta não deixar seus olhos chegarem até mim, o que, apesar de engraçado, me irritava. 


Começamos a conversar sobre os treinos para o início da temporada, todos ali tinham planos ou faziam parte de alguma equipe. Quando os relógios marcaram 20h, decidimos abandonar o Starbucks e caminharmos até o Jonn's, pois segundo o meu camisa 99, haveria música ao vivo, e para mim, nada podia ser melhor que isso. 

Adentramos o local, que já estava lotado, pela porta da frente, onde paguei a entrada de todos com meu cartão de crédito. Podia sentir a irritação de meu pai a quilômetros de distância, assim que o gasto fosse registrado e enviado para seu e-mail pessoal. Nick, irmão de Finn, nos recepciona sorrindo, indicando uma mesa no canto, próxima a alguns arcades. Enquanto conversávamos animadamente, Lizzy, Maddie, Gaten, Chloe e Louis chegam ao salão. Meus olhos correm até o meu 99, que encarava Louis com uma carranca, chamo sua atenção, lhe jogando um palito que estava sob a mesa. Quando nossos olhos se cruzam, vejo sua expressão mudar suavemente, mesmo que um bico enorme ainda preenchesse seus lábios, pisco fazendo uma leve careta, ele entende, rindo levemente, passando sua mão pela nuca. 

-Encontramos ele perdido e trouxemos. - Maddie anuncia, fazendo meu contato visual com Finn ser interrompido.

- O que eu te disse sobre o UBER, Partridge? - olho para meu velho amigo irritada. 

- Você fala como se fosse super fácil, Brown. - ele me responde bufando. 

- Nada de bufar para mim! Te faço engolir esse saleiro a seco. - o ameaço, apontando para o objeto. 

- Minha mãe não deixou eu pegar um UBER. - conta, cruzando os braços de forma infantil. 

- Deixa eu adivinhar. Ela disse que não era seguro. - coloco a mão no queixo, tentando segurar o riso. 

- É! Como você a conhece bem, nossa. - o moreno debocha, formando uma carranca igualzinha ao do cacheado, que agora estava acompanhando nossa interação com um sorriso zombeteiro. 

- Dá próxima vou pedir para alguma babá ir te buscar, junto com uma mamadeira e sua cobertinha favorita, ok? - tiro sarro, e todos na mesa riem. 

- Já tentou ser comediante? Você leva jeito. - ele revira os olhos, mas ri. 

- Porque sua mãe não deixa você pegar UBER? - Malcolm pergunta. 

- Ela é muito superprotetora. - Louis responde, olhando para o garoto de óculos. 

- Meu Deus, ela é doida ou ciumenta? - Sadie indaga. 

- Doida. - respondo, rindo alto. - Lili estaria rindo muito dessa sua cara cão covarde.

- Ela não faria isso! - ele me encara, fechando a expressão em uma carranca ainda mais feia. 

- Lili? Sua namorada? - Maddie se apoia na mesa, completamente interessada no assunto. 

- É, ela não me deixaria vir sozinho e eu não pagaria esse mico de ser exposto como o maior filhinho da mamãe. - ele joga um palito em mim, que rio alto. 

- Chorão! Vou ligar para ela e nós duas vamos rir de você. - disparo, fazendo ele volta a me tacar palitos. - TACA A MÃE PARA VER SE QUICA! - grito, fazendo todos gargalharem em sintonia. Meus olhos, imediatamente, voltam a buscar os de Finn, que também buscava os meus, o que me fez rir ainda mais, notando que ele havia novamente entendido, sem eu precisar falar diretamente. 

Pedimos lanches e Louis, junto de Malcolm e Caleb, foram até as mesas de sinuca, onde começaram uma pequena disputa, o resto continuou na mesa conversando, até Nick chamar Finn, tirando o garoto da mesa contrariado. Passados alguns minutos de sua saída, o menino caminha novamente até seu lugar, porém, suas mãos tremiam levemente e gotas de suor surgiram em seu rosto.

-Ayla. Jack. Posso falar com vocês um pouquinho? - pede, com a voz tremendo. 

- Que cara é essa, homem de Deus? - Sadie questiona, mas é ignorada. 


Os três saem da mesa, deixando-me ansiosa. Mesmo contra minha vontade, ficava os procurando em meio ao aglomerado de jovens no bar, querendo desesperadamente saber o que estava acontecendo. Malcolm chama a atenção de Noah, pedindo para que o mesmo fosse até a mesa de sinuca, provavelmente para ocupar seu lugar no jogo. 


-Mas o que está rolando? - Lizzy, curiosa como sempre, pergunta em voz alta, ato que agradeço, pois já estava aflita. 

- Finn deve ser quebrado alguma coisa. Tonto como é. - Chloe dispara amargamente. 

- Nossa, limpa o veneno, está escorrendo pela sua boca. - Gaten a fuzila com os olhos. 

- Acho que não é isso não. - Maddie ignora a acidez da amiga, olhando para Lizzy.

- Vou ao banheiro. - aviso, me levantando e procurando Ayla com os olhos. Caminho por entre os adolescentes em busca de qualquer um dos quatro, mas não os encontro. Decido realmente ir ao banheiro, quando bato de frente com Finn, que estava visivelmente angustiado, saindo do banheiro masculino. 

- Estava procurando vocês, o que foi? - pergunto, encarando seu rosto pálido. 

- A banda que ia tocar furou. - ele engole em seco, não me olhando nos olhos como normalmente fazia ao falar. 

- Putz, que merda! E agora? 

- Nick quer que eu e o pessoal toque no lugar. - meu garoto respirava com dificuldade, balançando a perna incessantemente. 

- Isso é incrível! - seu rosto se contrai-se. - Ah, por isso está assim nervoso. - passo minha mão por seu braço, levando-a até sua mão, que estava gelada e suada, a apertando levemente. 

- Eu não trouxe minha guitarra e… Eu não sei tocar. - ele diz baixinho, quase sussurrando. Ainda segurando sua mão, o arrasto para longe dos banheiros, o levando até a área dos computadores, que hoje estava praticamente vazia. 

- Claro que sabe, escutei um pouco no sábado. Não deixa o medo te paralisar agora. - declaro, pegando sua outra mão, as apertando mais forte.

- A gente nem tem um nome ainda, nem somos uma banda! A gente vai passar a maior vergonha. - ele choraminga, fechando os olhos e apertando minhas mãos. 

- Há quanto tempo vocês ensaiam juntos? 

- Não sei, uns cinco anos, eu acho. - arregalou os olhos, o que faz ele rir nervosamente. Finn era a coisa mais linda desse mundo, eu podia provar. 

- Então deixa de medo. Vocês se conhecem, tem repertório e com certeza dominam várias músicas de cor! - afirmo, sorrindo orgulhosa. 

- Eu não sei… Acho que vou vomitar. - diz o mais alto, olhando para nossas mãos. 

- Quer um abraço? - ofereço, torcendo para que ele dissesse sim. 

- É pedir muito? - fico na ponta dos pés, juntando nossos corpos e passando minhas mãos por toda a extensão de suas costas. Seu cheiro, assim como no outro dia, me invade sem pedir licença, fazendo-me fechar os olhos, apreciando a mistura de sândalo e laranja que o garoto exalava. Ele aperta seus longos braços em minha cintura, me puxando para ainda mais perto, fazendo um arrepio, que não era nada inocente, passasse por todo o meu corpo. Deus, me ajude!

- Você e os outros vão arrasar! Eu tenho certeza. - falo próximo ao seu ouvido. - Ah, sobre um nome. - me afasto ligeiramente, fazendo nossos rostos ficarem à centímetros de distância. - Podemos trabalhar com algo sobre o Canadá, o que acha? - me atrevo a colocar minhas mãos em sua cintura, fazendo cara de pensativa. 

- O que sugere? - pergunta, sem parecer se incomodar com meu atrevimento. 

- Ca.. Cal.. Não… Cor… Não…. Cor… 

- É impossível, nunca vamos conseguir um nome. - Ele me puxa para seu peito, frustrado, apoiando seu queixo em minha cabeça. Sorrio, aprovando 100% sua atitude. 

- Você é o líder! Cadê a esperança e o espírito motivacional? - questiono, divertida. 

- Não sou Júlio César, desculpa. - brinca, rindo nasaladamente. 

- Sem ditadores por aqui. - digo, mas sesso o riso. - Pera aí! Me empresta seu celular. - peço, e o mesmo, apesar de contrariado, me dá seu aparelho sem questionar. Faço uma busca rápida no Google, rindo vitoriosa em seguida.

- Já sei um nome! Pode ser temporário, mas quebra um baita galho hoje. - junto nossos corpos um pouco mais, notando que um calafrio passa pelo corpo do cacheado.

- Qual seria? - pergunta, rindo de canto e olhando nos meus olhos. Sorrio abertamente, podia até imaginar minha cara de idiota. 

- Calpurnia. 

- Calpurnia? Tipo a da história? - ele sorri. 

- Pode ser, se você quiser, mas dá inventar uma outra história depois. - sugiro, apertando sua cintura com meus dedos. 

- Eu gostei. Vou falar com eles. - diz animado. 

- Você disse que não era Júlio César! - brinco, me afastando levemente. 

- Vou sugerir. - concerta. Voltamos a dar as mãos. Ele precisava ir, mas eu não queria soltá-lo. 

- Vai lá. Vou achar um lugar bem na frente. Vou ser a primeira fã!!! - brinco, soltando suas mãos e me virando. 

- Você já deve ter ouvido coisa melhor. - diz inseguro, olhando para os tênis. 

- Para com isso, Finnie. - o encaro, fazendo cara feia. 

- Os fatos. - suas mãos voltam a tremer, o que faz meu coração palpitar de preocupação. 

- Vem aqui. - o chamo. Ele se aproxima, ainda sem me olhar. 

- Deixa de ser bobão, lobão! - volto a ficar na ponta dos pés, me curvando para cochichar em seu ouvido e estalando um beijo em sua bochecha, perigosamente e intencionalmente, próximo de seus lábios. Ele fica estático, com os olhos fechados. - Vai lá e mostra o que você sabe fazer. - me afasto, o deixando sozinho.


Caminho sorrindo comigo mesma até a mesa, ninguém pergunta onde eu havia me metido, o que eu agradeço. 


-Vamos para frente do palco? O show já vai começar. - digo aos meus amigos, que acenam positivamente. 


Arrasto Louis até o palco, e assim que nos posicionamos, alcanço meu celular na bolsa, abrindo a câmara, pronta para registrar aquele momento.


-Quem vai cantar? A banda Ursos e Xarope de Bordo? - Louis caçoa. 

- Para de ser chato. - rebato impaciente. 


Jonn, dono do bar, sobe ao palco animado. 


-Boa noite, pessoal. Nossa banda principalmente, infelizmente, teve um problema e acabou furando com a gente. Mas, como aqui os imprevistos não acabam com a diversão, eu apresento a vocês, pela primeira vez nos palcos, Calpurnia. - vibro de entusiasmo, cruzando meus dedos e torcendo para tudo dar certo. 


Vejo meus amigos entrarem no palco, eu, bem como todo o resto do squad, começamos a gritar e bater palmas, fazendo o resto do bar se unir a nós. 


-Er… Oi. Essa é a nossa primeira vez, então, espero que não joguem nada na gente. - Finn, segurava nervosamente uma guitarra, e falava ao microfone sem olhar para ninguém, mirando o fundo do bar. - Então, aqui vamos nós. 


Os primeiros acordes começam a ser tocados, Ayla mantinha a cabeça baixa, quase escondida sob a cabeleira loira, assim como Jack, que estava com suas bochechas enrubescidas, não conseguia ver Malcolm com nitidez, pois estava sem meus óculos, mas o imaginava também de cabeça baixa. Meus olhos ficam presos em Finn, que estava de costas para a platéia, assim que se vira, de olhos fechados, seus lábios tocam o microfone, imediatamente uma descarga de adrenalina corre por minhas veias, meus corpo se arrepia, minha boca seca, a garganta fecha e as mãos suam. Reconheço a música, era All About You, do McFly. Fecho os olhos, cantando baixinho e mantendo o celular apontado para o palco. Finn não ousa a levantar o olhar de seu instrumento, formando uma pequena ruga de concentração em sua testa. Nos últimos momentos da música, ele procura algo na platéia, repentinamente, seus olhos encontram-se com os meus, mais uma vez naquela noite, pensei que o mesmo estivesse a procura do irmão, desvio e aponto para o lado, sorrindo, mas o mesmo não segue meu comando, parando seus olhos em mim, fazendo com que eu perca o ar por alguns segundos, sentindo-me tonta, a verdade me acerta em cheio, fazendo com que eu quase me desequilibra-se. Louis, que estava se balançando ao som da música, coloca seu braço no meu tronco, me mantendo no lugar. Nosso olhar não se quebra, ele pisca levemente, voltando a fechar os olhos, pronto para encerrar a música. Todos no bar gritam, batem palmas e assoviam. 


-Se me permite um comentário. - Louis berra em minha direção. - Acho que você está fodidamente encrencada. 

- Também acho. - respondo baixinho, olhando para o meu celular, onde uma chamada do Texas acabará de surgir. 








Notas Finais


IRRA!!! Gostaram? Terá alguns tweets e a conversa deles no wpp, tá? Beijos de luz, até """breve"""".


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