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História Izuku Midoriya - O Monarca dos Dragões - Capítulo Especial - Confusão no Vale


Escrita por: Kteteco117 e LucasF98

Notas do Autor


Boa madrugada meus caros leitores, aqui está mais um filler para vocês apreciarem!!
Sei que devem estar ansiosos para a luta do Izuku contra o Katsuki, mas sei que vocês vão gostar desse cap...

Boa leitura a todos!!

Capítulo 23 - Capítulo Especial - Confusão no Vale


Fanfic / Fanfiction Izuku Midoriya - O Monarca dos Dragões - Capítulo Especial - Confusão no Vale

POV Narrador

 

 

O vale do monarca, a terra que fazia fronteira com todos os reinos dos dragões, como também era a ponte para o mundo das criaturas mágicas, seres tão queridos por Gaia que tinham sua própria realidade para viverem em paz, pois quando os humanos se expandiram e começaram a conquistar o globo, a terra inevitavelmente foi banhada com o sangue de todas as espécies durante sua conquista implacável.

 

Dentro deste vale, o monarca comanda completamente tudo e a todos conforme sua vontade, ninguém jamais poderá questionar sua autoridade em sua terra, apenas seus companheiros mais próximos e convidados poderiam entrar e sair dali conforme bem entendiam, um deles era Ancalagon, ancião dos dragões de fogo e conselheiro do jovem monarca.

 

A maior obrigação de Ancalagon era aconselhar e guiar Izuku, durante sua ascensão ao trono de monarca dos dragões, este era apenas o seu maior dever, pois também tinha outras obrigações como conselheiro. Um dos mais importantes era vigiar e zelar pelo vale do monarca, como também a entrada do mundo das criaturas mágicas, A Passagem de Randuin, um portal de pedra à frente de uma cachoeira, que ligava ambos os mundos.

 

Naquele exato momento, Ancalagon e Emara estavam deitados entre as árvores da floresta, conversando enquanto observavam o antigo portal, este que estava vazio e localizado num lugar incrivelmente belo, ideal para descansar e renovar o espírito. Ele ficava num pequeno morro ao fundo de uma clareira, logo à frente de uma cachoeira que jorrava água de um rio subterrâneo, a clareira em si se encontrava no vale do monarca, bem perto da Floresta Ancestral.

 

Emara: A passagem de Randuin, nunca tinha visto ela antes em toda minha vida, Gaia nunca permitiu eu adentrar o vale do monarca para poder ver o portal que liga os dois mundos - comentou para seu parceiro, sem tirar os olhos do portal.

 

Ancalagon: Agora que você é uma subordinada do monarca, pode vir aqui sempre que quiser, pode até pegar meus turnos se assim desejar, é um saco ter que ficar observando esses pilares de pedra, mesmo que a paisagem seja muito bonita.

 

Emara: Olha, até que vou aceitar esta oferta, eu seria uma vigia muito melhor do que você por sinal.

 

Ancalagon: Oxi, acabou de chegar no riacho e já quer deitar na margem? Porque acha que seria um vigia melhor do que eu? - o ancião ficou levemente ofendido pela visível provocação de sua parceira.

 

Emara: Porque eu sei muito mais do mundo das criaturas mágicas do que você, para começar qual o nome do mundo em que eles vivem?

          Ancalagon: … - o grande dragão negro piscou algumas vezes, atordoado com a questão repentina - Eu não preciso saber o nome de onde eles vivem para ficar olhando para um portal, é só cuidar para que ele não exploda ou algo do tipo - afirmou, completamente na defensiva, oque fez Emara rir.

 

Emara: Você ao menos sabe que criaturas vivem lá? - perguntou um tanto incrédula.

 

Ancalagon: Mágicas, obviamente - a anciã da floresta não acreditava no que estava escutando, seria hilário se não fosse trágico.

 

Emara: Por Gaia, amor, você precisa saber dessas coisas, o'que você vai fazer se algum ser do plano de Morthaul aparecer aqui?

 

Ancalagon: Nah, isso não vai acontecer, eles têm guardiões do outro lado que impedem qualquer um de passar, é praticamente impossí.. - antes que pudesse terminar sua sentença, uma forte luz surgiu do portal junto de um som relativamente alto, como se um forte ventania tivesse passado - Mas que porra é essa?

 

Ambos os dragões olham para o portal de pedra, que agora não estava mais vazio como a poucos segundos atrás, nele havia uma criatura humanoide bem pequena se comparada aos dragões que vigiavam o local, ela parecia assustada e tinha ambas as mãos à cabeça, como se não estivesse acreditando no que tinha feito ou aonde estava.

 

Ancalagon: O'Que é aquilo? Parece ser um humano, mas… tem umas partes a mais e a menos - Ancalagon observava curiosamente o ser que estava sentado no chão sobre os joelhos.

 

Emara: Chifres, rabo felpudo, coxas grossas… parece ser um sátiro? - comentou Emara, um tanto confusa.

 

Ancalagon: Uma sátira no caso… o'que a gente faz? - perguntou se virando para sua companheira.

 

Emara: Me diz você, ó grande guardião do portal, o'que deveríamos fazer? - a voz da anciã tinha um leve tom de sarcasmo, o'que irritou Ancalagon.

 

Ancalagon: Eu sei lá, não fui treinado para esse tipo de coisa, Gaia apenas disse, “Cuida para que nada de errado aconteça”, por mim deixamos ela por aí mesmo, com certeza essa sátira vai saber voltar pra casa - ambos voltaram a olhar a garota que, estava visivelmente em pânico, olhando para todas as direções - Ou talvez não.

 

Emara: Eu vou falar com ela, talvez realmente esteja perdida e não sabe oque fazer, fique aqui.

 

Ancalagon: Ei, porque devo ficar aqui? - perguntou indignado.

 

Emara: Porque você é assustador, vai matar a garota do coração.

 

Ancalagon: … TÁ.

 

Dito isso, Emara se levanta e caminha calmamente por entre as árvores da floresta, em direção ao portal para poder auxiliar a garota perdida, esta que já estava de pé e tocando os pilares que faziam parte do portal. A anciã entra silenciosamente na clareira, dando uma boa olhada na garota do outro mundo, ela tinha a aparência de uma jovem mulher como as amigas do monarca, porém carregava alguns traços animalescos evidentes, o'que mostrava que ela era uma criatura mágica com fortes conexões com Gaia.

 

A sátira tinha chifres negros com linhas vermelhas bem vibrantes sobre um longo cabelo azul, que era mais claro na raiz e tomava tons mais escuros conforme chegava às pontas, sendo que ele se estendia até o seu quadril, como também havia várias mechas que caem teimosamente sobre seu rosto. Ela vestia um maiô preto aberto nas costas, como também uma longa meia calça, que tinha desenhos de cor dourada na parte das coxas e logo acima de seus pés, estes em que ela usava um par de sapatilhas. Sobre o maio havia um vestido branco com detalhes vermelhos e dourados que pendia logo abaixo do seios da moça, se estendo até suas costas e cintura, dando um lindo contraste com sua pele bege levemente bronzeada. A sátira também vestia mangas brancas com detalhes azuis e roxos, separadas em cada braço para combinar, por fim, ela tinha um colarinho branco junto de um sino em volta de seu pescoço, que era segurado no lugar por um laço azul com detalhes vermelhos.

 

Emara: “Ela é um tanto… exótica” - a anciã nunca tinha visto algo como a sátira antes, ela era tão única e elegante - “Será que todas as criaturas mágicas são assim?” - naquele momento, Emara já havia adentrado a clareira e observava a garota, que estava ocupada demais tentando achar algo nos pilares enquanto mordia o polegar - Com licença, minha pequena - mesmo falar com toda calma do mundo, não foi o suficiente para fazer a sátira não se assustar.

 

???: KIIIIIIII! - a menor gritou em terror, enquanto corria atrás de um dos pilares para se proteger.

 

Emara: Acalme-se, não irei machucá-la - Emara se manteve parada, tentando parecer o menos amedrontadora possível - Eu sou Emara, estou guardando a Passagem de Randuin, qual seu nome, minha pequena ? - perguntou pacientemente, esperando a garota sair de trás do pilar.

 

???: … - a sátira espiou pelo canto do pilar, seus olhos roxos se esvaiam entre tons rosas e dourados, como um borrão de cores na paleta de um pintor  - Você é um dragão? - perguntou um tanto acanhada.

 

Emara: Desde o final da minha cauda até a ponta do focinho - brincou um pouco, tentando fazer a pequenina ficar mais tranquila - Sou a anciã dos dragões da floresta, Emara, ao seu dispor - a dragoa faz uma breve reverência, o'que deixa a Sátira completamente sem graça ao ver seu gesto de gentileza e humildade.

 

Huali: Isso não é necessário, não precisa se curvar - a menor disse um tanto desajeitada e envergonhada, esta que foi até a frente da anciã e se agachou com as pernas cruzadas, enquanto segurava a saia de seu vestido, numa típica saudação medieval - Eu sou Huali, é um enorme prazer conhecê-la, Anciã Emara.

 

 

Emara: O prazer é todo meu, Huali… mas eu acredito que você não deveria estar aqui, certo ? - ao ouvir isso, a sátira desviou o olhar e começou a esfregar os seus polegares, um tanto ansiosa.

 

Huali: Bem… não - Huali olhou em volta um tanto constrangida - Eu acabei vindo por acidente, é que estou aprendendo a ler em rúnico para poder trabalhar no santuário e quando eu estava limpando a passagem do nosso lado, acabei notando que no nosso portal havia várias escrituras, daí eu acabei lendo elas para praticar e… não fazia ideia de que o portal iria ativar - a garota ficou visivelmente vermelha, a mesma coçava uma das suas bochechas enquanto olhava para o chão.

 

Emara: Ow, um acidente então - “Depois de milênios separados, um acidente fez nossas espécies se reencontrarem, que cômico” - Já que você soube como vir, deve saber como voltar, não? - um silêncio se instaurou no local por um momento, até que Emara o quebrou - Huali?

 

Huali: Hã… eu estou tentando, mas não faço a menor ideia de como voltar, eu tentei dizer as mesmas inscrições que li para vir pra cá, mas não deu certo - era visível a frustração em seu rosto, a sátira coçava a parte de trás da sua cabeça, tentando pensar em algo para tirá-la dali - Você sabe como ativar o portal, dona Emara?

 

Emara: Eu não faço ideia, mas sei alguém que pode saber - a anciã olhou para Ancalagon, que estava deitado no mesmo lugar - Querido, pode fazer favor aqui? - contrariado, o grande dragão negro se levanta e se coloca a andar até Emara.

 

Ancalagon: O'Que aconteceu? A garota não sabe voltar para casa? - perguntou o dragão, enquanto observava a garota, que ficou visivelmente intimidada pela fera.

 

Emara: Não, você sabe ativar o portal?

 

Ancalagon: Não tenho ideia, ela só não tem que fazer a mesma coisa que fez para  vir pra cá?

 

Huali: Não deu certo… o Gaia, me ajude - a azulada coçava os lados da cabeça completamente frustrada, a ideia dela não ser capaz de voltar para casa a desesperava.

 

Ancalagon: Gaia não vai gastar seu tempo para ajudar uma garota perdida - exclamou o ancião, este que imediatamente levou um golpe de asa na cabeça vindo de sua companheira - Ai! Porque fez isso?

 

Emara: Você não está ajudando - Emara se colocou a pensar, tentando lembrar de algo ou alguém que poderia ajudá-los, até que alguém veio a sua mente - Caeda! Talvez ela saiba como ativar o portal.

 

Ancalagon: Caeda? A filha da Duquesa do gelo? Porque ela iria nos ajudar?

 

Emara: Caeda foi expulsa de seu lar pela mãe dela, os dragões de gelo são extremamente racistas e o fato dela não ter escamas não ajudou muito. Até pouco tempo ela vivia na minha floresta sob minha proteção, mas faz algum tempo que não a vejo por lá…

 

Ancalagon: Um momento, dragoa sem escamas? Por acaso ela é completamente branca e tem olhos cinzas que nem de peixe morto? - indagou Ancalagon.

 

Emara: Quem vai ter olhos de peixe morto vai ser você depois de eu golpear sua cabeça! - ameaçou Emara, o'que fez Ancalagon recuar um pouco - Mas é ela sim, aonde você a viu?

 

Ancalagon: Ela está no vale do monarca, Izuku me avisou que a convidou para ficar por lá e que ela vai ajudá-lo a estudar magia, tanto que ela já fez um lugar para isso, um bosque relativamente grande… enfim, vou chamá-la para vir.

 

Emara: Deixa que eu a chamo, vai ser melhor pois ela já me conhece, só me diga aonde é este bosque que eu irei até lá.

 

Ancalagon: Meu amor, você é mais perdida que estrela cadente, se eu só te falar as direções, você vai se perder no caminho até lá e vai se perder de novo tentando voltar aqui. Deixa que eu vou falar com Caeda, você pode esperar aqui e fazer companhia para a pequena.

 

Emara: Ow… está bem - ao ouvir a dura realidade, Emara fica cabisbaixa e visivelmente xoxa.

 

Ancalagon: Oown, não fique assim - Ancalagon encosta seu rosto no da sua parceira e o levanta, na tentativa de confortá-la.

 

Huali: … - a garota sátira não podia acreditar no que estava vendo, dois dragões guardiões tentando ajudá-la a ir para casa, além disso ambos eram um casal com uma química bem única, oque a fez rir baixinho chamando a atenção dos dois - Perdão, é que eu achei que dragões iam ser muito mais ferozes e amedrontadores, mas vocês dois são adoráveis juntos.

 

Emara: Ownt, é muita gentileza sua minha querida - exclamou a anciã, visivelmente lisonjeada pelo elogio.

 

Ancalagon: Posso te devorar se quiser, sabe, só para não frustrar suas expectativas… se bem que acho que eu iria me engasgar - comentou o dragão, olhando para as grossas coxas e nádegas da garota, esta que ficou visivelmente sem graça.

 

Emara: Ancalagon! - a anciã mais uma vez o bate com as asas, fazendo-o exclamar um outro "Aí!" - Vá logo buscar Caeda! Onde já se viu falar isso para uma moça…

 

Ancalagon: Nossa, que drama - sem dizer mais nada, Ancalagon se vira, retornando para a floresta.

 

Quando chegou a uma distância segura, Ancalagon começa a voltar a seu tamanho normal gradativamente, para logo então saltar aos céus e alçar voo, atravessando rapidamente as nuvens. O ancião analisava o vale abaixo dele, o mesmo continuava lindo e sereno como sempre, porém tinha alguma coisa que estava diferente, algo que ele não conseguia dizer com certeza o'que era, apenas tinha a sensação de ter algo fora do lugar.

 

O mesmo deixou isso de lado por enquanto, agora tinha um problemão em suas mãos para resolver, o portal para Morthaul foi usado e uma criatura mágica estava no plano dos dragões, isso não devia estar acontecendo… ao menos não por agora. Focando em sua busca, não se passou muito tempo até que Ancalagon conseguiu avistar o pequeno bosque que Caeda criou, este que ele se pôs a ir sem demoras.

 

Ancalagon aterrissa logo a frente da entrada do bosque, tendo que diminuir o próprio tamanho para poder entrar nele sem destruí-lo, mesmo que suas árvores não fossem tão altas quanto as da floresta ancestral, a quantidade que havia ali faziam o bosque se estender por uma distância considerável. Assim que o dragão negro adentra o local, ele encontra uma pequena trilha na grama que seguia para dentro do bosque, o mesmo começa a trilha atento ao seu redor, havia algo o incomodando profundamente por ali, como se tivesse alguém o vigiando.

 

Conforme seguia a trilha, Ancalagon observava a paisagem do lugar, a maioria das árvores eram bétulas brancas que davam um bom contraste com a grama que cobria todo o chão, porém ali também havia cedros e carvalhos, dando uma boa variedade no lugar que era muito bom de admirar. Sem falar nos inúmeros arbustos, plantas e pedras com musgos que cobriam completamente o chão dali, o local era bem úmido oque fazia tudo ali ser bem verde e vivo, tanto que Ancalagon até se perguntava de onde vinha tanta umidade.

 

Ancalagon: Porque aqui é tão fresco e úmido? - sua resposta veio quando o mesmo começou a escutar o som de água corrente, quando ele seguiu até o som acabou vendo um riacho, este que cortava o bosque e a trilha que ele seguia até chegar numa pequena lagoa - “Eu não vi nenhum riacho ou lago lá do céu, como é que isto está aqui? Será que o lado de fora não é igual o de dentro? Ou eu fui transportado para outro lugar?...” - estas e várias outras possibilidades se passaram na mente do dragão, o'que o deixou irritado - Garota mágica perdida e agora um bosque encantado, mas que dia de merda.

 

Meio indeciso para aonde ir, Ancalagon começa a seguir o riacho até chegar ao lago, este que era relativamente raso e tinha uma grande rocha com um formato oval no centro. O'Que fez o ancião seguir até ali, era o fato que a sensação de ser vigiado era relativamente mais forte naquele local, indicando que talvez a Caeda estivesse por ali.

 

Ancalagon: EI, CAEDA! PRECISO CONVERSAR COM VOCÊ, SERÁ QUE DARIA APARECER? - Ancalagon ficou em silêncio esperando por uma resposta, porém a mesma não veio de imediato - Mas que desperdício de tempo - o mesmo se vira e começa a voltar por onde veio, porém para imediatamente ao ouvir alguém.

 

Caeda: O'Que deseja falar comigo… ancião? - Caeda estava deitada na pedra ao centro do lago, a mesma mantinha um olhar um tanto desinteressado para Ancalagon.

 

Ancalagon: … - Ancalagon olhou bem para a albina, ela com certeza não estava ali a alguns segundos atrás e ele não a ouviu chegando… que porcaria mágica era aquela?... magia era um saco - Venha comigo, tenho um serviço para você - ordenou rapidamente e, sem esperar, o ancião começa a se virar para voltar até Emara.

 

Caeda: Que tipo de serviço? - a albina indagou, o'que fez o ancião parar.

 

Ancalagon: Te explico no caminho - diz o mesmo, não querendo perder mais tempo.

 

Caeda: Ow, então não vou - Ancalagon trava no lugar, ele pensava que estava ouvindo coisas, ela disse que não iria?

 

Ancalagon: O'Que disse ? - sibilou o grande dragão negro.

 

Caeda: Eu não vou, não irei sair do meu bosque para fazer um serviço que não faço ideia do que seja, além disso, você não pode me dar ordens, apenas o monarca.

 

Ao ouvir isso, Ancalagon rugiu para a albina com ferocidade, a fazendo acuar um pouco em sua pedra, então ele entra no lago em passos lentos, indo em direção a Caeda.

 

Ancalagon: Você tem razão, eu realmente não posso lhe dar ordens ou te forçar a fazer qualquer coisa nesse vale, pois não sou o monarca afinal. MAS ESCUTE BEM, CRIANÇA! Eu sou o conselheiro dele, e mesmo que meus ideais e minha forma de fazer as coisas sejam diferentes, os meus objetivos não são. Então se eu vier aqui para lhe dar um serviço, pode ter certeza que o monarca faria isto também! Aliás, eu nem sou eu que preciso de sua ajuda, mas sim Emara - a forma que Ancalagon falou aquilo deixou Caeda apreensiva, ele tinha dito tudo aqui calmamente e com muita clareza, mas o seu olhar parecia carboniza-la de dentro para fora.

 

Caeda: Pois bem… se Emara realmente precisa de mim, irei ajudá-la.

 

Ancalagon: Ótimo, agora saia do seu buraco e me siga, vou te mostrar aonde ela está - exclamou Ancalagon, o'que deixou Caeda um tanto confusa.

 

Caeda: Buraco? Que direito você tem de dizer isso da minha casa? - assim que a albina termina de falar, o dragão negro cospe um mar de chamas nela, cobrindo completamente a pedra e secando parte do lago.

 

Assim que as chamas cessaram, era possível ver que a pedra brilhava num vermelho vibrante e que a altura da água do lado havia descido consideravelmente, mas por mais incrível que pareça, Caeda estava intacta.

 

Ancalagon: Eu venho aqui falar com você, nesse seu maldito bosque encantado, e você não tem nem a decência de me receber pessoalmente, ao invés disso me deixa rodando por aí te procurando que nem um idiota e usa uma ilusão sua para falar comigo, não tem ao menos coragem de me olhar nos olhos de verdade - dito isso, Ancalagon se vira e olha para um ponto específico do bosque - Quando eu disse buraco, não era sobre seu bosque, mas o buraco em que você está se escondendo, VENHA AQUI AGORA!

 

Um breve silêncio se instaurou no bosque, que foi quebrado pelo som de passos lentos vindo das árvores, mais especificamente de onde Ancalagon mantinha o seu olhar. Logo, Caeda aparece saindo dentre as árvores e parando logo a frente de Ancalagon, ela parecia visivelmente nervosa por ter sido descoberta, mas mesmo assim ainda tinha um olhar curioso.

 

Caeda: Como você descobriu? - assim que a albina perguntou isso, recebeu um forte cascudo de Ancalagon - AI!

 

Ancalagon: Criança insolente! Você me desrespeita e nem tem a cara de pau de se desculpar? Sua mãe não lhe ensinou modos? - vociferou o dragão.

 

Caeda: … não - a jovem dragoa respondeu acanhada, enquanto esfregava a cabeça, tentando aliviar a dor do cascudo.

 

Ao ouvir a resposta da menor, Ancalagon se lembrou do que Emara havia dito mais cedo, que Caeda havia sido expulsa de casa cedo e da discriminação que recebia desde pequena. Mas era claro que ela não iria saber como falar apropriadamente com alguém, muito menos com um ancião de cara feia que nem ele, e foi por isso que ela fez tudo aquilo, foi apenas para se proteger.

 

Uma pontada de culpa bateu na consciência do grande dragão, ele estava exigindo muito do comportamento e das atitudes de Caeda, sendo que ela ainda era muito nova e não teve nenhum apoio até pouco tempo

 

Ancalagon: Criança, escute bem - o dragão chamou a atenção da albina, o mesmo esfregava os olhos um tanto irritado, ele odiava ter esse tipo de conversa - Quando alguém vir te ver em seu bosque, tenha a decência de recebê-lo e falar com ele, principalmente se for alguém importante, além disso não fique usando sua magias neles também, é muito rude! Porra, boa parte dos dragões não gostam de vocês porque são um bando de ignorantes de merda, mas daí você chega e usa magia nos outros sem ao menos avisar, isso não ajuda nem um pouco o seu lado e dá mais razão para eles -  naquele momento, Caeda estava olhando para baixo, envergonhada demais para encarar Ancalagon, este que segura seu queixo e o levanta - Olhe para mim quando eu estiver falando com você, mantenha sua postura o tempo todo e nunca se rebaixe dessa forma, vamos! Estufe o peito, arqueia o pescoço, firme essas asas - o ancião deu tapas firmes no peito da albina, fazendo-a arrumar a postura - Assim está muito melhor, agora preste bastante atenção, eu sei o'que aconteceu com você antes de chegar aqui, não deve ter sido nada fácil e te trouxe vários problemas que você não tem ideia de como resolver, não vou pedir para deixar isso de lado, mas lembre-se que você agora vai ser tutora de magia do monarca e dou graças a a Gaia por isso já que sou mais burro que uma pedra nessa questão - ao falar isso, Ancalagon ouviu Caeda soltar um pequeno riso, oque fez sua culpa esvair um pouco - Enfim, querendo ou não somos uma equipe agora, temos que ajudar o nosso monarca a crescer forte, esse é o nosso objetivo principal. Tendo isso em mente, precisamos nos ajudar e espero que quando eu precisar de você, você venha comigo e assim como quando você precisar de mim, pode me chamar que eu vou te ajudar sem perguntar o porquê, entende?

 

Caeda: … - uma equipe? Era estranho para Caeda pensar daquela forma, já que foi solitária desde pequena, mas a ideia de ter outros ao qual ela poderia contar era reconfortante - Eu entendo, muito obrigada senhor conselheiro -  o grande dragão bufou satisfeito com a resposta, não gostaria de ter atrito com aquela jovem ou muito menos brigar com ela, mas tem coisas que ele simplesmente não poderia deixar passar também.

 

Ancalagon: Ótimo, agora que estamos de acordo, vamos até Emara… acredito que você vá gostar do problema que terá que resolver, já que magia é sua jazida - comentou um pouco mais amigável, o'que chamou atenção da garota.

 

Dito isso, Ancalagon se vira e começa a guiar o caminho para fora do bosque, retornando pela margem do riacho até chegar a trilha, a qual eles seguiram em silêncio numa boa parte, até que Caeda o quebrou.

 

Caeda: Ancião Ancalagon - a albina o chamou, este que apenas olhou brevemente para ela sem parar de andar - Será que poderia responder minha pergunta anterior? Realmente queria saber como você descobriu minha ilusão - ainda estava um tanto nervosa ao perguntar aquilo, por causa da reação anterior dele, porém sua curiosidade falava mais alto.

 

Ancalagon: Bem, foi fácil - o mesmo volta a olhar para frente, concentrando-se em não esbarrar em nada - Quando eu me aproximei da sua ilusão, eu pude sentir o seu cheiro vindo da floresta.

 

Caeda: Mas eu tenho o cheiro das plantas e árvores daqui, faz parte do meu feitiço - exclamou com convicção, não acreditando nas palavras do dragão a sua frente, este que apenas riu.

 

Ancalagon: Criança boba, eu senti o cheiro do seu MEDO… e até onde sei, árvores e plantas não sentem medo.

 

Caeda: Aaah sim, entendi… obrigada - a jovem dragoa ficou assustada com oque ouviu, ele foi capaz de achá-la só pelo medo que ela sentiu quando o mesmo rugiu.

 

Após essa pequena conversa, os dois saem juntos do bosque e Ancalagon guia Caeda até a Passagem de Randuin, no caminho até lá ele explica toda a situação que estava acontecendo, oque deixa Caeda visivelmente animada. Assim que chegam na floresta a qual a passagem se encontrava, os dois aterrissam entre as árvores e se colocam a andar até chegaram ao portal, onde encontraram Emara e Huali sentadas, parecendo ter uma conversa.

 

Huali: E é por isso que centauros não usam calças - concluiu a garota, deixando Emara fascinada, porém os dois que chegaram ficaram um tanto confusos com aquilo.

 

Ancalagon: Isso é bem incrível e tudo mais, só que eu trouxe alguém para resolver nosso problema - de trás dele sae Caeda, que anda até Emara e lhe faz uma breve reverência.

 

Caeda: Anciã Emara, Ancalagon me disse que precisava da minha ajuda , estou aqui para ajudar o melhor que posso com o problema do portal.

 

Emara: Ow minha querida, você não precisa mais fazer isso, aliás, realmente precisamos da sua ajuda, tem alguma ideia do que fazer?

 

Caeda: Nunca cheguei a mexer com um portal antes, mas tenho uma ideia por onde começar - dito isso, a jovem dragoa observa o portal por alguns segundos para então olhar para a sátira que estava sentada ao lado de Emara, que também olhava para ela - Você é Huali, certo? - a azulada pisca algumas vezes voltando a realidade, ela tinha ficado tão distraída com a aparência única de Caeda que acabou se desligando da realidade.

 

Huali: Ow! Sim, essa sou eu - exclamou um tanto nervosa.

 

Caeda: Poderia me dizer como é o portal por qual você veio? O que está no seu plano para ser mais exata.

 

Ao ouvir a pergunta, Huali se levanta e começa a explicar como que era o portal de onde veio, ela sabia muito bem como era já que a mesma limpava ele frequentemente. O portal de Morthaul era praticamente igual ao do vale do monarca, 4 pilares de pedra esculpidos com as pontas deles voltadas para o centro. Porém uma diferença marcante era que o portal de Morthaul tinha linhas brilhantes em seus 4 pilares, o'que chamou a atenção de Caeda que andou até um dos pilares de pedra e o tocou com sua mão.

 

Caeda: Hum - a albina passa a rodar em volta do portal, começando a entender sua estrutura.

 

Huali: Quem é ela? E porque ela não tem escamas? Os dragões não deviam ter escamas? - sussurrou para Ancalagon, que estava mais perto dela.

 

Ancalagon: Esta é Caeda, o fato dela não ter escamas é por que ela é muito especial, ela sabe usar magia melhor que qualquer outro dragão, tenho certeza que ela vai fazer o portal funcionar - sussurrou de volta para Huali, que ficou impressionada ao ouvir aquilo.

 

Huali: Que incrível, ela é tão majestosa - observou a sátira.

 

Emara: Com toda certeza - se intrometeu na conversa dos dois, apenas para concordar com a pequena.

 

Depois de um tempo analisando o portal, Caeda se senta ao centro dele e respira bem fundo, ela tinha uma mais ou menos uma ideia de como aquilo funcionava, mas precisava testar antes de fazer qualquer outra coisa.

 

Caeda: Ancalagon, poderia vir aqui? Fazendo favor - pediu a albina, que foi atendida rapidamente por Ancalagon, que se levantou e foi até ela - Pode se sentar aqui onde estou, preciso testar uma coisa - dito isso ela se levanta e vai até aonde estava as outras “garotas”

 

Ancalagon: Você não vai me mandar pro outro lado, certo?

           Caeda: Não, mas tenho que testar uma coisinha… espero que não se importe, posso começar?

 

Ancalagon: Já estou aqui, desde que não me mate, pode fazer - afirmou o grande dragão negro, algo que ele se arrependeria instantes depois.

 

Caeda: Certo… você vai sentir um leve desconforto, mas não vai demorar - dito isto, os olhos de Caeda começaram a brilhar num roxo vibrante e pequenas nuvens geladas começaram a sair de sua boca, logo depois disso ela vociferou em alto e bom som - MIIRAAK! DUFONAAR.

 

No exato momento que Caeda terminou de dizer aquilo, linhas de luz começaram a aparecer nos pilares do portal, ela eram bem fracas e não brilhavam tanto. Porém, uma pequena camada de vapor começou a sair do corpo de Ancalagon, que seguiu até a base dos pilares os fazendo ganhar energia.

 

Ancalagon: Um leve desconforto você disse? - indagou Ancalagon, que sentia como se suas escamas estivessem sendo arrancadas de seu couro.

 

Caeda: Desculpe, fique aí mais um tempinho, já vai acabar - o grande dragão negro grunhiu em resposta, cada vez mais sua dor aumentava como também o brilho nas linhas do portal.

 

Ancalagon: Caeda!! - exclamou com dor, muita vapor estava saindo de seu corpo, quase como se ele estivesse fervendo.

 

Caeda: PRAAN! - de repente, o vapor parou de sair do corpo de Ancalagon, mas linhas do portal brilhavam com intensidade - Deu certo, ele ligou… pode sair daí Ancalagon - o ancião se levanta fazendo uma cara nada bonita e anda devagar até onde os outros estavam.

 

Emara: Caramba, você está bem? O que você fez com ele, Caeda?

 

Ancalagon: Parece que fui emboscado por um dezena de dragões espinhosos, ai ai.

 

Caeda: Eu apenas dei um pouco de carga pro portal, convertendo a energia vital do Ancalagon em mana, já que ele é o maior e mais forte entre nós aqui - ao ouvir isso, Ancalagon dá uma pequena tossida.

 

Ancalagon: Ow, nesse caso então tudo bem - o mesmo ficava de coração mole ao ser elogiado, então deixou a pequena “mentira” de Caeda passar - Agora podemos levar essa sátira para a casa dela?

          Caeda: Ainda não, o portal precisa de mais energia, ele só ganhou o suficiente para ativar por assim dizer -
ao ouvir isso, Ancalagon engoliu em seco, nem a pau que ele voltava para outra rodada - Mas não se preocupe, não vou mais precisar da sua energia vital agora, o portal vai carregar apenas com a energia vital da terra em si… mas tem um problema.

 

Huali: Que problema? - perguntou um tanto nervosa.

 

Caeda: Como eu poderia explicar… a energia do mundo é sempre a mesma, ela nunca se fica maior ou diminui, ela apenas se transforma em outras coisas. Agora boa parte da energia do mundo neste local, está sendo usada pela floresta ao nosso redor, por isso o portal não vai conseguir carregar em sua totalidade e não poderá ser usado.

 

Ancalagon: Não é só queimar a floresta inteira? Eu faço isso rapidinho… AI! - exclamou o dragão, ao receber outro golpe de sua parceira.

 

Caeda: Isso não daria certo, as chamas iriam consumir todas as árvores e a energia que elas carregam, espalhando ela por todo o vale… levaria anos até a energia aqui voltar a normalizar e subir - afirmou a albina - A melhor opção é a floresta em si usar menos energia, que é quando suas folhas caem e ela devolve tudo ao solo.

 

Emara: Quer dizer que temos que esperar até outono? Mas ainda estamos na primavera, vai demorar quase meio ano para isso acontecer - ao dizer aquilo, os olhos da Huali ficaram vazios e ela caiu sentada sobre os joelhos no chão.

 

Huali: Meio ano? Quem vai cuidar da minha priminha? Quem vai patrulhar o Vale de Warmog? MDS A PAPELADA QUE VAI ACUMULAR NA SECRETARIA!! - a garota estava começando a perder a cabeça, porém Caeda interviu.

 

Caeda: Se acalme Huali, eu irei resolver isso rapidinho, não se preocupe - disse tentando confortá-la, o'que dá certo - Se me derem licença - após dizer isso aos anciões, a albina se afasta do pequeno grupo, que olha para com bastante curiosidade - Aqui deve estar bom - uma aura azulada começa a emanar da jovem dragoa, seus olhos começaram a brilhar num azul claro fortíssimo quando ela vociferou - HAALVUT GRAVUUN GOL!

 

Uma forte onda de energia foi lançada por Caeda, que foi sentida por todos que estavam ali, não era como uma onda de choque que derruba e machuca, mas sim uma onda energética que todos sentiram em sua pele e ossos, algo que os atravessou com velocidade mas sem machucar. Após o breve choque de sentir seus corpos serem atravessados por energia, todos olham a sua volta e ficam espantados, tanto as folhas das árvores quanto a grama a grama em si começaram a ficar menos verde e assumirem tons mais amarelados, enquanto a grama parou num tom amarelo-esverdeado, as folhas das árvores começaram a ficar laranja e a caírem no solo, criando um lindo tapete laranja sobre o chão.

 

Ancalagon: Ook, isso foi impressionante - o mesmo admitiu e olhou para Emara - Você sabe fazer isso, meu bem? - sussurrou inocentemente para ela, que apenas o fuzilou com os olhos, o assustando.

 

Caeda: Isso deve resolver o problema de energia, agora só preciso saber como ativar o portal…

 

Emara: A Huali disse que havia inscrições que ela leu e ativou o portal do lado dela, talvez se ela repetir as palavras que usou para vir pra cá, deve ativar o nosso portal, não?

           Caeda: Não, nós dragões falamos uma língua diferente das criaturas mágicas, apenas conseguimos nos entender por causa da magia de Gaia que permeia todas as formas de vida conscientes, por acaso você entendeu alguma das magias que eu disse, Huali? - indagou a albina.

 

Huali: Não… estamos falando em línguas diferentes neste momento? - perguntou um tanto confusa.

 

Caeda: Exatamente, eu usei magia na nossa língua dracônica ancestral, por isso você não entendeu o que eu disse, mas Ancalagon e a Emara entenderam.

 

Emara: Eu ainda acho revoltante você falar, “Toque de outono na terra”, e virar outono do nada.

 

Ancalagon: Supera meu bem, um dia você chega lá… AI! - “caralho, esses golpes ainda vão deixar marca” - Mas como você vai descobrir a magia de ativação em dracônico para o nosso portal? - perguntou para Caeda, esta que ficou pensativa por alguns instantes.

 

Caeda: Tem duas formas, quando o portal do outro lado é ativado para abrir a passagem entre os dois mundos, o nosso consequentemente também é e no momento que isso ocorrer, eu posso descobrir a linha mágica de ativação do nosso portal e elaborar uma frase para abrí-lo. A outra forma é eu tentar ativá-lo na raça na tentativa e erro, já que não faço ideia de como o portal foi feito ou de como sua alavanca de ativação funciona.

 

Emara: Quanto tempo demoraria para você descobrir o método de ativação?

          Caeda: Pode demorar dias no melhor dos casos, mas no pior pode demorar alguns meses… desculpe, não tenho nenhuma ideia melhor no momento.

 

Huali: Ai ai, no que eu fui me meter, será que alguém viria procurar por mim aqui? - indagou a garota, completamente desesperada.

 

Ancalagon: Garota, sinceramente eu acho que não, você é a primeira criatura mágica aqui em milênios e eu duvido que outra vá aparecer pelos próximos séculos, aqui vai ser o último lugar que vão te proc… - antes que pudesse terminar de falar, um clarão se faz nas costas do grande dragão, seguido de o forte som de uma ventania - Mas que porra é essa?

 

Todos se viram para o portal, nele se encontrava outra figura nem um pouco comum por aquele lugar, uma mulher alta de olhos violetas, pele alva e levemente rosada, seu cabelo era rosa e extremamente longo quase chegando ao seus joelhos, sendo que o mesmo era amarrado por uma fita perto da ponta, a mesma vestia um vestido parecido com o traje de uma serva de santuário, branco com várias detalhes em vermelho e estampado com flores de sakuras, já partes da saia dele sendo vermelhas e com detalhes em preto, além de barras douradas em todo o final dele. Porém o que mais chamava a atenção nela era suas orelhas longas e as suas caudas felpudas, tendo 5 no total… era uma criatura de uma beleza sem igual, era um fato incontestável… porém a cara que ela fez ao ver Huali e suas caudas se arrepiando e espichando fez toda a beleza ir por água abaixo.

          ???: HUALI!! O'QUE CARALHOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - a mesma gritou ferozmente, fazendo a sátira gritar em terror e ir se esconder atrás de Ancalagon.

 

Huali: KIIIIIIIIII - Ancalagon e Emara se olharam extremamente confusos, aquilo era muita coisa para se assimilar em tão pouco tempo

 

Ancalagon: Ook… Caeda, por acaso você conseguiu fazer o negócio complicado que você disse que devia fazer para aprender o… - Ancalagon para de falar no momento que vê Caeda com os olhos fixos no portal, os olhos dela brilhavam num roxo tão intenso que vapor da mesma cor saia deles, sem falar que ela estava murmurando algo incompreensível para ele - Bizarro.

 

Emara: Com licença, mas quem seria a senhorita ? - perguntou para aquela que havia acabado de chegar, a anciã estava curiosa e um pouco irritada por ela ter gritado com Huali daquele jeito.

 

Yuriko: … - a rosada parecia retomar sua postura ao ouvir a voz de Emara, ela passou a mão pelas caudas rapidamente para alisá-las e ajeitou seu traje que havia se bagunçado devido o teletransporte - Mil perdões, eu sou Yuriko Tamako, sou a Mestra Sacerdotisa do Santuário de Randuin, é um tremendo prazer conhecer todos vocês - dito isso, a mesma faz um longa reverência e desce do portal - Desculpa ter gritado com você Huali, é que está sendo um caos lá já que você sumiu e fiquei um tanto intensa quando te vi - a sacerdotisa riu um tanto nervosa, enquanto brincava com o seu cabelo.

 

Huali: Por Gaia! Quanto tempo eu sumi? - a azulada ficou desesperada, em sua cabeça ela já estava teorizando que o tempo no vale passava mais devagar, que talvez ela já estivesse fora do mundo dela a anos.

 

Yuriko: Foi só por algumas horas, mas todo mundo ficou preocupado com você, aliás, não esquecer que tem que entregar o relatório das finanças deste mês ainda pra hoje, né? - esclareceu a rosada, que fez a Huali ficar aliviada e desanimada ao mesmo tempo.

 

Huali: Eu sei… maldito relatório - murmurou cabisbaixa.

 

Yuriko: Enfim, vocês devem ser os guardiões do portal, certo ? - perguntou para o casal de anciãos, que estavam apenas em silêncio, assistindo a interação das duas.

 

Emara: Exatamente, me chamo Emara e meu companheiro é Ancalagon, somos conselheiros do monarca, é um prazer lhe conhecer, Mestra Sacerdotisa Yuriko - a mesma se apresentou e lhe fez uma breve reverência - Querido, poderia se apresentar?

 

Ancalagon: Claro, quando eu fizer a volta para casa delas funcionar… SAI DESSA GAROTA! - Ancalagon deu uma leve pancada na cabeça da Caeda que ainda estava murmurando, o que a fez voltar ao normal.

 

Caeda: OUCH! Isso doeu, porque fez isso? - a albina passava a mão na cabeça, aonde havia levado o golpe.

 

Ancalagon: Você parecia que tinha sido possuída por um Ashura garota, só te dei um tabefe para voltar a realidade, o'que tinha acontecido com você? - perguntou um tanto preocupado.

 

Caeda: É que quando a passagem entre os dois mundos abriu, eu expandi minha consciência para poder decifrar a linha mágica de ativação, mas além de fazer isso eu acabei adentrando o mundo deles com minha consciência, acabei aprendendo muita coisa, por exemp…- antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Ancalagon a interrompe.

 

Ancalagon: Por mais que todos estejamos muito ansiosos para ouvir tudo que você aprendeu enquanto murmurava incessantemente, que tal você enviar nossas duas convidadas de volta para casa primeiro? - sugeriu o ancião.

 

Caeda: Ah sim, certo - por um momento a albina havia se esquecido de que eles tinham companhia de fora e, quando ela tornou seu olhar para as duas de fora, teve uma surpresa - Uau, você é uma Kitsune da tempestade… eu me chamo Caeda, muito prazer - a rosada pareceu ficar contente, ao ser reconhecida por um dragão.

 

Yuriko: E você é uma dragoa sem escamas, não há ser em todos os planos mais proficiente em magia do que vocês, somente a própria Gaia em si. É um enorme prazer conhecê-la, me chamo Yuriko Tamako, ao seu dispor - a kitsune lhe reverencia - Você que nos enviará para casa?

 

Caeda: Vou sim, pode deixar comigo - dito isso, a albina se aproximou do portal e vociferou com autoridade - LOT MIRAAD MIIRAAK, BEX FAH HIN KUL - o portal começou a brilhar com intensidade e um grande círculo azul de luz se abriu no centro dele - Pronto, deve levá-las de volta para casa.

 

Huali: HAIIIIIIII! Muito obrigada pessoal, não sei oque teria acontecido se vocês não estivessem por aqui - a sátira exclamou, quase chorando de alívio e felicidade.

 

Ancalagon: Provavelmente teria morrido de fome ou no melhor do caso devorada e… É BRINCADEIRA MULHER, CALMA - o ancião protegia sua cabeça dos golpes impiedosos de sua parceira, o'que fez todos ali rirem.

 

Emara: Não ligue para ele, é um idiota as vezes. Enfim, fico feliz que conseguimos achar uma forma de voltarem pra casa, espero vê-las de novo no momento certo.

 

Yuriko: Pode deixar, Anciã Emara, vou cuidar para que isso aconteça no momento certo, não é Huali? - a mesma disse rispidamente, puxando a orelha da menor.

 

Huali: Sim! Nós vamos sim!! - a mesma disse em gritinhos.

 

Yuriko: Ótimo, vamos indo então - ela entrelaçou o seu braço no da Azulada - Muito obrigada por cuidarem da Huali por mim, não sei oque faria sem ela... até a próxima - após falar isso, a rosada guia começa ir até ao portal junto de Huali, mas para um pouco logo antes de entrar e se vira para Caeda - Minha querida, venha aqui - a Kitsune disse de uma forma um tanto… maliciosa, o'que fez a albina se acanhar um pouco, mas a mesma se aproxima - Pode vir mais perto, eu não vou morder… prometo - um pouco receosa, Caeda se aproxima mais de Yuriko, sendo que esta coloca a mão em seu focinho, assim que chega perto o suficiente - Se queria tanto saber sobre isso, era só perguntar para mim fofa, é rude usar sua consciência nos outros, principalmente aqueles com sensibilidade a magia - a albina recua alguns passos, ela parecia visivelmente surpresa e intrigada com algo.

 

Caeda: Me perdoe e… muito obrigada, Yuriko!

 

Yuriko: Não foi nada minha querida, até mais - sem dizer mais nada, a Kitsune e a Sátira entram no portal, este que se fecha imediatamente após elas passarem.

 

O local ficou silencioso após a grande ventania que o portal fez ao se fechar, tanto Emara quanto Ancalagon ficaram curiosos para saberem sobre oque Yuriko estava dizendo para Caeda, mas tinha algo mais urgente acontecendo no momento.

 

Emara: Ancalagon, você sentiu isso? - perguntou preocupada.

 

Ancalagon: Tem como não sentir? Esse maldito frio que se instaurou aqui.

 

Caeda: Do que vocês estão falando? - perguntou um tanto confusa.

 

Emara: Você não deve estar sentindo muito por ser uma dragoa da neve, mas o ar está mais gelado que o normal… também há uma névoa se formando por aqui - a anciã observou, uma densa névoa começou a cobrir a pequena clareira aonde eles estavam.

 

Caeda: O que isso quer dizer? Tem algo acontecendo com o vale?

Ancalagon: Pior, com o nosso monarca… ele está com medo, mas tem algo mais -
um forte trovão ecoou por todo o vale - Ele também está com raiva, um forte ressentimento… será que ele está brigando com aquele loiro desgraçado? Nem fudendo que vou perder isso! Vamos até o lago central! Estou esperando por esse momento a 12 ANOS!!! - sem dizer mais nada, Ancalagon dispará floresta adentro.

 

Emara/Caeda: O'QUE?! - as duas se entreolham por um momento, completamente confusas com oque o ancião disse - ESPERA A GENTE - ambas desataram a correr atrás de Ancalagon, tentando entender o que estava acontecendo.


Notas Finais


Fala ae pessoal, oque acharam em?? Espero que tenham gostado!!
Qualquer dúvida, comentário, crítica, elogios ou xingamentos, podem ser feitos na seção de comentários abaixo!!

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