História Izuku Midoriya: O Herói do Protagonismo (Sendo Reescrita) - 014 - Conversas...

P.O.V NARRADOR ON

Izuku demora um tempo para raciocinar onde estava. Ele encarava o ser musculoso em sua frente sem entender o que era aquilo.

Mas, aos poucos, ele vai entendendo o que estava acontecendo e, junto com entendimento, seu rosto ia mudando para um tom de raiva.

– É, acho que temos que conversar mesmo! – Fala Izuku, sem conter sua raiva.

– Bom, parabéns por chegar aos 100% do meu poder! – Diz Takemichi. – Agora você consegue ver até dois ou três golpes no futuro, claro, eles sendo físicos.

– E, bom, agora que você desbloqueou meu poder, eu vou te explicar qual é ele e como é. – Fala Luffy, tomando a frente. – Meu poder permite que eu transforme todos os meus ossos em borracha, me dando uma resistência, força física e velocidade sobre-humanas, como é padrão de todos nós. – Fala, se sentando e sorrindo. – Eu tinha uma gama de ataques, e você acabou usando algo inconscientemente, porém outros eu não consegui passar, como as “marchas”. É uma pena... – Fala, tirando seu sorriso. – Entretanto, você agora é invulnerável a tiros de qualquer tipo de arma, pode ser amassado e esticado sem morrer. Não é incrível? – Pergunta, voltando a sorrir.

Izuku não responde. Ele fica em silêncio, esperando que seus antecessores falassem mais algo. Porém, nenhuma palavra foi dita por eles.

– É só isso? – Ele pergunta, com raiva. – SÓ ISSO QUE VOCÊS TÊM A ME DIZER?

– Er... Sim? – Naruto fala, sem entender.

– É? E QUANTO A TUDO QUE EU PASSEI NESSES DIAS? – Izuku grita, assustando-os. – E QUANTO AO ALL MIGHT MORRENDO NA MINHA FRENTE? E QUANTO A TUDO TER SIDO MINHA CULPA? – Grita, chorando. – E QUANTO A PORRA DO SHIGARAKI QUE TEVE TREINAMENTO E CONVERSA TODO DIA COM A PORRA DE SEUS ANTECESSORES, ENQUANTO ESSA É A SEGUNDA VEZ QUE VOCÊS FALAM COMIGO?!

– Izuku, calma... – Natsu tenta dizer, mas é interrompido em sequência.

– AGORA VOCÊ ME PEDE CALMA? A LIGA INVADIU A USJ POR MINHA CULPA! A KOMORI MORREU POR MINHA CULPA! A ASHIDO TAMBÉM! O JAPÃO PERDEU O HERÓI MAIS FORTE QUE JÁ PISOU NESSE PAÍS POR MINHA CULPA! – Izuku grita, chorando muito. – E VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMO?!

– Nós sabemos o que você sente! – Fala Meliodas. – A maioria de nós perdemos nossos mestres também.

– É... – Naruto diz, pensando em Jiraya. – ...eu entendo bem a sua dor.

– Então, se vocês sabem tanto como é perder alguém tão importante, por que não me ajudaram? – Pergunta Izuku. – Em todos esses meses que estivemos juntos... Por que vocês, nenhuma vez, apareceram para me ajudar? Para me treinar?

– Nós... fomos idiotas... – Fala Goku, virando seu rosto.

– Como assim? – Pergunta Izuku.

– Nós achamos que você conseguiria, sabe, sozinho... – Diz Naruto. – Nós apostamos muito em você, Izuku.

– Mas isso não justifica vocês me deixarem sozinho! – Fala o Midoriya.

– A verdade é que... Nós não podemos nos comunicar muito com você... – Fala Luffy.

– O que? Por quê? – Izuku pergunta, sem entender.

– Bom, a cada vez que você conquista mais do nosso poder, nossa essência que está impregnada no PP vai acabando. – Fala Luffy, mostrando eu seu dedo estava sumindo.

– Mas... – O esverdeado olha para Takemichi. – ...você vai morrer?

– Sim! – Takemichi fala sorrindo e, só então, Izuku percebe que quase todo o corpo do Loiro já estava sumindo – Desde que você conseguiu 100% do meu poder, meu corpo vem sumindo. E, quando entramos em contato com você, ele some mais rápido. – Diz, mostrando seu pescoço que sumia rapidamente.

– E isso acontece com todos nós. – Fala Naruto, mostrando que seu dedo também sumia, sendo que mais lento que o de Luffy.

– Então, como o Shigaraki conseguiu? – Pergunta Izuku

– Eu não sei. – Fala Meliodas. – Ou eles deram suas vidas para treiná-lo, ou não são as mesmas regras.

– O que queremos dizer, Izuku, é que adoraríamos estar treinando você. Adoraríamos estar juntos nesses momentos difíceis para você. Mas nós não podemos. – Diz Goku. – Meus pêsames pela morte do seu mestre. Me perdoe por termos sido insensíveis. Mas saiba que não é por nossa opção.

Izuku, com os olhos cheios de lágrimas, assente e sorri para os seus antecessores.

– Galera... Chegou minha hora. – Takemichi fala e todos olham para eles. O menino estava em seus momentos finais, com seu corpo se desintegrando por completo.

– Obrigado por me dar seu poder, Takemichi! – Izuku agradece com um sorriso.

– Você é o melhor antecessor que eu poderia ter, Izuku Midoriya. – Fala Takemichi, sorrindo. – Finalmente eu vou poder me reencontrar com a Hina, Draken, Chifuyu... – Ele diz, mais para si mesmo do que para os seus amigos. – Midoriya, saiba que a culpa de nada que aconteceu foi sua, certo? – Diz, enquanto o resto do seu corpo sumia. – Você foi um grande Herói!

E com essas últimas palavras, a essência de Hanagaki Takemichi some!

[...]

Izuku abre seus olhos e percebe que está na cama do seu quarto, sozinho. O menino levanta seu corpo para se encostar na parede e olha para os lados, vendo que já estava de noite.

O menino olha o horário, vendo que eram quase 21:00, o que significava que o horário de visita noturno já tinha começado a duas horas e, como nos últimos dias, ninguém havia aparecido.

Conformado que não iria receber ninguém, novamente, Izuku apaga a luz do seu quarto e se deita para dormir.

Mas, antes que adormecesse, ele escuta a porta do seu quarto sendo aberta e a luz acesa.

O menino não fez questão de olhar quem era, pois com certeza seria o médico ou uma enfermeira.

– Aparentemente, ele já adormeceu. – A enfermeira fala, confirmando as suspeitas de Izuku. – Bom, você pode aparecer por aqui amanhã. A irmã dele sempre vem o visitar perto das três. Se quiser vir esse horário...

– Ah, certo! Vou vim sim esse horário. – Uma voz feminina surge, logo depois da enfermeira.

– Ibara?! – Izuku chama, reconhecendo a voz e se levantando rapidamente.

Na sua porta, estava a menina de longas videiras verdes o olhando com um olhar de confusão, sem saber se estava feliz ou não pelo menino estar acordado.

– Oi... – Ela fala, entrando no quarto e fechando a porta. – Podemos... Conversar?

[...]

– Nós não deveríamos estar fazendo isso! – Fala Kendo, com ressentimento. A menina estava vestindo um top branco e uma calça jeans rasgada em seus joelhos.

– Você quem me chamou para vir aqui. – Izumi diz, olhando para uma lanchonete, parecendo procurar alguém. A esverdeada vestia uma blusa preta com uma saia, curta, branca. – Não venha com um pé atrás agora.

– Agora eu já não tenho tanta certeza de que deveríamos ter feito isso. – A ruiva fala.

– Eles não chegaram ainda... – Fala a esverdeada, indo em direção à lanchonete. – ...vamos pegar uma mesa mais ao longe, assim veremos tudo. – Diz a menina, olhando para sua amiga e percebendo que ela estava com um pé atrás. – Ei, vai dar certo, confia em mim!

– Nem você e nem seu irmão são de confiança. – Kendo fala, com um olhar de raiva e tristeza.

Izumi arregala seus olhos ao escutar aquilo, mas respira fundo e suspira. A menina estava certa, querendo ou não.

– Se não somos de confiança, por que você foi correndo até mim quando escutou a conversa da Setsuna? – Izumi pergunta, com uma sobrancelha arqueada. – Embora eu entenda seu ponto, não faz muito sentido você vir até mim... – Ela diz, fazendo Kendo arregalar seus olhos. – Ah não ser... Que você quisesse ir até o Izuku, mesmo não confiando nele. Mas, como ele está fora de cena, você veio até mim porque eu sou, literalmente, a imagem e semelhança dele. – Kendo vira sua cara, ao escutar aquilo. – Não... Não foi porque ele está fora de cena que você veio até mim...

– O que? – Itsuka diz, engolindo seco.

– Foi porque você quer ver ele, não foi? – Ela pergunta. – Você tá com saudades dele. Mas seu orgulho e sua desconfiança não deixam você fazer isso, certo? Me diga, Kendo, quantas vezes você, ou alguém da nossa sala, foram ver meu irmão depois do que aconteceu? Nós realmente escondemos coisas de vocês. Muitas coisas. Mas, se nós não contamos ainda, nós temos um motivo, não acha?

– Izumi... – Kendo fala, arrependida. – ...me desculpa...

– Cala a boca! – Izumi fala, olhando para algo além de Itsuka.

– Não, sério, me desculpa. – A ruiva tenta dizer.

– Não, Itsuka, olha! – A Midoriya fala, virando a ruiva.

– Então era com ele que ela ia se encontrar. – Fala Kendo, vendo que Setsuna e Todoroki acabaram de chegar na lanchonete.

FLASHBACK ON

Um dia depois do dia da USJ, Kendo estava indo para a casa de Setsuna. As duas tinham combinado, junto de Ibara e Pony, de irem na casa dos pais de Komori para prestarem apoio e ajuda-los com o funeral, já que eram próximas das meninas.

Mas, ao chegar na casa de Setsuna, a menina não encontra os pais da menina em casa, o que era normal na casa da esverdeada, e se dirige até o quarto da Tokage, a ruiva percebe que sua amiga estava estranha, dentro do seu quarto.

– ...Me perdoe, juro que não vai mais acontecer! – A menina falava, parecendo assustada, para seu celular. – Quais são as novas ordens? – Fica um tempo em silêncio, enquanto a pessoa do outro lado da linha falava. – Certo, daqui a dois dias, na lanchonete Cloud. Estarei lá, sem falta! – Ela diz. – Por favor, não façam nada com eles! – Pede, quase como se suplicasse.

Itsuka vê Setsuna desligar o celular e tacar ele fortemente no colchão, antes de limpar uma lágrima solitária em seu rosto.

– Eu te odeio, te odeio, te odeio! – Fala a esverdeada, assustando a ruiva.

FLASHBACK OFF

– Isso não faz sentido. – Fala Kendo. – Ela sempre disse que não conhecia o Todoroki. Mas, do jeito que eu ouvi eles conversando, com certeza eles já se conheciam há um tempo.

– E ela odeia o Todoroki? Mas por que está com ele agora? – Izumi pergunta, estranhando.  

– Para onde eles estão indo? – Pergunta a ruiva, vendo os dois passarem pela lanchonete e irem para um beco escuro.

As duas os seguem e ficam atrás de um lixeiro, na entrada do beco. Discretamente, elas buscam os dois com o olhar, vendo-os mais no fundo do beco, aparentemente, conversando.

– Eles estão querendo sua cabeça, lá na sede. – Todoroki fala, chamando a atenção das duas meninas. – Você quase nos entregou. Ainda bem que o Dabi interferiu na sua idiotice e nos salvou.

– Me desculpa! Eu entrei em pânico na hora. – Diz Setsuna, nervosa. – Achei que o Dabi ia realmente me matar.

– E ele queria. – Diz o menino. – Mas você é importante para a Liga, e eu convenci eles a te pouparem.

– Obrigada, Todoroki! Muito obrigada! – Setsuna agradece o menino.

– Não há de quer. – Shoto fala, como se não fosse nada demais. – Se não fosse por você, nós não conseguiríamos pegar o cronograma da UA. E você foi realmente muito importante na descoberta do caderno do Izuku.

– Bom, e quanto a...

– Relaxa, nada vai acontecer com ninguém. – Ele diz, tranquilizando ainda mais a menina.

– Nossa, não sei nem como te agradecer. – A esverdeada diz, abraçando o menino.

– Bom... – Todoroki começa a falar. – ...tire sua roupa!

– O que?! – Setsuna perguntou, arregalando seus olhos.

– Tire sua roupa! – Ele manda.

– Você está louco? – A esverdeada pergunta, irritada.

– Eu estou mandando. – O bicolor fala, enquanto o clima fica mais frio e quente, ao mesmo tempo. – Ah não ser que você queira que eu fale com o Shigaraki e Dabi...

– NÃO! – Ela grita, mas tem sua boca congelada pelo poder do menino.

– Nem tente, você sabe que eu sou o mais forte daquela sala. – Fala o menino. – Você sabe que eu me seguro naquela escola, para acharem que aquela loira peituda e o esverdeado veado são realmente fort... – Ele leva um tapa da menina. – O que foi? Só porque eu falei daquele lixo Quirkless? – Pergunta, se referindo a Izuku. – Bom, eu vou lhe ensinar uma lição...

Os próximos quarenta minutos foram do mais puro nojo, raiva e trauma para as três meninas naquele local.

Izumi e Kendo, mesmo com raiva da menina, tentaram ajudá-la. Entretanto, ao congelar uma parte do corpo da Tokage, ele acabou congelando o ambiente em volta e, como consequência, as pernas das duas meninas.

Após terminar seu trabalho, Todoroki descongela todo o ambiente, segura Setsuna e sai do local, sem nem olhar para trás.

No local, Kendo e Izumi se levantam em completo êxtase, se deparando com toda a “sujeira” causada pelo menino.

– A Setsuna... – Kendo fala, com lágrimas nos olhos. – ...nos traiu?

Continua...