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História Janelas de Vidro - Capítulo 7: Verdades Irrefutáveis


Escrita por: SweetBeauty

Notas do Autor


Olá bebês!
I'm back! SSAHSHASHSA'
Achei que esse capítulo fosse demorar pra sair, mas veio mais rápido do que pensei SHAHSHASAH
Quero agradecer imensamente ao carinho de todos vcs que se esforçam a comentar e deixar suas opniões, isso é muito importante pra mim <3
Quero agradecer também a todos que favoritaram essa fanfic <3 Isso é estimulante para qualquer autor!
Mto obrigada, e fiquem com mais um capítulo dessa novela JiKook cheia de emoções KKK'
kissis e até <3

Capítulo 8 - Capítulo 7: Verdades Irrefutáveis


Fanfic / Fanfiction Janelas de Vidro - Capítulo 7: Verdades Irrefutáveis

Jungkook sentia um formigamento gostoso em suas costas, algo que o fazia despertar pouco a pouco. Agarrava o edredom macio enquanto sentia um peso sobrecarregar seu corpo por trás, era Jimin e este parecia demasiadamente confortável. Jeon abria os olhos lentamente sentindo um aconchego lhe perpetuar. Como era boa aquela sensação... Era quentinho ali e Jungkook sentiu um súbito desejo de permanecer assim pra sempre.

 

Podia sentir a intimidade do alfa amassar a sua traseira de tão apertados que estavam, era gostoso. Sentia-se protegido naquele aperto quente de conchinha. A respiração do Park batia contra seu cangote fazendo Jeon sofrer arrepios estimulantes. Instintivamente o ômega riu acariciando o braço destro alheio que estava envolto ao seu quadril, pendendo a cabeça para o lado em busca de sentir mais próximo aquela respiração aprazível de Jimin.

- Jungkook... – escutou os sussurros abafados do alfa desabrocharem por seus ouvidos, lhe trazendo aquela sensação boa de ser desejado pela pessoa que gosta.

Jeon se remexeu risonho na cama sentindo cócegas estimulantes em sua nuca por causa da respiração pouco ofegante do Park, seus olhos viajaram pelo aposento e durante esse meio tempo pôde ver nitidamente o horário no relógio da cabeceira. Marcavam exatas 05h00m, e fora nesse momento que o ômega se chocou de volta a realidade. Havia adormecido com Jimin e esquecido do tempo e do resto do mundo, seu omma deveria estar surtando por conta do seu desaparecimento.

Jungkook se ergueu na cama num quase salto, estava assustado. Fitou Jimin ao seu lado que parecia dormir profundamente e então tomou cuidado ao se desfazer daquele aperto para não acordá-lo. Sentia-se triste por ter que deixá-lo, mas não podia ignorar sua realidade. O ômega levantou-se cauteloso deixando seu espaço vago na cama, fato que fizera Jimin agarrar o edredom e os travesseiros imaginando que fosse Jungkook. Jeon riu bobo ao testemunhar aquela cena e então se vestiu rapidamente.

Quando estava prestes a sair pensou que não podia deixar Jimin no vácuo, e assegurando essa ideia o ômega buscou qualquer rascunho e caneta, encontrando os primeiros que viu pela frente. Se apoiando numa cômoda Jungkook escreveu um bilhete para o Park.

 

 

Foi Maravilhoso o tempo que passamos juntos. Mesmo que quisesse não poderia descrever apenas com palavras o quanto foi deslumbrante a noite que tivemos. Ontem enquanto fazíamos sexo você me disse que estava louco por mim, posso afirmar o mesmo Jimin, estou louco por você, completamente louco e apaixonado. Sei o que isso significa, e sei o quanto é perigoso e errado tanto para mim quanto para você, mas já me sinto irracionalmente cedido a essa paixão. Guarde os meus beijos e caricias na sua memória...

Com amor, Jeon Jungkook!

 

 

Com cuidado o ômega embrulhou aquele pedaço de papel e caminhou pelo quarto o colocando debaixo do abajur da cabeceira ao lado esquerdo do alfa. Queria que estivesse o mais visível para ele. Sendo assim, Jungkook aproximou-se do corpo do ruivo adormecido e lhe deixou um selar cálido nos lábios sorrindo minimamente ao afastar-se e caminhar para fora da mansão.

Jungkook andou em passos lerdos pela casa e durante o caminho não encontrou vestígios do governante Chunghee, sendo assim continuou o seu trajeto até se ver livre daquele lugar. Passado determinado tempo, Jeon se viu de volta a sua pequena casa, cujo se mantinha escura pelos aposentos de luzes apagadas recebendo apenas a claridade do dia pelas janelas.

Locomoveu-se pelos aposentos subindo pelas escadas com máximo cuidado para não acordar ninguém. Soube que estaria ferrado com seu omma, mas Jungkook preferiu ignorar esse detalhe. Ao chegar ao último degrau e entrar no corredor, Jeon sentiu seu coração quase saltar pela boca ao tombar de cara com o irmão que estava bem a sua frente no escuro.

- Que merda Hoseok! – xingou levando a mão ao coração acelerado.

- Nosso omma está furioso com você. – respondeu naturalmente de braços cruzados. – Isso são horas de chegar em casa?

- Nada diz respeito a você. O que tiver que tratar com ele, irei tratar com ele. – retrucou rudemente. – Agora dei-me licença, quero passar. – completou de cara emburrada.

- Vou descobrir o que esteve fazendo ontem á noite. – ameaçou. Suavemente aproximou as narinas do irmão, o fungando. – Está fedendo a alfa. – Jungkook apenas revirou os olhos num bufo impaciente.

- É mesmo? Olha, acho que não vai gostar de saber o que andei fazendo então. – replicou também de braços cruzados. Mesmo que estivesse omitindo a situação, não tinha medo de Hoseok.

- Vou descobrir com quem esteve e irei contar tudo pro omma. – terminou mantendo aquela feição confrontadora.

- Sim, conte tudo pra ele. Conte que estive na casa de Tae participando de uma orgia, por isso demorei tanto. Agora me deixe passar caralho! – perdeu a paciência soltando um berro no final da frase. Deixou um empurrão em Hoseok correndo diretamente pelos corredores a caminho de seu quarto. Tudo o que necessitava era de um bom e longo banho.

Jungkook adentrou no banheiro de seu quarto despindo-se e posteriormente ligando o chuveiro elétrico na temperatura morna. Sentia a água quentinha cair em sua pele eriçando todos os pelos de seu corpo, trazendo aquela sensação prazerosa de macies e conforto. Enquanto se banhava Jeon recordava-se da noite extraordinária que passara com o alfa milionário. Sentia uma pena em tirar os vestígios de Jimin em seu corpo, amava o saber que o ruivo fora somente seu por uma noite inteira, mas era necessário. O ômega apenas desejou por novas oportunidades assim...

Enquanto isso Hoseok teimava em monitorar os passos do irmão. O mais velho rodou a maçaneta da porta do quarto de Jungkook com cuidado para não fazer demasiado barulho, e vasculhou todos os cantos do aposento a procura de alguma coisa que pudesse entregar o caçula. Soube no mesmo instante que o irmão estava no banho pela forte correnteza de água que escutava eclodindo pelo quarto. Aproveitou esse tempo então para buscar o celular do mesmo.

Jungkook desligou o chuveiro saindo do box e se enrolando no roupão que antes jazia pendurado no cabide. Com uma toalha em mãos o ômega umedecia seus cabelos enquanto saia do banheiro, topando-se diretamente com Hoseok mexendo em seu smartphone. Os olhos do castanho se arregalaram de fúria exercendo um grito raivoso que fizera o mais velho quase deixar o celular cair.

- O que está fazendo aqui imbecil? – gritou imediatamente tomando seu celular das mãos de Hoseok. Ligeiramente vasculhou seu aparelho percebendo que nada estava fora do comum. – O que pretendia cutucando o meu celular? – interrogou em voz alta.

- Está nervoso de mais hem Jungkook. – respondeu em voz baixa.

- Vá á merda! – xingou. – Não se meta do que não é da sua conta. – Jeon estava nervoso sim, pois odiava ter a privacidade invadida, especialmente pelo irmão mais velho.

- Eu ainda vou te pegar no flagra. – ameaçou.

- Saia do meu quarto! – berrou enxotando o corpo de Hoseok para fora. O alfa podia impedir, mas deixou ser enxotado. Estava em desvantagem agora e esperaria uma nova oportunidade para pegá-lo, pois sabia que teria outras.

 

 

*

 

 

Quando Jimin acordou naquela manhã, a primeira coisa qual se deparou fora com o bilhete de Jungkook. Ele o leu sentindo um sentimento quente lhe invadir, era tão bom saber que é correspondido com a mesma intensidade. O ruivo emocionou-se com as palavras do ômega e deixou sua antiga casa na mais perfeita harmonia. Sentia-se radiante do exato modo que nunca havia se sentido antes. Jimin estava amando...

O alfa retornou para casa com o humor exultante. Mesmo sabendo que haveria problemas com Yoongi por conta do horário que chegará Jimin não se importou, apenas pensou que iria lidar com estes da melhor forma possível, nada podia abalar a sua felicidade nesse momento. Ao menos fora o que ele achou.

Chegado em casa o ruivo se deslocou pelos aposentos caminhando direto ao seu quarto com Yoongi, cujo estava adormecido. Teve o máximo de cuidado para não acordá-lo. O alfa sentou-se na cama afundando o colchão e se despiu ficando só de cueca boxe. Mirou o relógio mais próximo e este marcava 6h07m. Os dois sempre acordavam às 7 da manhã em ponto para tomar café e sair a trabalho, se satisfez ao saber que ainda tinha 53 minutos antes que Yoongi despertar-se.

Se acomodou ao lado do esposo na cama, deitando-se com cuidado. Poderia tirar uma soneca até que o despertador alarmasse, mas o que Jimin não sabia era que Yoongi apenas fingia dormir.

O moreno passara metade da noite em claro, só conseguira pregar os olhos ás 3 da manhã. Esteve a maior parte do tempo a espera do marido que nunca chegava, esteve desiludido. Naquele momento sentia um sentimento angustiante crescer em seu íntimo. Girou os olhos e fitou de soslaio o horário no relógio, engoliu saliva á dentro ao constatar as horas que Park havia chegado. Sentiu vontade de chorar...

Em sete anos de casados Jimin nunca tinha feito isso. Mesmo com todas as brigas e desavenças, o alfa nunca havia chegado tão tarde em casa. Yoongi começou a ser infestado por pensamentos torturantes de adultério; estaria Jimin lhe traindo?

Quando o despertador alarmou o primeiro a se levantar fora Yoongi. Ele ignorou completamente o fato do marido ter chegado naquele horário e fingiu não saber de absolutamente nada. Assim como de costume o ômega vestiu seu robe e andou até a sala de refeições. O café da manhã já estava disposto á mesa pelos empregados e cheirava muito bem. De maneira natural Yoongi se sentou numa das cadeiras e começou a degustar dos sanduiches de atum que Hector sabia fazer tão bem.

O moreno podia parecer neutro para a maior parte dos empregados, mas Hector conseguia enxergar a forma abatida que o rosto de seu patrão conduzia. Yoongi bebericava um bocado de suco de maracujá quando o alfa latino pronunciou-se.

- Senhor, quer que eu acorde Yoonlee? – o ômega somente assentiu sem nada dizer.

Min suspirou profundamente ao recolocar o copo de suco na mesa, molhando os lábios. Sentia uma tristeza exorbitante qual não podia evitar. Aquela conhecida vontade de chorar se permeava em seu intimo, fazendo com que lágrimas automaticamente descessem pelos seus olhos. Fungou coçando o nariz e limpando delicadamente os cílios umedecidos, procurando disfarçar ao máximo quando se deparou com o marido chegando á sala.

Jimin usava seu terno e gravata de costume, acomodando-se numa cadeira frente ao esposo. Antes que a tensão se consternar-se, Hector reapareceu com Yoonlee nos braços. Brevemente colocou a criança na cadeira ao centro da mesa – aquela qual o pequeno ômega estava acostumado a usar. Min prosseguiu a degustar do café sem encarar Jimin em momento sequer. O Park podia sentir que o esposo estava chateado consigo. Era difícil safar-se de determinadas situações.

- Quer conversar sobre ontem? – Jimin tentou recebendo o primeiro olhar de Min naquele dia, um olhar cheio de rancor.

- Conversar? – replicou num tom esmorecido. – Conversar exatamente sobre o que? – Park engoliu secamente.

- Não estava nos meus planos demorar tanto. – retornou a falar fazendo Min decair os olhos de insatisfação.

- Não se incomode com isso Jimin. – devolveu tomando mais um gole de suco. – O que passou, passou. – concluiu continuando a comer de modo natural.

- Tem certeza? – o alfa estranhou o comportamento do moreno.

- Sim. – reafirmou com convicção. – Acho que também não deve se incomodar se eu chegar bem tarde hoje. – completou ao final.

- Omma está chateado com appa. – Yoonlee que apenas os observava, se intrometeu.

- Não querido, está tudo bem entre nós dois. – Yoongi disse ajeitando o babador do filho.

- E aonde pretende ir para chegar tão tarde? – Park indagou. Não estava se sentindo tão culpado até então. O ômega somente esboçou um meio sorriso desdenhoso ao escutá-lo.

- Somos casados? – retorquiu naquele meio riso de desdém. Jimin ficou sem resposta, não estava com moral nenhuma para censurá-lo. – Então, não precisa me contar onde esteve ontem que também não preciso lhe dar satisfações de onde irei. – aquela foi a sua deixa.

Jimin não dissera mais nada depois daquilo. Somente começou a degustar do café em silêncio, imaginando que Yoongi estaria muito magoado consigo. Park não quis comentar sobre mais nada, respeitou Min em sua decisão e não o impediu de fazê-lo. Jimin ficara um pouco entristecido pela consciência de saber que estava magoando o outro, mas não se sentia culpado o suficiente para desistir de Jungkook.

 

 

*

 

 

Jeon foi obrigado a dizer que passara a noite na casa de Taehyung. Seu omma estava mesmo furioso. Sunseok realizou várias ligações para casa do beta, mas ninguém o atendeu. Passara a noite em pânico. Os Kim não atenderam os telefonemas porque estiveram fora de casa. Ao anoitecer Taehyung havia ido se encontrar com o appa que tinha acabado de retornar de Busan, e para comemorar os dois passaram boa parte da noite fora de casa. Jungkook se retratou pedindo desculpas por ter se esquecido de informar que passaria a noite fora, mas ainda assim seu omma não confiou completamente.

Jeon teve que inventar uma desculpa de que Tae esquecera o telefone de casa desligado. Certamente que soara esfarrapada, mas o castanho não teve outra saída melhor. Na escola Jungkook teve que narrar ao amigo todos os detalhes do que aconteceu para o caso de seu omma interrogá-lo. Taehyung teve um surto quando Jeon disse que dormiu com Jimin.

- Vou te aliviar dessa vez. – o Kim disse acomodando-se na cadeira do refeitório. – Se seu omma me perguntar, vou confirmar tudo.

- Obrigado Tae. – Jeon agradeceu num sorriso espontâneo.

- Sabia que aquele empresário estava querendo algo do tipo. – comentou assoprando as unhas.

- Como assim algo do tipo? – Jungkook replicou sem entender.

- Oras; te levar pra cama gracinha. – respondeu de imediato. – Só não imaginei que ele fosse conseguir tão rapidamente.

- Não é o que está pensando. – o ômega amarrou a face pelo modo como o amigo interpretava sua situação.

- Ah não? – retorquiu arqueando as sobrancelhas.

- Você não o conhece. – disse curto e direto. O comportamento sério de Jungkook com relação a aquilo estava assustando Taehyung.

- Ai Meu Deus! – exclamou levando a mão a boca. – Jungkook, me diz que não é o que estou pensando.

- Não faço ideia do que está pensando Tae. – respondeu simples.

- Ai Meus Deus! – repetiu fazendo aquele drama habitual de Kim Taehyung. – Não posso acreditar que você tá se envolvendo a sério com esse cara.

- E por que não? – devolveu fazendo o beta contrair ainda mais a face. – Tae, ele disse que está louco por mim.

- Jungkook... – suspirou profundamente fechando e reabrindo os olhos. – Você é o meu amigo há um bom tempo, mas nunca achei que era do tipo de cara que se apaixonava na primeira foda.

- Você não entende... – suspirou engolindo saliva á dentro. – Não me apaixonei pelo sexo, já estou apaixonado por ele desde a primeira vista. – explicou fazendo o beta arregalar os olhos de pavor.

- Ai não, está mais grave do que pensei. – o Kim lamentou num tom de preocupação.

- Por que está reagindo dessa forma? – Jeon censurou meio aborrecido.

- Jungkook, querido. – iniciou a falar. – Acorda pra realidade. Ele é Park Jimin, um dos empresários mais importantes da Coreia do Sul. Além disso, ainda é casado com Min Yoongi, outra personalidade de muita importância. – suspirou ao meio da fala. – Não sei o que está se passando por essa sua cabecinha oca, mas Jimin jamais irá se separar de Yoongi para ficar contigo. Então sugiro que pare agora mesmo com isso tudo.

Jungkook apertou os olhos sentindo um sentimento doloroso por dentro de si. A ideia de abandonar Jimin depois daquela noite magnífica que tiveram lhe parecia incabível, não queria se desfazer do Park. Não podia...

- E-eu não posso... – gaguejou deixando com que algumas gotas de lágrimas escapassem. – Já é tarde... Me envolvi de mais...

- Sabe que vai se machucar num é?

- Eu sei... – afirmou piscando os olhos cheios de lágrimas.

- Isso tudo é uma loucura. – Tae continuou. – Se Jimin fosse só mais um alfa casado ainda seria loucura, mas nem isso. Ele é Park Jimin... – pausou num suspiro. – Já parou pra pensar que ele pode estar apenas brincando com você?

- Não. – negou no mesmo instante. – Ele não está; eu sei que não está.

- E como pode ter tanta certeza disso Jungkook? – Taehyung estava inconformado com a insensatez do amigo.

- Eu sei que não, ok? – teimou levantando-se da cadeira ao escutar o sinal anunciando o término do intervalo tocar. – Acho melhor esquecermos esse assunto por enquanto. Vamos voltar pra sala.

Taehyung apenas assentiu sem falar mais nada. Estava preocupado com o amigo. Jungkook parecia cego de paixão, e isso era deveras preocupante. Se envolver romanticamente com Park Jimin... O Kim sabia o que isso significava, e também sabia que não poderia terminar nada bem. No fundo se sentiu um pouco culpado por ter incentivado aquela loucura, mas como o beta podia imaginar a gravidade da situação?

 

 

*

 

 

Hoseok saia do curso de Administração na universidade com a mente exausta. Havia sido mais um dia cheio de falatórios e palestras, tudo o que o alfa precisava agora era de um bom descanso. Contudo, assim como de costume Hoseok se dirigiu a cafetaria que costumava a frequentar no horário de saída da faculdade. Já era bem tarde, fitando o seu relógio de pulso o alfa pôde ver, jaziam 22h55m. Geralmente o seu curso terminava ás 23 horas, havia saído poucos minutos mais cedo.

A cafetaria cujo frequentava estava relativamente vazia. O castanho procurou qualquer assento disponível, sentando-se logo num banco ao lado de um ômega baixinho de cabelos escuros. Assim que o garçom apareceu pediu um refrigerante diet e biscoitinhos de baunilha, aquilo era o suficiente para lhe revigorar. Demorando cerca de três minutos o garçom reapareceu com seu pedido.

Estava se deliciando com os biscoitos de baunilha quando percebeu a presença ao seu lado. Hoseok conhecia aquele rapaz. Quase se engasgou ao se dar conta de que se tratava do seu chefe – Min Yoongi. Pela primeira vez na vida havia o visto naquela cafetaria. Naquele meio tempo coincidentemente seus olhos se encontraram com os olhos alheios que pausaram em si, deixando o alfa acanhado.

- Perdeu alguma coisa? – Yoongi questionou arisco ao outro que lhe encarava constantemente.

- Ah- não. – gaguejou. – Desculpe, eu só... – Hoseok ficara sem graça. – Penso que deve ser difícil lembrar-se de alguém como eu. Quer dizer, levando em conta alguém tão importante como você.

- Nos conhecemos? – perguntou num tom indiferente.

- Sim... – respondeu em seguida tomando um gole do seu refrigerante diet. – Sou Hoseok, trabalho como operário da SantMin. – esclareceu. – Mas o que alguém como você faz por aqui?

- Fugindo da minha realidade. – respondeu num bufo sequente. Yoongi exercia círculos com á micro colher para dentro da xicara de chá qual usufruía.

- Ah, certo. – o alfa não o entendera muito bem. – Isso é irônico, quer dizer... – dizia aos poucos. – Por que o senhor iria querer fugir da sua realidade, ela me parece tão atrativa. – Yoongi riu do comentário alheio.

- Atrativa, claro. O meu status e dinheiro são atrativos para qualquer um, seria uma grande pena se nada disso me completasse. – desabafou. O ômega passara a tarde inteira e o restante da noite amargurado por causa de Jimin.

- Não devia ficar assim. – simplesmente disse. Mesmo que não entendesse a posição do outro, Hoseok achava que Min não devia se deixar abalar. – Seja lá o motivo que o deixou assim não devia se deixar abater. – Yoongi virou o rosto e o encarou.

- Tudo seria mais fácil se eu não amasse o homem errado. – revelou naquele tom esmorecido e expressão abatida.

- Olha, acredito que não sou a melhor pessoa para dar conselhos amorosos devido ao meu histórico, mas ainda acho que devia se erguer e seguir em frente. – adiantou fitando Min. – Faz parte se apaixonar, amar incondicionalmente, mas nem sempre somos correspondidos como desejamos. – acrescentou orgulhoso de si mesmo por ter dito aquilo.

- Talvez tenha razão, o problema é que não sei como fazer. – respondeu tomando um gole da xicara de chá.

- O seu casamento está ruim? – interrogou.

- Casamento? – Yoongi riu desdenhoso. – Eu não tenho casamento. Na verdade estou começando a acreditar que nunca tive. – dizia entre suspiros longos. – Tudo o que sempre tive foi á sombra de Park Jimin me rodeando, e agora até mesmo a sombra dele está me deixando. – finalizou fechando os olhos em desalento.

- Gosta tanto desse cara assim? – Yoongi mirou Hoseok e suspirou mais uma vez, balançando a cabeça negativamente. Ele não entenderia. Não devia estar falando sobre sua pessoalidade para aquele desconhecido. – Esqueci... – terminou de tomar seu chá, levantando-se da bancada. – Obrigado pela conversa Hoseok. – agradeceu num sorriso meio forçado. O castanho sorriu de volta, percebendo que Yoongi tinha esquecido o cachecol em cima da bancada.

- Ei, espere! – o alfa levantou-se de supetão, correndo até o ômega que saiu porta a fora da cafetaria. Min parou no mesmo instante antes de entrar no carro que estava estacionado frente ao estabelecimento. – Você esqueceu seu cachecol. – avisou entregando o tecido azul marinho ao dono.

- Obrigado. – agradeceu mais uma vez, pegando o seu pertence de volta. – Qualquer dia nos vemos por ai. – concluiu sorrindo mais sincero dessa vez.

- Tome o meu número. – Hoseok antecipou buscando uma caneta e um pedaço de papel em sua mochila, anotando rapidamente o seu contato e o entregando a Yoongi. – Para o caso de querer falar comigo. Pode ligar ou mandar uma mensagem, você que sabe. Também trabalho na fábrica; estou sempre lá.

O ômega recebeu aquele agrado sem recusar ou contestar, simplesmente despediu-se num aceno sútil entrando no seu carro vermelho vinho, dirigindo para longe da cafetaria. Não queria retornar pra casa tão cedo, mas não tinha muitas opções. Havia se cansado de se amargurar por causa de Jimin, aquilo estava lhe matando aos poucos. A conversa com Hoseok tinha lhe ajudado um pouco, e Min não se esqueceria dessa gentileza.


Notas Finais


Primeiro o Hoseok começa se intrometendo na vida do irmão, e depois termina consolando o Yoongi.
Será que ele merece uma trêgua gente? KKK'
SAHSHASHHS
por enquanto é só isso meus amores <3
até a próxima!


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