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História January 13, 2017 - Capítulo Único


Escrita por: ninky_

Notas do Autor


Nossa, faz tanto tempo que não posto mais nada que nem sei mais o que escrever nas notas.
Pra matar a saudade, acabei escrevendo esse plot que deveria ter sido postado mês passado pro Projeto Xoxo, mas só tive tempo de escrever agora já que o feriado me deu uma folguinha da faculdade *suspira aliviada*
Espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


13 de janeiro de 2017

 

Todos os detalhes devem estar impecáveis. São 20h e estou terminando de arrumar nossa mesa esperando você chegar. Meu coração está tão feliz pois finalmente vamos comemorar nosso primeiro aniversário de casados e nosso quarto aniversário de namoro, que por sinal vai ser uma comemoração tripla já que meu aniversário foi ontem e o seu vai ser amanhã. Não foi a melhor coisa do mundo passar meu aniversário sozinho, mas você não podia fazer nada para desmarcar a conferência que você tinha que comparecer justo no dia 12 em Londres. Ao menos ficamos conversando pelo Skype enquanto eu segurava um bolinho com uma velinha.

Meu celular vibra em meu bolso, é uma mensagem sua dizendo que acabou de chegar no aeroporto e espera o táxi para poder vir para casa. Eu poderia ter ido te buscar, mas infelizmente não sei dirigir, por isso nosso carro ficou guardado no estacionamento nesses três dias que você ficou fora Nini. Ainda bem que nosso jantar acabou de ficar pronto, ao menos ainda vai estar quentinho quando você chegar. Vou até a janela da sala e fico observando a noite lá fora. Está chovendo, acho melhor eu preparar um guarda-chuva para te pegar no táxi ou você vai se molhar todo.

Até que você não demorou muito a chegar, acredito que devem ter passado uns 10 minutos desde quando você mandou a mensagem e o táxi finalmente estaciona na frente de nossa casa. Pego dois guarda-chuvas e saio para ir te receber, você ri depois da dificuldade que teve para abrir o seu e finalmente sair do veículo. Você me entrega sua bolsa e vai pegar sua mala, finalmente entrando em casa e pondo o guarda-chuva no cabide. Mesmo cansado e um pouco molhado, você me abraça forte cheirando meu pescoço com intensidade.

 

- Eu senti tanto sua falta amor – você sussurra.

- Eu também senti Nini – respondo afagando seu cabelo – ainda bem que você chegou.

- Espero muito que a próxima conferência seja aqui em Seul, é muito ruim ter que viajar sem você para eu poder encostar a cabeça e dormir enquanto você me faz cafuné – você reclama.

- Deve ter sido bem ruim mesmo, não consegui dormir direito essas noites sem você me abraçando.

- Mas agora você vai conseguir pois estou aqui e não pretendo desgrudar de você tão cedo, amanhã vou estar de folga então vamos poder passar o dia juntinhos – você beija meu pescoço com carinho.

- Amanhã não vamos levantar daquela cama.

- Sim – você sorri, desfazendo o abraço e segurando minhas mãos – o cheiro está tão bom, estou faminto.

- Então tome um banho rápido e venha antes que esfrie.

- Vou ser mais rápido que o Bolt em final de corrida de 100 metros – você me rouba um selinho e vai apressado pro quarto.

- Bobo – sorrio e vou pra cozinha.

 

Poderia até parecer clichê acender velas, mas você sabe que amo os clichês, então sei que você vai me entender se eu acender alguma essa noite. Sirvo nossos pratos e os ponho na mesa, deixando-os bonitinhos. Ponho a garrafa de vinho sobre a mesa e sinto seus braços frios rodearem minha cintura e me puxando pra perto.

 

- Risoto? Meu prato favorito Soo? – você pergunta sorridente.

- Sim, quis fazer algo especial pra hoje – acaricio seus braços.

- Por isso e por muitos outros motivos que eu te amo tanto – você diz baixinho, selando meu pescoço e me soltando pra sentar-se à mesa.

 

Tudo saiu como planejado, entre risadas e elogios seus sobre minha comida, nosso jantar de aniversário foi perfeito. Acho que a melhor parte foi ficarmos com uma de nossas mãos entrelaçadas sobre a mesa nos observando com olhares indecifráveis. Suas orbes escuras nunca me deixaram entender o que se passava em sua mente, mas seu sorriso apaixonado sempre entregava o que você queria dizer.

 

- Lhe trouxe um presente.

- Mesmo? – sorri animado.

- Sim, está na minha mala – você se levantou ainda segurando minha mão – vem comigo.

 

Levantei e deixei você me guiar até nosso quarto, onde sua mala estava aberta ao lado da nossa cama e havia uma caixinha sobre nosso edredom branco.

 

- Eu sei que você está pensando: “Jongin sempre me mimando, será que ele não cansa?”

- Sabia que era exatamente isso que eu estava pensando? – respondo com um pouco de sarcasmo.

- Eu sei que sou um ótimo adivinho – você pega a caixinha – e é aí que te respondo: Não, eu não canso de te mimar e nunca vou me cansar disso.

 

Você abre a caixinha, revelando um colar prateado com um pingente circular também prateado.

 

- Espero que você tenha gostado – você dá de ombros com um sorriso bobo.

- Se eu gostei? Jongin, isso é lindo! – respondo entusiasmado – deve ter custado uma fortuna!

- Não mais do que eu possa pagar – você retira o colar com cuidado – deixa eu pôr em você.

 

Viro de costas e deixo você abotoar o colar.

 

- É incrível como o ouro branco fica perfeito em você – você comenta me observando com o colar – e tem mais uma coisa.

 

Você se aproxima de mim, pegando o pingente e o abrindo, revelando duas pequenas fotos. Éramos nós no dia do nosso casamento, em uma foto nós sorríamos felizes e na outra estávamos dando nosso primeiro beijo depois de casados.

 

- Amor, isso é tão... tão... – tento responder mas sou interrompido por seu indicador em meus lábios.

- Shh, não precisa dizer, só pelo seu olhar eu entendo tudo – você sorri, fechando o pingente – feliz 1 ano de casamento.

 

E então você me beija. Um beijo calmo e quente, com gosto de saudade, amor e carinho. O beijo que me fez tanta falta durante o tempo que você ficou fora. Suas mãos seguram minhas bochechas com delicadeza enquanto meus braços rodeiam seu pescoço. Você segura minha cintura e sinto meu corpo ser deitado na cama aos poucos, com você se posicionando por cima de mim. Separamos nossos lábios por um momento, ainda os mantendo próximos num roçar suave enquanto buscamos pelo ar que fez falta. Uma de suas mãos, agora quentes, passeiam por meu corpo enquanto a outra ainda afaga meu rosto, me fazendo fechar os olhos.

Nossas roupas aos poucos vão sendo jogadas sobre o chão, pois o calor que toma conta de nossos corpos faz com que seja desnecessário ainda estarmos vestidos. Nossos suspiros gradativamente se tornam gemidos, nossos beijos deixam de ser tão calmos e o silêncio de nosso quarto passa a ser interrompido pelo som de nossos corpos entrando em contato um com o outro repetidas vezes. Assim como nossa primeira noite depois de casados, nos amamos como da primeira vez, quando completamos 1 ano de namoro e acabamos comemorando em seu quarto, na sua cama, naquela tarde de outono num bairro um pouco distante daqui.

Não demora muito até que você atinja seu prazer máximo, me estimulando até que eu também o atinja minutos depois. Como sempre você se deita ao meu lado e fecha os olhos, controlando sua respiração e depois dando um sorriso. Seus braços fortes me puxam pra perto e então me sinto sonolento sobre seu corpo.

 

- Eu queria ter te dado um presente também, mas eu não fazia ideia do que lhe dar – comento um pouco triste.

- Ei, não fica assim – você ergue meu queixo e me faz observar seu rosto – você sabe que não precisa me dar presentes pois você é o meu presente – você segura o colar, a única coisa que ainda estava em meu corpo – isso aqui é o mínimo que posso te dar pra retribuir tudo que você faz por mim. Acordar ao seu lado todos os dias, ver seus sorrisos mais doces, poder sentir o gosto dos teus lábios, sem contar com mais um monte de coisa, tudo isso são presentes que você me dá todos os dias. Não precisa se preocupar com isso ok?

- Tudo bem – respondo baixinho com um sorriso envergonhado – minhas bochechas estão queimando.

- Você não faz ideia do quanto eu amo te ver assim – você sorri, me abraçando com um pouco mais de força – eu te amo Soo – você sussurra.

- Eu também te amo Nini – sussurro de volta, deixando nossos lábios se tocarem outra vez até que o sono tome conta de nós dois.

 

 

 

 

 

E tudo teria sido perfeito... Se você tivesse realmente chegado em casa naquela noite.

 

 

 

 

 

13 de janeiro de 2020

 

Acordo de repente, ouvindo o barulho da chuva que cai lá fora. Olho pro relógio e ainda são 20h. Minha respiração está pesada e meus olhos inchados. O seu lado da cama não está ocupado por você. Em minhas mãos está um de seus suéteres que ainda permanecem com seu cheiro, então lembro do motivo dos meus olhos inchados e de eu estar dormindo a essa hora.

Caminho pelo quarto e vou para a cozinha. A mesa que deveria estar pronta à sua espera, está vazia e fria. O cheiro da comida que deveria estar pronta não existe, pois não há mais motivo algum para que eu prepare um jantar especial. Nosso carro ainda está na garagem, do jeito que você deixou no dia que viajou. Nunca aprendi a dirigi-lo e depois daquilo também nunca me interessei mais em aprender.

Nossos guarda-chuvas continuam no cabide, fechados, pois não vejo motivo algum em sair lá fora nessa noite fria e chuvosa. O táxi que deveria te trazer na verdade nunca chegou. A mensagem que você mandou dizendo que você estava no aeroporto na verdade eu nunca recebi.

Nosso primeiro aniversário de casamento teria sido perfeito se aquele avião que saiu de Londres tivesse realmente chegado a Seul. Se aquela turbina não tivesse parado de funcionar. Se o avião não tivesse caído sobre aquele terreno montanhoso e tirado a vida de todos que estavam dentro dele.

Inclusive a sua.

Nosso aniversário teria sido perfeito se você não tivesse sido um dos três funcionários da empresa escalados para ir àquela conferência. Teria sido perfeito se eu não tivesse passado a madrugada preocupado pois você não chegava e na manhã seguinte, no seu aniversário, recebido a pior ligação da minha vida. Nem mesmo o dinheiro que recebo todos os meses para compensar sua perda é o suficiente, pois nada no mundo é capaz de tapar o buraco que ficou em meu peito. Porque eu não posso comprar seus abraços, seus beijos, seus sorrisos, nossos momentos de alegria que nunca mais vão se repetir.

Porque você se foi há 3 anos. Porque todas as noites durmo abraçado a uma de suas camisas, casacos, suéteres, tentando inutilmente me confortar. Porque o último "eu te amo" que eu lhe disse e que ouvi de você foi através de um computador. Porque o colar de ouro branco com nossas fotos chegou até mim através das equipes de busca, mas não foi você que o colocou em meu pescoço. Porque justamente hoje, dia 13 de janeiro, sonhei com sua chegada, assim como sonhei nos outros anos, nos nossos outros aniversários. Porque minha imaginação fértil gosta de me machucar nesse dia que deveria ser de comemoração, mas que está sendo totalmente o contrário disso.

 

Porque eu nunca vou poder te dizer:

- Feliz aniversário de casamento, Jongin.

 

 


Notas Finais


Me perdoem pelo final, mas pra quem lê as coisas que escrevo desde sempre sabe que sou muito apegada com drama, então não se podia esperar outra coisa né? kkkkk
Por incrível que pareça, ela foi baseada em uma música da banda Calypso que eu acho a letra muito linda, então pensei: "porque não escrever uma KaiSoo?"
Aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=HOHrQ2cfwt8

Aguardo comentários :3 Posso demorar pra responder por causa da faculdade mas sempre que eu tiver um tempinho vou respondendo okay?
Kissus e até mais <33


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