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História Jardim de Alfazemas - 03: Jardim de Mudanças


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


OBRIGADO PELOS 155!
Isso é hora dona moça?
Bem galera, meu tempo anda muito corrido, e haverão algumas mudanças no meu cronograma, mas já fica anotado, Jardim de Alfazemas será atualizada nas segundas, mesma que seja de madrugada >-<
mas bem, pode ser que seja ao meio dia, quando eu estiver em horário de almoço
por trabalhar o dia todo e estudar a noite, esses são os poucos horários que me restam, mas tentarei escrever nos fins de semana pra adiantar alguma coisa

Ah e sobre o capítulo de hoje, entendam um pouquinho mais que Changkyun não é só rebeldia, ele também tem inseguranças e fica animado com algumas coisas

Boa leitura meus anjos!

Capítulo 3 - 03: Jardim de Mudanças


Jardim de Alfazemas

Cap. 03: Jardim de Mudanças

A M A R O

 

 

 

Changkyun se encontrava sozinho em seu quarto, depois de lhe receber com um bom susto, o príncipe apenas lhe informou que o mesmo jantaria com ele e a família real, e que estaria o esperando diante a porta de seu quarto, que ficava do outro lado do corredor, para poder finalmente o apresentar para sua família.

O ômega estava muito nervoso, ao ponto de revirar seu estômago, desde pequeno fora criado por pessoas que enchiam suas bocas para se referir ao rei como o ser mais importante e respeitado, e que ter qualquer contato com o mesmo deveria ser considerado uma grande honra. Queria vomitar. Sua cabeça girava ao ponto de ele não conseguir assimilar as coisas direito.

— Majestade? — ouvira uma vez doce ao seu lado, um rapaz de pé o chamava e o olhava com certa curiosidade, aproximando mais o rosto como quem já havia o chamado várias vezes — Está na hora do seu banho.

Demorara cerca de três segundos para o Im assimilar as coisas.

— Banho?

— Sim, majestade, banho.

O primeiro problema estava no “Majestade”, aquela palavra não parecia ser bem aplicada quando referida a ele, na cabeça de Changkyun, sequer havia nexo. E não era como se esperasse que alguém fosse aparecer para informar o horário de seus banhos.

Mas as coisas não acabaram por aí, quando o rapaz o seguiu até o banheiro, o ômega menor finalmente se dera conta de que ele não estava informando o horário, e sim vindo exclusivamente para lhe dar um banho. E precisava confessar que estava terrivelmente incomodado, mesmo que o outro também fosse ômega, a vergonha de estar sem roupas na frente de outra pessoa ainda era a mesma.

— Você precisa realmente ficar aqui?

— Estou aqui para o auxiliar, majestade.

Já dentro da banheira, e sem conseguir dizer um ‘não’ concreto, Changkyun estava experimentando a estranha sensação de mãos alheias passarem uma esponja em seus ombros e braços. Estava tão vermelho quanto uma pimenta. O rapaz, que mesmo sendo alto demais, era um ômega, além de lhe ter dito que fora designado para servir a ele 24h por dia, e para qualquer coisa que desejasse.

Era estranho, ele nunca se imaginou tento alguém para tais coisas, aliás, era bem mais fácil que ele próprio acabasse servindo a alguém, e não o contrário.

— Hyungwon. — descobrira ser esse o nome — Como é aqui... No castelo?

O mais velho hesitara, talvez, mais provável que não houvesse entendido ao certo o que o rapaz quis dizer com “Como é”, e demorado um pouco mais para formular uma boa resposta.

— Dependendo do ponto de vista, são respostas diferentes. — soltou — Para mim, é uma boa vida, a família real trata bem todos os servos, além de não haver trabalho escravo aqui, todos somos livres e assalariados.

Talvez isso tenha deixado Changkyun mais feliz, ouvira sim alguns boatos pelas ruas, afirmando que a família real havia libertado seus escravos, tornando todos eles cidadãos livres e em dias com a lei, algo que fora tão inesperado, que poucos conseguiam acreditar ser real.

— E o príncipe ele é... — estava receoso demais, no fundo estava curioso para saber mais sobre o excêntrico príncipe, e por outro lado estava um tanto que... com medo, de saber quem ele realmente era. Afinal, aquilo não era um conto de fadas como nos livros — Bem, como ele é?

Changkyun não pôde ver quando o outro ômega mordeu os lábios, o que mais estava para o fato dele ter segurado uma risada. Ninguém ali era muito bom em explicar exatamente como o príncipe era, ele tinha muitas faces e maneiras de agir que não combinavam muito bem com a elegância e postura de um príncipe.

— Não sei ao certo o que te responder. — confessou — Mas posso lhe garantir que ele é uma pessoa boa, nunca destratou nenhum de nós, e partira dele o pedido de liberdade dos escravos.

O coração do Im se acalmou mais, se o príncipe era bom ao ponto de tratar bem os empregados, sendo ele, seu noivo, não o destrataria também. Seu maior medo naquele momento, precisava confessar, era acabar sendo maltratado por Jooheon, assim como sabia que muitos ômegas eram.

De todas as formas, ouvir isso era como vedar um pouco a sua agonia.

Depois de ser vestido pelo ômega mais alto, o que Changkyun julgaria como o momento mais constrangedor de sua vida, com uma roupa simples, porém ajeitadinha o suficiente para um jantar. Ainda ouvira o rapaz falando sobre as prováveis roupas caras e maravilhosas que Jooheon compraria para ele.

Gostava da ideia, precisava confessar.

Hyungwon o deixou sozinho, informando que em poucos minutos algum empregado apareceria para informar que o jantar seria servido. Nervoso, pois de todas as formas, não era apenas um jantar com o rei alfa e seu rei ômega, e sim um jantar com o rei e seu esposo que eram seus futuros sogros.

Desmaiaria.

— Majestade? — ouvia uma voz abafada pela porta, e batidas nela, até que uma moça enfiasse sua cabeça ali — O jantar está sendo servido.

O ômega balançou a cabeça afirmando que havia entendido, e ela saiu.

Tomando toda a coragem que seus anos de rebeldia lhe deram, o Im ajeitou seus fios de cabelo para parecer mais aceitável, além de ter se olhado no espelho várias vezes, procurando por suas roupas um buraquinho ou qualquer coisa que deixasse sua aparência menos impecável.

Estava bom.

Quando saiu, deu de cara com o príncipe do outro lado do corredor, impecável como sempre, e com aqueles olhos finos que não deixavam que Changkyun soubesse no que ele estava pensando. Se sentia eufórico estando perto dele, precisava confessar — mas apenas para si mesmo —, por não entender ao certo o motivo de estar ali, ele não possuía nenhum complexo de inferioridade.

Mas também não se achava ao ponto de ser escolhido para se casar com um príncipe.

— Boa noite, meu ômega. — o sorriso doce do alfa se abriu, aquele sorriso que de uma forma que Changkyun não conseguia entender, acabava por deixar seu coração molinho por alguns segundos.

E claro “meu ômega”, soava meio possessivo.

— Boa noite. — respondeu em um tom normal, por mais que ainda se mantivesse na defensiva.

Não era como se simplesmente fosse passar a desgostar dele, pois o mesmo não lhe havia feito nenhum mal.

Segurando em sua mão sem muitas cerimônias, o alfa começou a guia-lo pelo corredor. Aquele mesmo corredor abarrotado de quadros muito bem pintados, e nada decentes.

O caminho até o salão de jantar foi bastante silencioso, por mais que ele ainda pudesse ouvir bem o barulho das solas dos sapatos no chão tão bem polido, além daquele barulhinho tão característico de uma das pulseiras de metal do príncipe baterem contra o cabo da espada, que estava em sua cintura.

Era um pouco assustador de ficar olhando pra ela.

O salão de jantar real era maior que sua casa, disso ele tinha certeza. Tudo sempre em um luxo inalcançável aos que não se faziam membros da nobreza. Aliás, nem mesmo os nobres alcançavam tal mordomia e elegância. Tudo parecia tão limpo, tudo cheirava tão bem, e enorme janela mostrava a lua em seu esplendor. Era uma noite tão bonita.

Como naquelas histórias de contos de fada.

— Appa. — ouvira o alfa ao seu lado falar, assim que os dois estavam já nas vistas do casal real, além de haver mais um menino ali — Omma, meu irmão. Este é Im Changkyun, o ômega que escolhi como noivo.

O chão abaixo dos pés de Changkyun parecia ter sumido, vendo os membros da família real ficarem de pé em um gesto de respeito.

— É um prazer recebe-lo em nossa mesa, e em nossa família. — ouvira a gentil voz do rei, Wonsik, que lhe abrira um sorriso doce. Além de também ver o sorriso ainda mais doce do ômega, Hakyeon, ao seu lado, e do garotinho que olhava tudo muito curioso.

Estava com os pés colados no chão, olhando para eles com os olhos tão alargados que mais pareciam que iriam cair de seu rosto a qualquer momento. Jooheon notou isso, tocando em sua cintura de leve, o fazendo se mover um pouco, e acabar acordando daquele transe.

— O prazer é todo meu! — falou enrolado e rápido, obviamente se culpando mentalmente por ter falado assim.

Queria ter parecido alguém mais interessante, ou pelo menos, menos patético.

Quando Jooheon puxou uma cadeira, o ômega puxou a cadeira ao lado, sem se dar conta de que o alfa estava puxando a cadeira para ele. E logo mais, Jooheon descobriria que Changkyun não gostava de ser tratado como alguém mais frágil e nem com esse tipo de delicadeza.

Ele mesmo podia puxar sua cadeira afinal, tinha duas mãos muito bem saudáveis.

Enquanto o jantar era servido e todos se colocavam a comer, Changkyun preferiu se manter alheio à conversa que veio a surgir, entre uma porção e outra. Em alguns momentos, criava metas em sua cabeça para poder ficar prestando atenção no que eles falavam, e sua meta do momento era descobrir qual o nome do menino que estava do outro lado da mesa.

Ele parecia uma cópia muito bem-feita de Jooheon.

— E você o colocou no quarto da frente?

Depois de notar que aquela frase se referia a ele, Changkyun ficou olhando para Jooheon esperando ele falar alguma coisa.

— Acredito que o ambiente daquele quarto seja mais agradável para ele. — o príncipe respondeu calmo enquanto olhava para o seu pai, mas em seguida se virando para o Im ao seu lado — Mas isso não significa que não possa dormir no meu quarto, quando quiser.

O ômega franziu o cenho, encarando o loiro com uma careta, ou pelo menos, tentando.

Depois do jantar, o casal real deixou a mesa primeiro, e Changkyun não perdeu a oportunidade de ficar olhando para a forma tão doce e apaixonada que os dois se olhavam, quase como se ainda fossem recém-casados.

Era tão diferente do jeito que Jooheon o olhava.

— Honey. — o garoto estava saindo da cadeira, e de pé Changkyun podia notar que ele era mais alto do que imaginava — Vocês vão ser como o Appa e o Omma?

Obviamente que o Im não sabia do que o garoto estava falando, não ao certo, poderia ter qualquer sentido que fosse, além de não entender que coisas se passavam pela cabeça de um garoto de cerca de 10 anos.

— Sim, Hoshi. — Jooheon o respondeu — Changkyun será o meu ômega como o Omma Hakyeon é do Appa.

O garoto sorriu passando ao lado da cadeira em que Changkyun estava, parou por alguns segundos para olhar para ele, e depois foi embora correndo pelos corredores, até ser parado por uma moça no fim do corredor, e ao longe pôde vê-lo se emburrar e sumir por uma das portas.

Havia levado uma bronca por correr.

Logo depois o príncipe se ergueu da mesa, sendo imitado pelo ômega, que não tinha mais nada pra fazer ali. Os dois fizeram o caminho de volta pelo corredor, com Changkyun o seguindo com a maior cara de “eu não conheço mais ninguém aqui, aí fico com vergonha”.

Os dois pararam bem em frente à porta do quarto novo do ômega, aquele sorriso que até então Changkyun não entendia em Jooheon, estava presente.

— Ainda está cedo. — ele disse — Nós podemos fazer muitas coisas para passar o tempo. — aquele bendito timbre de vós já entregava todas as suas segundas, terceiras e quartas intenções.

Algo que a santa virgindade de Changkyun não concordava muito.

— É que me bateu um cansaço agora. — e ele até fingiu um bocejo — É melhor eu me deitar, ou acabarei dormindo de pé.

Changkyun conseguira se meter para dentro do quarto, fechando a porta grande logo em seguida, e até mesmo ficara escorado na mesma, como se seu peso fosse impedir que o alfa entrasse caso quisesse. Suspirou, talvez viver ali não fosse ser tudo ruim, mas já lhe havia uma imensa certeza:

Precisaria de um arsenal de desculpas para fugir do alfa e de sua promiscuidade.

— Virgem até o casamento. — falou sozinho — Se é que haverá casamento.

 

 

 


Notas Finais


Jooheon é muito cio 24h aaaaa
socorro
foge Changkyun!
mal posso esperar pra família dele começar a botar as asinhas de fora u.u
Navi é um shipp fofo, Navi nenéns reis fofinhos <3


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