História Jared Leto: Namorado Perfeito. - Aniversariante... como soube?

O restante da noite não poderia ter sido mais vergonhosa. Com o aparecimento da minha mãe no quarto totalmente desavisado naquela circunstância acabou sendo a fofoca da noite. Se antes Logan reclamava também da falta de tecnologia, agora deveria estar rindo da minha cara só esperando para poder me aborrecer.
- Bom dia. – digo, sentando-me na cadeira em frente ao balcão da cozinha, onde minha mãe preparava panquecas.
- Bom dia, dormiu bem? – se vira, me olhando e eu apenas balanço a cabeça em sinal de sim, fazendo com que volte ao serviço. – Que pergunta, é lógica que deve ter dormido. – solta uma risadinha enojada e sarcástica.
- Não se preocupe, depois da sua aparição só faltou um de nós dormirmos no chão. – solto um ar de desaprovação ao lembrar a noite passada.
- Pelo o que eu lembre essa pessoa sem duvidas poderia ter sido você. Já que meio caminho Jared já havia feito. – vira-se com a panela em mãos, jogando a panqueca no prato que havia ao meu lado, se virando para fazer outra.
- Mãe, nem me lembre. – digo, quase começando a dar dor de cabeça com aquilo.
- Não se preocupe querida, não disse a ninguém sobre ontem. Fique tranqüila. – ao ouvir aquilo, foi como se um peso saísse sobre minhas coisas.
- Sem Logan. – digo, quase sussurrando.
- O que disse? – se vira a mim novamente, com a panela em mãos jogando mais um para a pilha de panquecas que tinha no prato.
- Nada, só estava pensando. – dou um sorriso para a mesma, que me retribui, se virando e pegando uma xícara transparente de calda para o complemento.
- Fique a vontade querida, que vou acordar Cornélio e Carla para irmos ao mercado comprar algo especial para hoje à noite. – em uma pressa, sai da cozinha rapidamente, me deixando sozinha ali.
- Bom dia. – uma voz melodicamente irritante e que me fazia arrepiar facilmente só de lembrar-se de sua existência, diz.
- Logan. – dou um sorriso fechado para o mesmo, que senta do meu lado, mas antes pegando dois pratos, e dando um deles para mim.
- Eu amo panquecas, e ainda mais essas com pedaços de morango e framboesas. – sentindo o cheiro logo pega uma com as mãos. – É assim que se começa um ótimo aniversario.
- É mesmo, me esqueci que hoje é seu dia... Três de setembro. – com o prato em minha frente, também me estico para pegar uma panqueca e logo passando o complemento por cima.  
- Eu diria para maneirar já que isso é muito pesado, mas pela noite passada ter sido agitada, pode pegar pesado hoje. - diz, junto de uma risadinha no final.
- Sou tão infeliz... Porque você teve que nascer mesmo? – viro-me o encarando.
- Eu sabia que estavam ruins as coisas, mas escrever sobre um homem com um apetite sexual assim? Se eu soube-se da sua situação de extrema necessidade antes, irmãzinha... – com um sorriso fechado, balança a cabeça em sinal de não. – Teria te ajudado com esse problema. – pegando um garfo e uma faca que estavam posta dentro de um copo, começa a comer sua panqueca.
- Me ver infeliz te deixa tão feliz assim? – encaro-o.
- Mais do que imagina. – com a boca ainda cheia, diz-me.
- Tome cuidado Logan... Você é um famoso critico, e qualquer coisinha pode abalar a sua tão honrosa reputação. – digo, e logo pegando também um garfo e uma faca, e começo a comer.
- É uma ameaça? – me encarava, forçando um olhar de furioso e amedrontador, mas a única coisa que me fazia sentir era medo daquela cara feia.
- Poxa, mas você é feio demais. Fazendo isso me deixou até sem fome. – digo, ainda comendo.
- Ótimo bom que sobra mais. Já que você gosta de tudo exagerado. E com bastante liquido para complementar. – com uns gestos obscenos diz, e ainda com vontade de retribuir sua perturbação, pego a jarra de chocolate e derrubo acidentalmente na sua cara. – Sua filha da puta. – me diz.
- Sorte a sua que não estava quente. – com um sorriso fechado e sarcástico como o do mesmo, levanto o dedo do meio e já de pé, digo: - Feliz Aniversário Logan. – assim, saio da cozinha o deixando me xingar enquanto procurava algum pano para limpar-se.
A saída da cozinha dava direto na sala e ao lado a escada para os quartos do andar de cima, e correndo as subo, passando pelo corredor e todos os quartos até chegar ao ultimo onde eu estava. E abrindo a porta devagar, esperava acordar Jared com um susto ou de outro modo. Mas me surpreendo ao ver que ele estava no chão com a mala aberta.
- Oi. – digo, meio baixo, e o mesmo parecendo estar assustado com aquilo, fecha sua mala e o joga debaixo da cama.
- Oi meu amor. – diz, se levantando. – Eu estava procurando alguma roupa que prestava para hoje à noite. – sorri de leve, se levantando e passando pela cama e vindo a mim.
- Por quê? O que tem de especial hoje? – o encarava curiosa.
- O aniversario do seu irmão. – diz, indo até a escrivaninha a abrindo e pegando uma buchinha para prender seu cabelo em um coque baixo.
- Como sabe que hoje é aniversario do meu irmão, amor? – digo, com um olhar desconfiada e ainda mais curiosa. 
- Você me disse não se lembra? – se aproximando, me da um beijo no nariz. – Estou morrendo de fome, você vem? – agora me olhava.
- Pode ir à minha frente, já comi. – dou um sorriso fechado, e ele sai. Minha vontade era de ir até a mala e abrir, apenas para matar a curiosidade. Mas meu senso de privacidade falava mais alto. Então apenas fui no quarto de Logan imaginando que como ele é nojento, deve ter ido tomar um banho.
- Logan. – digo, fazendo uma voz fina e meio mandona, em forma de imitar a de Carla.
- Oi amor! – um grito é dado do banheiro que também não tinha porta. – Pensei que tinha saído para comprar umas coisas. – e olhando o quarto que Logan estava e como ele era totalmente descuidado, isto é, desorganizado, não me surpreendia de Carla um dia ter lhe deixado. – Amor. – subitamente me viro e acabo tendo um choque que impedia com que eu move-se qualquer parte do meu corpo ou meu olhar. Mas como um reflexo eu me viro rapidamente, tampando meus olhos e começando a gritar:
- Estou cega, nunca mais voltarei a enxergar! – fazia drama. – Que visão do inferno. – faço cara de choro.
- Cala a boca, inferno é ter você como irmã! – Logan diz, e eu me viro para xingá-lo, e para a minha sorte, o que antes estava exposto agora estava tampado pela toalha. – Nunca mais vou poder viver a minha vida como antes sabendo que me viu nu. – cruza os braços me encarando. – O que é que você veio caçar aqui? Não sabe bater mais?
- Acredite, meu sonho era vê-lo nu! – dou um sorriso falso.
- Anda logo, me fala! – anda em direção a cama, onde a sua mala estava jogada de mau jeito e aberta, deixando algumas roupas espalhadas sobre a cama e o chão.
- Sem duvidas a alguma coisa de errado deve ter com o Jared. O encontrei hoje no chão mexendo na mala. – digo.
- Às vezes eu também faço isso.
- Não, preste atenção. Do nada ele levantou me dizendo que estava procurando uma roupa para hoje noite. Eu perguntei, por que. E ele me disse que era por causa do fato de hoje ser seu aniversario!
- Estou começando a achar que a pessoa estranha aqui é você. – ele faz uma pausa. – Espera! Eu sempre soube disso! – me olha, com uma cara sarcástica.
- Logan, preste atenção. Eu nunca disse ao Jared que hoje é seu aniversario e você não disse, por ainda ter medo de se comunicar com ele corretamente. O contato que ele teve ontem com a minha mãe e meu padrasto foi sempre na minha presença, ele não teve tempo de perguntar ou ser informado sobre hoje ser seu dia! – parecia que eu estava entrando em desespero e embaralhando totalmente as palavras.
- Eu acho que ele pode ter visto em algum lugar, se esqueceu que a mamãe deixa a data dos aniversários da família pregada na parede por um quadro? Deve ser isso. Ele viu que hoje, dia 3 era justamente o meu dia. Só isso.
- Logan... – fazia cara de desespero.
- Deixa de se preocupar com isso. Se ele estiver se completando, ao menos é de uma maneira boa. Certo? E além do mais você também pode ter citado em um dia para ele e não se lembra. – Logan me puxa de uma maneira desentendida para fora do quarto.
- Não Logan, eu não disse. – falei em meio a um sussurro para mim mesmo.
- Não me importa do que disse, mas agora. Sai do meu quarto e me deixa trocar de roupa. E quando quiser ver meu pinto de novo, eu te mando uma foto. – sorri, e após me deixar para fora, fecha a porta do quarto na minha cara, nem dando tempo de mandá-lo tomar no cu.