História Jariana- O Dominador e a Submissa (hot) - Trabalho Sujo

              *Narrado por Ariana*

Depois do ocorrido, Justin guardou o celular e tentou fingir que tudo corria bem. Mas eu sabia que não estava nada bem.

Era notável que seu humor havia mudado, por mais que ele lutasse para parecer normal na frente de todos eu podia ver perfeitamente o inferno que ele iria fazer depois. Do que adiataria eu tentar me explicar naquele momento? Exatamente!

Nada.

Tentei me desligar daquilo por um só momento, tentei sorrir para as pessoas e ser amigáveis com elas, mas nada funcionou. Eu continuava aflita. Como se um elefante estivesse pisando em meu peito e prendendo todo o meu ar.

- Hora de irmos.

Disse ele ao pé do meu ouvido. Eu conversava com um grupo de garotas amigas de Sofi.

- Até mais meninas.

Sorri para elas e elas para mim.

- Até mais Ariana.

Justin segurou meu braço, não muito forte, mas o suficiente para saber o que viria.

- Mãe! Andressa e Sofi!

Justin as chamou, as três vieram de lugares diferentes e sorridentes, sem dúvida aquela noite era inesquecível para elas.

- Precisamos ir.

Disse ele.

- Qual é Justin, Amanhã é domingo.

Disse Pattie indignada.

- Sou ocupado até nos domingos mãe.

Pattie revirou os olhos tentado fingindo estar irritada.

- Vamos Ana?

Perguntou ele para mim, concordei com a cabeça. É óbvio né! Eu iria discordar?

- Vamos - olhei para Pattie - Foi um prazer conhecê-la senho... Pattie.

Sorri para ela e ela para mim.

- Espero poder nos encontrar mais vezes Ariana.

Ela parecia contente.

- Eu também espero te ver mais vezes Ari - Disse Andressa - Quem sabe no meu casamento.

Todas elas sorriram.

- Quem sabe.

Disse e sorri olhando para Justin que estava parado sem nem um tipo de emoção no rosto.

Aquilo significava que eu estava encrencada.

[...]

No carro ele sequer olhou para mim, sua face estava sem nenhuma emoção.

- Você não vai querer conversar comigo?

Perguntei a ele de forma doce.

Ele não respondeu.

Apenas travou o maxilar e continuou no volante, ele parecia não estar muito agradável.

Quando chegamos no centro de LA Justin começou a fazer um percurso diferente ao invés de irmos para seu apartamento, pensei que ele estivesse me levando para casa. Porém o percurso não era para minha casa.

- Para aonde nós estamos indo Justin?

Ele não respondeu.

- Justin! Para onde você está me levando!!

Gritei dentro do carro, ele parecia não se importar nem um pouco. Seu rosto continuava petrificado.

Aos poucos o caminho se tornava familiar, mas eu estava tão nervosa que não conseguia processar direito.

- Justin?! Para o carro, eu quero descer!

Já falei quase em prantos. Eu não sabia o que esperar dele exatamente. Mas ao mesmo tempo eu sabia exatamente o que esperar.

- Justin! - Gaguejei antes de prosseguir - Me leva pra casa, Por favor!

Quando o carro finalmente parou em uma arrancada soltei todo o ar que se prendia dentro de mim. Olhei pelo vidro da janela e o lugar em que estávamos era familiar. Estava tão nervosa que ainda não conseguia processar tudo.

- Desce do carro.

Ordenou ele sem ainda olhar nos meus olhos.

O obedeci.

Eu não estava com medo de fazer aquilo mesmo, aliás não foi o que eu pedi?

Observei o lugar com calma, havia um prédio.

Aquele era o apartamento de Pedro!

Só pude perceber isso depois que eu havia me acalmado.

- Essa é a casa do Pedro!

Gritei para Justin. O mesmo me ignorou e travou o carro como se tudo estivesse absolutamente normal.

- O que nós estamos fazendo aqui?!

Perguntei aos gritos. Eu tinha medo do que ele era capaz de fazer.

Muito medo.

Aliás ele era o Justin Bieber!

- Você já é de casa não é mesmo? Deveria conhecer este condomínio de có e salteado.

Justin me agarrou pelos braços, não muito forte, mas firme o suficiente para que eu pudesse saber que deveria segui-lo.

Preferi não fazer nenhum escândalo, queria ver o que exatamente ele pretendia fazer.

Entramos no elevador em silêncio e assim se seguiu até chegarmos no andar de Pedro.

Justin segurava meu braço e me guiava até a porta de Pedro. Quando nos aproximamos mais Justin bateu na porta dele três vezes rápidas e fortes. Estremeci naquele momento. Eu não sabia o que poder esperar exatamente dele.

Segundos depois Pedro abriu a porta, sua primeira visão foi a mim, o que fez ele sorrir, mas quando notou que eu não estava sozinha seu sorriso de desfez rapidamente.

- O que ele está fazendo aqui?

Perguntou Pedro como se eu tivesse obrigado Justin à ir para lá.

- Algum problema comigo? - Justin começou a olhar para si mesmo como se houvesse algo de errado. - Ou você só recebe visitas femininas?

Aquilo soou debochado.

Pedro revirou os olhos e cruzou os braços.

- Veio para me falar isso?

Justin soltou meu braço e empurrou Pedro com força casa a dentro. O desequilíbrio de Pedro foi grande corri e segurei Justin.

- Para com isso Justin!!

Gritei e entrei no meio dos dois. Pedro encarava Justin de tal forma que podia sair faíscas de fogo pelos olhos.

- Justin vamos embora.

Toquei em seu braço e ele me afastou.

- Por quanto tempo? - Perguntou Justin olhando para Pedro. - Por quanto tempo vocês tinham um caso?

- Nós não tivemos um caso!!

Gritei com Justin.

- Não foi o que disse a porra da foto!

Gritou ele de volta.

- Que foto?!

Perguntou Pedro. Olhei para ele e o mesmo parecia não estar entendendo nada.

Justin pegou o celular do bolso e pareceu está procurando a foto, quando finalmente a encontrou mostrou para Pedro.

- O que você tem a dizer sobre isso?

Justin perguntou arqueando as sobrancelhas.

Pedro soltou uma risada alta.

- Você está brincando não é mesmo? - disse ele - Eu nunca nem... Toquei na Ariana e...

- Ah fala sério!!

- Isto é sério Justin! Que tipo de pessoa você acha que eu sou?

- O tipo de pessoa que se faz de...

Olhei para Justin e ele fez o mesmo comigo, meu olhar foi o suficiente para o fazer parar de falar.

Ele deu de ombros e olhou para Pedro.

- Quer saber? - disse Justin olhando para nós dois - Eu não vou sujar as minhas mãos para isso. Tenho dinheiro, posso arranjar alguém que faça essa parte do trabalho sujo.

Não pude entender o que ele quis dizer, mas preferi não dar bola, aquele seu jeito autoritário era normal.

Essas foram suas únicas e últimas palavras. Em seguida me puxou pelo braço me guiando para fora do apartamento como se eu já não soubesse o caminho. Olhei para trás e Pedro me olhava aflito.

Confuso.

Porém aflito.

[...]

No dia seguite amanheci radiante e determinada, tomei um banho me arrumei e fui ao supermercado fazer compras. Não para mim, mas para Pedro. Aquele domingo eu iria almoçar e passar o dia inteiro com ele. Nós éramos amigos certo?

Quando o táxi parou em frente ao prédio tive que me organizar com tantas sacolas nas mãos, entrei no elevador cantarolando Happy.

Segui o corredor até parar na frente da porta bati nela algumas vezes mas ninguém atendeu. Bati mais algumas três vezes até a porta ser aberta vagamente, olhei pela brecha e vi o rosto de Pedro.

Seu olho estava rocho e seus lábios inchados.

- Ai meu Deus Pedro! O que houve com você?!

Empurrei a porta para entrar e joguei as sacolas no chão.

Pedro estava machucado, muito machucado.

Neguei com a cabeça.

Ele estava praticamente deformado