1. Spirit Fanfics >
  2. Jelsa - O Amor da Nossa Imortalidade >
  3. Capítulo XII - O Diário de Elsa

História Jelsa - O Amor da Nossa Imortalidade - Capítulo XII - O Diário de Elsa


Escrita por: LucasCathalyst

Notas do Autor


Espero que gostem. E eu não sei, mas esse capítulo pode mexer um pouquinho com vocês.

Bom, podem ler. 🙃

Capítulo 14 - Capítulo XII - O Diário de Elsa



 Narrativa(Autor)


Alguns meses se passaram, e Jack continuou a ajudar Elsa com seu controle mágico. De certa forma, ele começou a notar que ambos não estavam tendo muito progresso em controlar a Criocinese dela. O poder de Elsa era como se tivesse vida própria, mas especificamente, como se houvesse um tipo de monstro dentro de Elsa, protegendo-a: o medo.


- Olha só... Isso não tá dando certo. - Elsa estava sem suas luvas, tocando em um espelho, e o objeto foi totalmente coberto em puro gelo.

- Ok... Acho que eu tenho um plano. - Jack começou a notar que talvez o cajado dele poderia ajudá-la a controlar o poder dela. 

Desde que Jack ganhou a magia da Criocinese, esse poder vinha apenas do cajado. Pelo menos era o que ele sempre pensou. Talvez Elsa poderia tentar controlar esse poder com o cajado dele.


- Tenta usar o meu cajado. - Ele estendeu o cajado a ela. - Isso talvez te ajude a controlar o seu poder.

- E isso lá tem cara de que vai dar certo? - Elsa pergunta com o seu pessimismo constante.

- Lá vem você com esse pessimismo todo. Quando você vai começar a ser mais otimista, hein majestade? - Jack pergunta com deboche para a platinada.

- Eu não sou pessimista. Sou realista, Frost. E olha... Esse poder tá ficando mais forte. E eu sei que você consegue sentir. - Elsa estava ficando com os olhos marejados. - A cada ano, eu me torno ainda mais poderosa com essa maldição. Eu não posso ficar perto das pessoas que eu amo e nem mesmo eu posso me sentir calma. - Elsa finalmente libertou suas lágrimas escorrendo pelo rosto, e começou a subir o seu tom de voz. - E você me vem com esse papo de querer me ajudar?! A GENTE NEM FEZ QUASE NENHUM PROGRESSO, FROST. Seria bem mais fácil, se eu me matasse antes de me tornar imortal. Assim, eu nunca mais estaria triste.

- Mas a que custo, Elsa?  

- A MINHA LIBERDADE DE MIM MESMA!!!


Jack abraçou a platinada, para que ela parasse de chorar. Ele não confessaria, mas adora várias coisas em Elsa. Menos em vê-la triste. Ele sabe que não seria a primeira vez em que Elsa havia pensado em se matar. Ela ainda estava deprimida, e com certeza ele sabia disso. Ele sabia por experiência própria.


- Elsa... No começo, quando eu ganhei esses poderes... eu estava completamente sozinho e isolado do mundo. Nenhum dos outros espíritos espalhados pelo mundo me ajudou. Nem a Lua me ajudou. Até hoje, eu nem sei mesmo qual é o meu verdadeiro propósito nesse mundo. Eu sempre fui obrigado a me virar sozinho. Sempre... Sendo obrigado a ver todas as famílias juntas, reunidas e sempre felizes. Nunca houve uma vez sequer em que eu imaginasse ter uma família... um amigo... uma amiga... ou talvez até me apaixonar por alguma garota especial. - Ele ainda dizia, enquanto Elsa ainda chorava constantemente e agarrada a ele. - Eu já pensei em me matar várias vezes. Até que eu finalmente me toquei na real. - Jack começou a liberar uma lágrima em sua bochecha direita. - Se eu sou imortal, eu aproveitaria a minha imortalidade sozinho e sem mais ninguém, e continuaria fazendo as pessoas se divertirem... Mesmo que não soubessem que eu sou o motivo da diversão deles. Eu sou o que sempre fui: O Espírito do Inverno.


Elsa notou que Jack compartilhava a mesma dor que a dela, e que sempre precisava usar máscaras para esconder sua dor. Não poder ficar perto de quem você ama é uma dor insuperável, ainda mais das pessoas de quem você ama ou já queria amar. E finalmente caiu a ficha pra ela. Não adianta uma pessoa ser imortal, se você não tem nenhum objetivo ou alguém ao seu lado. 


- Jack... - Elsa ainda lacrimejava, e decidiu olhar para os olhos dele. - Porque você ainda continuou em frente então? 

- Porquê se eu não estiver aqui, quem  mais vai estar? Mesmo que não acreditem em mim, eu ainda vou continuar tentando fazer com que acreditem em mim, Elsa. - Ele deu um sorriso, mas dessa vez, era um sorriso sincero. - Como no seu caso, você sempre se sentiu obrigada a viver sozinha. Mas você... Quer ser uma rainha pelo seu povo. Não por você. Isso é sinal de humildade e altruísmo. - Disse Jack, confortando ela. - Desde que eu descobri que você poderia me ver, a minha esperança do mundo todo me ver só aumentou. E eu acredito que algum dia, você vai sair por aquela porta e abraçar a sua irmã, você vai se apaixonar por alguém que te ame de volta, e também... Eu acredito que algum dia, você finalmente vai ter controle desse seu poder e nunca temerá mais nada.


Elsa sentiu conforto em cada palavra em que Jack disse para ela. E ele tinha razão. Não há motivo em desistir, sem você tentar. 


- Obrigada, Jack. Você realmente me ajudou. - Elsa deu um sorriso sincero e alegre. - Agora me dá logo o seu "gravetinho", e vamos começar logo esse treinamento. - Elsa disse, sorrindo com deboche no final.

- Essa é a Elsa que eu conheço. E outra, isso aqui é um cajado. Sabe enxergar não? - Ele deu o seu cajado a ela, e ela começou a tentar focar o seu poder nele. Agora tenta pensar no vento ao seu redor... E joga tudo isso pro céu.

- Tá legal. - Ela concentrou o seu poder no cajado... E finalmente jogou uma grande rajada de gelo para o céu, com ajuda do cajado.

- Deu certo! Viu? Você tá aprendendo bem. - Jack disse sorridente, e feliz vendo que o treinamento de Elsa está tendo algum progresso.

- É... Deu certo. - Elsa se sentiu orgulhosa, sabendo que o medo de usar o seu poder em breve, seria apenas uma lembrança. 


. . .


Desde que Jack começou a ajuda-la, ele começou a dormir regularmente junto com Elsa, se tornando colegas de quarto. Ela no início se recusou. Arduamente. Mas convencer o platinado de algo era uma coisa impossível. A personalidade forte e otimista de Jack era um pouco igual a de Anna.


Flashback...


- Aí, Elsa. Se importa de eu dormir aqui não né? 

- Opa, opa, opa. Tá achando que o meu quarto é bagunça, é? Claro que não. Pode esquecer e tirar o cavalinho da chuva. Você pode até querer me ajudar com a Criocinese, mas nada de dormir junto.

- Mas essa cama é de casal! E o que tem em você querer dividir sua cama com outra pessoa?

- Eu não sou uma mulher idiota que cai em papinho de pervertido. Você pode acabar fazendo alguma coisa comigo, enquanto eu estiver dormindo.

- Mas que ousadia.- Jack diz suspirando e colocando dramaticamente a sua mão direita em seu peito. - Eu não sou nenhum tarado pervertido, sua doida. De onde é que você tá tirando isso? Tá é vendo muita Netflix.

- Que se foda. Eu já disse, e não é não! 


Jack abre os seus olhos azuis e faz um biquinho de pena, tentando fazer Elsa quebrar sua barreira emocional.


- Mas só pode ser brincadeira... - Elsa tentava desviar o olhar dos globos azuis dele. - Eu... não... vou... ceder!


...


- Obrigado, majestade. - Jack disse sorridente, olhando para Elsa, que queria muito que ele calasse a boca antes que ela mesma costurasse.

- Cala a sua boca e me deixa dormir. - Elsa finalmente conseguiu entrar em sono profundo.


Fim do Flashback...

Narrativa(Elsa)


É... E ele tá até dormindo no lado direito da minha cama. Que platinado preguiçoso.

Eu me levanto até o meu criado mudo, abro a gaveta e pego o meu diário.


Eu abro com uma impressão digital. Eu sei que esse tipo de diário é muito caro, mas é bem melhor que ninguém saiba dos meus maiores segredos. Especialmente o Jack.


• 17/08/2015 - Hoje eu consegui mais uma vez acessar os meus poderes e consegui controlar com o cajado do Jack. Pra eu ser sincera, eu só pensava em me matar... até hoje. O Jack me ensinou que sempre tem como viver feliz, mesmo que ninguém veja ele. Esse poder não é uma fonte de tristeza, é uma fonte de liberdade. E pensar que alguns meses atrás, eu não tinha ninguém até ele chegar. Tomara que amanhã seja um ótimo dia.

PS: Até que o Jack é muito bonitinho quando tá dormindo.



Eu finalmente parei de escrever, coloquei o meu diário na gaveta do criado mudo e me deitei na cama ao lado de Jack. Ele é tão lindo e sereno quando tá dormindo. E olha que ele nem parece o capiroto que só sabe congelar cano d'água.


- Palhaço... - Eu dou um sorriso ao vê-lo dormindo.





- Boa noite, Jack. - E finalmente caio no sono profundo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Finalmente a depressão da platinada se foi. É meio triste quando você não pode ser visto pelas pessoas, e como você não pode chegar perto das pessoas sem você se machucar. Mas esses dois encontraram o equilíbrio entre eles mesmos.

Até mais 👍❄


PS: Caros leitores, por favor, não pensem nessa coisa de suicídio. Eu só botei aí, porquê faria muito mais sentido se o Jack e a Elsa sempre estivessem a maior parte da vida sem o mínimo contato com as pessoas.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...