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História Uma Amizade Diferenciada - Johnil - Quando tudo começou.


Escrita por: onyour_fullsun e ldy_wb

Notas do Autor


que nervoso meu deus kkkkkk

bom, essa é a minha primeira fanfic nessa plataforma e estou um tanto insegura quanto a essa postagem, mas vou leva-la até o fim, espero que acompanhem :)

será uma Longfic e eu não faço ideia de quantos capítulos terão.

contei muito com ajuda da @whitebook para escrever.

ainda não decidi quais serão os dias de postagens dessa fanfic, mas em breve eu aviso.

bom, acho que é isso kkkkk

Boa leitura💛

Capítulo 1 - Quando tudo começou.


Fanfic / Fanfiction Uma Amizade Diferenciada - Johnil - Quando tudo começou.

 

  TAEIL


Era uma tarde normal, duas e trinta e sete pra ser mais exato. A neve cobria tudo que se podia ver em Seul, era um inverno realmente rigoroso, o que fazia com que poucas pessoas saíssem de casa naquela época. Como de costume, eu estava no meu quarto, deitado na minha cama, lendo um de meus livros favoritos.

Meus pais sempre chegam ao final da tarde, e meu irmão só anda fora de casa com os amigos. Sempre fui acostumado a ficar em casa sozinho, e não ligo, gosto da paz e da tranquilidade, na companhia apenas de meus livros e minha cama quentinha.

Por isso me surpreendi quando ouvi a campainha da casa tocar. Era estranho, já que não recebia visitas com frequência, ainda mais com aquele frio todo. Quem era louco de sair de casa nesses tempos?

Amaldiçoei mentalmente a pessoa que atrapalhava minha leitura naquele momento e resolvi ignorar, a casa aparentava não haver ninguém mesmo, uma hora a pessoa teria que desistir.

Mas seja lá quem fosse, não parecia querer ir embora enquanto não houvesse resposta.

Após muita insistência desisti de ignorar. Custei a levantar, estava tão confortável que poderia ficar naquela cama pelo resto do dia. Desci as escadas um tanto estressado, e fui em direção a porta para ver quem era o maldito.

Fala sério, as pessoas normalmente desistem quando percebem que não há ninguém em casa, essa pessoa era burra ou o quê?

Quando abri a porta, entendi a persistência. Dei de cara com o meu querido e inconveniente melhor amigo, com seu sorriso agradável de sempre, completamente agasalhado e com um pouco de neve nos fios.

— Olá, Taeil! Estava quase desistindo. Por que demorou pra atender? — perguntou, e eu dei espaço pra ele entrar.

— Estava ocupado — respondi simplista, já me convencendo de que não teria mais minha tarde tranquila, e fechando a porta em seguida. — Por que não me avisou que viria?

— Ahn... Eu tava' só andando por perto e resolvi vir te ver — ele coçou a nuca, provavelmente tentando disfarçar o visível nervosismo.

Era mentira, e eu sabia disso. Conhecia o Johnny muito bem e sabia quando ele mentia. Nos conhecemos desde que me entendo por gente, éramos amigos realmente muito próximos.

John e seus pais se mudaram de Chicago para Seul quando ele era muito pequeno, ele foi uma das primeiras pessoas com quem tive contato na pré-escola, e desde então, um vive na cola do outro.

— Vai falar o real motivo da visita ou vou ter que perguntar de novo? — o olhei com tédio e cruzei os braços, mais pelo frio que estava fazendo ali.

— Aish! É impossível enganar você — Johnny fez um biquinho, o que me fez rir um pouco.

— Claro, bobão. Acha que tá' falando com qualquer um? — perguntei, retoricamente — Vamos subir.

Fomos para o meu quarto, quando entramos lá, ele sentou na beira da minha cama e eu recolhi alguns papéis espalhados em cima da minha escrivaninha. Estava louco pra ficar horas e horas lendo, então não havia juntando minhas apostilas quando cheguei da escola.

— Oh, estava lendo antes de eu chegar? — ele percebeu o livro com um marca páginas em cima da cama.

Apenas concordei com a cabeça e ele pediu desculpas por atrapalhar, ele sabe o quanto detesto ser interrompido. Pelo menos nisso não foi tão burro.

Me sentei em uma cadeira de frente pra cama e esperei ele me dizer o motivo da sua ilustre visita.

— Então...? — o incentivei a falar, já um pouco impaciente.

John respirou fundo antes de falar, parecia um tanto nervoso ainda. Ele fez sua carinha de cachorro pidão que eu já estava acostumado, e então eu soube que lá vinha bomba.

— Sabe, hyung... — começou, olhando pra baixo — As provas finais estão chegando e você sabe o quanto estive ocupado nos últimos meses...

— Jogando vídeo game igual um zumbi? — o interrompi, arqueando uma sobrancelha.

— Ei, eu não jogo igual um zumbi! São apenas outras prioridades — fiz cara de tédio e sinalizei pra que ele continuasse. — Enfim... o ponto é que eu preciso de ajuda pra estudar.

— Não — respondi simplista e sem rodeios, e Johnny bufou de imediato.

Não é como se eu não quisesse ajudá-lo, apenas sei o quanto ele é preguiçoso em relação aos estudos, e só de imaginar a situação de ter que ficar horas tentando o fazer absorver o mínimo de conhecimento sem resultado algum, já me dava dor de cabeça.

— Por favor, hyung! Eu prometo que vou me esforçar, faço o que você quiser e nunca mais te peço nadinha! — levantou uma das mãos como se estivesse fazendo uma promessa.

— Você tá' dizendo isso da boca pra fora — cruzei os braços.

— Não estou não! — disse se levantando, e em seguida se ajoelhando em frente à cadeira em que estava sentado. Seria cômico se não fosse trágico. — Prometo que não vou te dar trabalho. Não quer que eu passe de ano?

— A questão não é essa, Johnny. Você é muito preguiçoso, qualquer coisa relacionada à escola pra você é chato, a não ser os intervalos.

— De certa forma você tem razão... Mas estou realmente desesperado! Se eu tirar menos de 7,0 em três matérias eu vou repetir o ano. — fez seu típico biquinho pidão.

— Pensasse nisso antes de ficar horas na frente de uma tela matando pessoas online — tentei manter minha postura, pois aquela posição me desfavorecia de certa forma.

— Aquilo é aprendizado pra vida — o lancei um olhar de desdém — E se um dia eu precisar te defender em situação de grande perigo? — perguntou com cara de quem achava que tinha ganhado toda a razão.

— A escola também é aprendizado pra vida. E outra, eu sei me cuidar muito bem sozinho.

E eu realmente tinha razão. Apesar eu de ser baixinho e parecer extremamente frágil, sempre fui independente e soube resolver meus problemas sozinho.

Sabia que Johnny achava que eu poderia simplesmente fazer mágica para o fazer passar nas provas. Mas não era fácil assim, ele teria que perceber isso e se virar nos 30 para estudar sozinho e garantir a tão sonhada "liberdade escolar", como ele chamava.

— E o nosso plano de se formar, ir pra faculdade juntos, dividir um quarto no Campus e sair toda sexta feira pra festas e fazer amizades novas? — ele perguntou me fazendo recordar de um antigo juramento que havíamos feito.

Fizemos esses planos quando bem novos, eu tinha 10 anos, enquanto o Johnny tinha apenas 9. Isso acabou virando realmente um juramento nosso, que para mim pareceu um tanto clichê depois de uns anos, afinal éramos apenas crianças bobas, mas ainda assim eu gostava da ideia da nossa independência e viver juntos.

E também, ver a felicidade de Johnny toda vez que mencionávamos isso era engraçado.

Okay, apesar de bobo e ingênuo, aqueles planos também era um tanto importantes pra mim, eu já havia me acostumado com a ideia, então cogitei a possibilidade de ajudá-lo.

Após mais insistência dele — vocês podem perceber o quanto esse ser é extremamente teimoso e não aceita um "não" como resposta —, eu resolvi aceitar ajudá-lo nos estudos. Sabia o quão trabalhoso seria, mas sabia também que ele não me deixaria em paz enquanto não aceitasse. Quando esse garoto colocava algo na cabeça se tornava quase impossível tirar.

— Você vai realmente se esforçar? — perguntei, ainda meio indeciso com a ideia

— Com todas as minhas forças — John respondeu de prontidão, como uma criança assegurando que não faria nada errado novamente.

— Vou poder te bater caso você tire minha paciência? — perguntei com um sorriso travesso no rosto.

— Você já faz isso normalmente — respondeu com uma carinha emburrada olhando para o lado. Aquilo me fez rir.

— Tudo bem... — suspirei, me rendendo — Eu vou te ajudar.

Ele se levantou, parecendo muito feliz.

— Sério? Ai, obrigado, hyung! Você é o melhor! — ele me abraçou tão apertado que me tirou do chão por breves segundos.

— Tá', tá', tá' — tentava me desfazer daquele abraço. — Não comemore ainda, não vou pegar leve com você.

— Tudo bem, só o fato de você me ajudar já me deixa muito mais confiante de que vou passar — me encarou com um sorriso adorável.

— Isso se você se esforçar, seu pateta. — fui até o guarda roupa para pegar minha mochila.— Enfim, que bom que veio cedo, assim podemos começar logo.

— Ahh, mas já? — pareceu desapontado — Achei que a gente pudesse ficar jogando Minecraft o resto da tarde, queria te mostrar os updates da minha mansão, tá' demais!

— Você não tem jeito mesmo, John Suh — ri pouco e balancei a cabeça.

[•••]

 

— E foi assim que ocorreu a Guerra das Coreias — finalizei minha explicação do assunto da nossa prova de história.

Johnny ouvia tudo atentamente, com uma cara de confusão, aparentemente tentando fazer com que as informações fizessem sentido em sua mente, que provavelmente estava uma bagunça.

Já passavam das seis da tarde, estávamos no meu quarto desde a hora que ele chegou aqui. Revisamos apenas duas matérias, e apesar de dizer que estava entendendo tudo, sua confusão era nítida.

Johnny era realmente lerdo.

Eu tentava o ajudar em algumas matérias de vez em quando, à pedido de seus próprios pais e até mesmo dos professores. Mas como já disse, é muito difícil fazê-lo entender o mínimo que seja de certos assuntos.

Se não passasse tantas horas trancado em seu quarto jogando jogos e mais jogos, tenho certeza que ele seria um aluno brilhante, tudo que ele tem é preguiça mesmo.

— Tá'... E quanto tempo durou mesmo? — ele se encolheu um pouco, obviamente com medo de que eu me estressasse novamente com ele, que foi exatamente o que aconteceu.

— Johnny, pelo amor de Deus! — bati em minha própria testa. — Eu acabei de falar!

— Eu sei, mas é muita informação pra assimilar! Me dá um desconto vai, estamos aqui há horas — ele fez uma expressão de cansado.

— Você que veio até mim querendo ajuda, estou fazendo apenas o que me foi pedido.

Voltei a atenção para a minha janela escutando o som de um carro.

— Okay, mas é que você fala rápido demais, fica difícil acompanhar — ele disse, mas eu já não estava mais prestando atenção.

— Ahn... Johnny, a gente continua amanhã, pode ser? — comecei a juntar minhas coisas.

Só queria tirá-lo logo de lá antes que meus pais começassem com o showzinho deles na frente de Johnny.

Não que não tivéssemos intimidade suficiente pra presenciar momentos assim. Mas convenhamos, ver os pais do seu melhor amigo discutindo era um tanto desconcertante e chato.

— Ufa! — comemorou enquanto andávamos para fora do quarto, parecendo aliviado.  — Obrigado, hyung, meus miolos estavam fritando!

— Duvido que sejam muitos... — sussurrei mais pra mim do que pra ele.

— O que disse?

— Nadinha. — sorri amarelo. — Amanhã no mesmo horário você vem pra continuarmos.

Abri a porta para ele sair, e ele concordou fazendo um biquinho. Pude ouvir o carro dos meus pais estacionando na garagem.

— Muito obrigado novamente, Taeil hyung, eu estaria perdido sem você — sorriu.

Ele se aproximou de mim, me abraçou e deixou um leve selar em minha bochecha. Graças a baixa luminosidade da varanda, talvez o rubor em minhas bochechas tivessem passado despercebido, assim eu espero.

— De nada, bobão. Até amanhã. — sorri pequeno.

— Até! Vou trazer seus biscoitos favoritos pra você amanhã como um agrado.

Ele soltou uma piscadinha e eu ri. Consegui o ver cumprimentando meus pais antes que eu entrasse novamente em casa.

Quando estava entrando, meu irmão veio correndo apressado para entrar em casa, passando por mim de um jeito meio brusco.

— "Licença" ainda se usa — subi as escadas, o estresse perceptível no meu tom de voz.

— Desculpa, Tae — ele apoiou uma mão no corrimão da escada, enquanto a outra estava nem seu peito, todo ofegante. — Mas se eu demorasse mais um pouco estaria ferrado.

— Pois é, você e sua péssima mania de ficar vagabundando por aí. Melhor subir logo, com sorte nossos pais nem notaram você entrando esbaforido — avisei e ele concordou com a cabeça.

Cada um seguiu para seus respectivos quartos.

Meu humor não estava dos melhores, não queria que piorasse por presenciar mais uma briga besta entre meus pais.


Notas Finais


muito obrigado por ter lido até aqui, e sintam-se a vontade para comentar.

até mais^^💙


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