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História JohnLock - Os adjetivos


Escrita por: Sunshine00

Capítulo 9 - Os adjetivos


         (Sherlock) Sairíamos para almoçar. Eu já estava pronto, sentado no sofá. John nos atrasava escrevendo no seu blog sobre o último caso em que nos envolvemos. Ele tinha tomado banho e estava sem camisa. Faltava terminar de vestir a roupa para irmos, mas disse que precisava terminar um parágrafo que estava se desenvolvendo na sua mente naquele momento. Assistir suas expressões faciais enquanto ele escrevia me divertia. Conseguia saber qual parte do sucedido ele narrava apenas pela feição que fazia. Ele reclamava às vezes que eu o observasse com tanta firmeza – “o incomodava”. Eu não me importava nem deixava de fazê-lo.

            Quando ele parou de digitar, abri minhas pernas e pedi que ele sentasse entre elas no sofá comigo. Ele sorriu e sentou, virado de costas para mim. Sem tocá-lo, beijei toda a extensão de seu ombro ao seu pescoço, dos dois lados. Depois o inclinei para frente e beijei o meio de suas costas até seu pescoço. Podia perceber que ele se arrepiava. Inspirei o ar fortemente em sua nuca e passei a perpassar muito suavemente o nariz por ela. John se arrepiou mais ainda, a ponto de gemer sussurrando. Sorri. Estava chegando ao ponto que eu queria. Escolhi o local de seu pescoço que achei ser mais sensível - pelo que percebi com os movimentos anteriores - e mordisquei de leve; ele jogou a cabeça para trás e passou a colocar as mãos nas minhas coxas. Passei a ponta dos dedos das mãos pelas suas costas de baixo para cima delicadamente, fazendo suas costas arquearem na medida em que meus dedos passavam - ele suspirava. Ele apertou suas mãos nas minhas coxas, mãos que estavam próximas da minha virilha, propositalmente, é claro.

S – John...

J – Sim?

S – Vai colocar uma camisa para irmos.

John riu. J – Você gosta de me provocar, né?

S – Não fiz nada demais.

John sentou do meu lado no sofá, ainda com uma das pernas por cima da minha.

J – Sherlock, como você... Consegue se soltar para fazer essas coisas?

S – Hm... Acredito que por reconhecer muito bem as expressões e intenções de cada um eu as utilize também de forma palpável, usando os sentidos. O jogo de testar reações corporais me é interessante. Eu gosto de vencer esse jogo; te arrancar alguma ação, uma relutância, um gemido, um suspiro.

J – Eu não perguntei isso. Quero saber como você consegue ficar leve, descomedido. Quando eu pensava... Em como seria ficar com você... Eu sinceramente te imaginava rígido e que você não saberia o que fazer.

S – Eu sou muito lógico e objetivo.

J – Não, você é emotivo.

S – Mas eu raciocino. Eu tenho necessidade de entender como as coisas funcionam. E o jogo da sedução não é nada complexo. E quando eu decido fazer algo, gosto de decidir como será feito de forma... Proveitosa. Não me excita uma relação seca, óbvia e mecânica. Já disse, gosto do desafio. Então, resolvi tentar não demonstrar insegurança. E consegui até agora, pelo jeito. – sorriu abertamente, vitorioso.

J – Então foi uma decisão pensada? Você deveria ter me dito tudo isso antes.

S – Você não perguntou. No início eu sentia hesitação sim, mas você me ajudou com sua própria insegurança. É bem mais fácil reagir com você ‘precisando’ que eu guie. Acho que se você tivesse sido incisivo eu teria demonstrado minha instabilidade.

J – Você não teve receio que eu te “rejeitasse”, como você mesmo disse? Você me falava que se eu te rejeitasse você me deixaria em paz.

S – Não tive receio porque eu sabia que estava certo; que você me desejava. Mas tinha a opção de mesmo assim você não querer ceder. Não teria problema, eu lido bem com rejeição, John. Lidei a minha vida inteira. Tive receio que nossa amizade não fosse da mesma forma... Mas eu achava tão boçal que nossa amizade acabasse por isso, que não tive um medo real que isso acontecesse. Se você não quisesse, ok. Eu não ia ficar te comendo com os olhos o tempo todo. Se não é recíproco não me satisfaz, John; desse tipo de depravação eu não compartilho.

J – Entendi. ... E você gostaria que eu fosse mais...

Ele parou de falar e me encarou com uma expressão de “você sabe o que eu quero dizer”.

S – Libertino? Imoral? Sem vergonha? Indecente? Lascivo?

Ele começou a gargalhar.

S – Safado? Obceno?

J – Eu já entendi!

John levantou e se dirigiu ao quarto para vestir a camisa.

Quando saímos, já dentro do táxi.

S – Sexy? Sedutor? Depravado?

J – Meu Deus do céu, pare.

Novamente, já dentro do restaurante, enquanto comíamos.

S – Provocador? Mal-intencionado? Impiedoso? Selvagem?

Eu o seduzia e pisquei o olho sorrindo quando ele me encarou gesticulando para que eu parasse de falar.

J – Chato? Insuportável?

Obviamente esperei que ele falasse uns dez adjetivos. S – Só dois adjetivos?? – disse frustrado.

J – Sherlock, cala a boca e come. Sério. – Ele disse, com um sorriso de canto de boca.



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