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História JoJo no Kimyou na Bouken - Ties Of Stars (EM REVISÃO) - Todos podem entrar na enfermaria


Escrita por: lemongelion

Notas do Autor


Depois de 84 anos, voltamos ae

Capítulo 10 - Todos podem entrar na enfermaria


Pov's: Kurokata

-E-eles estão chegando!- Koichi olhou para os lados vendo a multidão de estudantes que se aproximava- J-Josuke...

-Relaxa, eu já consertei isso- Josuke apontou para o ginásio completamente normal, só que ainda com as plantas pulsantes- mas essas aí não vão sair tão cedo...

-Isso é um Stand... Ninguém irá vê-lo, a não ser que seja um usuário- falei me virando e saindo de perto do pessoal. Precisava encontrar Jouta o mais rápido possível, aquilo podia fazer parte de algum plano de Sen, eu não podia perder tempo.

-Que flores bonitas- um rapaz alto de longos cabelos claros falou, olhando para o ginásio- elas pulsam, como se estivessem vivas.

Me virei bruscamente para o garoto e pude notar suas orelhas protuberantes, como as de um elfo, seus olhos verdes e os diversos broches de naves espaciais e planetas que enfeitavam seu uniforme. O rapaz me encarou de volta e abriu um sorriso gentil.

-Olá! Eu me chamo...

-Mikitaka!- Okuyasu gritou, correndo em nossa direção- onde cê tava, cara?

-Minha mãe e eu tivemos que fazer uma viagem, voltamos faz algumas horas, por isso não estava aqui- ele coçou o queixo- eu não vi vocês na sala e perguntei para a garota do clube de culinária se ela tinha visto vocês, mas ela me pareceu bem preocupada quando entrou pela janela, carregando um garoto desacordado e...

-Espera! Garoto desacordado?- perguntei- Como ele era?

-Hum, ele era alto... Muito alto, talvez mais alto que o Josuke. Cabelo castanho aparado dos lados e uma cara de idiota.

É, com certeza era o Jouta.

-E como era a garota?- perguntei secamente. Precisava saber como ela era, a procura seria mais rápida e a surra seria mais dolorosa...

-Bom, ela tinha um cabelo negro bem volumoso, usava franja e uma tiara de flores. Tinha cheiro de morangos e...

-Mirai Takeuchi, da sala ao lado da nossa- Yukako se intrometeu na conversa- a líder do Clube de Culinária...- a morena franziu o cenho- mas eu nunca tinha reparado que ela tinha um stand...

-Ninguém sai por aí gritando aos quatro ventos ''Hey, eu tenho uma habilidade chamada Stand que serve para bater nas pessoas!''- Josuke indagou- e do jeito que a Mirai é, nunca perceberíamos.

-V-vocês... são uns... i-idiotas...- Sen protestou, Josuke revirou os olhos, havia se prontificado a curar as feridas de Sen antes que os estudantes chegassem, parecia estar arrependido- n-não conseguiriam... distinguir... n-nem mesmo um...- ele foi calado por um tapa de Okuyasu.

-Cala a boca aê, seu fodido! Ainda temos umas perguntinhas pra te fazer, entendeu, palhaço?

-Você... n-nunca entenderia... a-acéfalo estúpido...- Okuyasu agarrou o colarinho do uniforme de Sen, cólera transbordando de seus olhos.

-Repete isso seu desgraçado!- rosnou e se virou para Josuke- o que é acéfalo?

Ignorei toda aquela confusão e me virei para Mikitaka.

-Sabe por onde eles entraram?

Mikitaka assentiu e apontou para uma das janelas da escola.

-Eles entraram por ali, creio que foram para a enfermaria.

-Obrigada- agradeci e saí correndo, pronta para trazer Jouta de volta, mas antes eu me virei na direção de Sen e lhe lancei um olhar frio- não se preocupe, seu psicopata, você é o próximo- e voltei a seguir meu caminho.

-K-Kuro-chan...- ouvi Sen sussurrar enquanto me distanciava, mas eu não me importava.

Ele não fazia meu tipo.

..........

Entrei na enfermaria sem nenhuma cerimônia, era uma recinto comum, paredes brancas, cortinas que separavam os leitos, mensagens motivais sobre se manter saudável e mais um monte daquelas parafernalhas que se usam em enfermarias.

Olhei para o lado e vi a figura assustada da enfermeira que parecia processar o que estava acontecendo.

-Com liçenca... Sabe se uma garota chamada Mirai Takeuchi entrou aqui carregando um garoto desacordado?

A enfermeira pareceu se enfurecer com a pergunta.

-O que pensa que está fazendo?! Você não pode entrar assim sem permissão! Acha que aqui é...

-Onde eles estão?- cortei sua fala, odiava quando não me davam a devida resposta.

A mulher piscou, franzindo o cenho em seguida. Logo recomeçou a berrar:

-Você não me escutou?! Não pode entrar aqui sem permissão!- foi em direção a mim e apontou um dedo magro em direção ao meu rosto, a ponta de sua unha pintada de vermelho espetou meu nariz- Acha que só porque é estrangeira pode entrar onde quiser? Adivinha... VOCÊ NÃO PO...

Agarrei o pulso da enfermeira e lhe lancei um olhar frio que a fez se encolher.

-Eu não tenho saco para isso, estou atrás do Jouta e não posso perder tempo para escutar choramingos de uma mal amada como você- a encarei com mais atenção- agora me responda... Onde. Está. O Jouta?

-Q-quem é...- a mulher balbuciou, mas foi interrompida por uma voz suave que saía de trás de uma das cortinas.

-Enfermeira, a senhora por acaso não teria mais nenhum analgésico para me emprest...- Mirai arregalou os olhos quando me viu, olhos verdes como plantas tropicais. O cabelo negro era repicado e volumoso e estava decorado com uma bela tiara de flores. O cheiro de morangos pairava no ar- O-o-olá! D-desculpa atrapalhar a conversa... E-eu estou indo...

-Você fica...- respondi secamente- como ele está?

Mirai encarou o chão, era muito mais baixa que eu, parecia uma ovelhinha indefesa.

-E-está bem... D-descansando...

-Oh isso é bom...- sorrio- obrigada.

No mesmo instante, Roxette se materializou e desferiu um golpe vertical em Mirai, derrubando-a e dissolvendo os laços dela com seu Stand.

Mirai soltou um grito de dor e se ajoelhou, a enfermeira foi em sua direção para ampará-la.

-V-você está bem? Ela te empurrou?!

Mirai negou.

-E-eu só fiquei tonta... Não precisa se preocupar.

Ignorei a conversa das duas e abri a cortina que encobria o leito de Jouta, meu coração apertou quando eu o vi desacordado. Me aproximei e encostei minha mão em seu rosto, ele ainda respirava pesadamente e parecia ter acabado de se recuperar de uma febre muito alta. Notei um ponto em seu pescoço, como se ele houvesse sido perfurado por uma seringa. Rangi os dentes e senti uma veia latejar em meu pescoço. 

-Aquele desgraçado... Ele vai ver só... Eu vou matá-lo... Eu vou...

Naquele momento, Jouta entreabriu um dos olhos.

-K-Kuro?- ele sussurrou- onde estamos? Agh, minha cabeça... Parece que eu fui atropelado por um caminhão monstro- ele riu fracamente. Sorri, aliviada, pelo menos ele estava bem.

-Estamos na enfermaria... Você me deu um baita susto! Eu nunca fiquei tão aflita desde que passamos a estudar juntos.

-É, o sentimento foi mútuo.

Nós dois rimos. Jouta fez uma careta de dor.

-Cacete, meus músculos doem... Aquele maldito...

-Relaxa, a gente já deu um jeito nele- a voz de Okuyasu irrompeu na sala. Me virei e vi ele, Koichi e Mikitaka na porta da enfermaria- viemos aqui atrás dela- ele indicou Mirai com a cabeça.

Jouta finalmente pareceu ter exergado ela.

-Ei! Eu lembro de você! Foi você que saiu das sombras e amarrou aqueles clones que estavam me chutando!- ele pareceu radiante. Minha expressão se fechou, enquanto Mirai desviou o rosto, corada.

-É-é... N-n-não foi nada...- aquela voz fina me enjoava de uma forma...

-O que? Claro que foi! Você salvou minha vida, eu tenho que agrade...- mais uma careta de dor. Me levantei e disse:

-Você precisa descansar, ainda não está 100% recuperado- baguncei os cabelos dele- pense que é a recuperação de um treino pesado de futebol americano.

-Um treino pesado nunca me deixou desse jeito- ele suspirou- beleza, vão lá, eu estou adorando as regalias daqui mesmo.

-Podemos chamar o Josuke, não? A habilidade dele poderia curar o Jouta completamente- Mikitaka sugeriu, Okuyasu concordou e Koichi espalmou a mão na testa.

-Vocês dois não pensam mesmo, né?- suspirou e se voltou para mim e Mirai- bom, acho que está na hora de ir, temos um interrogatório esperando.

-Ah, com certeza- passei por Mirai e sussurrei- mal posso esperar pra esmurrar umas caras.



















































Já era o quinto cigarro que Taro fumava naquela noite, o escritório estava impregnado com o cheiro de nicotina e hortênsias secas. Ele encarava uma das ruas movimentadas de Tóquio, as luzes coloridas passavam rapidamente pelo prédio da Corporação Yomatsu. Seria sua última noite ali.

-Senhor?- uma voz feminina vinda da porta o tirou de seu torpor- ainda acordado?

Taro não se virou, odiava que o incomodassem e não estava com ânimo para conversas. Já fazia anos que não tinha ânimo para nada.

-O que você quer?- respondeu, apagando o cigarro em um cinzeiro próximo.

-Vi a porta aberta e vim ver se estava tudo bem. Eu lembro de tê-la trancado e...

-Eu tenho a chave, senhorita Amuro- Taro se levantou da cadeira e se voltou para encarar sua subordinada- você não deveria estar aqui a essa hora...

-Resolvi esperar pelo senhor... Taro.

Taro não suportava Saki Amuro, ela agia como uma colegial de voz irritante e o modo como se insinuava lhe dava asco. Ele ajeitou os óculos e soltou uma suspiro cansado, estava se controlando para não esmurrar aquela infeliz até enterrar o rosto dela crânio adentro.

-Senhorita, já falamos sobre isso, me trate apenas por Senhor Yomatsu...- passou por ela sem olhá-la e abriu a porta- pode ir embora, eu preciso ficar mais um pouco aqui...

-E se eu disser não?- Taro se virou para encarar Saki, esta sorrindo como um gato arisco- por favor, eu tenho certeza de que sentimos a mesma coisa... Ou você ainda não superou a...

Aquilo foi a gota d'água.

Taro agarrou o pescoço de Saki e o apertou. A garota soltou uma exclamação de surpresa e se contorceu.

-E-está machucando!- guinchou. Taro não cedeu.

-Não ouse citar o nome dela... Não nesta sala... Não na minha presença...- uma aura negra o encobriu e uma forma humanóide trajando trapos escuros se materializou ao seu lado, o rosto envolto por bandagens escuras que apenas revelavam seus olhos amarelos cintilantes- você sabe do que meu Radiohead é capaz... Mas você não sabe do que EU sou capaz...- se aproximou de Saki e sussurrou- Gostaria de descobrir?

-Creio que a senhorita Amuro já esteja de saída- como se algo tivesse estalado em seu subconsciente, Taro imediatamente soltou Saki e se virou, curvando-se para a figura esguia e elegante parada à porta, as sombras engolindo uma parte de sua silhueta, mas dava para ver o brilho de suas jóias e os olhos cor de topázio do gato que embalava nos braços.

Saki imediatamente se levantou e saiu correndo, apertando o pescoço e chorando.

Taro ainda estava curvado.

-Senhora... Mãe...

Junko Yomatsu sorriu. Os dentes eram brilhantes e a fenda entre os incisivos parecia ser um enorme buraco negro que tentava sugar toda aquela luz.

-Meu filho, vejo que está bem descontrolado hoje...- soltou o gato, que aterrissou graciosamente no chão, e estendeu a mão para acariciar o rosto de Taro- é porque vai para aquela cidade?

Taro assentiu.

-Eu não quero voltar para lá... Pela última vez, mãe, eu imploro...

-Eu já lhe disse, Taro- Junko se afastou do filho- você precisa ir até lá, existem pessoas como nós vivendo ali e eu as quero ao meu lado... Ao nosso lado. Seu barco sairá amanhã pela manhã e eu não quero mais objeções... Entendido?

Taro se levantou e ajeitou os óculos.

-Certo... Se é assim que a senhora deseja...- respondeu com a voz seca. Junko estendeu os braços e o gato saltou novamente para seu colo.

-Sabe, recentemente algumas pessoas se mudaram para essa cidadezinha tão interessante... Duas, em especial me chamaram a atençao, se não for pedir muito, poderia trazê-las para mim?

Taro assentiu.

-Claro, mãe...

Junko sorriu novamente.

-Esse é o meu garoto...- e então saiu da sala, deixando Taro sozinho novamente. O homem suspirou e se virou novamente para a janela.

-Que grande piada... Isso é doentio...- e arregaçou uma das mangas do seu terno- mas talvez eu tenha respostas para isso- ele disse enquanto olhava para as estranhas linhas em seu pulso.


Notas Finais


Só pra atualizar mesmo, o próximo capítulo vai ser melhor, eu juro ;w;


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