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História JONSA - O poder de Westeros - CAPÍTULO 27 - O que mais importa


Escrita por: Deezee

Notas do Autor


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Oie!!!

Quase 2020 e eu espero que tenhamos muitas histórias JONSA e que o fandom não se dissolva agora que não há mais o que consumir sobre a série e sobre esse casal não abordado!

Nesse capítulo temos um pouco de treta e um pouco de doçura! Gente, eu acho que não sei mais escrever tretas!!!! ÇOCORRO

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Capítulo 27 - CAPÍTULO 27 - O que mais importa


Fanfic / Fanfiction JONSA - O poder de Westeros - CAPÍTULO 27 - O que mais importa

Home – Gabrielle Aplin

I’m a phoenix in the water
A fish that’s learnt to fly
And I’ve always been a daughter
But feathers are meant for the sky
So I’m wishing, wishing further
For the excitement to arrive
It’s just I’d rather be causing the chaos
Than laying at the sharp end of this knife

 

 

 

Sansa

 

 

Sansa não conseguia localizar a irmã e Jon tinha mandado apenas uma mensagem de que logo a encontraria no Savoy. Ela aproveitou para montar uma operação de guerra com sua equipe de comunicação. Martin havia conseguido o contato de um mídia training que foi mais caro do que ela podia realmente pagar, mas que ao primeiro contato ele parecia saber o que fazia.

 

“É um prazer conhecê-la, senhorita Stark! Eu me chamo Loras e esta é minha equipe!” – O bonito rapaz que deveria ter a idade dela apontou para algumas pessoas atrás dele na ligação de vídeo que ela fazia pelo Ipad assim que entrou no quarto.

“O prazer é meu. Fico contente em aceitar trabalhar conosco, sei que é um período onde todos se encontram com suas famílias e amigos!” – Ela foi lisonjeira, mas sabia que a quantia absurda que havia disponibilizado tinha chamado atenção do rapaz.

“Martin e sua equipe me adiantou algumas coisas, também disponibilizaram alguns materiais que você mesma passou para eles... É tudo muito interessante. Eu ainda não tinha trabalhado com um caso de crise eminente!” – O rapaz sorriu como um gato, sacudindo seus cachos loiros para trás.

“Acho que não se trata de uma crise de imagem eminente. Ela está instaurada... Winterfell tem passado por muita coisa...” – Sansa não achava que poderia piorar a imagem da Winterfell.

“Veja, Sansa... Posso chama-la de Sansa? Temos a mesma idade. Veja... A Winterfell é o ícone com menor dano de imagem aqui. Ela é uma empresa sólida que sofreu com os reveses econômicos. Não há manchas na imagem dela como construtora. Nenhum prédio caiu ou explodiu, nem há trabalho infantil, desrespeito aos direitos humanos...”

“Não damos margem a isso!” – Respondeu orgulhosa.

“Mas nós temos outros ícones controversos: Duas crianças criadas como irmãos num relacionamento secreto...”

“Ele é meu primo...”

“Um delegado com acesso à tudo e à todos que é feito CEO, investe em empresas concorrentes, tem um passado oculto e bem, pode ser visto como herói por quase 72% das pessoas, como a gente fez uma prévia do analytics, mas com o que você mandou as coisas podem ficar confusas quando as pessoas começarem a perguntar como um homem com tino comercial entra na polícia, a mesma polícia e sistema judiciário que até pouco tempo atrás recebia propina para aliviar para o lado das construtoras...”

“Jon expôs o esquema...”

“Eu sei, seu sei..., mas isso é um detalhe que é preciso ser vendido bem e direito. Com a colaboração desse ícone que fala pouco e tem muito a dizer, Jon Snow...”

“Tenho certeza de que ele vai colaborar, espere até eu conversar com ele.”

“E temos o terceiro ícone e o mais problemático: Você e seu passado. Eu já adianto que a sua imagem será a mais difícil de trabalhar. Você não tem o rosto clássico de uma mulher batalhadora, aguerrida e sofredora. Há em você, muita elegância, um quê de princesa e um muito de menina que foi ou é mimada.”

“Eu não sei o que responder a isso...”

“Não há... Deixe que eu responda, minha querida. Você não lembra de mim, não é?”

“Não, realmente.”

“Festa das Tyrell. Eu sempre estive presente ao redor daquelas mulheres lindas e fantásticas. Nós sempre nos víamos nessas festas loucas!” – O rapaz prendeu o cabelo para fazê-la lembrar.

“Sim... Meu Deus...” – Um rubor passou por ela ao lembrar exatamente onde tinha sido a última vez que o viu: a beijando enquanto eles dividiam um beijo à quatro com pessoas desconhecidas numa festa das Tyrell.

“Não se preocupe... Sem julgamentos ou inquisição!”

“Como pretende me ajudar?”

“A primeira coisa é que assim que assinarmos a confidencialidade, você irá me contar tudo e cada podre. Não esconda nada e depois eu vou separar os assuntos em escala, da coisa pior e mais escandalosa ao que, dependendo do tom de voz e do humor do público, pode ser besteira. Vamos delimitar as personas que esses três ícones serão e com isso criar um discurso sólido. Que vai passar desde as contas em redes sociais à entrevistas na mídia tradicional.”

“Eu preciso que de imediato possamos combater as fakenews que andam se espalhando sobre Jon.” – Sansa tinha pressa.

“Isso é relativamente fácil, mas vai depender da outra voz.” – Ele recebeu um ipad de um assistente. “Pelo que vimos há duas fontes de notícias sobre Jon e Você. Uma fonte você me trouxe e é Daenerys Targaryen e a outra fonte? Tem ideia?”

“Cercei Lannister.”

“É ainda pior... Daenerys é estrangeira e pouco conhecida no país, mas Cercei, nós dois sabemos, é cheia de amigos influenciadores de opinião.” – Loras pensou mais um pouco. “Mas eu tenho mais! Assinemos o contrato, ele será um pouco mais volumoso, mas eu garanto que você terá retorno imediato.”  - Ela aceitou o anexo do documento que ele lhe passava pela chamada.

 

Passaram horas naquela conversa e seus pensamentos estavam em Jon e, talvez por isso, loras deu por encerrada a reunião deles prometendo retornar quando pudessem ter mais foco. Sansa passou a ler o contrato dele numa próxima ligação, com Martin, e começar a sentir a gravidade das coisas a cada vez que o homem suspirava profundamente. Ela confiava em seu chefe de comunicação e Marketing mais do que qualquer outro profissional na Winterfell e ver que ele dava sinais de preocupação a deixava ansiosa. 

 

"Você tem ido à Perris, Sansa? Desculpe a pergunta pessoal demais, mas esta é uma situação deveras complicada para a saúde mental…" - sua voz grave reverberou pelo quarto.

"Agradeço sua preocupação, Martin. Eu fiz uma pequena pausa para as festas, mas retornarei em breve." - sorriu sem mais nada a dizer. Será que Jon era aconselhado a buscar ajuda psicológica em meio à pressão que também vivia? 

"Bem, eu chamei o pessoal de volta do recesso e nós vamos começar a trabalhar isso logo mais…"

"Eu assinarei o contrato… é abusivo, uma invasão de privacidade, mas eu estou encurralada." - Ela admitiu depois de ler as primeiras páginas.

"Ele é a única pessoa que conheço capaz de lidar com uma crise de imagem desse tamanho. Ele conhece todo mundo e influenciadores são o que mais precisamos no momento agora que você é nossa presidente. A sua imagem precisa ser sólida."

"Eu sei." - Ela não ia se fazer de rogada é dizer que não entendia aquele trabalho. Dois anos de Vitoria Secrets tinha lhe dado uma amostra. "Se concentre em Jon primeiro. Ele não merece nenhum hate. Ele é, como Loras diz, o ícone mais exposto ao que Daenerys está fazendo."

"Pode deixar." - Martin desligou deixando Sansa com o enjoo e cansaço mental. Ela andou pelo quarto pensando nas possibilidades. Estava tentando ser prática, mas sua mente ia como ondas para o fato de Jon ter corrido até Daenerys com e mesma certeza e empenho como quando viajou de carro atravessando o país, esfolado, recém operado para ajudá-la, seja lá se o que precisava de ajuda era algo que atingiria a Winterfell. Ele veio até Daenerys, largando tudo com a certeza de que ela o esperaria como se obedecesse à comandos como Fantasma.

 

Ela estava ficando irritada e absorta naquele sentimento, cansada de ter que prestar atenção naquela mulher por mais tempo que merecia, entretanto não queria ter que ter aquela conversa de novo. Eles tinham se acertado, tinham conversado. Sansa confiava nele apesar da ultrajante maneira como ele corria para a mulher. Ela analisou suas roupas no closet do hotel, tentando pensar em outra coisa. Trocou-se pensando novamente em estar mais bonita e mais alta. Gostava de impor sua altura quando se sentia insegura e usava seus maiores saltos. Sabia, agora, que era insegurança, diferente de quando era mais nova e achava que era apenas por gosto. Ela ia descer e jantar e esperar por ele e Arya e até lá esperava que o sentimento de estar sendo preterida passasse. Ela estava cansada de lutar aquela briga unilateral dentro de sua cabeça, precisava voltar a se concentrar na empresa e na revanche de fakenews.

Sansa desceu ao restaurante, não queria comer sozinha, mas tinha fome e não esperaria por eles. Ainda sentindo-se desconfortável sobre Jon, mandou mensagem apenas para Arya, para avisá-la que se encontrariam no Savoy para jantar. Seu vestido de tweed que seguia suas curvas e, apesar de ser grosso e quente, dava a impressão de que ela foi embalada à vácuo fez um grande efeito quando ela atravessou o lobby. Ela virou cabeças de homens e mulheres. O garçom que atendeu eles no dia anterior, puxou a cadeira para que sentasse e serviu um pró-seco suave enquanto ela escolhia o menu. Apenas na metade da taça de cristal polido que ela lembrou que em meio aquilo tudo, ela estava grávida e não podia beber.

 

Chocou-se com o fato de ter esquecido aquele detalhe por um momento e se ressentiu ainda mais. Daenerys estava tirando dela até mesmo o direito de pensar em seu momento. Tudo era sobre a Targaryen, para a Targaryen e com a Targaryen. “Você assinará Stark!” Ela pôs a mão sobre a barriga disfarçadamente e pensou que não ia parir um Targaryen, mesmo que o pai daquela criança carregasse o sangue deles e que ainda fosse o melhor Targaryen de que se teve notícia. Sua sopa verde com Champion foi servida com pompa e o garçom permaneceu ao lado dela até que pudesse aprovar o prato. Ela sorriu com amabilidade e o homem se retirou. Ao redor dela algumas pessoas conversavam e a encaravam discretamente. Tinha começado. Suspirou cansada. Pegou o celular aborrecida e enviou um ponto de interrogação para seus irmãos e Jon e até o momento da sobremesa, não tinham nem sido visualizados. Mas entre eles, Sansa podia jurar que a conversa fluía. Ela estava cansada de ser deixada de fora.

 

Os seguranças que Brienne tinha enviado passeava de um lado para o outro do saguão, aguardando que ela lhe desse ordens, mas ela não tinha para onde ir além do hotel. Estava nevando, fazia um vento forte e frio e ela não tinha mais ninguém em Porto Real que lhe interessasse. Uma vez de volta ao quarto, ela deixou o celular tocar qualquer música para relaxá-la e escorou-se no espaldar da porta de vidro que dava para a varanda. Assistiu os suaves e brancos flocos se acumularem na armação de cimento escuro e sentiu vontade de chorar. Creditou o sentimento que chamou de patético ao estado de gravidez, mas não ajudou a rechaçar as lágrimas que se acumulavam. Ela sentia falta dos pais e de amigos. Qualquer apoio para quando estivesse se sentindo sozinha e Jon não estivesse com ela. Quando a porta se abriu e um Jon que parecia ter chegado da guerra entrou, ela limpou as lágrimas e aguardou ele despencar na beirada da cama.

 

“Eu estou cansado.” – Era o que ele tinha para lhe dizer. Ela permaneceu calada. “Daenerys fez uma demissão em massa sem nem mesmo conversar com o RH.” – Ele continuou e ela apenas levantou uma sobrancelha. Era uma atitude suicida fazer aquilo, para não dizer insana. “Não quer ouvir o board, não quer conversar sobre saídas... Refuta minha presença ou qualquer coisa que eu digo.” – Ele pôs as mãos na cabeça.

“É mesmo?” – Perguntou com ironia velada.

“Ela refuta até mesmo minha origem... Ela não dá o braço a torcer.”

“Humm” – Ela sentou-se na poltrona de couro próximo à cama.

“Eu conversei com Donal... Sobre a herança... O dinheiro posso usar na Winterfell, mas a participação da Westeros me deixa em uma posição melhor que a dela. O board está reunido no momento, numa assembleia emergencial, eu acho que eles vão votar para destitui-la da presidência.” – Sansa ouvia tudo com atenção, apesar da vontade oculta de que Daenerys explodisse.

“Isso não fará bem a Westeros. Em uma semana, suas diretorias caem. Quem eles querem eleger?” – Se esforçou em continuar prática.

“Eu acho que eles estão com meu nome.” – Jon a encarou com pesar.

“Você?” – Sansa calculou o que aquilo significava. “Você quer isso?”

“Não. Eu quero você e nosso bebê, no Norte, na Winterfell.” – Os olhos dele brilharam e aquilo quebrantou o coração dele.

“Eu gostaria que você deixasse isso mais claro... Não me deixando sozinha sempre que Daenerys grita. Esquecendo quem você é. Jon... Estávamos na delegacia para descobrir se o pai sofreu um atentado! E você correu para ela.” – Ela acusou depois de alguns minutos em silêncio.

“Sansa...” – Ele foi até ela a agarrando pelos ombros e olhando dentro de seus olhos embaçados.

“Não é legal quando você banca o príncipe encantado com outra princesa em apuros quando ela não sou eu...” – O ciúme corria o coração dela e aquilo era novo e incontrolável. Ela não estava preparada quando abriu a porta daquele sentimento e deixou ele sair.

“Não é isto que estou fazendo.” – Se defendeu.

“Eu não estou imaginando que você, um policial honrado que busca fazer o que é certo sempre, diante de uma mulher bonita e significativa para você vai se sentur pressionado a buscar sua espada e seu cavalo branco e correr para salvá-la.”  - Ela não queria se sentir tão boba, mas era exatamente assim que se sentia.

“Sansa...” – Ele a olhou como se ela estivesse insana.

“Chega, eu não quero você perto dela. Eu não quero você falando dela. Eu não quero ouvir o nome dela.” – Chorou derrotada, primeiro porque sentia-se boba, segundo porque não se sentia segura e terceiro porque ela estava numa espiral hormonal que fazia os pensamentos dela estarem confusos.  

“Babe. Eu amo você. Eu amo só você!” – Ele segurou o rosto dela entre as mãos. “Nós já conversamos sobre isso antes. Eu amo você. Só você. E nós agora vamos ter um bebê. Você é meu universo, Sansa! Você não entende isso?” – Ele a empurrou contra a parede entre as portas da varanda e a beijou com urgência e desespero. “Eu amo você, babe!”

“Oh Jon! Então...” – Ela ofereceu o pescoço para ele e ergueu-se para fechar as pernas ao redor de sua cintura. O vestindo franzindo e se ajustando acima do quadril dela. “Então deixa isso tudo para trás. Vem comigo e fica comigo no Norte. Você é meu, Jon. Você é meu!” – Ela o beijou emotiva e desejosa.

“Eu vou... Eu vou!” – Ele a carregou no colo, olhando em seus olhos com promessa e emoção.

 

Jon a deitou na cama e retirou seus sapatos e meias grossas. O vestido era apertado demais para ser erguido pela cabeça e ela queria apenas ele dentro dela. Então, o puxou para cima de seu corpo, para beijá-lo e segurar seu pênis pela calça, buscando o zíper. Ela ainda estava dolorida pelo sexo da manhã em que ele foi exatamente como ela queria, mas era uma dor boa, uma sensação de ter sido bem fodida. E ela queria aquilo de novo, precisava dele de novo o tempo inteiro.

 

“Você é meu, Jon. Você não é dela.” – Jon a penetrou. – “Vê? Vê? A gente se encaixa, Jon. Só você me excita assim, sabia? Eu sou fiquei assim com você...” – O som dos corpos dele enchia o ambiente. O som da vagina molhada sendo penetrada por ele. Sansa fechou os olhos ainda emocionada. “Só você me faz gozar. Você é meu.” – Ela colocou as mãos por dentro das camadas de camisas dele e arrastou as unhas por suas costas. “Você é meu, você não é dela!” – Choramingou sentindo ele ir ao ponto que a fazia gozar.

“Esquece ela, Sansa. Esquece!” – Ele rosnou para ela. “Eu amo você. Eu fico de pau duro por você. É com você que estou e vou ficar.” – A voz dele tinha impaciência e rudeza. Ele segurou o pescoço dela, levantando seu rosto para cima. “Você... é... meu... universo.” – Jon a penetrou com força em cada palavra, batendo dentro dela em seu ponto mais sensível. Ela chorou de prazer porque estava gozando forte de novo naquele dia. “Eu amo você. Eu amo você.” – Ele continuava pontuando, até o corpo dele ficar tenso, até ela sentir sua vagina começar a arder, até as unhas dela se cravarem nas costas dele, até ela morder o lábio inferior que a beijava fazendo sangrar. Ela o marcou, deixou claro e provou que o que eles tinham era raro e maior e deveria ser colocado em primeiro lugar. Jon escondeu o rosto no pescoço dela, enquanto perseguia o próprio gozo. Apertando um pouco mais a garganta dela e deixando naquela dualidade prazerosa de sentir-se excitada e um pouco desconectada do mundo, até que ele gozou impondo sua força e peso, a beijando com o lábio ferido. “Eu amo você. Eu amo só você.” – Ele afirmava enquanto gozava encostando a testa na dela respirando com dificuldade assim como ela. “O bebê...” – Ele retirou a mão do pescoço dela como se queimasse.

“O bebê está bem, eu estou bem.” – Garantiu enquanto os olhos dele iam da garganta dela para seus olhos. “O bebê está bem...” – Disse cansada. “Fique comigo e nós ficaremos bem.” – Ela enfiou as mãos nos cabelos dele sentindo prazer pelo ato e pelo prazer dele com aquilo.

“Eu estou com você, Sansa. Eu não reforço promessas. Apenas faço uma vez e cumpro. Eu estou com você.” – Deitou-se de lado e a arrastou com ele. “Eu fui... porque sabia que podia ser ainda mais complicado. Eu fui porque, por nós, eu não quero que a loucura dela alcance a Winterfell. Eu juro para você. Nem conectado a ela como parente eu estou. Eu nunca a colocaria acima de você.” – Sansa refletiu aquelas palavras. Ela sabia que eram verdadeiras, sabia que Jon a amava, mas... Ah como odiava aquela mulher.

"Daenerys está descontrolada. É por isso, que estou tentando fazer algo. Ela está completamente insana, mas agora eu tenho outro problema: A delegada Sand foi morta numa emboscada." - Ele deitou a cabeça no braço e olhou para o teto e ela pensou um pouco mais. Engolindo o sentimento bobo de não querer falar o nome de Daenerys, principalmente quando eles estavam abraçados pós sexo.

"Você acha que isso tem a ver com alguma coisa como milícia ou corrupção?" - Ela o encarou, tentando pensar em outra coisa.

"Eu quero acreditar que não… mas eu tenho um pressentimento de que pode estar envolvido com a última investigação dela... Sobre o pai...” – Sansa ergueu a cabeça e pensou no pesadelo sem fim que eles viviam e como as coisas não pareciam ter fim.

“Baelish está morto, os homens que serviam ao Bolton têm um cartel para se ocupar… então não há porque uma revanche só porque ela pode tê-los ligados à um crime…” – Ela tentava raciocinar.

“Mas eu sinto que há algo ligado à investigação, sim…" – desde que ela viu como a polícia foi conduzida na morte de Joffrey, como as investigação se deram, Sansa não confiava em nada do que diziam até Jon aparecer e lhe mostrar outro lado e agora ela tinha opinião ainda amais forte de que quem queria fazer as coisas de forma correta eram poucos e estavam se extinguindo.

“Jon, eu tenho medo de isso chegar até você também...” – Ela ia apenas perguntar se havia a possibilidade de ser um tipo de revanche, mas o medo dela falou mais alto. 

"Eu tenho medo de isso chegar até você também…" - Ele beijou a têmpora dela distraído e pôs a mão no estômago dela. "Não quero que chegue a vocês." - Os olhos preocupados dele eram uma declaração de amor para ela.

“E o que você acha que deve ser feito?” – Ela passou a ponta do nariz pelo rosto dele.

“Uma coisa de cada vez. Eu preciso conversar com o delegado interino, saber o que ele sabe sobre a morte de Ellaria... depois em que ponto ela está sobre o esquema de Baelish e enquanto isso, reivindicar minha posição na Westeros e arranjar uma forma de não me envolver com a empresa e ir para casa com você e nosso bebê.” – Ele sorriu.

“E se confirmarmos que o pai sofreu um atentado de Baelish?” – Ela se emocionou.

“Não há muito o que fazer agora que Arya o matou...” – Ele brincou com os cabelos dela.

“Jon... Você conversou com Bran?” – Sansa se lembrou de repente.

“Não...”

“E Arya?”

“Não...”

“Bran me ligou para dizer que eu precisava ajudá-lo, eu encontrei Arya na delegacia e pedi para ela encontrá-lo e fui conversar com Tyrion.”

“O que Bran falou e porque ele envolveu você nisso? Sansa você precisa... Bran diz que sabe de muita coisa, ele podia saber da sua gravidez e ter o bom senso de não mandar vocês em missões sem sentido! E o que Arya fazia na delegacia?” – Jon trocou sua seriedade por exasperação.

“Ela queria nomes para fazer justiça como ela sabe fazer... Mas a convenci de ir atrás de você na Westeros achei que a manifestação podia estar violenta e se ela queria violência lá podia matar sua sede e me ajudar a te achar, já que você nunca manda notícias. Enfim... Jon... Tyrion me mostrou um dossiê de Daenerys, contra Cercei e contra mim principalmente. Coisas do meu passado.” – A cada minuto sua repulsa por Daenerys crescia.

“Tem mais alguma coisa do que aquelas que apareceu no seu inquérito da morte de Joffrey?” – Ele enrolou um cacho do cabelo dela entre os dedos.

“Você leu todo o inquérito?” – Aquele momento da vida dela foi duas vezes pior, por estar vivendo o pesadelo da morte de Joffrey e por ter sua vida devastada pela polícia.

“Sim.” – Ele a olhou nos olhos sem nenhum julgamento.

“Daenerys vai trazer isso à tona de novo: Meus romances bissexuais, drogas com Joffrey, assassinatos, Ramsay e meu testemunho velado às coisas que ele fazia... e nós, como irmãos...” – Ela teve calafrios ao imaginar aquilo tudo.

“Não é irônico que tenhamos sobrevivido ao escrutínio de um desembargador corrupto que tinha um setor da economia na mão para ter medo de fofocas? Puta que pariu, isso realmente é alguma coisa? Você fez algo ilegal? Nós não somos irmãos...” – Ele levantou, fechando a calça jeans e sentando-se na beirada da cama.

“Opinião pública fez as ações da Winterfell cair dois pontos na bolsa. Não vamos fingir que isso não é algo importante...”

“Mas Sansa, fazer a vida de uma pessoa um inferno por causa disso?”

“Daenerys faz!” – Ela riu sem humor.

“Eu nem sei como você chega a pensar que me importo mais com ela.” – Ele penteou os cabelos com os dedos.

“Você corre para ela sempre que ela precisa, apesar de tudo que ela está fazendo.” – Ela também se levantou ajeitando seu vestido e caçando sua calcinha e meias.

“De novo...”

“Não é de novo... Só estou dizendo o que realmente me incomodou ou incomoda em sua atitude.” – Ela tentou manter o tom de voz ameno para não brigar de novo e ele manteve-se calado até o telefone vibrar.

“Sim...” – Ele atendeu e Sansa foi até o frigobar pegando um chocolate branco, querendo comê-lo mesmo sem gostar de chocolate branco. “Oh... Okay... Okay... Sendo assim, preciso que sejam me passadas as últimas atas, de quando Cercei ainda estava na presidência e a de Daenerys. Sim, sim... Davos é meu advogado para isso. Ele pode trazer o contrato social até mim. Sim... Obrigada.” – Jon desligou e pelo teor da conversa, Sansa sabia o que tinha acontecido.

“Você é presidente interino?”

“Sim...”

“Isso é apenas para o board funcionar, você precisa e tem condições de ler atas e preparar planejamento neste momento, Jon?” – Sansa sabia que ele não tinha, mas não iria destituí-lo daquilo.

“Eu preciso tentar.”

“Você deveria criar uma holding, Jon... Talvez isso ajudasse: Westeros, Winterfell... E assumindo que a participação cresça na Wildling. Você e eu não somos o perfil que tem um conglomerado, nem temos dinheiro suficiente para isso, mas a holding ajudaria a administrar tudo isso.” – Ela pensou rápido numa solução para a vontade dele de fazer tudo que era certo.

“É uma ideia. Eu vou amadurecê-la.” – Ele sentou-se na cama amuado.

“O quê?” – Ela sentou-se ao lado dele.

“Em menos de um ano eu não tinha nada e nem ninguém. Eu tinha uma investigação que eu mantinha apenas porque tratava de pessoas da minha família, apenas para me manter conectado porque até então a minha irmã maior tinha seguido a vida, minha irmã menor não me retornava, meu irmão e melhor amigo foi morto num presídio e os mais novos preferiam morar na rua ou num acampamento, mesmo sendo paraplégico à morar comigo. Eu tinha uma pequena fortuna que eu não mexia porque tinha sido tudo que o pai deixou pra mim junto como apartamento, então mexer naquilo era bagunçar o que o pai tinha arrumado. Agora, eu sou um ex-delegado que derrubou um grande esquema de corrupção, tenho empresas, sei de onde eu vim, eu tenho um sobrenome, meus irmãos estão ao meu redor, tenho você e eu vou ser pai!” – Ele tapou a boca com a mão como se não pudesse acreditar.

“Se existe alguém que merece ser feliz é você, Jon.” – Sansa colocou o cabelo dele para trás, rindo suavemente daquela constatação dele. Jon era Jon. Talvez por isso tivesse tanto medo de perdê-lo. Ele era o melhor dos homens, a melhor das pessoas que conheceu.

 

 

Jon

 

Home – Gabrielle Alpin

‘Cause they say home is where your heart is set in stone
Is where you go when you’re alone
Is where you go to rest your bones
It’s not just where you lay your head
It’s not just where you make your bed
As long as we’re together, does it matter where we go?
Home, home, home, home

 

 

 

"Eu contratei mais uma pessoa para o time de comunicação. Uma empresa, na verdade." – Sansa dizia a ele no meio do picnic que eles montaram com as coisas do frigobar. Era alta madrugada e eles aguardavam o sono chegar, mas eles conversavam e conversavam sobre os planos de futuro, sobre a vida e o bebê deles. O bebê deles!

"Você julga muito necessário? Essas empresas são tão intransigentes…" - Ele tinha que lidar com aquele tipo de serviço na delegacia para dar coletivas e para ver os caras que eles prendiam e eram famosos darem entrevistas com cara de arrependidos.

"Eu… conheço Loras, o dono da empresa, de festas e eventos, ele conhece todo mundo e Martin confia nele. Além disso, não temos capacidade de lidar ainda mais com isso. O pessoal da Winterfell está focado na empresa e nós dois demandamos mais energia." – Ela comia o segundo chocolate branco como se fosse a coisa mais deliciosa que provou.

"Okay… Bem, por essas coisas é que preciso conversar com Donal novamente.”  - Ele olhou o relógio do celular e viu que era duas da manhã, um horário nada convencional para falar sobre como fazer transferências e assinar o inventário.

“Você sabe que Daenerys pode pedir na justiça que reconsiderem o inventário, não é?” – Ela bebeu mais do suco de laranja de caixinha e Jon quis achar graça daquele estado em que ela se encontrava para comer chocolate com suco de laranja no chão de um hotel e achar incrível.

“Ela pode, mas ela não ganha nada com isso. O inventário foi feito em vida e ela é citada como parte não interessante à Aemon. A justiça vai olhar o saldo bancário dela e sua relação com o comissário e não vai achar motivos para discordar do que está escrito. Espero que Drogon a convença.”

“Você quer que um advogado voraz a convença de não entrar na justiça por mais dinheiro?”

“Ele tem bom senso. Ele é inteligente.”

“Você parece gostar de Drogon.”

“Eu o respeito, se mostrou ser mais do que apenas um dragão ganancioso por dinheiro e poder. Ele parece gostar demais de jogar com as leis... tipo, é o jogo dele... eu respeito pessoas que são apaixonadas pelo que fazem!” – Ela acenou com a cabeça.

“Eu estou surpresa por você querer tudo isso.” – Sansa sorriu para ele, se encostando na cama.

“Eu ainda não quero, mas isso vai nos ajudar muito, tanto a Winterfell quanto a Westeros. Você acha que não entendo de dano de imagem, mas eu entendo e sei o quanto a empresa está abalada. É o certo a se fazer, apesar de eu ainda não saber como isso vai funcionar. Eu quero estar no Norte, com vocês.” – Ele pôs a mão sob a barriga dela e Sansa pôs sua mão por cima.

“Jon... Eu não acho que há pessoa mais indicada para estar no board no lugar de Daenerys, mas amor, eu tenho medo do que ela será capaz de fazer para derrubá-lo” – Ele também pensou no assunto mas não admitiria.

“Em algum momento ela vai ver que não está com todas as suas capacidades para esta à frente do cargo, Sansa. Ela fez uma demissão em massa sem nem informar o DP da empresa, sem consultar o jurídico. Essa foi a primeira decisão dela ao chegar na Westeros: Acabar com a vida de muitas pessoas, indiscriminadamente, sem dó.”

“Eu entendo. Eu apoio você, mas Jon... Temos essa coisa com a imagem, os julgamentos do juiz Craster que você ainda vai testemunhar...” – Ela subiu no colo dele.

“...Não vai ser preciso...” – Ele a acomodou melhor.

“Temos a Winterfell, a conversa com a Wildling, meus dois anos como Presidente e nós.” – Ela enfatizou a última palavra apertando a mão dele. “Você não é o Superman e nós precisamos de você inteiro.” – Jon a beijou nos lábios e sorriu.

“Eu vou dar um jeito. Você é a coisa mais importante para mim e estará sempre em primeiro lugar dessas coisas. Você precisa entender isso.” – Ele a beijou de novo de forma mais intensa.

“Eu queria fazer amor com você de novo, mas eu estou enjoada!” – Ela riu suavemente entre os beijos.

“Eu te amo, babe!” – Ele a apertou.

“Eu também te amo!” – Se aninhou no pescoço dele engolindo saliva várias vezes.

“Por que a gente não se prepara para dormir? Você dormiu pouco e comeu mal hoje...” – Ele a ajudou a levantar.

“Eu jantei sopa de legumes!” – Ela se defendeu.

“Sei... 4 colheres...” – Eles foram para o banheiro.

“É algo...” – Ela se defendeu sorrindo com um sorriso largo e iluminado. Ele não entendia como ela não via que ela era a pessoa mais importante dele, que ele nunca a colocava de lado. Que ele precisava que ela continuasse sorrindo daquele jeito para que a vida dele tivesse sentido.

 

Jon acordou algumas horas depois com o celular vibrando no criado mudo, Arya tinha ligado algumas vezes e ligava de novo. E ele se levantou devagar para não acordar Sansa e sentiu o vazio de sair de debaixo das cobertas quentes com ela, mas foi até o banheiro para atender a irmã.

“Arya, por onde esteve?” – Sussurrou fechando a porta.

“Jon... Ellaria foi morta à mando de Cercei.” – A irmã tinha a voz dura.

“O quê?”

“Ellaria está morta. Não resistiu e foi à mando de Cercei.”

“Como você sabe disso, Arya?” – Ele se arrependeu de perguntar por que sabia que Arya devia ter mexido no sistema da polícia de novo.

“Ela mandou matar o pai, Jon...” – Sua voz falhou.

“O que?” – E Jon sentiu cada uma de suas feridas voltarem a doer.

“Cercei... envenenou o pai aos poucos, Baelish lhe disse como. Ellaria descobriu...” – Jon sentou-se no tampo do vazo. Era uma suspeita tão distante. A exumação do pai deles nem tinha ficado pronta. Era apenas uma suposição que ele não queria acreditar.

“Arya, onde você está? Como descobriu? Precisamos ir à delegacia...” – Ele tentou organizar os pensamentos.

“Não há mais nada o que ser feito...”

“Arya!” – Jon teve medo quando ela disse aquilo.

“Ela tinha que pagar, Jon!”

“Arya o que você fez?”

“Eu fiz o mundo cair sobre a cabeça dela.”

“Arya...”

“Ela se matou...”

“Como ela se matou?”

“Ela se jogou da janela, como o filho dela, quando a polícia chegou...”

“Você teve algo a ver com isso?”

“...” – Ela não respondeu durante algum tempo.

“Arya?”

“Jon... Você vai me denunciar?”

“...”

“Jon...”

“Sabe o que é engraçado, Arya? Bran me perguntou a mesma coisa quando vocês bolaram o plano insano de matar Baelish... Vocês estão sempre com medo de que eu denuncie, mas não têm medo de me envolver no caos de vocês...”

“Você vai me denunciar?”     

“Não...”

 “A queda não deixa muito espaço para qualquer coisa. Era o 15º andar... Ela tava fodendo com o irmão dela. Ela disse que papai morreu porque era burro, que Sansa matou Joffrey e que um dia ia matá-la.”

“Onde você está? Eu vou buscá-la...”

“Ela mandou matar todo mundo que cruzou o caminho dela...”

“Arya!”

“Você devia ver. Sua cabeça estourando no chão... Jamie correndo nu para contemplar a própria miséria. Ele sabia de tudo, Jon. Sabia que Cercei mandou matar Bran. Porque Bran sabia que eles tinham um romance...”

“Arya, tudo isso acabou, se ela morreu. Me diga aonde você está para eu ir te buscar.”

“Sim, acabou. A polícia o matou... Jamie... Ele estava louco, ele achou que a polícia eram mortos que o perseguiam... Ele estava alucinado. MDMA. Numa dose grande demais. E Ketamina. Se caso ele sobrevivesse, não lembraria do que houve.”

“Irmanzinha...” – Jon pensou no quão perigosa Arya era por saber manipular veneno, drogas, facas, espadas, armas e lutar mano a mano.

“Jon...”

“Onde você está?” – Ele precisava se certificar que ela não causaria danos à outra pessoa.

“Indo pra casa.”

“Certo. Eu tenho que resolver algumas coisas..., mas partirei para casa o quanto antes. Não se meta em mais nada...”

“Você não pode cuidar de mim também, Jon... E eu não preciso de cuidados. Você vai ser pai, Jon. É hora de cuidar apenas do que importa.”

“Você não pode estar sozinha nesse momento.”

“Não estou. Não mais. E agora, estou em paz. Verdadeiramente em paz.”

 

Arya desligou e Jon não sabia o que fazer. Ele tinha decidido ajudar os irmãos, ignorar certas coisas e deixar de lado sua faceta policial para aquilo, mas agora, era um pouco demais. Ele ouviu uma confissão. A mente dele agora trabalhava na linha dorsal de toda sua investigação de uma vida. Das coisas que não se encaixava. Das coisas que pareciam coincidência. Ele chorou pelo pai. Seria eternamente seu pai, pelo ato, pela entrega e por manter sua palavra de cuidar dele. Chorou pelo irmão. Ele não teria perdido Robb se o pai não tivesse morrido. Era aquilo que dinheiro e poder causavam nas pessoas. As faziam menos humanas, à ponto de descartar a vida alheia como se fosse nada. Como se não fosse afetar a vida de outras pessoas. Entretanto, os atos de Arya faziam o mesmo através da vingança. Ele fechou os olhos pensando em como conduzir aquilo.

 

.

 

Ele se mantinha sério e contido na delegacia. Ao lado dele, sentada na cadeira frente ao delegado interino, Sansa ouvia o que o homem dizia enquanto segurava a mão dele com força. Jon sentia-se uma farsa por estar ali sabendo que aquilo era um assassinato, enquanto eles tratavam como suicídio. Como foi a morte das irmãs Tully. Como investigaram tantas mortes na família dele. Todos aqueles profissionais tentando quebrar a cabeça e resolver o enigma enquanto na frente deles as pessoas fingiam não saber o que houve. Ele estava enojado. Se um dia pensava em entrar de novo na polícia apenas para pedir para sair, por orgulho de ser um cara honesto da corporação, agora ele vestia a carapuça de que não tinha mais condições de ficar na corporação.

 

“Agradecemos que tenha cedido seus arquivos pessoais, delegado Snow.” – O delegado apertou sua mão.

“Me chame de Jon. Eu não sou mais delegado. Eu não sei o que dizer frente a isso tudo...” – E era verdade.

“Eu compreendo. Quando acontece com os nosso e tão perto da gente, não tem como esperar que consigamos pensar direito.” – Jon apenas acenou e apoiou Sansa para que pudessem sair dali o quanto antes.

“Jon...” – Davos ficou ao lado deles quando saíram da sala. “Eu sinto muito.” – O homem pôs as mãos em seus ombros. Davos era uma figura paterna durante os últimos anos e Jon agradeceu ao apoio dele. “Há muitos repórteres na frente da delegacia. Isso virou um reality show do ano, faltando três dias para o réveillon... Acho que eles não têm mais nada para passar na TV além de shoppings lotados.”

“As pessoas têm cartazes com nossos nomes...” – Jon leu pelas portas os cartazes que tinha o nome dela e de Jon com corações e arco-íris. A hastag Jonsa e prayforstarks estavam de volta.

“Martin e a nova equipe de comunicação têm trabalhado desde cedo.” – Sansa respondeu, enxugando as lágrimas e Jon a abraçou beijando o topo da cabeça dela.

“Bran ainda está depondo?” – Ele perguntou à Davos.

“Sim... Lyanna está com ele. Ele era menor de idade, não vai constar nos autos para um eventual julgamento então, ele será liberado e provavelmente não vai ser chamado para testemunhar.”

“Ela morreu, de que adianta?” – Sansa perguntou fraca.

“Mas o inquérito precisa ser fechado com todos os pingos nos is!” – Davos respondeu e quase fez uma reverência para ela.

“Babe, você precisa comer algo.” – Ele beijou o topo da cabeça dela de novo.

“Eu não sei se posso.” – Ela se aninhou mais forte contra ele.

“Pelo...” – Ele se refreou lembrando que ainda não tinham contado para ninguém. “Tente. Eu vou pegar suco de laranja para você, okay? E chocolate branco?!” – Sorriu sem humor, precisava continuar a pensar em coisas práticas para sua consciência não o matar.

“okay.” – Ela se sentou com Davos nas cadeiras próximo a sala do delegado e ele foi a uma máquina de snaks e bebidas. Seu celular vibrava sem parar e ele o pegou para desligar e viu inúmeras mensagens de Daenerys. Eram áudios de vários minutos e ele não estava com saco para aquilo.

“Jon...” – A voz de Tyrion atrás dele era quebrada e pesarosa. “Eu não sabia de nada.” – O anão tinha as feições ainda mais tortuosas, com olhos inchados e sanguinolentos. Estava acompanhado de alguns homens que Jon pensou que eram advogados e dois policiais. Jon apenas acenou com a cabeça. “Eu era o Lannister de quem a família não gostava e por isso, talvez, eles nunca confiaram em mim para deixar transparecer nada...” – Jon ouviu aquelas palavras bem ensaiadas durante anos na polícia.

“Sansa sempre disse que você era o menos “pior” dos Lannisters.” – Disse por fim, pegando as coisas para ela. “Eu estou cansado, Tyrion. Genuinamente cansado dessa merda toda.” – A voz dele foi aumentando, sem se importar com quem entrava ou saia e nem com quem estava ao redor deles. “Eu nasci um Targaryen, filho de uma Stark que precisou esconder meu nascimento para que eu não fosse morto quando chegasse a hora, pelos mesmos homens que mataram meu pai verdadeiro. Para me salvar, meu tio trilhou o caminho que seria meu e foi morto e então, toda a minha família degringolou. E a minha carreira na polícia foi feita em nome de honrá-los, de prender quem estava errado. E eu estava cercado dos piores. Nossa empresa quase faliu, nós quase não conseguimos sair da areia movediça que nos aprisionou e tudo isso porque a porra da sua irmã queria continuar fodendo com o irmão dela sem ninguém saber e continuar incrivelmente rica. Não me importa mais se você sabia ou não. Nada vai mudar. Todo mundo morreu e minha trilha agora é fazer um caminho para minha própria família.” – Quando Jon se deu conta, todos o olhavam e perto dele, alguns celulares estavam levantados e filmavam tudo. Ele deu as costas e foi recebido pelos braços abertos de Sansa que continuava a chorar. Jon passou a mão pelo ventre dela, num pedido mudo para que ela pensasse no bebê deles e se acalmasse. Porque, agora, definitivamente, era a única coisa que importava. A própria família dele.


Notas Finais


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Não me abandonem, por favor!!!


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