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História Jovem guerreiro - Beijo


Escrita por: shotosolitario

Notas do Autor


É meu querido tododeku shipper, desejo sorte pra você.

Capítulo 35 - Beijo


Midoriya acordou e começou a guardar suas coisas, se sentindo muito triste por ter perdido sua espada e arcos roubados pelos soldados inimigos. Foram seus primeiros presentes, se sentia envergonhado de sair sem esses valiosos pertences. A espada que estava em suas mãos pertencia ao senhor que lhe empestou. Mesmo sem ter utilizado, poliu e afiou antes de devolver ao dono.

Por mais que não demonstrasse, estava tenso. Não conseguia focar em nada direito. Os pensamentos sempre flutuando entre preocupação com o rei e a confusão do beijo. O estado físico também não era dos melhores, o corpo ainda doía, mas já conseguia andar normalmente. O sono também não foi dos melhores, teve pesadelos com Stain e morte de Tsuyu. Estava com medo de perder sua nova família, de perder Bakugou por causa do beijo, de perder tudo.

Ao terminar de arrumar sua barraca, apenas deixando a mesa e cadeiras no local, saiu para tomar seu café. O esquadrão, que já se acostumou com Midoriya se sentando com Todoroki, esperava o mesmo hoje. Mas, depois de pegar algo para comer, ele se dirigiu para uma mesa vazia. O esquadrão ficou em silêncio, pensando que seu comandante tinha feito algo. Até Todoroki pareceu incomodado, depois de alguns segundos foi ate a mesa de Midoriya.

— Tudo bem? — perguntou, preocupado.

— Hã? Sim, tudo bem. — O perdido Midoriya respondeu, tomando um gole da bebida amarga. 

— Tem certeza? Você nem tocou na comida. — insistiu, apontando para o pão na mesa.

— Você é surdo? — respondeu Midoriya, ríspido.

— ... — o esquadrão ficou em silêncio, nem a respiração deles podia ser ouvida. Midoriya percebeu isso, e se apressou em dizer:

— Desculpe, eu sinto muito. Só estou preocupado, não deveria ter falado assim com meu superior.

Todoroki sentiu uma apunhalada do coração, Midoriya parecia pensar nele apenas como seu chefe.

— Tudo bem, posso me sentar com você? — perguntou, forçando sua voz a permanecer indiferente.

— Claro. — Concordou Midoriya com um sorriso nervoso.

— Preocupado com a carta do rei? — Todoroki continuou a puxar assunto, tentando demonstrar se importar.

— Sim, eu não consigo pensar em estar na capital real. Eu vou ao palácio, ao p-a-l-á-c-i-o, você consegue entender? E isso pode ser uma coisa ruim. Eu, sinceramente, não queria ter que ir lá. Mas não posso abandonar minha tribo, eu sou parte deles. Também tem essa batalha, que eu não vou mais participar. E o beijo do Kacchan... — Midoriya tagarelou, falava rápido e baixo. Todoroki estava bem interessado no início, até chegar no beijo.

— O que? Beijo? — Todoroki perguntou, não conseguindo esconder seu choque.

— Eu falei beijo? Que vergonha, que vergonha! — resmungou Midoriya, colocando as mãos na frente dos lábios.

— Bakugou te beijou? — insistiu no assunto, olhando intensamente a expressão envergonhada do garoto.

— Eu acabei. Vou para minha tenda, eu partirei enquanto você estiver no campo de batalha. Então, eu acho que isso é uma despedida. — Midoriya se levantou as pressas, se curvou e correu em retirada.

...

— Cadê Kirishima? — perguntou Bakugou a um soldado que trazia pergaminhos de relatórios nas mãos.

— O general pediu para ele liderar o esquadrão hoje, já que o senhor está inapto a se juntar na linha de frente. — O homem relatou.

— Hm. — Resmungou Bakugou, indicando ter entendido.

— Estou aqui para relatar os acontecimentos recentes. O senhor Kirishima disse não ter certeza do que o comandante ouviu, por isso, pode ser que algo se repita. — O homem avisou.

— Entendo. Eu não preciso saber tudo, apenas me passe os tópicos importantes. — Pediu o loiro, se levantando e exercitando as pernas.

— ... a tribo salvou os estoques, garantindo nossa vitória. Em poucos dias o exército inimigo deve recuar já que perderam seu traidor e general. E por último, uma carta foi recebida diretamente do rei, destinada ao povo selvagem. Nela exigia a presença do chefe e seu povo no palácio real, eles devem partir ainda hoje. — Depois de terminar, ergueu seus olhos esperando ser dispensado.

— Uma carta? Deku vai junto? — perguntou agitado, avançando em direção ao homem.

— Deku? Desconheço, meu senhor. Um nome foi anotado pelo tenente, diz apenas Midoriya Izuku. — O homem abaixou a cabeça preocupado, pensando ter deixado algo escapar.

— Merda, merda. Ainda da tempo de chegar ao povo sapo? — Perguntou Bakugou, irritado.

— Sim, meu senhor. Eles devem partir durante o início da batalha, para que o inimigo não perceba a retirada. — O homem disse, olhando os próprios pés.

— Me arrume um cavalo, rápido! — ordenou Bakugou, pegando sua espada e um manto quente.

...

Na barraca de Midoriya, o garoto estava sentado uma cadeira, nervoso. Se sentia envergonhado por ter corrido do seu comandante, e constrangido por ter contado do beijo. Faltava pouco tempo antes de partirem, sequer se despediu direito. Levou um susto ao ver o garoto de cabelos bicolores entrar em sua tenda sem ser convidado, foi em sua direção e se sentou na cadeira a sua frente.

— Vou ficar um tempo sem te ver. — Falou, olhando o garoto nos olhos.

— Sim, talvez só na próxima guerra. — Comentou Midoriya, confuso com o olhar sério de Todoroki.

— E é por isso que tem que ser feito agora, pode ser que na próxima todas as minhas chances morram. — Falou, mas ele não direcionou a resposta a Midoriya, parecia discutir consigo mesmo.

Todoroki colocou suas duas mãos sobre as de Midoriya. Ao ver que o garoto não se moveu, subiu delicadamente seus dedos ate os pulsos dele, o toque fez o pequeno se arrepiar por inteiro.

— O que está fazendo? — questionou, olhando as mãos brancas do comandante nas suas.

— Desculpe. — Murmurou, cerrando suas mãos ao redor dos pulsos e o puxando ele ao seu encontro. O espaço entre eles diminuiu rapidamente, Todoroki aproveitou a confusão de Midoriya e selou seus lábios nos dele. Iniciando assim, um beijo desesperado.

Não sabia o que estava fazendo, era a primeira vez que Shoto beijava alguém. Então deixou as coisas nas mãos do desejo, se entregando por inteiro ao prazer. Os lábios de Midoriya eram suaves, quentes e gentis. Ao invadir aquela boca, que lutava para se soltar, sentiu o gosto amargo de café. A cabeça de Todoroki ficou em branco, a única coisa que pensava era no cheiro de grama fresca do garoto e no gosto que sentia.

Ao recuperar a linha se pensamento, Midoriya começou a lutar para se soltar. O beijo compartilhado por Bakugou ainda vagava em sua mente, o deixando perturbado. Tinha prometido pensar nos sentimentos dele, e agora estava beijando outra pessoa. Pior ainda, sendo forçado a beijar. Não era a primeira vez que alguém agressivamente invadia a boca de Midoriya, seu corpo não demorou em responder com uma mordida. O sangue saiu dos lábios de Todoroki, juntando o gosto de ferro com o de café.

Todoroki soltou um dos seus pulsos junto com um gemido de dor. Midoriya aproveitou para empurrá-lo com força, mas Shoto o puxou pela cintura grudando seus corpos. Ficou em desespero, bateu com os pés no chão derrubando os dois no chão. O encosto da cadeira bateu nas costas de Todoroki, fazendo ele soltar outro gemido de dor, agora um pouco choroso. Midoriya também gemeu em protesto, já que seu dente bateu nos dele. Antes não tinha intensão de machucar, mas acabou deixando isso de lado, usou sua mão livre para bater, socar, empurrar e arranhar Todoroki. Mesmo com tudo isso, ele se recusou a soltar o garoto, que ao poucos, foi cansando de lutar.

Shoto voltou a aproveitar o beijo, se forçando em cima do garoto. Isso durou algum tempo, ate sentir seu pescoço ser brutalmente segurado. A pessoa o levantou do chão, e fechou as mãos ao redor do pescoço dele, estrangulando-o.

— MAS QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FAZENDO? — esbravejou Bakugou, que o empurrou para longe. Não tinha a intensão de, e nem poderia, matar Todoroki. Por isso, se limitou em afasta-lo.

Recuperando o ar e a sanidade, percebeu o que tinha acabado de acontecer. Midoriya tremia com os olhos cheios de lágrimas, os pulsos com as marcas óbvias de seus dedos, e os lábios vermelho pintado com seu sangue. A expressão do garoto era de ódio, medo e tristeza. Aquilo mexeu com ele, fazendo se arrepender na hora.

— Você está bem? — perguntou Bakugou se aproximando e segurando, com delicadeza, as mãos frias de Izuku.

A resposta foi um abraço seguido de um choro desesperado. O ataque de Todoroki parecia ter despertado lembranças ruins, lembranças que estava, todo dia, tentando esquecer. Bakugou o segurou nos braços, murmurando palavras doces e confortantes.

Todoroki sentiu seu mundo ruir. Ele queria ter proporcionado prazer, ao invés de dor. Estava com inveja, queria que Midoriya buscasse apoio nos seus braços. Queria construir um relacionamento baseado em respeito e afeto, assim como o que presenciava agora. Mas, durante o beijo, só pensou em si mesmo, e em se satisfazer. Foi egoísta, e nem tinha percebido. Era inegável que precisava se afastar, quanto mais longe, melhor. Só assim poderia ver o sorriso caloroso e gentil que, com pouco tempo, passou a amar. 


Notas Finais


Não me matem, eu gosto dos dois shipps... ok? Ok.

Todoroki impulsivo e bakugou gentil, que mundo doido. Kkkkkkkkkk

Eu confesso que tava achando o shipp fraco, até o fandom parece morto. Ja que tá tudo parado, fiz um enredo/arco pros dois. Me aguardem.

Também vai ter um arco de bakudeku, antes que queiram me dar uma flechada.

Eu ja tinha começado a escrever o próximo capítulo (fiquei a noite toda fazendo isso) e a porra do word nao salvou. Estou desanimada, triste e com ódio. Então, sim. Vai demorar um ano pra próxima att, vocês que lutem.

Obrigada por ler e pelos comentários anteriores. Muita paz no coração tododeku shipper, e aos bakudeku, espero que estejam se divertindo. KSKSKSKS ❤


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