História Jovem Raposa - Nomes

  Iruka narrando

Naruto estava emburrado, mesmo que ele diga que não está, tudo nele diz o contrário. Braços cruzados, biquinho nos lábios, sobrancelhas franzidas e ombros tensos. Não era para menos, Gaara havia partido esta noite e ele estava com saudades do jovem ruivo. Eu não sabia como tirá-lo de sua bolha depressiva, Naruto era um garoto alegre por natureza, então não tinha prática para animar um ser naturalmente animado.

 Encarei o espelho do meu pequeno quarto, meus pensamentos saindo livre de minha mente. Várias possibilidades falhas para alegrar o filho mais novo de meu namorado. Respiro fundo e abri o estojo onde meus prendedores de cabelos ficavam, já sabendo que eu me arrependeria de minhas próximas palavras.

 - Naruto - chamei a atenção do garoto emburrado, o menino apenas me olhou com desdém e virou a cara novamente - hoje vou sair com o Kakashi e preciso está lindo para agradar meu namorado - ele finalmente olha para mim com olhar interessado - você poderia, por favor, me deixar lindíssimo para esta noite? - minha pergunta fez os olhinhos azuis do jovem brilhar de animação

 Naruto corre ao meu encontro e tirar a chucha de minhas mãos, pulando de alegria enquanto encarar com total atenção infantil meus cabelos soltos

 - Que tipo de cabelo o senhor que fazer? - Naruto pergunta fingindo que está tirando uma foto com as mãos

 Kakashi tinha um filho muito fofo

 - Que tal o estilo de sempre - a cara de azedo foi um indicativo que ele não gostou muito da minha sugestão

 - Não! - ele bate o pé no chão e volta a sorrir olhando diretamente para meus cabelos castanhos - um novo penteado será mais apropriado - Naruto corre para fora do quarto e volta rapidamente com uma cadeira da mesa de janta, a colocando ao meu lado, subindo em cima dela e começando seu trabalho em meu cabelo

 Tudo isso em poucos minutos

 Confiando no garoto que desembaraça os meus cabelos castanhos, fecho meus olhos e relaxo diante do pequeno espelho, sentindo os pequenos dedos passarem de fio em fio. Eu sabia que sairiam uma merda no final de tudo, mas valia a pena.

 Com um forte puxão para cima volto a abrir meus olhos

 - Pronto! - Naruto exclamou animado

 Olho no espelho e fico horrorizado com o ninho de rato que eu vejo, o Uzumaki fez três Maria-Chiquinhas em mim, cada uma a um metro e meio de distância uma da outra

 - Que tal, outro penteado? - perguntei olhando com horror a imagem a minha frente, meu cabelo não deveria ficar assim

 - Tudo bem - Naruto bufa irritado, agora o fedelho me olhava como seu fosse um grande idiota, que infelizmente não entendia uma obra de arte como via uma

 Voltei a fechar meus olhos enquanto sentia as mãozinhas do loiro retirarem aquela desgraça. Tentei relaxar inclinando minhas costas de forma confortável na poltrona, mas foi difícil, nada me fazia parar de pensar no possível monstro que o Naruto estava criando agora.

 - Ok - depois de um longo tempo o loiro finalmente se afasta - agora está perfeito - ele anuncia pulando de alegria

 - Puta merda!

 Kakashi narrando

 Minha casa estava vazia quando voltei da missão, Naruto não estava em lugar nenhum e pela falta de sobras na geladeira não houve nenhuma refeição feita nesta residência. Hoje deixei o Gaara nas mãos de um representante do Kazekage, um homem gordo, muito baixo, nariz pontudo, olhos achatados e um sotaque puxado demais para ser residente da vela da areia. Nunca permitiria que o Gaara fosse deixado nas mãos daquele cara, mas o ruivo parecia conhecê-lo muito bem, então não pude simplesmente me recusar.

 O resto do meu dia foi ocupado matando assassinos enviados pela aldeia oculta da névoa, que buscavam assassinar o honorário Hokage enquanto os olhos da anbu estivessem voltados ao portador do demônio de uma cauda. Felizmente eu fui designado como guarda do Hiruzen, o que acabou salvando sua vida.

 Os assassinos eram habilidosos e vorazes, foi difícil derrotar todos eles de uma vez só, principalmente sozinho.

 - Que saco - reclamo ao estalar meu pescoço, que desde o soco da minha primeira oponente ficou em uma posição estranha e incomum

 Meu corpo todo doía de cansaço, nem fazia dois dias que eu havia fraturado a coluna, agora meu pescoço estava ferrada e meu pulso dolorido

 - Inferno - espraguejei ao dar meu primeiro passo para dentro do banheiro

 Parece que meu joelho também foi ferrado nesta luta. Agora eu só preciso descobrir qual dos 13 oponentes fizeram isso comigo, não que eu me importe muito com quem foi, mas pensar sobre isso é um bom jeito de esquecer coisas mais sérias.

 Jogo minha roupa civil no cesto de roupa suja, agradecendo aos deuses que meu fardamento, coberto por sangue, suor e outros fluidos não estariam sob minha responsabilidade. A lavagem estaria nas mãos de outro azarado.

 Mesmo com isso em mente meu corpo continuou tenso como uma pedra, minha respiração ainda estava vacilante e o estresse ainda me consumia

 - A quanto tempo não me masturbo? - penso em voz alta, não era uma solução que tiraria as dores de meu corpo, mas era uma opção para relaxar meus músculos - já faz uns três meses que não me toco - falei a pós contar mentalmente os dias que se passaram

 Abro o chuveiro em uma pressão baixa, e por um momento, me delicio da água que molha meu rosto e meu corpo. Pedindo baixinho que isso expulsasse o mau odor que me impregnou.

 Após um curto período de tempo volto a minha ideia inicial, passando minha mão por meu abdômen até chegar a meu pênis ainda adormecido, agarrando sua extensão de forma desajeitada. Animar meu amigo sempre foi a parte mais constrangedora do processo. Não que eu fosse desistir assim tão fácil

 Com movimentos leves e calmos comecei a descer e a subir, sentindo todo o prazer que eu poderia me proporcionar. Aquilo era constrangedor e muitas vezes incômodo, mas a anos aprendi que era algo saudável e natural de se fazer, claro que sabia que o motivo de outros rapazes fazerem isso não era por causa de seus benefícios, mas sim por simples e curto tesão. Eu sou amigo do descarado Asumo desde que tínhamos 14 anos e descobri o mundo maravilhoso dos livros icha icha por ainda mais tempo, eu entendo como isso naturalmente funciona.

 Eu deveria estar pensando em coisas pervertidas enquanto faço isso, eu sei que deveria está pensando no Iruka e em seu modo sexy. Bem, não é isso que eu estou pensando agora, eu nunca penso em coisas assim e as poucas vezes que tentei foi totalmente ridículo

 Logo meus estímulos dão resultados e um pequeno gemido sai entre meus lábios, era uma sensação estranha, mas agradável em certos pontos. Não demorou muito para que minha mão ganhasse mais velocidade em seus estímulos, o ar dançando em meus pulmões enquanto os gemidos baixos saiam de meus lábios.

 Com um longo e grave gemido chego ao fim, sujando a parede branca de meu banheiro, sentindo após o orgasmo a tensão saindo de meus ombros e o cansaço corriqueiro invadindo o meu ser

 - Onde será que deixei meu caderno de anotações? - pergunto a mim mesmo enquanto deixava o chuveiro limpar minha sujeira

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 Com o cabelo e o corpo lavado saio do banheiro, corpo limpo, relaxado e novo, uma bela noite esperando para ser aproveitada no silêncio do meu tão querido sofá. Deixo minha toalha jogada em qualquer lugar e pego meu livro de anotações, andando calmamente até o sofá da sala, me jogando sem jeito em seu estofado confortável.

 Abro o caderno e começo a escrever novos nomes, os nomes daqueles que eu matei, nomes dos homens e mulheres que eu retirei deste mundo. Com os nomes dos 13 de hoje o caderno vai quase chegando ao fim, mostrando o monstro que eu sou diante dos inocentes que caminham nas ruas da vila

 Eu sei que matei, torturei e sequestrei pela segurança das pessoas comuns, mas ainda assim, o sangue corre em minhas mãos e não dá para limpá-lo. Pensando nisso volto para a primeira página de meu livro, direcionando minha atenção aos dois primeiros nomes escrito nele

 Obito Uchiha (13 anos)

 Rin Nohara (13 anos)

 Esses dois não foram os primeiros que eu matei, mas foi por causa deles que eu senti o peso de ser um assassino

 Toc Toc

 Batidas na porta interrompe meu devaneio, me levanto e vou abrir a porta

 - Iru... Que diabos de penteado é esse? - perguntei assim que abro a porta e dou de cara com meu namorado

 Iruka tinha um coque no lado direito, uma maria-chiquinha no lado esquerdo e no meio de sua cabeça havia uma trança muito mal feita

 - Trabalho de seu caçula - Iruka responde apontando para o Naruto, que por sua vez sorria orgulhoso - você poderia me da alguns segundos para desfazer esse penteado e logo poderemos partir para nosso encontro - o moreno sussurrou bem perto do meu ouvido

 - Encontro? - repito, eu não lembrava de nenhum encontro

 - Você se esqueceu - Iruka fala de forma irritada, seu olhar demonstrava uma irritação absoluta

 - Desculpe, dia difícil - foi a única coisa que eu tive que falar para ver a expressão de meu namorado se acalmar

 Ele parecia notar meu claro cansaço

 - Que tal sentamos no sofá e assistimos algum programa que o Naruto possa nos acompanhar - Iruka propõem e eu me apaixono um pouco mais por ele, Umino sempre sabia do que eu precisava

 - Vamos assistir as Aventuras da Raposa Gif! - Naruto diz para o meu desgosto

(Nas notas finais estarei falando sobre a sexualidade do Kakashi, coisa que não poderei falar nesta fanfic)