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História Julgando Pela Capa - Solangelo. - Baia De Honaunau


Escrita por: h20escrevendo

Capítulo 23 - Baia De Honaunau


Fanfic / Fanfiction Julgando Pela Capa - Solangelo. - Baia De Honaunau

POV Nico

Saímos do Parque Histórico Nacional de Pu’honua O Honaunau e então caminhamos para a Baia de Honaunau que ficava a dois minutos dali.

A Baia de Honaunau é um dos pontos de mergulho mais famoso de Kona já que ali os corais estão relativamente saudáveis e a quantidade de peixes e tartarugas é imensa.

O lugar é um bom ponto de mergulho porque você não precisa encarar um passeio de barco já que dá para entrar na água saindo da costa mesmo, portanto você pode ir por conta própria.

Além disso Honaunau tem áreas mais rasas e outras mais fundas então tem snorkel (mergulho) para todos os tipos de gosto, ao menos é o que minha mãe disse na caminhada até aqui.

Minha mãe e meu pai vão até um estabelecimento que fica próximo da praia e voltam vestidos com uma roupa de mergulho e snorkels nas mãos. Eu então pergunto para minha mãe:

— A quanto tempo estão planejando isso?

— Não fomos nós que planejamos isso. Os pais de Will já iam fazer esse passeio nós só decidimos vir junto.

Olho para Will que está do meu lado:

— Então você é o culpado disso? — Eu pergunto me referindo a todos esses passeios.

Will lambe seus lábios secos o que me faz engolir em seco enquanto meu olhar acompanha o movimento de sua língua, me forço então a olhar em seus olhos, mas pelo sorrisinho que Will agora tem no rosto vejo que minha reação não passou despercebida:

— Não, os meus pais são.  — Ele diz.

Reviro os olhos ignorando meu coração acelerado:

— De qualquer jeito, — Continua minha mãe com um olhar sonhador no rosto enquanto olha para a paisagem — eu sempre quis vir mergulhar aqui então comprei a roupa de mergulho lá em Kailua, tem uma para você se quiser mergulhar também.

— Não obrigado. — Eu respondo instantaneamente.

— Serio? Mas é tão bonito aqui.

— Talvez na próxima. — Eu respondo não querendo estender o assunto com medo de que de alguma forma ela me convença.

— E quanto a você Will? — Minha mãe o pergunta.

— Já vim aqui antes. Que tal vocês e meus pais aproveitarem o mergulho e eu faço companhia para o Nico?

— Tem certeza?

— Absoluta.

— Tudo bem então.

Os pais do Will já estavam com roupas de mergulho também, eles tinham voltado quando minha mãe estava questionando se iríamos ou não mergulhar.

Seguimos nossos pais até a margem do mar e observamos enquanto eles se preparam para entrar na água, Will se mantem próximo a mim, mas permanece em silencio.

Não consigo evitar olhar para ele discretamente, ele tem seus olhos fechados e mãos nos bolsos, ele então respira fundo e abre os olhos absorvendo a visão da natureza ao nosso redor não tento puxar assunto, quando ele se vira para me olhar eu desvio rapidamente focando meus olhos no mar.

Passamos a caminhar pela costa, sobre as pedras, a água é cristalina e do lado mais raso eu consigo ver diversos peixes e corais com variadas formas, cores e tamanhos.

Will me acompanha em silêncio, eu nem mesmo preciso me virar para saber que ele está lá, eu sinto.

Depois da minha conversa com Hazel, não pude deixar de pensar em todas as perguntas ainda não respondidas sobre Will e eu, mas mesmo assim, nós nos encaixávamos (but somehow we fit together). Entretanto isso não quer dizer que vou deixar de buscar as respostas.

Não só as respostas de Wil, mas as minhas também.

Ficamos um bom tempo explorando a praia, observando os peixes e os corais, até conseguimos ver nossos pais na água, eles levaram os celulares em capinhas a prova de água e estão tirando fotos.

De repente sinto a mão de Will se entrelaçar a minha, um arrepio passa por mim com o toque, olho para nossas mãos unidas para depois olhar para ele, o questionamento implícito em minha expressão:

— Vem comigo. — Ele diz com um sorriso no rosto e me puxa em direção ao carro.

Eu me deixo levar por ele não encontrando em mim a vontade de protestar ou de soltar sua mão, isso se sente bem, isso se sente certo.

Will solta minha mão para abrir o porta-malas do carro, eu o observo contendo a vontade de beijar Will que se apossou de mim assim que ele entrelaçou nossas mãos:

— O que você está fazendo? — Eu pergunto.

Will tira uma toalha do porta-malas:

— Eu pensei em estender essa toalha no chão para a gente poder sentar e conversar. Está com fome? Minha mãe preparou uma cesta de piquenique.

Enquanto o observo falar, não consigo para de pensar em beija-lo até que decido que não há razão para passar vontade já que nossos pais não estão por perto, então eu me aproximo, pego seu rosto e o puxo para baixo para um beijo, Will fica surpreso, mas então relaxa e retribui passando os braços ao redor da minha cintura e me puxando mais perto contra ele.

Era para ser apenas um selinho, mas não consigo resistir ao desejo de aprofundar o beijo e sentir o gosto de Will novamente, enlaço meus dedos em seu cabelo sentindo a macies e dou um puxão o que arranca um gemido de Will:

— Arrumem um quarto. — Alguém grita, mas ao invés de nos separar apenas sorrimos em meio ao beijo.

Quando finalmente nos separamos estamos ambos sem ar:

— O que foi isso? — Will pergunta.

— Um beijo.

— E porque você me beijou?

— Porque eu posso. Agora, para responder sua pergunta anterior, não, eu não estou com fome.

Will parece meio aéreo depois do beijo e incerto sobre como prosseguir a conversa:

— Okay, hum... vamos sentar então. — Ele diz pegando a toalha que ele tinha deixando cair no chão.

Will então fecha o porta-malas e nós então caminhamos até um ponto um pouco afastado dos outros turistas para estender a toalha.

Nós então nos sentamos e passamos a observar a paisagem:

— Porque não quis ir mergulhar também? — Eu pergunto a Will ainda olhando para o mar.

— Prefiro sua companhia. — Ele responde.

Isso me faz olhar para ele, seus olhos estão voltados para o mar e ele tem um sorriso divertido no rosto:

— Prefere é?

— Sim, você é interessante.

Não consigo deixar de esboçar um pequeno sorriso, Will me olha e a luz do sol se reflete em seus olhos dando um efeito incrível que não posso deixar de encarar, estamos muito próximos considerando o tamanho da toalha, a brisa do mar sopra balançando nossos cabelos.

Will ergue a mão para tirar uma mecha de cabelo dos meus olhos:

— O que você gosta de fazer? — Ele pergunta.

— O que quer dizer?

— Bom, eu sei que você gosta de ler e só.

— Isso não é tudo que você sabe sobre mim. — Digo.

— É claro que não. Essa é a única coisa que sei com certeza que você gosta de fazer. É claro que eu poderia falar que você gosta de estudar, mas não tenho certeza, até porque não é preciso gostar de estudar para estudar. Eu sei que você é bom em ping pong então assumo que você goste de jogar e eu sei que você gosta de sprite e sorvete de limão.

Sorrio da sua linha de pensamento e ele continua falando:

— Agora, se estivermos falando sobre o que você não gosta a lista é um pouco maior. Você não gosta de areia, mas algo me diz que isso mudou um pouco. — Ele diz me lançando aquele olhar convencido acompanhado com seu sorriso matador.

— O que mais? — Eu pergunto interessado.

— Você não gosta de vulcões.

— Quem gosta? — Eu pergunto ironicamente.

— As pessoas em geral acham pelo menos interessante.

— É muito interessante, quando está longe de mim.

Will ri:

— Você não gosta de acordar cedo. — Will me olha para confirmação e eu aceno com a cabeça.

— E pela sua reação a essa viajem diria que você não é muito fã de natureza.

— Eu gosto de natureza, só não gosto de vulcões.

— E de praias.

— Gosto da paisagem, não gosto da areia e não gosto de entrar na água.

— Porque?

— É salgada.

— Só por isso?

— Preciso de mais?

Will ri de novo e eu não consigo deixar de sorrir:

— Como eu disse, Você é interessante.

— Não posso dizer que concordo.

— Bom, vamos deixar que eu seja o juiz disso. Mas você não respondeu.

— O que?

— O que você gosta de fazer?

— Eu sou bem simples. Posso te decepcionar.

— Isso é impossível. — Will diz, seu olhar intenso.

Respiro fundo tentando controlar minha reação:

— Eu gosto de sair com meus amigos, adoro cinema, jogos de cartas e de tabuleiros, histórias em quadrinho, festas e...

— E?

Nesse momento nossa conversa é interrompida com a chegada de nossos pais, estávamos tão entretidos na conversa que nem notamos eles saindo da água, então nossa conversa foi encerrada já que nossos pais se juntaram a nós.



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