História Jully M. Fitz - Uma mudança Esquisita

Jully:

O dia amanheceu nublado, nada muito animador. O dia ia ser cheio, provas e matérias pra estudar, mas como nunca fui de deixar minhas obrigações de lado, fui logo deixando tudo no esquema.

Dona Luzia entrou no quarto, trazendo um comunicado importante, ela disse assim:

-Meninas, hoje teremos também uma outra palestra sobre fotografia com um casal adorável. Então estejam pontualmente no salão hein? Será das 13:30 a 3:00 horas da tarde.

Eu pensei : o que? Fotografia? Palestra. Ai meu Deus!!!

Fui correndo pra ajeitar minha coisa pra aquele momento épico, afinal, uma palestra de fotografia em Hampton era tudo que eu mais precisava, tudo que eu mais queria. Quem me dera se meus pais fossem fotógrafos, aí seria um sonho de consumo.

Levantei, me preparei, terminei os 2 trabalhos que como sempre ficaram impecáveis, terminei a lição de casa, e mais algumas outras coisas, peguei minha camera e subi para o terraço, tirei algumas fotos, e a legenda das fotos era: "Torre Eiffel abraçadas pelas nuvens."

E foi ali que recebi um aviãozinho, de Marcos:

"Olá Jully, bom te ver aqui."

E eu toda feliz respondi:

"sim, você não vai acreditar Ma, um casal de jovens vão dar uma palestra gratuita sobre fotografia!!!! Não é demais?."

Esperei a resposta....demorou mais do que o comum, Mais depois logo veio:

"puxa vida Jully, como é bom ver o seu sorriso feliz, espero que goste das palestras e não se esqueça de me contar tudo hein?!."

"pode deixar." Respondi-

O Sinal tocou.

Hora de almoçar, peguei minhas coisas, e fui para o refeitório. Sentada sozinha na minha mesa como foi depois da vergonha que Dhapne me fez passar, já havia me acostumado com a solidão. Peguei minha comida e fui escrevendo no meu diário tudo, a animação pela palestra, pelo meu amigo Marcos por tudo. Estava me sentindo ótima, e até mesmo Dhapne com suas provocações diárias não iria me abalar!

Falando em Dhapne..... Cadê ela? Não veio me atormentar hoje....... Estranho.. continuei comendo, ignorando o fato de Dhapne não estar ali, o sinal tocou quando, passei por um corredor escuro em direção ao banheiro, ouvi um choro conhecido Era Dhapne!!!!

A princípio, tive aquele impulso de zombar com a cara dela, mas depois meu coração falou mais alto, ela era má comigo, e talvez fosse a hora daquilo dar um basta, então cheguei mais próxima e falei:

-Dhapne? O que houve?, Porque tá chorando?

-Ah é você!o que você quer?

-Nada eu só me preocupei com você, aqui sozinha, sem as suas amigas. E chorando. O que houve?

Sentei no lado dela, claro, observando com medo de qualquer reação dela, afinal, aquela menina era doida!!!!!!

E por incrível que pareça ela começou a contar:

-Fui rejeidada mais uma vez, e tenho medo de contar pras meninas, afinal, depois daquilo que eu fiz com você.... Eu.... Não quero contar. E elas me enchem de perguntas.

-Dhapne, não precisa contar se não quiser, todas ela estão na mesma situação que você, que nos, não tem uma melhor que a outra...... Não tem que chorar, e se fossem amigas de verdade estariam aqui com você e não se pressionando. Pense nisso.

Levantei, limpei minha calça e entrei no banheiro.

Antes de entrar ela fez algo que nunca tinha feito......

Ela levantou e disse: Obrigada Jully.

E saiu do correndo a fora, do jeito Dhapne de ser.

Entrei no banheiro sem entender nada, afinal, quem era aquela garota? Porque a Dhapne mesmo não era, porem, lembrei de uma frase minha:

"Em toda uma flor existe um espinho, e em todo um espinho existe uma flor."

Tipo, o que eu quero dizer é que até mesmo uma coisa ruim, tem um lado bom. Vocês conseguiram pegar né? Ai tomara!!!!!

Fiquei surpresa com a atitude dela, porém eu não fiquei pensando muito naquilo, afinal, Dhapne podia ter seu lado sensível mas ainda era a Dhapne, e quem me garantia que ela havia mudado? Ninguém!!!!, Ninguém mesmo. Então era melhor não criar expectativas, melhor coisa que eu posso fazer pra mim. 

Após escovar os dentes e os cabelos, e colocar em ordem a roupa de Hampton, fui me preparar para a palestra, afinal, que casal maravilhoso era aquele?. Não via hora de os conhecê-los.