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História Juntas Por Acaso - Clexa - Um momento para nós


Escrita por: Alysane

Notas do Autor


Eu n sei se esse capitulo ta bom, mas vamos lá.

Capítulo 15 - Um momento para nós


- Assalto? Você quer que Lexa pense que foi um assalto? – Costia apertou o algodão contra minha testa limpando os pontos que acabará de fazer. Ardeu, mas eu não podia dizer nada naquele momento. – Você está maluca só pode, o cara te agrediu e ameaçou você. Tem que denunciar Clarke.

- Contei aos policiais que foi um assalto, e para todos os efeitos Lexa deve pensar isso também.

- Ainda assim deveria contar. – Costia terminou, e pôs o curativo e em seguida retirou as luvas. Ela suspirou e desviou seu olhar, pegou alguns remédios na sua bolsa e colocou na cabeceira da cama. – Toma se sentir dor de cabeça, o outro vai diminuir o inchaço e toma a cada 8 horas. E por favor, vá ao hospital amanhã.

- Não Costia eu estou bem...

- Deve ir. – Interveio o gato de Costia, Derek. – Você levou uma pancada forte e a gente só quer ter certeza de que você está bem. As vezes fica uma sequela.

- As vezes a sequela vira um tumor. – Retrucou costia.

- Às vezes o tumor é maligno.

Ambos pareciam estar no mundo particular e chato dos médicos, e eu só pensei o quão idiotamente lindos eles pareciam naquele instante, “gente, como essa galera é pessimista.”

- Você é médico também? – Perguntei e ele sorriu.

“malditos médicos, porque tão carismáticos”

- Sim, sou cirurgião geral.

- Então vocês estão...? – Meu olhar foi de um para o outro e então não foi difícil de entender, “eles estão juntos, meu Deus” – Você não estava dando em cima de Lexa esse tempo todo?

- Até tentamos, mas foi amizade o tempo todo. – Costia abraçou seu namorado os dois deram um beijinho, “mas que vadia, me enganou” pensei e então voltaram-se para mim. – Lexa só falava de você, então não rolou.

- Ahh... – “Só falava de mim?”

- Oi. – Lexa atravessou pela fresta minúscula da porta, estava cabisbaixa e sua voz parecia tremula. – As crianças finalmente dormiram. Como ela está indo?

- Clarke é uma paciente bem legal, queria que mais pacientes meus fossem como ela. – Disse Derek sendo irônico e depois concluiu. – Leva ela no hospital amanhã está bem?

- Ela está bem? – Ela se preocupou e hesitou em me olhar.

- Eu...

- É só rotina. – Costia tocou seu ombro e lhe encarou até ela se acalmar. – Relaxa.

- Posso falar com ela? – De ombros caídos e com as mãos nos bolsos, minha morena parecia está derrotada e bastante cansada, “espero que ela esteja bem”.

- Vai lá. – Derek apertou a mão de Lexa e lhe puxou para um abraço, ele disse algo no seu ouvido que foi impossível de decifrar, mas depois Lexa deu uma boa olhada para mim. – Cuida dela.

O casal saiu e deixou Lexa para trás com as mesmas roupas que ela saiu de manhã. Seus ombros caídos e os músculos bem definidos eram visíveis com a regata, o brasão das forças armadas tatuado no ombro esquerdo mostrava bem o passado de Lexa como uma pessoa durona e ela continuava assim, mas estava quebrada com um vaso raro que foi rachado a muito tempo.

- Falaram que foi um assalto e que você reagiu, foi verdade? – Disse ao se sentar do meu lado e verificar os curativos. – Como você está se sentindo?

“Reagi? Eu reagi?” Olhei minha mão e a vermelhidão nos nós dos dedos era mais evidente do que a minha tentativa de não parecer uma farsa.

- Deve ter sido um belo soco. – Sorriu e deu um beijo na minha mão, “eu não mereço essa mulher.”

 - Desculpe pelo carro. – Abaixei a cabeça, de qualquer forma eu não queria ou merecia encarar Lexa naquele momento.

- Não se preocupa era só um carro, o que importa é que você está bem.

“Para Lex, não torna isso mais difícil”

- Como você está? – Segurei as lágrimas antes que elas botassem tudo a perder e mudei o assunto. – Você sumiu o dia inteiro.

- Precisava colocar a cabeça no lugar. – Lexa parou um pouco e pensou consigo mesmo sua mente estava a quilômetros de distância, talvez pensando em seu sonho ou nas consequências que ficar comigo teriam. – Fui a igreja e depois ao cemitério onde meu pai está enterrado. Você sabe como meu pai morreu?

- Em um assalto, não foi?

- Foi. Meu velho não morreu fazendo o que ele mais amava, mas morreu por causa de um assalto. – Sua face mudou, era raiva em seus olhos algo que eu não via em muitos anos. Era os mesmos olhos de quando Lexa voltava do exército. – Sabe o quanto eu o odeio por isso? Odeio ele porque ele não morreu no exército como todo soldado deve morrer, ele morreu num hospital, tomou um tiro nas  ruas do país e pelas pessoas que ele jurou defender.

- Lexa...Eu sinto muito.

- Não importa mais.

- Então por que me contar isso?

- Clarke eu fui idiota com você por muito tempo e eu não quero ser mais. – Alexandra esfregou uma mão na outra, ela não olhava para nada, parecia estar pensando e o que viria depois me assustava. – Você foi uma idiota por ter reagido ao assalto sem o mínimo de preparo, mas você está bem e isso é o que importa agora.

Eu deveria contar e sabia que aquela mentira não se sustentaria por muito tempo, mas minha garganta deu e eu travei, talvez por medo ou talvez por ver Lexa e perceber que todas as vezes que me afastava dela uma parte de mim morria, eu não queria morrer mais.

- Passei o dia pensando em tudo que nos trouxeram até aqui, e percebi que o problema não é você, eu achava que era, mas não é. – Suas lágrimas saíram sem nenhum pudor sobre o que viria após. – O problema sempre fui eu. Não morri quando tive de morrer, não arrumei ninguém, não me casei, não tive filhos por um motivo. Esse motivo era você, só fui sempre durona demais para admitir isso.

“Eu? Todos esses anos eu fui o motivo?”

- Não estou entendendo Lex. – Minhas mãos suaram, estavam tremulas demais para qualquer coisa. – Onde quer chegar com isso?

- Eu quero dizer que eu quero me arriscar a dar uma chance para nós. – Hesitou novamente e enfim me olhou, mas eu estava em cheias de lágrimas a essa hora. – Clarke, eu ainda amo você.

“Ama?” É, ela amava e dava para ver isso no seu rosto. Eu senti minhas pernas adormecerem e a cabeça girou, eu não estava preparada para isso, nem imaginaria isso. Tantos anos vivendo no fracasso e de repente, jogada ao acaso Lexa me puxa de volta para a realidade da vida, e que realidade maravilhosa estava vivendo agora. Uma família poderíamos nos dizer assim, uma mistura de notas musicais emaranhadas em um arranjo confuso. “Vadia”, “Somos iguais”, “Ela está usando você” lembrei de Finn e do que ele havia feito, talvez estivesse certo.

- Então, o que me diz? – Suas mãos foram para o alto e ela tirou o cabelo dos olhos, eu sabia que ela estava criando uma expectativa só não sabia o que iria dizer. – Quer saber? Eu não deveria ter dito nada. Desculpe.

- Espera. – Segurei sua mão e a impedi de sair, “não me deixe sozinha de novo”. Hesitei, ela sentiu minhas mãos suarem e ergueu a sobrancelha, “ela sabe?”. – Eu sei que eu errei com você no passado e eu me arrependo disso, mas ver você dizendo isso me deixa muito feliz porque eu também amo você.

Ela sorriu e me beijou. Eu pensei seriamente em contar, eu deveria, mas isso colocaria em risco aquele momento que demorei para conquistar.

- Eu deveria ter feito isso antes. – Abracei-a e puxei para mim, eu não queria perde-la de novo, nem perder sua confiança se eu tinha ela naquele momento. – Você é minha.

- É? Desde quando?

- Desde sempre.

- Tudo bem, tudo bem... Sou sua. - Ela tocou meu rosto sentindo cada detalhe do meu rosto. - Ainda bem que você está bem, porque se algo acontecesse com você, eu mataria tentou te machucar.

"droga"


Notas Finais


Comenta ai e me diz o que vcs acham?
Clarke deve contar?
Lexa deve revidar?


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