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História Juntos Enquanto Pudermos - Sob A Chuva


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá galera maravilhosa, quero informar que amei todos os recadinhos que recebi e isso me motiva mais e mais a continuar a fic.
Devo informar que amei escrever este capitulo, pois estava planejando no trabalho qual a melhor forma de escreve-lo então espero sinceramente que gostem
Boa leitura.

Capítulo 15 - Sob A Chuva


SOB A CHUVA

SOB A CHUVA

– A sorte do meu lado? – perguntei olhando para cima, para além do teto. Olhava para o céu. Em resposta a minha pergunta um trovão muito forte pode ser ouvido ao longe rugindo pelas planícies. – Eh, acho muito difícil. – divaguei para mim mesma enquanto as gotículas de chuva começavam a bater nas paredes externas.

Eu fiquei ali, apenas ouvindo o ruído da chuva. Hershel voltou mais contente e me fez tomar uma xicara de chá de oliveira. Eu tive de entornar a bebida toda, pois Hershel só me deixou após certificar-se de que não havia nenhuma gota sequer dentro do copo.

Uns dez minutos depois, percebi que o chá finalmente fazia efeito. Meu corpo começou a suar frio e minha febre foi diminuindo gradativamente. A chuva ainda estava muito forte e minhas pernas começaram a ter caibras.

Peguei-me pensando em Daryl e no quão má eu havia sido ao bisbilhotar suas coisas, sei lá quantos perigos pelos quais ele passou para me trazer as ervas. Por que eu havia feito isso? Daryl não era como os homens que eu conheci. Onde eu estava com a cabeça?

Levantei-me da cama e saí para o corredor. Eu precisava encontrar Daryl e lhe pedir desculpas. O procurei por toda a prisão, mas não o encontrei, então segui para o pátio com cobertura: o céu estava nublado e suas nuvens carregadas despejavam toda sua fúria sobre o campo e o vento varria para longe o calor do dia anterior. Ao longe, cerca de trezentos metros à frente, colado a grade, estava ele derrubando os andantes com uma barra de ferro.

Desci os degraus úmidos, receosa de escorregar e cair. Ao pisar o ultimo lance, senti meus cabelos voarem ao vento com uma rajada repentina. Senti frio, então cruzei meus braços na esperança de aquecê-los. O temporal era tão intenso que me vi ensopada em questão de segundos. Aproximei-me com dificuldade. A lama no chão estava fazendo meus coturnos derraparem.

Aproximei-me até ficar a uns dois metros e meio de distancia. Fiquei em silêncio por um momento observando ele espetar a barra de ferro na orbita direita de um zumbie macho.

Se ele havia percebido minha presencia não demostrou.

– Daryl.–   eu chamei-o.

Ele olhou para mim, seus cabelos estavam colados ao rosto e a chuva que caia fazia trilha pela sua face. Em seguida continuou o que estava fazendo. Percebi que a partir daí, seus golpes tornaram-se mais duros. Ele os atacava com uma fúria absoluta.

– Por que está aqui? – perguntou sem me olhar. – Devia estar lá dentro se recuperando! Você está com febre.

Percebi pelo seu timbre, que estava muito zangado comigo e se esforçava para segurar sua raiva. Tomei o cuidado de me manter distancia de seu campo de ataque e do alcance de seu bastão.

Era agora ou nunca.

– Daryl, eu sei que agi como uma garota imatura e você tem toda razão de estar bravo comigo, mas... Tente entender. – eu disse com dificuldade, pois a chuva aumentou e eu tinha que falar quase gritando para poder ser ouvida por ele.

Daryl parou com o massacre ao zumbies e se virou para mim. Eu tinha a sua total atenção. Não podia vacilar agora. Ele me encarou em silêncio, esperando meu pedido de desculpas.

– Eu não sei onde estava com a cabeça, mas é que o seu jeito de me tratar... Eu tinha que ter uma justificativa pra isso. –  eu desabafei. – Eu precisava de uma justificativa, precisava saber qual era a razão pra você me tratar dessa forma... daquela forma. – sussurrei lembrando-me do momento intimo e único que tivemos naquele sitio há um mês e depois dele dizendo “foi só por uma noite”.

Eu olhei para ele suplicante. Ele precisava entender o que eu, inutilmente, tentava explicar. Contudo, Daryl permaneceu calado por um período de tempo muito longo em minha opinião. Seu olhar era indefinido, eu só tinha certeza de sua raiva por mim.

– Me desculpa. – eu disse me aproximando. Ele não se moveu. Por que não respondia? Era só dizer “sim” ou “não”.

Depois de “uma eternidade” para mim. Ele assentiu com um movimento positivo e eu vi um leve, mas perceptível, sorriso se formar em seus lábios. Ou será impressão minha?

– Você me desculpa? –  perguntei novamente para ter certeza.

– Tá, tá. Mas nunca mais, ouviu bem? Nunca mais encoste em minhas coisas de novo sem minha permissão.

Eu sorri. Ele ficou ali, ainda imóvel com o bastão nas mãos. Eu diminui o espaço que ainda existia entre a gente até ficarmos um palmo de distancia um do outro. Ergui minha mão até seu rosto e afastei seus cabelos ensopados. Dei-lhe um beijo na face e me afastei um pouco.

– Você é um homem bom, Daryl. Só não descobriu ainda. –  eu disse para ele. Depois enfiei as mãos nos bolsos e me virei para voltar a prisão. Dei alguns passos quando ele me chamou.

– Marry!

Eu parei e me virei.

– Eu também peço desculpas. Não sabia que havia te magoado. –  ele jogou o bastão no chão próximo a grade e limpou as mãos na calça molhada. O bastão produziu uma batida metálica ao encontrar a grade quando rolou.

Ele começou a caminhar em minha direção e quando ele estava próximo eu me virei e caminhei de modo que Daryl pudesse me acompanhar para a prisão. Daryl me alcançou e caminhamos lado a lado.

– Sabe, foi burrice de sua parte sair na chuva estando doente. – disse ele com a sutileza de sempre.

– Não estou doente, é só uma febre passageira. Você mesmo estava lá quando Hershel falou. – eu respondi.

– Não brinque com a sorte. Você terá que tomar um banho quente depois dessa idiotice sua. – disse ele. – Vou mandar o Gleen fazer uma fogueira lá no fundo pra aquecer a água.

– Daryl, você quer parar de mandar na minha vida! –  eu disse indignada. – Todo mundo deu pra se preocupar comigo agora?

Daryl parou e eu o imitei, estávamos no pátio coberto próximo aos degraus da porta.

– Olha aqui! – Daryl falou apontando o indicador pra mim. – Todos aqui dentro estão preocupados por que se importam com você! Então pare de agir como se não desse a mínima.

Eu fiz uma cara de desdém. Todos ali se preocupavam comigo?

– Não diz por você. – eu ironizei.

– Claro que me importo, o problema é que você é obtusa demais pra perceber. – então ele fez uma pausa, eu apenas o fitava em silêncio e de olhos arregalados. – E você vai lá para o banheiro tirar essa roupa molhada!

– Mas e você? – eu finalmente perguntei. – Também está molhado.

– Deixa que eu me preocupo comigo.

– Ótimo! – respondi., então lembrei-me do assunto que eu havia deixado de lado para o momento certo. – Daryl, e o Bryan?

Ele suspirou frustrado. Colocou as mãos em meus ombros e eu senti o calor delas passarem para mim.

– Eu não prometi que assim que você melhorasse a gente ia lá? –  disse ele abaixando sua cabeça para que nossos olhos ficasse no mesmo nível. Eu assenti. – Então, é só você melhorar que a gente vai.

– Mas eu estou bem, a gente pode partir agora mesmo! –  eu disse. – ATICHIN! – droga! Justo naquela hora para eu espirrar?

Daryl riu sedutor.

– Eh, eu estou vendo mesmo. Já vi que vou ter que colocar todo mundo pra fazer vigia.

Eu ri.

– Como se eu não fosse dar um jeito de escapar. –  eu brinquei.

– Ah, você não vai mesmo. – ele respondeu aproximando mais a sua face. Suas mãos se fecharam em meus braços. – por que eu vou cuidar de você pessoalmente e quero ver você me enganar. Vou fazer da sua vida um inferno.

Eu senti muitas coisas ao mesmo tempo. Senti um comichão ao o ouvir dizer “ vou cuidar de você pessoalmente. Mas ao mesmo tempo temi, ele disse que ia fazer d minha vida um inferno, ou eu melhorava ou eu melhorava.

Ele me deixou na porta do banheiro e depois saiu, provavelmente para trocar sua roupa molhada por uma seca e quente, pois estava esfriando muito rápido.

Fui para o banheiro tomar um banho. Maggie apareceu pouco tempo depois com uma panela contendo água quente. Eu despejei a água em uma bacia e misturei com água fria para tomar banho.

– Marry, trouxe roupas secas pra você. – e quando eu ia perguntar de onde ela tirou as roupas ela respondeu. – Peguei na sua mochila. Eu aproveitei o fogo pra esquentar uma sopa pra você tomar quando sair.

– O.K. –  eu concordei. Eles realmente deviam se preocupar muito comigo mesmo. Quanta gentileza. Agradeci e Maggie virou-se pra sair quando parou a porta com semblante pensativo.

– Acabei de me lembrar, Daryl disse que você vai dormir na cela dele a partir de hoje, falou algo sobre te vigiar, não entendi direito.

– Mas eu não quero dormir lá. – eu disse parar ela antes que saísse.

– Bom então terá que dizer pessoalmente pro Daryl, pois ele já levou suas coisas pra lá.

 

 


Notas Finais


Eu quero agradecer a TODOS que favoritaram a fic e que estão acompanhando. Isso é muito gratificante e fico muito feliz...
E agora o que voces acham que vai acontecer?


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