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História Juntos Enquanto Pudermos - Adeus Bryan


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Obrigada a todas que comentaram o capitulo anterior que favoritaram a fic e que ainda acompanham. Os recadinhos de vocês são muito importantes pára mim etão, por favor, não deixem de comentar nem que seja para criticar, pois é muito bom saber o que vocês pensam da historia e se estão gostando ou não
Boa leitura.

Capítulo 18 - Adeus Bryan


Daryl voltou sua atenção pra mim.

– Nada com que se preocupar. – e me beijou de novo.

E eu viajei, viajei para dentro de meus sonhos mais profundos e secretos, pois finalmente eu estava sendo correspondida. Após mais alguns momentos, ali nas grades do portão, enfim nos separamos.

Eu olhei para Daryl e percebi que ele estava muito vermelho, mas não mais do que eu. Respiramos fundo algumas vezes, pois estávamos sem ar. Ambos sorrimos um para o outro. Daryl a sua maneira.

– Você está pronto? – perguntei novamente abaixando meu rosto, na tentativa de afastar o meu embaraço, pois fui pega de surpresa e não queria me desviar do meu objetivo que no momento era mais importante.

– Você realmente quer fazer isso? – ele me perguntou encostando sua mão em meu queixo e em seguida levando-o para que pudesse me olhar. Sua expressão voltara à seriedade de sempre.

Eu ponderei por um momento a pergunta. Não, eu não queria fazer aquilo. Entretendo, eu sabia que se não fizesse eu não me perdoaria pelo resto de minha vida, fosse ela longa e feliz ou curta e dolorosa. Eu precisava fazer isso, não por mim, mas por Bryan.

Sim. Agora eu estava pronta.

Meus olhos negros encontraram os azuis de Daryl e eu estava decidida. Assenti e lhe sorri.

– Sim. Vamos acabar logo com isso, por favor. – eu lhe disse com a voz grave e dura.

Daryl então, após minha confirmação, retirou sua mão delicadamente de meu rosto e caminhou em direção ao pátio onde os veículos estavam estacionados e subiu em sua moto 71 Triumph e deu a partida. Eu caminhei até o portão e o abri.

Daryl passou pelo portão, com os olhos em mim. Depois parou alguns metros a minha espera. Eu fechei o portão por fora com a corrente e corri em sua direção. Ele fez um gesto para que eu fosse mais rápido. Então subi na garupa e passei meu braço esquerdo pelo seu tronco e com a outra mão puxei minha automática com pente carregado, pronta para acertar o primeiro andante que se lançasse sobre a gente, afinal estávamos em uma moto sem nenhuma proteção.

Daryl guiava a moto em alta velocidade com grande pericia. Eu atrás, sentia muito frio enquanto cortávamos o vento que seguia em direção oposta, indo para qualquer lugar sem se importar com dois seres insignificantes em cima de duas rodas.

Pela estrada, era possível ver o tamanho da destruição causada pela epidemia: estradas desertas, carros tombados e saqueados. Uma vez ou outra encontrávamos um andante perambulando sozinho e sem rumo.

– É aqui. – disse Daryl para mim após uma ou duas horas.

Eu me inclinei para o lado para poder enxergar o que ele me dizia. Finalmente saímos das ruas desertas margeadas apenas pela densa paisagem arbórea e chegamos a limiar de uma pequena cidade que poderíamos considerar abandonada se não fosse pelo fato de que havia muitos andantes aqui e acolá.

– Não devíamos ter vindo sozinhos. Eles não muitos que nem da ultima vez. – disse Daryl diminuindo a velocidade e fazendo com que o ronco do motor passasse despercebido pela manada.

– É só entrar, por um fim e depois sair. – eu disse já não sentindo tanta coragem. A moto seguia em ponto morto e eu percebi que Daryl a conduzia para os fundos do armazém.

Estacionamos e descemos da moto com o maior silêncio possível.

– Reparou que sempre que estamos juntos, uma horda de zumbis está atrás da gente? – ele me perguntou irônico encaixando uma flecha na mira da besta.

Eu sorri irônica. Sabia que ele dizia aquilo para eu relaxar, pois eu estava tensa. Muito mais do que ousava imaginar.

Daryl pegou minha mão e me conduziu a uma porta oculta, mais muito conhecida dele. Daryl me fez parar e em seguida girou a maçaneta entrando a frente, eu logo atrás, certifiquei-me de que nenhum dos zumbies tinham nos visto antes de entrarmos.

Acendi uma lanterna e ergui minha arma.

– Atire só em ultimo caso. – ele me disse apontando para minha arma que reluzia a luz da lanterna. Eu concordei em silêncio. Avançamos mais alguns passos, no mentíamos a tentos a qualquer barulho.

Eu pisei em algo que rangeu e no meio do escuro e vazio, o som foi como uma buzina de caminhão. Daryl me encarou sério. Eu apontei a lanterna para o chão e vi que acabara de pisar em cacos de vidro de uma garrafa quebrada. Mais não foi só Daryl que ouvira o som. Quase que no mesmo instante, o som de passos chegou a nossos ouvidos seguidos de um som gutural e rouco. Eu e Daryl nos encaramos, ambos sabíamos do que se tratava. Eu ergui minha lanterna a tempo de ver uma mulher loura avançar em mim. Ates que pudesse grudar em meu pescoço ela caiu sob uma flecha de Daryl. Eu agradeci com um aceno e fui à frente para iluminar o caminho.

Fora a mulher, não havia sinal de "vida" dentro do armazém. Por outro lado, a travessia foi lenta e demorada, pois havia muito entulho pelo caminho, prateleiras inteiras foram a baixo e junto com elas todos os alimentos e objetos diversos. Tínhamos que desviar a todo o momento de nosso caminho original e tomar um mais longo.

O local estava mais para um galpão do que para um armazém de tão grande que era. Alto também, com vários corredores e salas. Estávamos próximos do local onde Bryan perdera a vida, pois Daryl segurou meu braço e foi à frente desta vez me conduzindo.

Eu avistei uma parte da parede caída sobre o chão e soube que em fim havíamos chegado. Eu passei por Daryl e dei a volta na parede meio desalenta ao que estava acontecendo lá fora.

Meus olhos se arregalaram e lágrimas brotaram como acido.

Primeiro avistei uma cabeleira loira cheia de pó e fuligem dos escombros e depois uma blusa vermelha. O vulto se mexia lentamente, ainda não tinha nos visto.

Eu me abaixei até ficar bem próxima.

– Marry. – sussurrou Daryl para mim, como se quisesse me impedir de me aproximar mais. Eu o ignorei.

Pousei minha mão sobre a cabeça. Ele finalmente percebendo minha presença, levantou-a e pude ver seu rosto desfigurado pela decomposição já iniciada. Eu respirei fundo e virei meu rosto para o outro lado. Estava prestes a vomitar. Recompus-me e virei-me novamente para fita-lo. Um braço seu libertou-se da parede e agora ele tentava alcançar meu rosto. Um som horrível que nada se parecia com sua bela voz saiu de sua garganta.

O corpo já apresentava um odor peculiar, eu teria ficado mais tempo lá, contemplando-o se Daryl não tivesse me chamado novamente.

– Você está bem? Se quiser eu faço... – começou ele. Mais eu balancei a cabeça negativamente e estendi minha mão para que ele me desse sua faca.

Daryl entendeu, pois a puxou de seu cinto e me entregou em silêncio. Eu olhei mais uma vez para seu rosto e as lembranças voltaram a minha mente. Mais eu precisava me livrar do meu passado, pois agora eu tinha um presente e Daryl estava nele.

Respirei fundo.

Era agora. Reunindo minha força, encravei a faca em seu olho direito o mais fundo que pude mais aquilo não me satisfez. Uma fúria cresceu dentro de mim e eu enfiei a faca mais uma vez, e outra, e mais uma... O sangue coagulado de Bryan respingou em mim, mais eu continuei a lhe cravejar a faca.

Eu fui obrigada a parar, pois Daryl me ergueu pelos ombros a força. Eu não queria parar. Por que ele fazia isso? Eu ergui a faca para ele: Daryl segurou meu braço e tomou a faca de minha mão. Eu estava fora de mim, estava enlouquecida. Tiraram-me Bryan. Tiraram-me tudo, tudo que ainda me restava.

– Calma. Ele já está morto. – disse Daryl me dominado e me puxando para si.

Ao som de sua voz, eu despertei e no mesmo momento me senti enfraquecida. Agarrei-me a Daryl para não ceder e cair. Chorei em seu peito.

Acabou...

Acabou...

Eu repetia para mim mesma na tentativa de preencher o vazio deixado por Bryan. Ficamos ali, lamentando mais uma perda de nossas vidas. Uma das tantas que já vimos cair e das outras que viriam. A próxima podia ser minha ou a dele...

Pelo ombro de Daryl eu vi outro vulto se aproximar. A mulher não era a única dentro do armazém.

– Daryl. – eu o alertei.

Ele me jogou para longe e a furou com a faca. Porém no momento em que ela tombou sobre uma pilha de potes de vidro que foi ao chão em mil pedaços e um estrondo que ecoou pelo galpão inteiro, percebemos que estávamos encrencados.

Os ruídos lá fora cessaram e eu soube que os andantes tinham ouvido o barulho e estavam a tentos a outros sons.

– Merda! Temos que sair daqui. – disse ele me puxando pelo braço. Eu me soltei e caminhei até uma pilha de bebidas alcoólicas. –  Oque você está fazendo?

Eu não respondi. Não dava tempo de dar explicações. Após apanhar do chão uma garrafa âmbar que parecia ser cara. Á quebrei e despejei sobre Bryan, puxei de me bolso um isqueiro e após acendê-lo joguei sobre seu corpo que começou a pegar fogo.

– Vamos. – eu disse puxando Daryl pelo braço. Voltamos pelo caminho que fizemos ao entrar e chegamos a porta. Ao abri-la deparamos com pelo menos trinta zumbies indo em direção entrada, atraídos pelo barulho.

– Droga!–  eu disse fechando a porta. Olhei para os lados em busca de outra saída. Bryan ainda ardia em chamas e logo o armazém inteiro pegaria fogo, precisávamos sair dali e logo.

  


Notas Finais


E ai galera o que vocês acham que vai acontecer?
Eles vão se safar dessa?
Espero a resposta...
Até o próximo

Spoller:
Glenn dará com a linga nos dentes e Carol receberá uma noticia muito ruim...


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