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História Just a Dream - Mate o Alvo


Escrita por: Vespre

Notas do Autor


Alerta de capítulo pesado!

Capítulo 21 - Mate o Alvo


Fanfic / Fanfiction Just a Dream - Mate o Alvo

Flashback On

— Sobreviver é essencial. — Dizia Flare antes de sair do esconderijo. — Não deixe o medo atrapalhá-lo. — O olhava diretamente nos olhos.

Flashback Off

Um garoto bem desconhecido caminhava pelas ruas da capital. Suas roupas tampavam praticamente toda sua pele, e usava um capuz para proteger seus cabelos. Aparentava estar nervoso, pois seu corpo tremia a cada passo que dava; talvez não estivesse totalmente preparado para algo que acontecera em breve.

Consultou seu relógio, e viu que deveria estar em certo lugar em uma hora. Olhara para os lados, estava bastante preocupado em não levantar suspeitas — e ia bem, pois estava agindo como uma pessoa normal. Começou a virar em algumas ruas para ir até seu destino, mas segundos depois percebeu que estava perdido.

— Que hora, não? — Sussurrava insatisfeito consigo mesmo. Por azar, foi parar em um ponto da capital que ainda não conhecia muito bem, embora já tivesse passado algumas vezes. Começou a virar aleatoriamente em ruas, sem rumo; isso fez com que ele andasse em círculos algumas vezes.

Parecia que iria ficar nessa pra sempre, até que abriu um sorriso no canto do rosto ao ver um pequeno garoto de cabelos pretos e olhos azuis passar por uma das ruas, parecia ser sua saída. O mesmo sumira após virar em uma rua; para não perdê-lo, foi atrás.

O moreno estava agachado, amarrando um de seus sapatos quando o garoto entrou na rua. Aproveitando que o mesmo estava parado, se aproximou calmamente enquanto ele não se movia. O garotinho sentiu um leve toque em seu ombro, e virou assustado.

— D-Desculpe... — Disse com um pouco de medo. — Não falo com estranhos. — Estava prestes a correr da pessoa encapuzada que o abordara quando ouviu uma voz conhecida.

— Romeo, sou eu! — Ele puxou o capuz um pouco para trás, para que o garoto pudesse ver melhor seu rosto; alguns fios de seus cabelos rosados escaparam, deixando bem claro quem ele era.

— Natsu? — Perguntou mais calmo. — O que faz aqui?

— Assunto pessoal. — Respondeu colocando o capuz de volta ao normal. — E você? Está sem seu pai?

— Eu estou o procurando... — Falou meio triste. — Ele saiu com um pessoal hoje de manhã e até agora não voltou.

— Sinto muito, não posso ajudá-lo agora. Espero que consiga achá-lo. — Respondeu o rosado.

— Obrigado — agradeceu.

— Romeo.

— O que foi?

— Eu estou perdido... tem como você me ajudar?

— Um assassino perdido? — Riu. — Essa é boa.

— Não estou acostumado a andar por aqui! — Se justificou com um pouco de vergonha.

— Tá, tá, já entendi! Aonde você precisa estar?

— Onde o senador vai passar mais tarde?

— "Mais tarde" ou "daqui a pouco"? Você vai se perder de novo se eu tentar te explicar, venha! — Pediu para que o mesmo o seguisse enquanto caminhava numa direção.

Natsu acompanhou o garoto enquanto ele ia de rua em rua. Aos poucos, os lugares foram ficando mais conhecidos para ele; certamente estavam indo para uma área que o rosado tinha mais conhecimento. No caminho, consultou seu relógio: 13:30; ainda tinha tempo.

Até que viraram e encontraram um aglomerado  de pessoas a beira da rua — que estava interditada com barreiras e guardas imperiais. 

— É aqui. — Disse Romeo. — Seja lá o que você for fazer, tenha cuidado. — Falou seriamente enquanto o olhava.

— Não se preocupe. — O rosado deu um pequeno sorriso. — Vai tudo dar certo...

— Natsu.

— O que foi?

— Se você ver o meu pai e ele estiver em apuros... você pode trazê-lo de volta?

— Posso, sem problemas! — Colocou sua mão nos cabelos dele enquanto dava um pequeno sorriso.

— Promete? — Disse mostrando o mindinho.

— Prometo. — E selaram a promessa. — Eu preciso ir agora... — Disse se afastando. — Se cuida, Romeo! — Acenou enquanto começara a correr.

— Até! 

[...]

Natsu subiu em um dos prédios através de um estabelecimento qualquer, lá de cima ele podia ter uma visão melhor de onde estava. Estava somente há alguns metros de distância do prédio que deveria estar: era um rosa, que ficava em frente a uma pizzaria.

Discretamente, foi pulando de prédio em prédio até achar o determinado. Pôde ver Lucy e Gray sentados no terraço assim que chegou — ambos estavam com disfarces.

— Achei que tinha ficado com medo e desistido. — Falou Gray.

— Eu tenho medo é de não te dar uma surra antes de morrer. — Respondeu. — E aí, o pessoal já está pronto?

— A essa hora sim. — Respondeu Lucy. — Só falta esperar o alvo passar! — Disse socando um punho no outro.

— Pela hora, ele deve estar entrando na capital nesse exato momento. — O moreno olhava para o relógio. 

— Esse pessoal gosta de confusão... — Lucy olhava para um certo lugar através de um binóculo, era uma pequena confusão.

— Eles realmente acham que tem chances contra o governo? — Gray riu. — Deviam deixar com a gente.

— São apenas manifestantes. — Respondeu dando zoom no objeto. — Já foram capturados. Vão ser executados, como sempre.

Ficaram conversando aleatoriamente enquanto aguardava o tempo passar. Depois de um tempo, puderam visualizar uma enorme quantidade de guardas que escoltavam uma carruagem se aproximando; estava seguindo o caminho que havia sido restrito, só significava uma coisa:

— É ele... — Lucy falou guardando o binóculos. — Se preparem, a hora está chegando. — Se aproximou da borda do terraço, para ter uma visão melhor.

— Então a hora chegou... — Gray se alongava enquanto botava um dos pés na borda do terraço.

— Parece que os guardas estão tendo problema ali de novo. — Natsu apontou para o ponto que teve uma confusão recentemente, dessa vez parecia mais sério.

A carruagem se aproximava cada vez mais, e os guardas imperiais não estavam dando conta de deter a pequena confusão provocada por alguns cidadãos. O número de guardas estava distribuído pelo enorme percurso que o senador percorreria, então não tinha um grande número deles para tomar conta dos civis.

— Eles vão invadir... — Falou Lucy.

A carruagem parou há alguns metros da confusão por questões de segurança. Os guardas responsáveis pela pequena área não deram conta e cederam, cerca de 30 civis entraram no caminho com algumas armas. Eles partiram pra cima dos guardas.

— O que vamos fazer? — Natsu perguntou preocupado.

— Nada. — Lucy aparentava não ligar para o que estava acontecendo. Os guardas que protegiam a carruagem estavam mais armados e em maior número, estavam dando conta dos inimigos. — Nosso plano não tem nada a ver com o deles. 

— Então o que vai acontecer?

— Os guardas vão matá-los, e continuarão a seguir em frente, e serão emboscados por nós.

Ela descreveu o que estava acontecendo; os civis estavam sendo mortos pelos guardas, de pouco em pouco. Era difícil ter que olhar aquela cena sem fazer absolutamente nada pois comprometeria todo plano; o rosado faria isso, caso alguém bastante chamativo não lhe chamasse a atenção durante o confronto.

— Macao?! — Ele olhou para um dos poucos homens que haviam restado. Era um homem de cabelos azuis e olhos pretos, o rosado não tinha dúvidas: era o pai de Romeo.

— Natsu? — Lucy estranhou que ele estava tremendo um pouco, parecia estar se segurando para não fazer algo. Ele não respondeu, em seguida pulou do terraço. — Natsu!!! — Lucy gritou desesperada enquanto tentava segurá-lo, sem sucesso.

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— Olha só, restaram só dois. — O capitão dos guardas ria enquanto retirava um corpo morto de um dos civis de sua lança. Os guardas não haviam sofrido uma baixa.

— Macao... — Um dos homens disse tremendo. — Vamos levá-los conosco! — Ele partiu bravamente para cima dos mais de quarenta guardas, mas teve seu coração perfurado por diversas lanças antes que encostassem em qualquer um.

— E só restou um... — Falava um dos guardas enquanto encarava o homem de cabelos azuis que se tremia muito. — Deixem esse comigo! — Partiu para cima dele, mas parou ao sentir seu abdômen sendo perfurado por uma espada. — O-O quê? — Viu uma pessoa encapuzada e alguns fios de cabelos rosas saindo do capuz antes de fechar os olhos pela última vez.

— Macao, fuja... — Falou de costas para o homem enquanto encarava os guardas.

— Essa voz... Natsu?! — Perguntou surpreso.

— Vá logo! — Gritou. — Romeo está te procurando, e você vai morrer se ficar aqui! — Seu diálogo fora interrompido quando os guardas partiram para cima dele.

Cerca de dez avançaram, e os outros ficaram de guarda na carruagem. Mesmo assim, o rosado encontrou muitas dificuldades para combatê-los. Eles os atacavam por todos os lados, e isso dificultava ainda mais sua esquiva — fora que era muito difícil achar uma brecha para atacar, pois quase sempre estava defendendo.

Após uma lâmina passar raspando em suas costas, o rosado achou uma brecha e conseguiu fincar sua espada no quadril de um dos guardas. Recuou enquanto os outros assistiam o sangue do companheiro jorrar, e ficou em posição.

— Merda, eu não vou dar conta de todos sozinho... — Sussurrava consigo mesmo. Olhou para trás e viu uma enorme quantidade de reforços dos guardas vindo, não daria para fugir.

Os guardas que Natsu já enfrentava decidiram partir para cima novamente. Ele estava um pouco desesperado, não sabia o que fazer, até que ouviu um enorme grito vindo do céu:

— Mudança de planos! — Após isso, uma enorme mão de gorila esmagou os guardas que partiram na direção do rosado.

— Lisanna! — Ficou aliviado ao ver a albina aparecer. A mesma havia deixado sua posição para ajudar o companheiro; após neutralizar os inimigos, foi até Natsu, e lhe deu um soco.

— Você ficou maluco? O plano já era! — Os outros membros apareceram assim que ela gritou.

— Não acredito que fez isso, Natsu. — Gray reclamou.

— Depois nós discutimos isso! — Falou Gildarts. — Agora, temos que dar um jeito nisso. — Se referia aos guardas que se aproximavam tanto da frente quanto da retaguarda.

— Lucy, Gray, Levy e Mira segurem os que estão vindo comigo! — Referiu-se aos reforços que estavam chegando. — Lisanna, Juvia, Natsu e Flare cuidem da carruagem! Vamos tentar abrir uma rota de fuga enquanto vocês assassinam o alvo.

— Hai!

Enquanto o grupo de Gildarts seguravam a enorme quantidade de guardas que viam, o grupo de Natsu partiu com tudo para cima dos que estavam de segurança na carruagem. Num piscar de olhos, Flare já havia partido dois ao meio. Eles estavam fazendo uma pequena barreira enquanto a carruagem fugia dando meia-volta.

— Natsu! — O rosado ouviu a voz de Lisanna de trás enquanto corria.

— O que fo- AAAAAH! — Do nada parou de sentir o chão, quando percebeu estava no ar. A albina havia se transformado em um pássaro e o pegou pelas vestes com suas garras.

— Eu vou te soltar em cima da carruagem. Cuida do senador, eu vou ajudar a Juvia e a Flare com os guardas.

— Certo!

Dentro de alguns segundos, o rosado foi soltado no ar e caiu bem em cima do teto do transporte. Cortou a cabeça do guarda que pilotava os cavalos, e perfurou os corpos dos outros dois que a escoltavam.

A carruagem ficou totalmente parada e desprotegida em sua frente. Com sangue frio, o rosado empunhou sua espada e caminhou até sua única porta. Abriu-a com a intenção de encontrar o senador, mas a pessoa que estava lá não batia com suas características: era um homem de olhos alaranjados e cabelos loiros, com uma cicatriz em forma de raio.

— Surpresa... — Natsu ainda se perguntava quem ele era quando o mesmo levantou dando-lhe um soco, lançando-lhe em metros em direção ao chão.

— Q-Quem é você? — Se levantava com algumas dificuldades, sentiu uma forte choque após o soco do loiro.

— Pode me chamar de Laxus, o último nome que você vai ouvir antes de morrer. — Uma enorme quantidade de raios começou a envolver todo seu corpo; em seguida, partiu para cima do rosado.

Natsu não podia tocá-lo, ou seria eletrocutado. Os movimentos do loiro eram muito rápidos, o que dificultava a esquiva do rosado — que desviava dos ataques dele por muito pouco. Após desviar de um soco, Natsu não teria tempo o suficiente para esquivar-se de um chute que vinha logo em seguida, portanto saltou bem alto.

Mas enquanto estava no ar, viu Laxus abrir sua boca na direção dele; um enorme raio saiu de lá, e Natsu não conseguiria desviar. O raio acertou em cheio o rosto de Natsu — que não desmaiou, mas tinha algo lhe incomodando.

— O-O quê? — Olhava desesperado para os lados, mas não enxergava nada. Tudo estava escuro, sua visão não estava funcionando.

— Não se preocupe, não vai precisar enxergar se estiver morto... — Ouviu a voz do loiro se aproximar; ele não sabia o que fazer, não tinha como se defender daquele jeito.

Ouviu um barulho de faíscas e segundos depois sentiu seu corpo sofrer uma enorme descarga elétrica. Foi tão forte que o rosado caiu desmaiado em questão de segundos.

Laxus teria total liberdade para capturá-lo ou executá-lo ali mesmo, mas no meio do caminho, foi interrompido por outras três pessoas que estavam com disfarces que preservavam suas identidades — assim como Natsu estava. Eram Juvia, Flare e Lisanna; as três tinham derrotado os guardas e perceberam que Natsu mordeu a isca de uma armadilha.

— Ora ora, por que não mostram seus rostinhos para mim?

— Eu não me importo. — Flare — que já tinha seu rosto conhecido pela capital — removeu seu disfarce, ficando cara-a-cara com um oponente que conhecia muito bem. No passado, a ruiva matou mais de dez aprendizes de Laxus, que o fez criar um ódio mortal por ela.

Lisanna e Juvia permaneceram com seus disfarces. Não havia necessidade de tirá-los, as duas podiam ter suas identidades reveladas caso Laxus saísse de lá com vida.

— Vamos atacá-lo juntas, ele não terá chances... — Juvia foi para cima do loiro, mas foi surpreendida pelo soco de uma pessoa com armadura que lhe acertou no rosto. Ela certamente estava escondida em alguns dos prédios que haviam por perto.

— Você... — Disse com um tom frio e psicopata enquanto olhava para Flare, ignorando todo mundo. — Quase matou a segunda pessoa mais querida para mim... maldita, irá pagar por isso!

— Deixo as coisas com você por aqui, novata. Irei dar um jeito nos outros... — Referiu-se ao grupo de Gildarts.

— Lisanna, leve- embora daqui! — Flare apontou para Natsu. — Juvia, vá atrás de Laxus para ajudá-los! 

— E você? — As duas perguntaram preocupadas.

— Eu vou cuidar dela... — Flare encarava a armadura, referindo-se a pessoa que estava dentro dela.

Obedeceram a ordem, era o mais ideal para se fazer naquela situação. Lisanna passou o braço de Natsu por cima de seu ombro, e foi embora com o corpo do mesmo desacordado; Juvia foi até o grupo de Gildarts para ajudar com Laxus, que era forte o suficiente para enfrentar todos sozinho. 

Somente Flare e a pessoa da armadura estavam no local. De dentro dela, era possível ouvir uma pequena voz feminina, mas Flare não conseguiu identificar de quem ela era. Aparentemente conhecia a ruiva, pois citou ela anteriormente.

— Vou te perfurar da mesma maneira que perfurou meu amigo... — Dizia enquanto sacava dois facões das costas da armadura.

— Desculpe, eu perfuro tanta gente que não faço ideia de quem está falando... — A ruiva respondeu debochando enquanto sacava seus facões.

Nenhuma palavra a mais foi dita. Ambas se encararam, e segundos depois, foram pra cima uma da outra. Seus movimentos eram rápidos e fortes; o barulho das lâminas colidindo-se entre si causava um barulho perturbante.

As duas eram muito habilidosas, o que deixava o confronto totalmente equilibrado. As lâminas passavam a centímetros de seus rostos, mas sempre eram neutraliza-das a tempo. No meio do duelo, Flare optou por recuar — talvez estivesse querendo analisar o oponente ou coisa do tipo.

Ela levou uma de suas mãos até seus cabelos e começou a tirar os prendedores que os deixavam enrolados. Seus belos e enormes cabelos ruivos ficaram totalmente soltos — o que poderia atrapalhá-la no combate, caso não tivessem nenhuma utilidade.

Em seguida, voltou para o combate, porém mais lenta do que antes. Estava bem claro que o peso do cabelo atrapalhava em alguma coisa, o que não justificava soltá-lo. A inimiga da ruiva começou a atacá-la com mais velocidades e oportunidades. Com o tempo, Flare deixou-se ser atacada e permaneceu apenas desviando.

Os ataques da inimiga foram ficando cada vez mais rápido, e naquele ritmo, a ruiva seria atingida. Por que ela não estava mais a atacando? Havia algum motivo para aquilo? A mesma sofreu alguns cortes de raspão, mas não mudou sua postura.

Momentos depois, não havia mais para onde recuar. Suas costas encostaram em um prédio, que marcava o fim da linha para Flare; com isso, a inimiga mirou seus facões contra a cabeça da ruiva, para lhe acertar fatalmente.

Mas seu ataque foi interrompido quando suas lâminas estavam a centímetros do rosto de Flare. Não conseguia se mexer, havia algo segurando seus pés, braços e cabeça (que estavam protegidos pela armadura).

— O quê? — A pessoa perguntava, confusa.

— Finalmente... — Flare abriu um sorriso no canto da boca após conseguir o que queria. — Agora eu posso controlá-la... — Fez com que a pessoa desse alguns passos para trás pela própria vontade.

— O quê... é isso? 

— Não consegue ver, meu bem? Veja melhor então... — Fez com que ela olhasse para baixo.

A inimiga foi completamente surpreendida com o que viu. Enormes fios de cabelos vermelhos estavam espalhados pelo chão  todos enrolados, como se fossem enormes fios ou coisa assim. A pessoa estava tão concentrada em atacar Flare que acabou não percebendo que ela estava controlando aos poucos seus fios enquanto deixava-se ser atacada para distraí-la.

— Você caiu direitinho... — Falou Flare enquanto empunhava seus facões. A inimiga estava totalmente imobilizada e exposta em sua frente, só teria que passar por aquela armadura. — Vamos dar um fim nisso! — Flare começou a golpeá-la diversas vezes com uma gigantesca força.

Qualquer pessoa seria partida ao meio num instante caso fosse acertada diretamente por aquilo, mas devido a armadura, a pessoa conseguia resistir. Ficou muito tempo naquilo — tempo até demais, a maioria das armaduras não aguentariam tantos ataques repetidos em diversos lugares, mas Flare ainda nem tinha causado um arranhão sequer.

— Impressionante a resistência dessa armadura... — A ruiva estava surpresa pelo fato de mal ter danificado a mesma. — Vou optar pelo jeito mais rápido e fácil... — Levou suas mãos até o elmo da armadura, e o retirou.

Pôde ver frente-a-frente a pessoa que enfrentava. Era uma garota um pouco mais nova que ela, muito bonita por sinal; tinha belos cabelos loiros e olhos verdes que encaravam a ruiva de uma forma assustadora.

— Tão nova e adorável... é tão triste que tenha que acabar assim. — Flare apontava seu facão para a cabeça dela, que estava totalmente exposta. A loira não podia fazer nada enquanto imobilizada por aqueles fios de cabelos que eram fortíssimos.

— Você me irrita. — A loira respondeu como se estivesse em uma situação tranquila.

— Não se preocupe, não vai mais se lembrar de mim.

— Não vou mesmo... — Os olhos da garota começaram a brilhar, e ela olhou diretamente para Flare, que paralisou.

— O-O quê? — Se perguntava.

Uma enorme luz brilhou — tanto quanto seus olhos — atrás da loira. Aos poucos, ela foi adquirindo a forma de dois lobos enormes e assustados; que aparentavam estar cobertos por uma chama negra. As feras tinham o tamanho de um prédio; os cabelos de Flare involuntariamente se mexeram e envolveram os lobos na tentativa de imobiliza-los, mas sem sucesso.

Os cabelos simplesmente não conseguiam encostar nos lobos, era como se eles fossem alguma criatura celestial que não podia ser tocada.

— Eu a odeio. Isto determina seu fim... — Após as palavras da loira, os lobos passaram diretamente pelos corpos das duas, e sumiram. Uma enorme quantidade de sangue jorrou na armadura da loira; que começou a sentir os fios de cabelos enfraquecerem por completo, enquanto o corpo de Flare caia no chão, com os olhos fechados.

A loira estava sem nenhum dano sequer — mesmo que os lobos a tenham atravessado também. Olhou desprezivelmente para o corpo morto da ruiva caído no chão.

— Isso foi por ele... — E foi embora.

Continua...


Notas Finais


Foi a farda imperial da Flare que fez com que os cabelos dela fizessem aquilo, quem achou que ela não tinha ou que eram os facões?
Surpresos? A brincadeira acabou!!
Em breve tem mais, até a próxima!


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