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História Just Drama (Imagine Suga) - Ocean Eyes


Escrita por: sugar_jimin

Notas do Autor


Oii, eu quero agradecer pelos 44 favoritos muito obrigada por lerem a fanfic
BOA LEITURA

Capítulo 10 - Ocean Eyes


Fanfic / Fanfiction Just Drama (Imagine Suga) - Ocean Eyes

POV's Chang S/N

— E você S/N, o que acha do típico coreano? É uma realidade boa ou má? 

— N-não tenho nada de especial a dizer sobre isso.

Respondi ao meu professor espantada por ter me escolhido para falar, mas não era aquilo que eu queria dizer. Se eu tivesse coragem diria: "Já pararam para pensar como muitas das coisas que a gente vê na televisão, nas revistas e em todo esse meio não passa de mentiras.  O meu país é um grande exemplo de que só a perfeição deve ser exposta e se você não for perfeito não tem lugar nesse mundo. Desde pequena que eu sempre ouvi coisas como "você não deve comer muito", "você tem de ser fofa", "sua pele é muito escura,  coitada" e eu sempre quis saber o que eu tinha de errado, porquê uma menina de 9 anos já tinha de ouvir aquelas coisas? Houve momentos em que eu realmente pensei que eu estava mal,  eu não era normal porque eu não era demasiado magra, não tinha a pele muito clara,  não era fofa,  não podia ser uma típica coreana. Não me enquadrava naquele mundo mas quando eu fui crescendo e conhecendo melhor as coisas eu vi que a culpa não era minha, a culpa era da mídia que engana e nos faz acreditar que a beleza não é o que a pessoa é por dentro mais sim um rosto e um corpo invejável. Ah,  mas não se deixe enganar pelos doramas que você vê, a Coreia não é um país perfeito. Por mais que num dorama você veja uma cidade perfeita, uma menina fofa (na maioria das vezes), um rapaz lindo, simpático ou rude mas que depois se torna uma pessoa apaixonada, onde tudo se resolve e o casal fica sempre junto,  aqui a realidade é outra. Pode até haver casais felizes mas não há toda essas perfeição, mas mesmo que não veja isso não televisão aqui as meninas desmaiam por comerem pouco, sentem-se sempre pressionadas para manter uma beleza e simpática que muitas vezes é falsa (claro que há sempre aquelas que não têm qualquer problema de mostrar que são más). Os rapazes não são um mar de flores, aqui também existe espancadores, outros dominadores e os possessivos."

Mas se eu dissesse isso diriam apenas que eu estou fazendo drama,  apenas drama por não ser um ideal coreano. 

Continuei ouvindo o professor de História falando sobre o tempo contemporâneo enquanto olhava distraída para as janela até ouvir a porta da sala se abrindo. Quando olhei para ver quem era me senti tonta e a minha visão ficou turva mas tudo durou meros segundos. Era a vice-diretora e com ela estava o mesmo rapaz do outro dia. 

— Esse é J-Hope, a partir de agora ele estudará aqui espero que o recebam bem. Sente-se num lugar vazio.

— Certo, obrigado. 

O mesmo olhou ao seu redor e se sentou na carteira vaga ao meu lado, eu senti uma pitada de nervosismo quando o vi se aproximando. Tentei desviar minha atenção para as janelas mas estas ficavam no mesmo sentido onde ele estava. Não tive outra solução sem ser prestar atenção no que o professor dizia. 

Quando a aula acabou continuei sentada no meu lugar como sempre fazia mas dessa vez foi diferente, a sala que sempre ficava apenas eu agora também estava J-hope. O mesmo olhava para mim com curiosidade.

— O seu nome é Chang S/N, certo?- assenti.

— Você está bem?- assenti novamente.

— Costuma passar os intervalos na sala? -assenti.

— Você fala pouco,- olhei para o mesmo- gostei. 

— Não tenho muito para falar.- E pela primeira vez o respondi normalmente. O moreno olhou fixamente para os meus olhos me fazendo arrepiar.— Pare de olhar para mim.

— Você não tem amigos, sofre bullying, tem medo da vida. 

Lágrimas começaram a se formar mas aguentei firme. — Quem te disse isso? 

— Você...seus olhos- uma lágrima caiu-Já deu para perceber que sofre bullying no outro dia mas seus olhos me dizem que não é só isso. Não posso parar de olhar para os seus olhos, eles parecem um oceano vasto de tristeza e solidão. Dentro deles vejo cidades queimadas, quinze chamas dentro desses olhos. Cada cidade é uma parte de você que se vai perdendo.

— Porquê você está fazendo isso comigo? Pare de falar essas coisas!- disse limpando as lágrimas com a manga do moletom. 

— Eu só estou falando a verdade.- respondeu calmo, sem expressão no rosto.

— Saía daqui, por favor.- O mesmo saio me deixando sozinha, triste e com medo. Medo dele por saber tanto sobre mim sem sequer me conhecer direito. 

No fair
You really know how to make me cry

...

I'm scared
I've never fallen from quite this high

***

Cheguei em casa cansada, mais psicologicamente do que fisicamente. Não consigo para de penser em J-hope. Não que eu esteja apaixonada, mas sim porque esse rapaz me deixou intrigada. Ele apareceu do nada no outro dia e me salvou de ser "espancada" por Suga e os outros meninos, hoje ele simplesmente aparece na minha turma e diz todas aquelas coisas para mim.  Quem é esse rapaz? Será que...?

Não, eu não estou em nenhum dorama para do nada aparecer alguém que vai mudar a minha vida. Ele deve estar apenas curioso e até mesmo com pena de mim. Afinal ele me encontrou pela primeira vez num estado deplorável.

Já Suga e o seu maldito grupinho não têm vindo a escola desde então. Eu vi Jimin dois dias atrás saindo de casa irritado, parecia ter discutido com alguém. Continuo me perguntando sobre a razão para Jimin ter me ajudado e depois contar tudo para o seu grupinho. 

Sai do sofá e, acompanhanda por Gidae, fui até o meu quarto. Tomei banho e troquei de roupa, me senti mais aliviada mas a dor de cabeça continuava.  Mesmo depois de ter passado alguns dias eu ainda não consigo esquecer tudo o que aconteceu naquele dia.  Como eu fui fraca e ia acabar com a minha vida, mas agora eu acho que se a minha mãe morreu por minha culpa eu devo pelo menos tentar fazer com que a sua morte valha a pena. Pode não ser agora mas um dia eu vou sair daquela escola e vou poder mudar a minha vida e deixar tido isso para trás. Fica difícil aguentar tudo sozinha, eu sei que tenho Gidae mas não é a mesma coisa. Eu queria ter alguém para conversar, ter um amigo somente um, mais nada. Ser sozinha é mal mas se sentir sozinha só piora tudo porque eu posso ser sozinha por vontade maa o sentimento de solidão é devastador. Ter alguém comigo mudaria tudo, talvez eu fosse mais feliz. 

Dei um pulo ao ouvir a campainha tocar,  me lembrei do que Jimin disse sobre ninguém poder saber que meu pai morreu. Será que era a polícia? Ouvi de novo o toque. Gidae olhou para mim e permaneceu sentando, estranho. Levantei e voltei para a sala, abri um pouco a porta e vi alguém que eu não esperava encontrar. 

— Oi,  posso falar com você?- ele disse simplista, eu não sabia o que fazer.— Posso entrar? 

Depois de tanto pensar se o devia deixar entrar fechei a porta na sua cara.— Eu queria pedir desculpa.- ouvi a sua voz, então novamente abri a porta e dei espaço para que o mesmo passasse. 

— Como você descobriu aonde eu vivia? - perguntei intrigada, nada aqui está normal.  

— Eu apenas sei.- respondeu novamente simplista o que me deixava receosa.— Eu queria me desculpar por hoje ter te feito chorar.  Eu nunca mais vou te fazer chorar.

Será que os meus ouvidos estão me enganando, eu realmente ouvi isso. Por momentos pensei que fosse uma partida para me fazer passar de idiota mas eu estou em minha casa e olhando no seu olhos eu não consigo ver mentira.— Você quer ser minha amiga?  Assim não precisará mais de ficar sozinha, eu também não conheço ninguém, mas quero conhecer você!

— V-você quer ser meu amigo? Quem te pagou para fazer isso Yoongi? Jimin? Quem? - respondi irritada, eu não me vou deixar enganar. É impossível alguém quer ser meu amigo. Ainda mais vindo daquela escola.— Fala!  Essa vossa brincadeira não vai resultar, você não me engana. 

— Eu não sei do que você está falando, eu só queria ser seu amigo e tentar tirar essa dor que está nos oceanos do seu olhar. Ninguém me pagou. 

— Saí daqui- respirei fundo,  dessa fez eu não vou ser feita de idiota. Como eu não percebi antes, ele fez todo aquele teatro com Suga para que me iludir, mas eu sei que não devo confiar em ninguém. Isso também explica o facto dele saber aonde eu vivo e eu pensando que poderia haver verdade no seu olhar. Abri a porta e fiz sinal para que ele saísse e foi o que ele fez. 

Voltei para o meu quarto, Gidae está dormindo na cama. Fui até ao banheiro, estou completamente dominada pela raiva.  Até que ponto Suga e os seus amigos são capazes de ir para infernizar a minha vida. Abri o pequeno armário e peguei uma lâmina. Se eu causo tanto ódio neles porquê que não me deixam em paz, o objetivo desse jogo era me humilhar? Fazer com que eu pensasse que podia ter um amigo. Nem esse lâmina é minha amiga,  a dor que ela me causa já não é suficiente. Eu não sou suficiente.

2 semanas depois

— Amanhã queria que terminassem o trabalho,  não é de dupla se ver algum trabalho parecido vou descontar a nota.

Todos arrumaram as suas coisas e saíram da sala, também me levantei.  A próxima aula é em outro bloco, não estava com paciência de ter aula e a minha cabeça continua doendo e eu não posso fazer nada porque se eu for ao hospital vão perguntar pelo  responsável por mim.

Depois do ocorrido em minha casa J-hope deixou de falar comigo porém tem passado todos os intervalos na sala tal como eu. De certa forma ele tem me seguido,  ainda não o vi falando com alguém nem tentando fazer amigos.

Jimin e Jungkook voltaram a aparecer aqui dois dias depois e os outros só na semana passada. Consegui notar que J-hope e eles não se davam bem, mesmo assim ainda duvido disso tudo.

Subi as escadas a minha frente e fui até o segundo andar da escola.— Olhem quem é.- Ouvi risos e logo vi que eram eles.— Estava com saudades?

Apressei o meu andar mas quando passei por eles Jungkook me puxou pelo ombro e depois me empurrou contra os cacifos.

— Ei vocês!- ouvi alguém gritar, olhei para o lado e vi J-hope, o mesmo foi até Jungkook e socou o seu rosto. Namjoon e Yoongi iam avançar mas nesse momento fiquei tonta, a luz foi se apagando até que eu cai no chão.

 

 

Acordei com uma dor forte na cabeça, olhei ao meu redor e não reconheci o sitio onde estava até aparecer uma mulher com roupa de enfermeira.— Já acordou, está se sentindo bem? 

— Sim,  porquê que eu estou aqui?

— Você desmaiou e um garoto te trouxe para aqui. Você está bastante fraca, precisa de comer mais nutrientes. Como posso contactar o responsável por você?

— Quem me trouxe para aqui?- Perguntei ignorando a última pergunta que me foi feita. 

— Um rapaz alto, cabelo moreno, bonitinho. Parecia estar preocupado. 

Saí da sala e a deixar falando sozinha,  olhei ao redor do corredor e só vi Taehyung que saio rápidamente do lugar onde estava.  Olhei para o relógio de parede e as aulas já tinham acabado à 10 minutos. Sai da escola andando devagar, foi então que vi J-hope sentado num banco. O mesmo quando me viu se levantou.— Você está bem?

Eu poderia o ignorar, continuar o meu caminho e esquecer toda essa história. Mas como sempre eu não consigo, ele je me ajudou duas vezes e tem ficado sempre comigo. Será que ele faria isso de propósito só para...? Não, ele não parece ser esse tipo de pessoa.

— Sim, eu estou bem. 

— Posso te fazer companhia até casa?-.Assenti levemente com a cabeça.

Durante o caminho todo eu não falei muito coisa, J-hope me contou um pouco sobre o que acha da escola, não me falou muito sobre a sua vida antes da escola. A medida que íamos falando vi que temos algumas semelhanças. — O seu nome é mesmo J-hope? 

— Sim,  eu sei que é estranho.- sorri com o que ele disse- Muitas vezes um belo sorriso pode esconder muita dor.

Continuamos o resto do caminho até minha casa sem falar,  o mesmo só falou comigo quando estávamos perto da minha casa.— Eu sei que você acha que eu estou fazendo isso por causa dos outros rapazes mas...você quer ser minha amiga? 

Amigo...antigamente a amizade não era algo que me assustasse mas agora é como se todos tentassem fazer de mim uma idiota. J-hope, nunca conheci ninguém que falasse como ele,  que olhasse para mim e soubesse o que eu pensava e sentia.  Amizade, será que eu posso ter verdadeiros amigos? Posso tentar e se falhar...

— S-sim, me desculpe por aquilo na minha casa. 

— Não faz mal, quando o mundo nos faz sofrer fica difícil confiar nos outros mas não se esqueça que também existem pessoas boas por aí, pessoas que fazem o oceano no seus olhos mais azul. Não consigo para de pensar na sua mente de diamante. Tto mannayo!- E aos poucos ele foi desaparecendo,  eu quero perguntar o porquê dele ser assim, mente de diamante?

I've been walking through a world gone blind
Can't stop thinking of your diamond mind
Careful creature made friends with time
He left her lonely with a diamond mind
And those ocean eyes

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


OBRIGADA POR LEREM
Sobre a fic, o relacionamento entre a S/N e Suga vai demorar um pouco até ter algum progresso.


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