História Just love me! - Imagine Jeon Jungkook. - Five.

Pov: Você.

- Somos apenas amigas de infância, nada demais...

Assenti, devagar, ponderando se deveria ou não, acreditar no que Lisa me dizia.

- Como assim, "amigas"? - Troquei o peso das pernas e pousei as mãos na cintura. - Ela é o que, 4 ou 5 anos mais velha do que você? Como isso aconteceu?

Ela suspirou.

- Quando eu nasci, minha mãe contratou uma diarista lá 'pra casa, já que à partir daquele momento, ela não conseguiria mais dar conta dos serviços domésticos com uma bebê chorona ao lado. - Ela se sentou na cama e eu a acompanhei.

- Simplifica. - Eu disse, impaciente.

- E foi quando eu completei seis anos de idade, que a minha mãe resolveu dar um emprego fixo para a mãe dela, só que de babá; a minha babá... Jennie sempre vinha visitar a mãe no serviço depois da escola e por isso, se apegou muito à mim, já que na época ela adorava crianças.

- Super empolgante... - Rolei os olhos. - As amiguinhas de infância...

Sim, eu estava com raiva...

- Ciumenta! - Ela disse, claramente zombando da minha desgraça. - Bom, nós crescemos praticamente juntas... E foi quando eu completei treze anos, que a mãe dela deu a notícia de que deixaria de ser a minha babá, porque convenhamos, eu já estava bem velhinha para ter babá, né? E também, elas teriam que ir embora de Seul por motivos de que a senhora Kim se casaria com um homem bem rico... - arregalei os olhos - Sim, acho que foi isso mesmo. Bom, e após isso, eu nunca mais à vi...

- Bom, acabou de ver! - Bufei, ainda irritada. Vi que ela soltou um sorrisinho bobo e fez uma cara de nostálgica.

Traidora do caralho!

Sim, que seja egoísmo da minha parte, mas foda-se!

Mesmo que indiretamente, ela estava me traindo, sim!

Ela sabia que eu adquiria um penhasco por Jeon Jungkook desde... sempre! Então como assim ela e Jennie estavam batendo altos papos agora há pouco lá na sala como se fossem almas gêmeas?

Na sala, longe dos meus olhinhos possessivos e ciumentos!

Não fazia sentido!

Nada daquilo fazia a porra do menor sentido!

A porra da minha vida não fazia sentido!

- Só uma coisinha... - Mormurei, me controlando mentalmente para não dar um tapão na cara dela. Me levantei e cruzei os braços na altura do peito. - Não quero ver você de patifaria com ela não, hein! Já estou avisando para que depois não haja surpresas!

A observei engolir um seco e desviar o olhar para o lençol azul que cobria minha cama.

- Olá, meninas! - Jennie surgiu do nada na porta do meu quarto, estampando um sorriso grande nos lábios pintados.

Mas a caralha da menina era linda demais, puta que pariu!

Pigarreei, me tocando de que os meus olhos perdidos admiravam por tempo demais a imagem sexy sem ser vulgar da noiva do meu primo.

Fuzilei Lisa com o olhar e ela se levantou, tirou a poeira invisível do vestido curto e adorável que usava e sorriu na minha direção; os olhinho me implorando para que eu não fizesse escandalo.

- Então... Vamos indo?

- V-Vamos, sim... - Lisa respondeu em um sussurro.

- Tchau, prima!

Prima do meu pau!

E sairam de mãozinhas dadas e aos risos, como se fossem as melhores amigas do mundo...

...

Sai do banheiro e me lembrei de que ficaria sozinha em casa naquela noite de sábado, já que Jennie e Lisa haviam ido para algum lugar que eu não fazia questão nenhuma de qual era, enquanto os meus pais e Jungkook jantariam fora; Jaebum com certeza naquele momento estava na casa da namoradinha, então era a noite perfeita para maratonar os meus BL's na TV grande da sala.

Decidi vestir uma roupa mais confortável; apenas um blusão branco do Slipknot que cobria a calcinha rosa que eu usava. Sequei o cabelo com o secador e fiz um coque rapido, passei um creme de frutas vermelhas na pele, e por fim, peguei minha cobertinha azul marinho quentinha que eu tanto amava.

Franzi o cenho assim que parei no pé da escada e não encontrei os dois sofás na sala como de costume.

- Mas que porra...?

Na hora me lembrei de que minha mãe havia comentado algo mais cedo sobre mandar os sofas para a lavagem a seco, já que eu e Jaebum vivíamos comendo salgadinhos no estofado e segundo ela a coisa toda já estava mais que porca.

Subi para o meu quarto novamente e peguei um pequeno colchão que eu sempre deixava em baixo da cama; era do meu berço e eu ainda gostava de usa-lo para fazer uns exercícios malucos que eu havia aprendido na Internet. 

Após preparar duas tigelas grandes de pipoca e pegar uma garrafa de Coca de dois litros na geladeira, eu já estava pronta para acompanhar Sotus na Televisão Smart.

Procurei os capítulos da minha série BL favorita no celular e assim que encontrei, tratei logo de espelhar. 

Por fim, me deitei preguiçosamente no colchão. Era a noite dos sonhos.

...

Já estava na metade do capítulo e tudo que o prota bonitinho fazia era o famoso cu doce. Bufei, levando a garrafa até os meus lábios, sorvendo boa parte do liquido gelado.

- Eu sei que tu quer o corpinho dele nu na sua cama, querido! Então não adianta ficar se fazendo de difícil, não, talkey...? - Soltei um arroto alto para um caralho. Virei mais um pouco de Coca na boca e...

- O que ele quer, porquinha? - Cuspi o liquido longe e arregalei os olhos ao ver Jungkook no pé da escada, parado, me olhando enquanto coçava os olhinhos vermelhos e sonolentos - Te assustei?

Me levantei, furiosa. Ele arregalou os olhos assim que me aproximei rapidamente e lhe dei um tapão no braço.

- Seu bosta, não faz mas isso! Tu quer me matar do coração, inferno?!

Ele apenas gargalhou e esticou o braço para afagar o topo da minha cabeça.

- Criança agressiva... - Disse, e em seguida eu o assisti caminhar até o MEU colchãozinho no chão e ali se deitar, com direito a roubar a minha cobertinha e tudo.

- Eu não sou agressiva, sou irritada! - Resmunguei.

- Claro, claro... - Mormurou.

- E sai daí que esse lugar é meu!

- É óbvio que tem lugar aqui para duas pessoas. - Deu de ombros e pegou o controle da TV. O encarei, incrédula, e mesmo relutante (já que eu sintia que a atual situação estava prestes a dar muita merda), me aproximei e me sentei ao lado dele, estampando minha melhor cara de cu e puxando toda a coberta para mim. - Ual, assistindo série de viado? Por que eu não estou surpreso?

Rolei os olhos e lhe dei outro tapa no braço, ele apenas se encolheu, voltando a rir.

- Se for para ficar me julgando, pode vazar. Fique sabendo que eu chegue aqui primeiro e não vou trocar  o que eu tô assistindo só porque você quer.

Ele deu ombros.

- Estou muito bem aqui, e aqui vou ficar; já que você me acordou...

- Não era para você ter saido de casa, desgraça? - Me inclinei em cima do corpo grande para pegar pipoca, já que a MINHA tigela se encontrava do outro lado; ao lado dele. Resolvi pegar a tigela de uma vez, já que ficar passando em cima dele à todo momento que eu quisesse comer não iria prestar.

- Resolvi deixar os seus pais sairem sozinhos, já que aparentemente eles precisam de um tempo à sós...

Assenti, enchendo a boca de pipoca.

- Nossa, tá cheirosa... - Aproximou o rosto do meu pescoço e passou o nariz na minha pele.

Arrepiei até os cabelinhos inexistentes no meu cu... culpa da minha depilação que não estava em dia.

Merda, o que eu estava fazendo da minha vida?

- Creme de corpo.... - Mormurei, fingindo que não havia acabado de ser chamada de cheirosa por ele e me senti afetada por ter seu rosto tão perto de mim.

Ai, Dels...

É hoje!

Tentei voltar a me concentrar no meu BL nos minutos seguintes, enquanto enfiava mais um monte de pipoca na boca.

- Divide a coberta, sua egoísta. - Ele puxou o pano de uma vez só, acabando por fazer a tigela virar no colchão.

- Filho da puta! Olha a merda que você fez! - Gritei e o encarei, irritada.

Ele apenas gargalhou e para a minha surpresa, estapeou a minha coxa nua.

Arregalei os olhos com tal audácia e tenho certeza que a minha cara se encontrava toda vermelha de vergonha. Olha a situação que ele me colocava? Como se não bastasse estar colado em mim no colchão minúsculo, ainda por cima havia me tocado de forma grosseira!

Puta que pariu, pensem numa mão pesada da porra? Deixou minha pele vermelha e com vergão.

Adoro!

- Ficou com vergonha? - Sorriu maldoso. 

De repente, senti seus dedos pressionarem minhas costelas, me fazendo gargalhar alto.

- P-Para, Jungkook, para, cara, você sabe que eu tenho cócegas, s-seu filho da puta!

Quanto mais eu me debatia, mais rapidez e intensidade ele colocava em seus movimentos, enquanto gargalhava exageradamente.

Em algum momento no qual não me lembro, ele se pôs entre as minhas pernas e passou a me fitar de cima, com um olhar curioso; havia parado com as cócegas, mas suas mãos continuavam em mim, nos dois lados da minha cintura exposta. Sim, meus manos, meu blusão do Slip havia subido e naquele momento, minha calcinha rosa estava à mostra; e minha bunda; e minhas coxas; e minha barriga...

- A-Acho que preciso me desculpar pelo que você viu no meu quarto mais cedo... - Sussurrei, concentrada em seu rosto bonito demais na minha opinião.

Sério, a beleza de Jeon Jungkook chegava a ser injusta com o resto do mundo.

Aquela de me desculpar tinha sido idéia da minha mãe, beleza? Ela quem havia me obrigado a pedir desculpas por ele e a noiva terem me visto nua na MINHA cama, no MEU quarto, se não adeus mesadinha e saidinhas no finds!

E daí que o casal vinte tinha visto a larissinha?

Quem ligava?

Aparentemente, a minha mãe ligava!

E outra, eu nem tinha tanta certeza de que ele tinha de fato chegado a ver algo, já que no momento, Lisa estava completamente em cima de mim, tapando boa parte do meu corpo, fora que Jungkook rapidamente se virou de costas assim que percebeu o que estava acontecendo alí... 

Senti o aperto de suas mãos em minha cintura se intensificar um pouco e eu acabei suspirando e soltando o ar pela boca, o que acabou saindo um gemidinho bem baixo no processo. 

Me odeio.

Instintivamente, no auge do desespero, meus dedos trêmulos agarraram a barra da camiseta que ele usava, e eu senti novamente o aperto de suas mãos, e acabei por fechar os olhos desta vez, e eu odeio admitir que talvez estivesse de fato esperando por algo...

Que vergonha.

- E-Eu... - Ele começou, mas de repente hesitou e ficou em silêncio. Voltei a abrir os meus olhos e percebi que seus semelhantes encaravam fixamente o meu umbigo, para logo após subir para os meus seios cobertos pela camiseta... Não acreditei quando ele subiu uma das mãos e esfregou o polegar no meu mamilo direito. Eu havia feito um piercing alí e no umbigo já há algum tempo, mas ele parecia ter ficado enfeitiçado mesmo era nos objetos metálicos presos mais acima, porque não foram nem uma, nem duas e nem três, as vezes que ele esfregou o local sem desviar os olhos...

- J-Jungkook... - Sim, eu havia gemido, e desta vez alto o suficiente para que ele ouvisse, porque, porra!, eu era sensível para um caralho alí...

- Puxa, não dói colocar esses baguiozim no peito? - Arregalei os olhos. Então ele não sabia que esfregar a porra do meu peito estava me deixando com tesão?

- Sai de cima de mim, caralho! - O empurrei de cima do meu corpo e subi as escadas o mais rápido que eu consegui, deixando todo o resto de dignidade que eu ainda tinha para trás.

De uma coisa eu sabia, Jungkook seria facilmente o culpado caso eu tivesse um enfarto.