O filme durou pouco mais que uma hora de relógio, e Taeil já não mais aguentava ter que ficar abraçado a U-Kwon, mas não queria parecer grosseiro e afastar-se bruscamente. Dez minutos após o término do filme, Taeil levantou com cuidado, beijou o topo da cabeça de U-Kwon e sentou-se ao lado do Kyung. Demorou um pouco para decidir se perguntaria algo ou não, afinal todos desconfiavam que ele tinha algo com o maknae, sendo que apenas se preocupava muito com cada um deles. Em sua cabeça ele nunca viria a sentir algo por um homem, ainda mais quando esse homem se tratava de Jihoon. Suspirou, voltando seu olhar à face do garoto como se não precisasse dizer nada, então Kyung apontou para a parte da casa onde ficavam os quartos, indicando que o mais novo estaria ali.
— Seja paciente com ele, Hyung… Qualquer coisa me chame que eu o ajudo, ok? — Kyung falou baixo e de certa forma preocupado. Taeil apenas assentiu, fez uma breve reverência aos demais garotos e seguiu ao quarto onde Jihoon encontrava-se.
— Saeng… Sou eu, o Taeil… Posso entrar? — Murmurou, encostando-se na porta. Não sabia se ele permitiria que entrasse, mas não desistiria fácil e se fosse preciso, pularia a janela do quarto alheio. Após alguns segundos em silêncio ouviu os passos preguiçosos do rapaz, então ajeitou suas vestes, deixando as mãos à frente do corpo, esperando que a porta fosse aberta. Fora recebido com um abraço apertado e de cortar o coração. Odiava ver seu saeng naquele estado, Jihoon não merecia sofrer por causa de uma garota que parecia estar com ele apenas por status. Assim que adentrara, fechou a porta e guiou o maior à cama, sentando-se ao lado dele.
— O que houve? Não chore assim, você é tão lindinho. Não merece sofrer dessa forma, Jihoonie… — Os dedos pequenos e delicados de Taeil deslizaram lentamente sobre os olhos do garoto à sua frente, secando cada lágrima, puxou-o para si e suspirou baixo, afagando as madeixas do rapaz.
— Ela… Ela… Não me quer mais, hyung. Disse que se sente sozinha, que não dou a atenção que merece. Sou um bom namorado, sabe? Faço de tudo para ver essa garota feliz, mas ela só consegue enxergar os meus erros, defeitos… Eu não sei o que fazer, eu a amo, mas parece que o meu amor não é o suficiente. Do jeito que fala, deixa a entender que prefere aqueles caras estúpidos que procuram apenas quando querem sexo, eu não sei ser assim… Já errei muito, mas quando finalmente tento me redimir ela começa a me tratar mal, sair sozinha. Eu não aguento mais essa situação, mas não sei o que fazer. Queria sumir, apenas isso. — Jihoon desabafou, apertando o corpo do mais velho contra o seu. Havia algo em Taeil que o confortava, não sabia explicar, mas era como se seu hyung lhe transmitisse paz. Fungou, levando a destra à face dele, acariciou o queixo alheio e voltou a abraçá-lo.
— Jihoonie… Você sabe o que precisa fazer, eu sei que sabe… Já disse e repito, não merece sofrer por causa de uma garota que não sabe valorizar a pessoa maravilhosa que você. Queria entender como alguém não enxerga o grande homem que você vem se tornando. Está até mais bonito, atraente. Há muita garota legal por aí, não é porque uma está sendo má que as outras também serão. Você é jovem e bonito, enxuga essas lágrimas ou vai apanhar, porque não vinhemos pra cá para você se trancar nesse quarto e sofrer como uma garotinha. Tome um banho bem gostoso e vista-se, os meninos querem fazer algo hoje a noite e você vai conosco nem que eu tenha que o arrastar pelos pés. — Não sabia o que dizer ou fazer, Taeil sentia-se impotente diante daquela situação, sua opinião era única; Pyo deveria terminar com aquela garota, já que estava tão infeliz. Após a sua fala, o menor entre eles, se levantou da cama e puxou Pyo consigo o guiando ao banheiro, passou seus braços ao redor do pescoço alheio e distribuiu selares sobre o rosto dele, então fez careta, mostrando a língua e saiu do quarto.
Ao voltar à sala, fora recebido pelos olhares preocupados dos demais, afinal todos se preocupavam com o maknae.
— Então, hyung… Como ele está? — Zico indagou enquanto brincava com as mãos de Kyung.
— Bom… Eu acho que ele deve estar melhor. Falei para tomar um banho e vir pra cá, assim organizamos o joguinho que vocês estão planejando. — Taeil respondeu, mantendo um pequeno sorriso em seu rosto.
Pyo não demorou muito no banho, mas permaneceu um tempo refletindo sobre a atitude do seu hyung em beijar seu rosto. Aquilo era estranho, já que Taeil costumava ser cheio de “não me toque”. Quando chegou à sala, sentou-se entre U-Kwon e Taeil, sorriu minimamente e levou a destra a um dos mamilos do hyung, puxando-o rapidamente.
— Então… Podemos começar, certo? Você pode explicar o que quer fazer, Zico. — U-Kwon murmurou, sem disfarçar a sua insatisfação com o modo como o maknae tratava o mais velho do grupo.
— É bem simples, meu caro. Eu pensei em fazer um jogo de verdade ou desafios à noite, tipo, nós faríamos uma espécie de luau, e quando a completasse meia-noite, poderíamos jogar apenas para interagir e fazer algo em grupo. — Zico falou, olhando à face de cada um deles. Todos concordaram, afinal seria uma ótima forma de fazerem algo juntos e provavelmente arrancar sorrisos de Jihoon. Permaneceram por mais alguns minutos organizando os detalhes e depois foram cada qual para seu canto, fazer o que fora combinado.
Tudo parecia bem, até mesmo Jaehyo decidiu que não sairia àquela noite. Depois de uma longa conversa com Taeil, Zico decidiu que permitiria que os rapazes bebessem o quanto quisessem, contanto que não arrumassem confusões, coisa que estava bem distante de se tornar realidade.
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