História Just Happened - SEGUNDA TEMPORADA - Seguir em frente

P.o.v Lucy

Eu deixava o Brant me puxar para a parte de trás da casa da Sasha, sem conseguir pensar em nada, até que quando o mesmo para e me encaro eu "acordo" e me recomponho, cruzando os braços o encarando de forma séria.

— O que você quer? Veio falar mais sobre as falhas do nosso namoro? -Pergunto e rio sarcástica, já esperando a resposta fria do maior, mas me surpreendendo ao ver o mesmo, abaixar a cabeça e colocar as suas mãos nos bolsos do seu jeans.

— Me desculpa... — Fala e começo a ouvir o mesmo chorar. Nesse momento toda a parede que eu construí para a conversa que eu teria com ele nesse momento, se quebrou, não somente esse "parede", mas também o meu coração, que me fez sentir uma dor no peito, ao ver o mesmo daquela maneira. — Eu não queria, terminar eu juro...Eu só fiz aquilo por que fui obrigado...Eu te amo, Lucy! E eu juro que eu não quis te deixar daquele jeito...Eu só... — O mesmo para de falar, pois o choro o impede de completar a sua frase. Me aproximo do maior e consigo ver as lágrimas descendo pelo seu rosto, escorrendo por seu queixo e molhando a sua camisa ou caindo na grama.

— Brant... — Falo o nome do mesmo e abro a boca querendo continuar a falar, mas as palavras simplesmente não saíam.

— Eu estava pensando em te levar para jantar, muito antes de ter a ideia de ir para Las Vegas, mas aí... — Ele para e respira fundo, tirando as suas mãos do bolso, passando dedos nos fios do seu cabelo, o deixando levemente bagunçado. — Aquele filho da puta, do Henrique apareceu e estragou tudo... — Sinto a raiva em sua voz e mudo a minha expressão para confusão, ao ouvir o mesmo citar o nome do irmão da Emma.

— O que o irmão da Emma tem a ver com isso, Brant? — Pergunto e ele levanta o seu olhar para mim, respira fundo mais uma vez e passa a língua nos lábios, voltando a olhar para o chão.

— Ele não é quem você pensa que ele é! — Fala e o vejo cerrar os punhos. Me aproximo mais e seguro as suas mãos, fazendo-o abri-las.

Depois de alguns segundos em silêncio ele começa a me explicar o que havia acontecido e eu o encaro perplexa por saber que o Henrique fora capaz de tudo aquilo.

—...E foi isso...Eu fiquei sendo controlado por ele por um tempo e eu não podia falar nada! — Fala e fica em silêncio, provavelmente esperando a minha reação. Mordo o canto do meu lábio e respiro fundo antes de segurar o seu rosto e selar os nossos lábios em um beijo calmo, mas muito significativo para mim. Sinto o mesmo abraçar a minha cintura, retribuindo o meu beijo, sorrindo entre o mesmo. Nos separo e abro os olhos, vendo o mesmo ainda com os seus fechados. Dou-lhe um selinho demorado e sorrio ao vê-lo abrir os olhos.

— Eu te amo, Brant! — Falo e um sorriso largo surge em seus lábios.

— Eu fiquei com tanto medo de te perder, Lucy! — Fala me puxando para um abraço, apertado.

— Ei, já passou...Não pense mais nessas coisas! — Passo os meus dedos por seu cabelo, em uma espécie de carinho. — Está tudo bem, agora okay?! — Sinto o mesmo assentir a cabeça e encerro o abraço, mantendo os nosso corpos próximos inda.

— Podemos sair para jantar amanhã? Eu sinto que ainda te devo por toda a dor.

— Não é necessário um jantar, mas se você quer tanto eu não vou te impedir de me levar no restaurante mais caro da cidade. — Faço o mesmo rir e sorrio por ter sentindo saudades daquele som.

— Vamos entrar? Acho que o pessoal deve estar querendo saber se nos resolvemos ou não... — Fala e eu assinto com a cabeça.

Voltamos para dentro da casa da Sasha e como estávamos de mãos dadas, não precisamos nem dizer nada. Percebo que a Emma e o Dylan não estavam ali e quando pergunto, respondem que foram conversar. Eu e o Brant nos sentamos no sofá, junto aos outros e começamos a conversar, lembrando de alguns momentos bons de anos anteriores.

P.o.v Dylan

Após um tempo que o Brant e a Lucy forma para o jardim conversar, eu chamei a Emma para conversar também. Recebi alguns olhares malicioso, vindo das garotas e dos garotos um olhar de "Boa Sorte". Como eu disse que era um conversa um pouco particular, fomos para o quarto da Sasha e enquanto estávamos subindo as escadas ouvi um "Não transem na minha cama". A Emma riu e eu só coçei a minha nuca, terminando de subir a escada.

— Estou com medo do que você vai falar...Está todo sério! — Disse e ri novamente, ficando séria logo em seguida ao não me ver rindo.

— Vamos entrar no quarto, para podermos conversar! — Falo e entro no quarto, esperando a mesma entrar também para que eu pudesse fechar a porta. — É sobre o seu irmão...

— Meu irmão? O que você quer falar sobre o Henrique? — Pergunta arqueando uma das sobrancelhas.

— Ele é um grande filha da puta, Emma! — Falo sendo direto e ela me encaro, arqueando uma das suas sobrancelhas, rindo baixo me fazendo a encarar realmente confuso.

— Eu sei que vocês não tiveram um começo muito bom e que ele não foi nem um pouco simpático com você, mas tente...

— Emma eu não estou falando disso...Ele é um filha da puta, pois foi a causa do Brant ter terminando com a Lucy... — A interrompo falando e ela me encarando, parecendo esperar eu dizer que era um brincadeira.

— Do que você está falando, Dylan? Como o meu irmão pode ter alguma coisa haver com essa história? — Pergunta e eu suspiro, passando a mão nervosamente​ pelos fios do meu cabelo.

— Eu não sei o porquê e nem como, mas eu sei só que ele não só teve culpa desse rompimento, como também está metido em outras coisas que podem ser tráficos ou qualquer outra coisa... — Falo tentando manter um tom calmo e a resposta que eu tenho vindo da garota é um tapa ardido do lado esquerdo do meu rosto. Coloco a mão por impulso no lado do tapa e a olho meio incrédulo. É claro que eu não esperava uma reação passiva da mesma, mas também não esperava aquilo.

— Você tem que aprender a separar as coisas... Você não gostou do meu irmão, tudo bem você não é obrigado...Mas dizer essas coisas... — Ela nega com a cabeça e começa a andar de um lado para o outro no quarto, o que vai me deixando cada vez mais nervoso.

— Você é louca, Emma? Por que me deu um tapa? Se você não aguenta a verdade, eu não tenho nada a ver com isso...Mas não precisa fazer isso, porque eu só quero te ajudar! — Exclamo e a mesma ri sarcasticamente.

— Ajudar? Você realmente conhece essa palavra? Você realmente já ajudou realmente alguém sem pensar em um benéfico próprio, Dylan? Você só está inventado isso porque o meu irmão tratou de lhe dar um belo soco! — Fala e dessa vez eu rio sarcástico.

— Eu não vou ter uma discussão assim com você, quando eu estou certo! Eu te avisei, fiz a minha parte agora se você quebrar a cara aí já não é mais da minha​ conta...Mas se bem que o que eu estava pensando? Vocês são do mesmo sangue...Devem ser o mesmo tipo de gente que estraga a vida dos outros. — Falo e recebo mais um tapa do mesmo lado do anterior e em poucos segundos, vejo as madeixas ruivas da garotas passando por mim, saindo do quarto, batendo a porta com força.

Exclamo alguns palavrões e pego uma almofada a tacando com força na cama, como se aquilo fosse extravasar a raiva que eu estava sentindo. Me sento na cama e apoio os meus cotovelos em meu joelhos, abaixando a minha​ cabeça e passando a mão mais nervosamente do que antes, nos fios do meu cabelo, tentando me acalmar antes de descer para sala.

P.o.v Tyler

Depois dá Emma ter passado pela sala correndo, dizendo somente "Não venham atrás de mim", o clima ficou tenso. Tentávamos conversar sobre alguma coisa, mas sabíamos que o clima não estava bom.

O Dylan aparece na escada, com uma cara nada boa e uma marca de dedos (provavelmente​ da Emma) no rosto.

— Pelo jeito a conversa não foi boa... — Falo e rio em um tom meio debochado.

— Não enche, Tyler! — O Dylan fala e se joga no sofá.

— Ah...Acho que o clima aqui está tenso demais...Vou para casa. — Falo novamente e me levanto.

— Sempre fugindo...Eu não deveria me surpreender! — Ouço a Ashley dizendo e rio sarcástico, movendo a cabeça negativamente.

— O que você disse, Ashley? — Pergunto, vendo se a mesma tivesse coragem de repetir.

— Disse que você está sempre fugindo...Não tem coragem de enfrentar e resolver os problemas. — Fala, sendo mais firme do que na última vez e vejo a Shay, passando a mão pelo braço da Ashley, sussurrando um "Se acalma".

— Acontece, Ashley, que tem coisas que não tem como concertar, então temos que desistir! — Retruco para a mais nova e me aproximo de modo brusco da mesma, vendo o Keegan se levantar e se colocar na minha frente.

— Tyler, para de piorar toda a situação, isso não ajuda em nada. — Comenta e coloca a mão no ombro, de modo amigável.

— Piorar? Eu não vou deixar ela falar essas coisas de mim e não responder nada. — Retruco e o mesmo nega com a cabeça, mas antes que pudesse responder, a Troian levanta do sofá e fica entre nós dois.

— Olha aqui, vocês não vão estragar o meu dia...Eu fiquei noiva e estou muito feliz para ver dois adolescentes idiotas, estragando o MEU dia, por não saber lidar com os seus problemas. — Disse mesmo brava, se referindo a mim e ao Dylan. — Você...Vai atrás da Emma resolver o que for que tenha acontecido. Você...Vai sair daqui e esfriar a cabeça. — Disse apontando para o Dylan e para mim, respectivamente. — E o restante dos meninos, vão contar o que está acontecendo...Por que eu sei que estão escondendo algo. — Se sentou no sofá e suspirou. Eu e o Dylan ficamos parados e elas nos encarou, com um olhar do tipo "O que ainda estão fazendo aqui?" e nós dois, rapidamente saímos dali, não querendo arriscar, desobedece-lá, principalmente eu, por ser irmão e saber do que ela era capaz de fazer.

...

Após sair da casa da Sasha, acompanhado do Dylan e ver o mesmo seguir até a casa da Emma, torcendo para ser o lugar em que ela estava eu fiquei andando aleatoriamente pelas ruas, pensando em tudo que estava acontecendo.

Estava tão distraído que não percebi que havia uma pessoa parada de costas a minha frente e só reparei quando bati o meu corpo contra o dela.

— Ah, mais que droga! — Falo levemente irritado, olhando para a pessoa e percebo que era a Vitória. — Vitória? Ah, me desculpe! — Me desculpo e sorrio para a mesma.

— Ah tudo bem...Mas que mau-humor ein? O que houve? — Pergunta e eu respiro fundo, passando a mão pelos fios do meu cabelo, os bagunçado.

— Coisas...Muitas coisas! — Respondo e olho para o céu, soltando um longo suspiro.

— Huummm...Quer ir tomar um café, enquanto você me conta o que está acontecendo? Ai eu aproveito e te conto como foi a minha breve viagem ao Brasil — Pergunta e eu penso um pouco sobre a sua proposta.

— Pode ser, vamos! Faz tempo que não conversamos... — Resolvo aceitar, afinal eu deveria seguir em frente, tentar alguém novo e a Vitória poderia muito bem ser esse alguém.

Continua...