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História Just hold on. - V


Escrita por: LadyLothur__

Notas do Autor


Olá! Me perdoem os erros, eu só corrijo durante a semana.

Capítulo 5 - V


Fanfic / Fanfiction Just hold on. - V

 

Elsa estava arrumando as crianças para deixá-las com Tom, quando notou pela carinha da filha mais velha que ela queria fazer alguma pergunta. Ao terminar de vestir os gêmeos, se voltou para a primogênita e sorriu, a puxando pelo braço.

- Vem cá, mocinha. Essa carinha, eu conheço bem. Quer dizer sobre alguma coisa.

A menina olhou meio cética pra mãe, sem saber se deveria falar.

- Mamãe… você não voltará a morar com o papai, não é?

- Oh, querida. Era o que você queria?

- Eu não gosto do Tom.

- Eu também não gosto.

- Então... então por que temos que ficar com ele?

Elsa segurou nos dois braços da filha, fazendo-a olhá-la dentro dos olhos.

- Porque a mamãe precisa resolver umas coisas.

- Sinto sua falta quando estou com ele.

- Também sinto sua falta. Mas é só pensar que logo logo estaremos juntas novamente. E você não precisa gostar dele, basta apenas se adaptar. Pense no que ele pode ter de bom, sei lá, mesmo que seja difícil, mas procure encontrar nele, algo que não a faça odiá-lo sempre.

- É meio difícil mesmo.

- Eu sei que sim. – Elsa revirou os olhos. - Mas é só não esquecer, sua mãe sou eu. Eu amo você mais que tudo e nunca, ninguém ocupará esse lugar na vida dos meus três bebês.

- Ele não poderia. E ele é tão novo.

- Então, vamos fazer assim, veja ele como, deixa eu ver…

- Como um irmão mais velho? - India sugeriu.

- Isso! Acho que é o mais ideal. - A mãe concordou e a garota sorriu.

- Ele tem bom gosto pra música e também gosta de dançar.

- Parece legal.

- Ele também sabe falar vários idiomas. Posso pedir pra ele me ensinar algum?

- Se não for problema pra você.

- Então eu irei tentar suportá-lo.

- Essa é minha garota.

- Mamãe, só promete que nunca vai nos deixar?

- Prometo.

- Promete pra sempre?

- Prometo pra sempre! - Elsa confirmou e juntou o dedinho da filha ao seu.

 

No parque, os gêmeos ficaram brincando no escorregador, enquanto India estava jogando futebol com alguns garotos que estavam por lá. Chris e Tom se sentaram em uma mesa próxima a eles.

- Como está no trabalho? - O australiano perguntou, entregando um sorvete ao mais novo e ganhando o olhar dele que não tirava a atenção das crianças, principalmente de India ao perceber que algumas vezes ela parecia estar entrando em atrito com os meninos.

- Está indo bem. Obrigado. – Pegou o sorvete.

- E a peça?

- Será amanhã à noite. Eu acho que comentei com você. - Tom tinha certeza que havia falado.

- Me desculpe, querido, o trabalho tem me sufocado.

- Sei. Mas você estará lá, não é?

- É claro que sim. Não perderia por nada.

Tom abaixou a cabeça, pensando no quanto queria acreditar naquilo. Mas, sabia que nos últimos tempos o relacionamento com Chris parecia estar resistindo somente por conta de seus esforços. Não é possível que Chris não se desse conta.

- Podemos jantar em algum lugar quando a peça acabar. O que me diz?

O britânico olhou para Chris, tentando encontrar algum indicio no olhar do loiro que indicasse uma segunda intenção com o jantar. Talvez um lembrete de que estavam noivos? Mas não havia nada demais ali. Embora Tom ficasse satisfeito só com o fato de Chris estar presente em sua peça. Aquele era um dia importante e precisava que Chris realmente estivesse lá.

- Ideia maravilhosa. – Tom disse sorrindo de orelha a orelha, o que levou Chris a sorrir também e levar a mão ao rosto corado do mais novo.

- Você é pessoa mais linda desse mundo. Sou um homem de tanta sorte.

O comentário naturalmente ajudou o coração de Tom diminuir a aflição que estava sentindo, porque ele levou os braços ao pescoço de Chris, o puxando para um abraço meio sem jeito, deitando a cabeça no peito forte do loiro. Chris achou a atitude bastante fofa.

- Ei, meu gatinho! O que está fazendo?

- Sentindo seu cheiro. Promete que realmente irá? – Pediu ainda com o rosto afundado no peito do mais velho.

Chris estranhou a pergunta.

- E por que eu não iria?

- Só promete.

- Se isso for fazer com que se sinta melhor, então eu prometo sim. 

Ele puxou Tom para mais perto, ajeitando o abraço desajeitado, beijando o ombro e roçando o nariz no lóbulo da orelha do mais novo.

- Você me faz sentir como se nada fosse impossível, Tom. É como se eu pudesse alcançar o céu. Nunca fui tão feliz em toda a minha vida.

Tom se afastou apenas para poder olhar nos olhos do loiro que devolveu-lhe a atenção. Ambos ficaram por alguns instantes, encarando o outro.

- Nada mudará entre nós, jamais. – Tom falou com seus olhos brilhando, prendendo as lágrimas que ameaçavam cair.

- Nada mudará. – Chris repetiu as palavras, em seguida beijando Tom, sugando levemente o lábio inferior com leve sabor de morango por conta do sorvete. – Hmm... devemos fazer isso mais vezes.

- Isso o que?

- Tomar sorvete e beijar.

Tom soltou uma gargalhada alta.

- Vou lembrar de comprar pra colocar na nossa geladeira todo dia.

- Deixa eu ver se aqui também é bom. – Chris falou e sujou a bochecha de Tom.

- Chris! – Tom reclamou, limpando o rosto.

- Foi sem querer, mas eu já ia limpar. – Disse com uma falsa inocência, mas logo voltou a sujar novamente. – Eu juro que é sem querer, sou tão desastrado.

- Ora, seu... – Tom levantou e tentou sujar o rosto do mais velho também. – Por isso seus filhos são tão pestinhas, puxaram ao pai.

- Mas eu já disse que foi sem querer. Sou inocente, juro! – Chris que não conseguia controlar o riso, tentava impedir Tom de sujá-lo, segurando os braços dele.

No meio da briga dos dois, Chris o puxou para seu colo, imobilizando o mais novo de uma vez. Tom riu meio sem graça e Chris sabia que havia ganhado a briga. Fazer aquilo era o melhor jeito de desarmar Tom, porque ele sabia das reações do mais novo quando o loiro o puxava para seu colo. Tom abaixou a cabeça e levou as mãos aos braços musculosos, alisando-os. Ele se sentia um bobo toda vez que Chris fazia aquilo com ele. Não se considerava tão bonito e por isso se perguntava como um homem tão lindo como aquele conseguira olhar para ele, se interessar por ele. Chris Hemsworth certamente era o homem mais lindo e mais sexy que já conhecera na vida.

- Admirando? – Chris perguntou com um sorrisinho de lado.

- Você é impossível, Sr. Hemsworth.

Quando estavam prestes a se beijar, duas mulheres passaram por eles, conversando alto sobre aquilo ser uma vergonha. Tom ficou meio sem jeito e se afastou.

- Eu quem deveria estar com um homão desse. – Uma delas disse.

- Não dê importância pra esse tipo de gente. – Chris falou, não se importando.

 Mas quando Tom olhou para o namorado, notou a cara de um homem claramente envaidecido com o fato de mais uma vez estar sendo cobiçado.

- Se sentir falta, vai lá falar com elas. – Tom respondeu, chateado.

- O que? Não acredito que se irritou com isso.

- Seu convencido!

- Meu Deus, eu não quero nada com nenhuma pessoa além de você. Jamais poderia me envolver com outra pessoa do jeito que estou envolvido por você. Não se chateei, por favor. – Chris pediu, puxando Tom para mais perto novamente, encaixando-o entre suas pernas. – Me deixa triste ver essa acarinha no seu rosto.

- Tudo bem, Chris. Eu acho que exagerei um pouco.

O australiano sorriu.

 - Mas até que ficou uma gracinha com o biquinho que fez. Todo ciumentinho.

- O que? E que biquinho, Chris? Tá doido? Eu hein. Fica aí que vou tirar umas fotos das crianças. – Pegou a máquina fotográfica e se afastou.

Chris jogou o resto do sorvete na lixeira e ficou olhando pra cena um pouco mais distante dele. Tom fotografando seus filhos de uma forma tão delicada, como se tivesse ali, focando em cada gesto, cada detalhe que os pequenos faziam. Em um momento, India foi até o rapaz e Chris reparou que Tom arrumou o cabelo dela, fazendo um perfeito coque. A garota agradeceu com um sorriso e se afastou. Era admirável para Chris como alguém tão jovem fosse tão adorável e tão dedicado como Tom se mostrava. O britânico era sem dúvida alguma um grande presente na vida do australiano e ele sabia muito bem que precisava melhorar para tentar retribuir a tanto amor que o mais novo lhe proporcionava. Colocou uma mão no bolso e tirou de lá um anel que tencionava dar a Tom no jantar. Chris se mostrara sem muita empolgação, mas a verdade é que pretendia fazer uma surpresa, usando uma noite especial para Tom, duplamente especial, oficializando o pedido de casamento.

 

Quando retornaram do passeio, as crianças mais pequenas logo correram pros braços da mãe. Elsa em seguida se vira para India, entregando a ela um envelope.

- Um presente pra você.

- O que é, mamãe?

- Abra!

Levou poucos segundos pra garota perceber o que era e começar a gritar.

- Eu não acredito! Eu te amo mamãe! – Deu um abraço na loira maior.

- Não é o máximo? Dois ingressos para o show cover da sua banda favorita. Uma noite só para nós duas.

Tom ficou chocado com aquilo, sendo incapaz de dizer qualquer coisa.

 Antes de subir para o quarto, India passou por Tom e toda feliz, exibiu os ingressos pra ele. Tom se limitou a um sorriso sem muita empolgação para a garota.

Quando ficaram sozinhos, a mulher olhou para Tom e falou:

- Obrigada pela dica.

Tom abaixou a cabeça e respirou fundo, tentando fingir um sorriso, que saiu bastante forçado e um pouco frustrado.

- Claro. Espero que se divirtam.

O casal saiu de lá instantes depois.   

 

No dia seguinte, Tom acordou cedo, preocupado com a peça. Até havia sonhado que algo acontecia e ele não conseguia se apresentar. Nunca estivera tão nervoso. Mas ele sabia que aquele dia era um dia especial, pois estaria pela primeira vez atuando em uma peça baseada em uma das obras de seu escritor favorito, William Shakespeare. Além de que o teatro a qual ele iria era três vezes maior que os anteriores.

Tão absorto com o que tinha que fazer naquele dia, tomou um leve susto ao sentir dois braços fortes o puxando pela cintura.

- Bom dia, minha grande estrela! – Chris desejou, beijando a nuca do mais novo que se arrepiou.

- Grande estrela?

- Sim. E espero que não se esqueça de um reles mortal aqui quando estiver sendo parado nas ruas para dar autógrafos.

Tom sorriu todo bobo, se virando para ficar de frente para o namorado.

- Você tem minha exclusividade.

- Precisamos fazer um contrato.

- Mas por que um contrato?

- Para depois não ter desculpas e fugir.

- Eu jamais fugiria de você, querido.

- Levaria meu mundo se um dia fizesse isso. – Chris disse em tom de brincadeira, mas transmitindo um fundo de verdade no olhar que direcionou ao mais novo.

- Que dramático. – Tom brincou, mas ele próprio sabia e sentia intimamente em seu peito que Chris era como o sol em sua vida. Que seria muito difícil viver sem aquele homem.

Chris se afastou pegou Tom pela mão, levando-o até a cozinha, onde havia preparado uma refeição dos deuses para o britânico.

- Espero que tenha tudo o que você gosta aí. Se não gostar, pelo menos pequei só pelo excesso.

Tom ficou maravilhado com o que viu a sua frente. Também havia uma rosa no meio da mesa, em que ele a pegou e sentiu o cheio. Tom era um romântico assumido, embora Chris não fosse tanto. Enquanto Tom levava boa parte da sua vida como se vivesse um conto de fadas, Chris estava mais para a realidade, embora o britânico devesse admitir que ele muitas vezes o surpreendia, principalmente em momentos quando menos esperava.

Como no momento atual, em que Tom exibia uma expressão realmente surpresa com aquele café da manhã tão minimamente bem planejado para ele, tendo ali praticamente tudo o que o britânico mais gostava de comer.

- Sua secretária organizou?

- Mas que absurdo! – Chris se fingiu de ofendido. – Fique sabendo que eu fui fazer as compras, procurei a melhor rosa, eu quem...

Mas o australiano não chegou a concluir, sendo puxado para um beijo.

- Obrigado. Eu te amo tanto.

- Eu quem devo te agradecer, meu bebê. – Chris disse, beijando o rosto do mais novo. – Você merece o mundo.

- Estou começando a achar que você realmente estará para minha peça.

- Eu fiz uma promessa.

- E jantaremos depois, certo?

- Algo assim.

Os dois riram juntos.

- Zach também irá a peça comigo. Ele é seu fã, te falou?

Tom ergueu uma sobrancelha.

- Sério?

- Sim. Disse que você é o melhor. A gente vive discordando sobre muita coisa, mas quando se trata de você, chegamos rapidinho a opiniões similares.

- Não sabia que falavam de mim.

- Às vezes. Zach que se ofereceu pra ficar no meu lugar ontem, assim podia acompanhá-los ao parque.

- Que gentil.

- Sim, ele foi ótimo.

- Agradecerei mais tarde.

Eles tomaram café e em seguida saíram para o trabalho.

 

Quando Tom chegou ao teatro, encontrou um buque de tulipas azuis no camarim. Inicialmente achou que alguém tivesse colocado lá por engano, mas quando viu o seu nome no cartão que acompanhava o buque, o pegou, curioso.

 

Tulipas azuis para a verdadeira realeza.

Associadas à paz e tranquilidade, estas flores transmitem confiança e lealdade quando oferecidas. Igual aos seus belos olhos quando contemplados. Igual a sua postura tão impecável e majestosa, quando está no palco.

Tenha um ótimo dia!

De seu grande fã, Zach.

 

Tom ficou alguns instantes completamente estático, segurando ainda o cartão em sua mão, admirado com o gesto de carinho do novo amigo. Zach o admirava como ator, foi o que Chris disse mais cedo. Zach era hetero, Chris também havia dito. Então não havia com o que Tom se preocupar, duvidando das intenções do outro homem. Sentiu-se um bobo ao lembrar que cogitara algo a mais nas palavras do médico.

Riu divertindo-se da lembrança porque estava muito empolgado com o dia. Largou as tulipas novamente em uma bancada e tratou de se preparar para os últimos ensaios. 

Nada seria capaz de tornar aquele dia ruim. Estava feliz como nunca.

 

 



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