História Just Like Fire - Capítulo 39

Annelise:

Chegando em meu prédio, pego Jax e suas coisas e subo para meu apartamento. Ao entrar percebo que Clark está na cozinha, pois estava um cheiro muito bom de comida.

— Clark, cheguei. - digo e desço Jax de meu colo, ele está bem grandinho, mas ainda assim adoro carregá-lo no colo.

— Estou terminando o jantar. - grita e sorrio ao lembrar que irei matar minha fome. 

Me sento no sofá e fico vendo Jax brincar com seus brinquedos de borracha, ele adora um osso que Cameron lhe comprou. Sorrio ao lembrar de Cameron e fico animada ao lembrar da possibilidade de amanhã conseguir ver meu amor, eu espero do fundo do meu coração que me deixem entrar, nem que seja para apenas dizer um "eu te amo" e lhe dar um abraço, a saudade está grande demais e dolorosa também.

— Rá... - ouço Clark gritar e dou um pulo de susto - O que está pensando aí querida? - diz em meio aos risos.

— Eu odeio essa sua mania chata pra caraca de quase matar os outros do coração! - digo me sentando novamente.

— Você não é a única, Matt está contigo. - ri e se senta no chão perto de Jax, começa a acaricia-lo - Mas sério, no que estava pensando? - me olha esperando uma resposta.

— Franklin disse para eu ir com ele até a clínica amanhã, para vermos se consigo visitar Cam! - sorrio e ela bate palmas animada.

— Oh, meu Deus amiga, tomará que vocês consigam. - sorri e eu apenas assento.

— Agora tenho que te contar outra coisa e essa não é boa... - vejo Clark torcer a boca - Quando cheguei para pegar Jax, Franklin estava jogado no chão todo arrebentado, os caras que ameaçam Cameron haviam ido bater nele. - digo e Clark fica assustada.

— Lise e agora? Será que eles vão continuar com isso? - ela pergunta nervosa.

— Não sei Clark... - passo as mãos pelo meu cabelo - Estou com medo, vai que eles possam fazer algo pior com Franklin? - pergunto não esperando uma resposta. Clark apenas fica em silêncio e encabulada, assim como eu.

Ficamos um tempo assim, refletindo sobre o que houve e sobre o pior que pode vir pela frente, depois decidimos jantar. Depois do jantar ficamos brincando um pouco com Jax e decidimos ir dormir e descansar, amanhã preciso acordar cedo para ter chance de talvez ver meu namorado. Jax subiu comigo, ele sempre dorme em minha cama quando vem aqui para casa e eu adoro dormir com meu filho. Depois de tomar banho, me deito e fico acariciando um pouco Jax, até pegar no sono.

•••

Acordei com o despertador tocando, indicando ser 8:00 a.m e hora de eu começar me arrumar, pulo da cama animada e vou direto para o banheiro, faço minha higiene, tomo um banho até que rápido, volto pulando de alegria ao quarto e escolho minha roupa. Depois de pronta, fico conversando um pouco com Jax antes de descer para tomar café.

— Filho, mamãe vai finalmente talvez ver o papai, pode deixar que falarei a ele que você está com saudades. - sorrio e beijo seus pêlos tão cuidados.

Descemos e vou preparar meu café, vejo Jax ir direto para o jornal fazer suas necessidades e dou risada ao perceber quão educado meu filho é. Depois de comer, fico na sala esperando Franklin impaciente, ele está um pouco atrasado, já são 9:10 a.m e é só eu olhar o relógio que meu celular apita, indicando uma mensagem de Franklin. 

“Desça, já estou aqui lhe esperando.”

Quando eu vi, já tinha me despedido de Jax e lhe deixado brincando com seu brinquedo. Saio correndo quando a porta do elevador se abre ao chegar no térreo, vejo o carro de Franklin e entro pela porta do carona.

— Bom dia Franklin. - digo e lhe cumprimento - Como está?

— Bom dia Lise. - sorri - Estou melhor e você?

— Bem. - respondo - Como está os machucados? - pergunto analisando-o.

— Bem menos doloridos. - rimos.

Vejo Franklin dar partida e seguir para o fim da cidade. Depois de mais ou menos uns 30 minutos, chegamos a tal clínica e pelo vidro do carro consigo ver o quão bonito é seu visual por fora.

— É aqui, vamos? - Franklin diz destravando o carro e eu apenas assento, já abrindo a porta.

Espero Franklin sair e depois de fazer isto, vejo-o travar o carro e me chamar para entrarmos. A recepção era grande e muito bonita por final, havia uma moça atrás de um balcão e era até ela que estávamos seguindo.

— Bom dia! - ela diz assim que nos aproximamos.

— Bom dia Lucy! - Franklin responde e eu apenas sorrio - Vim ver Cameron.

— Ah sim, ele está ansioso para vê-lo. - a tal Lucy sorri e me olha - Prazer sou Lucy e você?

— Annelise, namorada de Cameron! - respondo e percebo o sorriso da enfermeira aumentar.

— Famosa Annelise... - sorria largamente - Cameron tinha razão, você é incrivelmente linda, como diz ele.

— Obrigada! - sorrio envergonhada.

— Lucy, será que ela pode entrar? - Franklin pergunta - Tenho certeza que Cameron ficará feliz em vê-la

— Isto é certeza. - solta um pequeno riso - Vou liberar a entrada de vocês, pois acabei de saber que Cameron foi liberado para receber visitas... - meus olhos se enchem de água, a felicidade que estou sentindo é grande demais - Será surpresa, ainda não dissemos isto a ele. - sorri e fazemos o mesmo.

Lucy nos entrega o crachá de visitante e seguimos para onde Cameron está, para chegar até o local, passávamos por um grande jardim e que por sinal é lindo. Andava um pouco até chegar em frente à um grande prédio cheio de pichações com frases de incentivo e motivação, achei isto mágico e uma ideia brilhante. Ao entrar no prédio, vejo como tudo ali era moderno e fico de boca aberta, seguimos para mais um balcão aonde havia um moço bonito.

— Troy, eles vieram visitar Cameron. - Lucy diz para o moço a nossa frente.

— Hey, bom dia... - nos olha e apenas sorrimos - Podem subir, Cameron está acordado e já até tomou café. - Lucy assente e segue até o elevador.

Enquanto isso meu coração está quase na boca, disparado de um modo que não consigo explicar, minhas mãos suam, era como se fosse nosso primeiro encontro. O nervoso estava tomando tanto a conta de mim que nem percebo que já estamos no elevador e subindo para o andar de Cam.

Ao chegar no andar, Lucy nos deixa sozinhos ali e diz que o horário de visitas acaba 11:30 a.m e que era bom aproveitarmos todo o tempo. Enquanto seguia o grande corredor, Franklin bolava um plano.

— Você entra sozinha, deixarei vocês a sós! - ele sorri e eu faço o mesmo, agradecendo-o.

Chegamos em frente à porta, Franklin me motiva a bater e eu apenas assento, fazendo o que devia a seguir.