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História Just like that - Capítulo 14.


Escrita por: LuaBranca17

Notas do Autor


VOLTEI❤

Capítulo 14 - Capítulo 14.


Fanfic / Fanfiction Just like that - Capítulo 14.

                               Matthew.

  O dia de arrastou lentamente, à cada hora minha secretária aparecia com uma bandeja com uma xícara de café. Acho que tomei tanto café que passei à parecer um pouco com Jackie: batendo os dedos na mesa, mexendo os pés, e encarando seguidamente o relógio. 

  Quando finalmente chegou à hora de ir pra casa, eu arrumei toda a pilha de papéis que eu tinha que ler dentro de uma pasta e sai da minha sala, trancando a porta. 

  - Tchau, Sr. Montgomery! - a secretária falou, com uma voz sedutora que ao invés de me seduzir me fez estremecer de raiva. 

  Por que ela simplesmente não podia fazer seu trabalho? Eu já estava realmente considerando à ideia de jogá-la do décimo andar quando as portas do elevador se abriram e eu aproveitei a oportunidade para fugir dali. 

  Desci para o estacionamento do prédio, já quase vazio e entrei no meu carro. Assim que liguei o motor e os faróis, um outro carro fez o mesmo, era uma coincidência estranha mas ignorei e sai do estacionamento e dirigi para casa. 

  Estaca escurecendo e havia bastante neblina, por isso dirigi devagar enquanto ouvia o CD do Matanza. 

  Logo que cheguei em casa, deixei o carro em frente à garagem e o tranquei, e caminhei lentamente até a porta da frente. 

  Quando estava destrancando a porta da frente, fui agarrado pelas costas e acabei ficando atordoado, quando percebi, Ângela já estava agarrando meu rosto na tentativa de me beijar. 

  Agarrei seus ombros e a empurrei para longe, mas ela continuou com os braços em meus ombros. 

  - Matthew? - ouvi uma voz me chamar, não era de Ângela, então olhei para o lado e vi Chloe. 

 A pequena e frágil Chloe, que me encarava com os olhos cinzentos e gelidos marejados. 

  Ela estava com a mochila nas costas e carregava uma caixinha de presente. 

  Chloe não esperou por explicações, deixou a caixinha cair no chão e saiu correndo, sumindo na neblina. 

  Me virei novamente para Ângela, sentindo apenas ódio é nojo daquela loira oxigenada que conseguiu estragar tudo e ainda magoar uma garota que não merecia ser magoada. 

  - Sai daqui sua louca! -gritei e a empurrei para longe, mas ela estava lutando para e ficar no mesmo lugar e tentar entrar na casa. 

  - Você não vai me convidar para entrar? - ela perguntou, rindo. 

  - Entrar na minha casa? Hahaha, óbvio que não porra! Saia daqui! - gritei e de repente a porta se abriu e Jackie apareceu ali, segurando nada mais nada menos que uma arma. 

  Sim, minha irmã carregando uma Colt.45.

  Assim que viu a arma, Ângela recuou. 

  - Olha só querida, se você é doida, eu sou duas vezes mais. E pode ter certeza que não vou me arrepender de apertar o gatilho! - Jackie falou, ameaçadora. 

  Seu olhar era tão feroz que até eu passei à acreditar que ela ia atirar mesmo. 

  Angela saiu correndo e desapareceu, logo depois Jackieline me puxou para dentro e trancou a porta. 

  - Meu Deus, a Ângela não vai parar de encher o saco nunca? - ela resmungou e prendeu os cabelos num rabo de cavalo bem mal feito, mas que ficou bonitinho. 

  - Onde você achou a arma do papai? - perguntei, ainda pasmo. 

  Jackie olhou pela cortina para ver se não havia ninguém observando para depois responder: 

  - Santo Deus Matthew, essa não é a arma do papai, é uma pistola com balas de borracha! - ela revirou os olhos. - Machuca mas não mata, e eu estava mesmo com vontade de atirar na Ângela. 

  Jackie caminhou até a cozinha e escondeu a arma num fundo falso de uma gaveta. 

  Me sentei no balcão tentando assimilar tudo. 

  - Eu magoei a Chloe. - falei, mais para mim do que para Jackie. Levantei os olhos para encarar minha irmã. - Ela viu quando a Ângela tentou me beijar e saiu correndo. E se ela fizer alguma besteira? 

  Jackie estava preparando café e respondeu: 

  - Matt, ela perdeu a mãe, apanhou do pai e foi trocada pela madrasta, Chloe é forte. Não é um coração partido que vai a derrubar. - Jackie falou.

  Respirei fundo, Jackie tinha razão. Mas não pude afastar o pensamento de que até os mais fortes ficam fracos na solidão. 

  Mas quem me garantia que ela estaria sozinha? Chloe era bonita, legal, já devia estar acompanhada de alguma amiga ou talvez um ficante. 

  Ou quem sabe estaria em casa, escondida no seu quarto, chorando e escrevendo em algum diário. 

  Quando mais eu pensava, mas a irritação crescia dentro de mim. Afinal, a culpa era minha ou de Ângela? 

 Comecei a pensar que talvez fosse minha, e percebi que tremia. 

  Passei as mãos pelos cabelos na tentativa de me acalmar. 

  Quando Jackie ia me entregar uma xícara bem grande de café, eu já estava batendo com os dedos no balcão, de ansiedade. 

  - Nada de café para você! - ela disse, e foi encher um copo de água e pegou um comprimido branco - Você vai tomar água e um calmante, e vai ter uma boa noite de sono. 

  Ela me entregou o copo e o comprimido e sentou no balcão em minha frente, segurando duas xícaras de café. 

  - E eu vou tomar café em duas xícaras. - ela sorriu, tomando um gole em cada xícara.

  Como era possível ela gostar tanto de café? 

  Botei o comprimido na boca e o engoli com a ajuda da água. 

  Então ouvi o som de batidas na porta e logo estremeci, imaginado Ângela novamente parada na porta. 

  Jackie pareceu pensar o mesmo, pois saltou do balcão e pegou a arma com balas de borracha de novo e nos caminhamos devagar até a porta. 

  Jackie ficou parada atrás de mim, segurando a arma numa posição como se fosse atirar, que intimidou até a mim, se ela já me assustava com uma arma só causava grandes machucados, imagina o que faria com uma pode matar? 

  Abri a porta rapidamente e Jackie continuou na mesma posição. 

  E para minha surpresa, ao invés de encontrarmos Ângela, era Caleb que estava na porta, com as mãos pra cima e com cara de espanto. 

  - Por favor não atire em mim. - ele falou, quase tremendo. 

  Jackie abaixou a arma e riu. 

  - Ah meu Deus Caleb, entra logo. - ela puxou o garoto e ele me encarou. 

  - Por que você deu uma arma pra ela? Ela fica assustadora segurando uma arma! 

  - Tem balas de borracha. - expliquei. 

  - Continua assustadora. - ele disse - Ah propósito, acho que isso é para você, estava lá na chuva, então ta meio molhado, mas tem seu nome no cartão. - ele me entregou a caixa de presente, a mesma que Chloe estava segurando. 

  Como eu havia esquecido dele? 

  Sem dizer uma palavra, caminhei até as escadas e subi pro meu quarto. 

  Me sentei aos pés da cama e percebi que tremia quando rasguei o pacote de presente. 

  Dentro da caixa havia um perfume e um cartão. 

  Mas o mais trágico era que o perfume havia quebrado, molhando toda a caixa e borrando a mensagem no cartão. 

  E foi assim que meu dia terminou, com uma angústia no peito e um bilhete ilegível. As últimas palavras que Chloe Real havia deixado pra mim, e como era possível ela nunca mais querer olhar na minha cara, talvez eu nunca pudesse descobrir quais eram. 

  

  

  

  

  



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