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História Just One Day - For him


Escrita por: mrscactoos

Notas do Autor


Hello ^.^
Esse capítulo estava pronto desde que postei a história, mas só arranjei tempo pra revisar hoje :/ Sobre demora, eu estou com 1001 problemas na minha vida pessoal, além das provas e trabalhos que a escola não cansa de jogar em cima dos alunos e uma carga horária realmente puxada, que não dá tempo nenhum pra conseguir escrever.
Ainda não comecei a escrever o terceiro capítulo, e, como deu pra perceber, não tenho nem condições de fazê-lo tão cedo. Peço a consideração de vocês por isso. É provável que eu apenas arranje tempo pra escrever e revisar tudo no próximo feriado ou mesmo nas férias do meio do ano. É certo que a fanfic vai, sim, ser terminada, apesar da demora, então não desistam de mim.
Vou colocar o link da playlist de One Fine Day nas notas finais, fiquem a vontade pra ouvir enquanto leem ;) as letras das músicas têm muito a ver com a história, todas foram escolhidas com um propósito.
The story is about to get serious
Espero que gostem o/

Capítulo 2 - For him


Fanfic / Fanfiction Just One Day - For him

I

Conforme os meses passavam, mais confortável Jisoo se sentia ao lado de Junhui. Eles tinham personalidades bem distintas, mas que se complementavam, de algum jeito. Hong acabou descobrindo que o mais novo era extremamente tímido, apesar da auto estima fenomenal. As peças pretas, muitas vezes rasgadas, que abarrotavam seu guarda-roupas também escondiam uma personalidade adorável, até mesmo um pouco infantil, que o encantava mais a cada dia.

Era até mesmo engraçado o modo como Jisoo conseguia compensar todas as falhas de Junhui e vice e versa. Muitos estranhavam quando viam o queridinho da cidade com o chinês calado andando por aí, ambos na sua bolha particular, mas apenas uns poucos notavam a química espetacular dentro daquela amizade.

Assim que Jisoo ganhou sua carteira de motorista, passaram a pegar emprestado o carro da família Hong sempre que possível, indo para uma grande área desocupada próxima à cidade. Aquelas eram sempre as horas favoritas dos dois, onde podiam simplesmente ser eles mesmos, sem medo de julgamento alheio. Juntos, protagonizavam as cenas mais clichê imagináveis, como deitar por horas a fio na grama, tentando nomear todas as estrelas que conseguiam, Junhui tragando os cigarros eletrônicos que comprava sempre na mesma loja de conveniência a caminho de lá, apesar de todos os protestos do amigo. Conversavam sobre tudo e nada, faziam planos irreais para o futuro, trocavam piadinhas sem graça, das quais riam do mesmo jeito.  

Tentavam ficar acordados até a madrugada, mas por volta das dez e meia Jisoo começava a recolher tudo o que espalhavam pela grama, falando que estava cansado, e não dirigiria com sono. Era comum que, em vez de se despedirem assim que chegassem em casa, Junhui simplesmente entrasse com o Hong, pegasse um pijama do mesmo e deitasse na cama de casal do amigo, onde os dois dormiriam depois de alguns minutos de brincadeiras e provocações, uma vez que eram fracos demais para resistir ao sono por tanto tempo. Sinceramente, Wen geralmente era o primeiro a adormecer, e, algumas vezes, Jisoo aproveitava a chance para fitar o rosto sereno na penumbra, pensamentos que ele normalmente afastaria no segundo em que aparecessem em qualquer outro momento do dia tomando forma em sua mente. No escuro, tudo parecia menos perigoso.

Ele observava os olhos cerrados, a curva do nariz, os lábios entreabertos, tão delicados. Hong analisava toda a amizade deles naqueles momentos, sempre lembrando a si mesmo que o que tinha com Junhui era completamente diferente de qualquer amizade que já tivera na vida. Ele gostava de ficar perto dos outros amigos, de ouvir as suas piadas, sair com eles, mas com o chinês aquilo parecia uma necessidade. Nunca fora muito de contato físico, mas seu coração falhava uma batida quando o mais novo segurava a sua mão ou passava o braço pelos seus ombros. Trocar Wen por algumas horas de estudo era simplesmente impensável, assim como beijá-lo também devia ser, mas...

Era naquele ponto que os olhos de Jisoo se arregalavam, e ele sentia o corpo todo travando, agradecendo a Deus por ser o único acordado para presenciar aquilo. Tinha noção que aqueles pensamentos eram errados e pecaminosos em incontáveis níveis, mas, mesmo assim, não conseguia evitá-los. Junhui era capaz de trazer à tona a parte do Hong que ele preferia, precisava manter escondida.

O americano sabia que aquilo era uma péssima ideia, mas a sensação de libertar-se daquela fachada, mesmo que apenas por algumas horas, era boa demais.

Tomado por algo que não conseguiria pôr em palavras, numa noite aleatória, Jisoo pegou a si mesmo aproximando seu rosto do amigo, os olhos analisando nervosamente o mais novo, procurando sinais de que estava acordado. Hesitou quando seus lábios roçaram os de Junhui, e pôde jurar que permaneceu daquele jeito por séculos, cada pedacinho do seu corpo vibrando, o peito explodindo com um sentimento novo. Finalmente, quebrou a pequena distância entre eles, depositando um selo rápido no outro, afastando-se logo em seguida, o coração disparado, a realidade da situação tomando conta de si.

Ele havia beijado o melhor amigo.

Ele havia adorado a sensação.

Ele queria repetir o ato.

II

Na manhã seguinte, depois que Junhui foi embora, Jisoo permaneceu no seu quarto, a porta trancada, as luzes apagadas e cortinas cerradas. Ele estava completamente desesperado e não havia uma pessoa sequer com quem podia conversar sobre o assunto.

Ele se sentia sujo, errado, um monstro sem princípios. Hong Jisoo beijara um garoto, seu melhor amigo, que estava desacordado, ainda por cima, e gostara daquilo. Junhui provavelmente o odiaria caso descobrisse, e aquele pensamento só o deixava ainda mais sem chão. Sua mãe, com quem geralmente compartilhava os problemas, também não era uma opção. Ela enlouqueceria caso descobrisse o que se passava na cabeça do filho.

Aquela foi a primeira vez que chorou desde que conheceu Wen Junhui.

Era quase hora do almoço quando Jisoo se forçou a engolir tudo aquilo, lavou o rosto e tentou ao máximo manter-se calmo, uma vez que não poderia evitar o encontro com os pais em pouco tempo. Não queria que ninguém desconfiasse do que estava acontecendo, sequer podia se dar a esse luxo. Sendo assim, pôs novamente aquele seu lado no fundo da mente, abriu o Tumblr e entrou na tag Zutara, algo que sempre o distraía de qualquer coisa.

Não funcionou totalmente, mas ajudou. Desceu as escadas assim que a mãe o chamou para almoçar, e, conforme a refeição passava, percebeu que talvez, só talvez, ele conseguisse manter aquilo apenas para si mesmo.

Ele era uma bela farsa, a final de contas.

III

Com o passar do tempo, Hong percebeu que era perfeitamente capaz de manter as aparências em frente aos parentes e pessoas no geral, mas toda a sua atuação era completamente inútil assim que ficava sozinho com Junhui. Os dois mantiveram a mesma relação de antes do incidente, o fato de que Wen não fazia ideia que aquilo havia ocorrido ajudando para tal comportamento.

Jisoo, no entanto, não se sentia o mesmo. Agora, seu coração fazia movimentos loucos toda vez que o mais novo o tocava, mesmo que brincando, e seu estômago produzia aquela sensação estranha que todo livro de romance chamava de “borboletas”, mas ele via como elefantes dançando no seu abdômen.

Mais duas vezes os dois compartilharam a cama do Hong, e mais duas vezes o americano depositou o mesmo selo casto, amedrontado e rápido nos lábios do melhor amigo adormecido. Ele tentava evitar, mas era simplesmente incontrolável a maldita energia que o puxava para Junhui. Sentia-se horrível depois do ato por mais motivos que podia contar, também.

Foi na terceira vez que tudo deu muito errado, ou, dependendo do ponto de vista, muito certo. Eles haviam voltado mais tarde que o normal das colinas, e novamente Junhui estava deitado ao lado de Jisoo, os rostos próximos. Como de praxe, conversaram um pouco antes dos olhos do chinês se fecharem e sua respiração tornar-se mais profunda. Jisoo o encarou por alguns minutos, como já havia virado rotina, e então se inclinou para frente quase que inconscientemente.

Como nas outras noites, parou quando os lábios estavam apenas se roçando, aproveitando todas as faíscas que passavam pelo seu corpo, as batidas loucas de seu coração fazendo-o se sentir mais vivo.

Não foi ele quem quebrou a distância naquela noite.

O movimento feito pela cabeça de Junhui foi milimétrico, mas suficiente para iniciar o beijo. Diferente das outras ocasiões, também, não durou apenas um segundo, e, dessa vez, foi correspondido.

Jisoo arregalou os olhos, o corpo ficando completamente tenso, mas então a boca de Junhui moveu-se sobre a sua, e todo o resto do mundo foi esquecido. Ele não conseguia pensar em nada, apenas no chinês à sua frente, os lábios macios sobre os dele, a mão cálida sobre a sua cintura, o calor dos corpos próximos. 

Podiam ter se passado décadas, minutos ou segundos até que eles separaram os rostos, ele não sabia dizer. Ambos tinham as respirações descompassadas e ofegantes, e, mesmo na penumbra, Jisoo conseguia enxergar as bochechas coradas de Junhui. Tinha consciência de que devia estar semelhante a ele. Olharam-se por algum, até que Wen depositou um beijo em sua bochecha e então fechou os olhos, adormecendo logo em seguida.

Hong sabia que provavelmente entraria numa crise enorme no dia seguinte, mas, naquele momento, a única coisa que importava era o chinês à sua frente. Acabou adormecendo logo em seguida, um sorriso sereno em seus lábios avermelhados.

Na manhã seguinte, despediram-se como se nada tivesse acontecido, mas ambos sabiam que o assunto acabaria sendo trazido à tona naquela noite, quando fossem para as colinas novamente.

O caminho até lá foi o mesmo de sempre: Jisoo cantarolou as músicas pop que tocavam no rádio, Jun fingiu observar a paisagem enquanto, na verdade, fitava o melhor amigo. Pararam na loja de conveniência de costume, onde Wen comprou os seus amados cigarros eletrônicos, Hong reclamando infinitamente sobre aquele hábito, mas cedendo mesmo assim.

Chegaram ao local de sempre por volta das sete horas, e imediatamente estenderam a colcha xadrez dos dois no chão, deitando-se lado a lado logo em seguida, os rostos fitando o céu que já começava a encher-se de estrelas.

- Então... – Hong começou, incerto. Não tinha ideia do que fazer naquele tipo de situação.

- Jisoo, eu preciso te contar uma coisa. – Junhui cortou-o, a voz recheada de nervosismo. Alguns segundos de silêncio se passaram até que o chinês voltasse a falar, ainda fitando as estrelas. – Eu sou gay.

O corpo do Hong travou novamente, e ele não se moveu um milímetro sequer. Claro, Wen o havia beijado na noite anterior, ainda podia sentir o fantasma dos lábios sobre os seus, mas ainda assim a informação o pegou de surpresa. A primeira reação da sua mente foi manda-lo se afastar, mas Jisoo não o fez. Durante toda a sua vida, ouvira os pais, familiares e todos à sua volta falando que relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo eram erradas, mas, se era mesmo assim, por que sentia como se fosse a coisa mais certa que fizera em toda a sua existência? Por que se sentia tão atraído por Junhui, tão confortável próximo a ele, quando devia sentir o completo oposto?

Hong Jisoo seria um completo hipócrita caso obedecesse àquele primeiro instinto.

Subitamente, uma lembrança apareceu em sua mente. Mais especificamente, a primeira vez em que encontrara o melhor amigo, tantos meses antes. Naquele dia, Wen havia dito que Jisoo não o quereria em seu quarto, e também que Deus não gostava muito dele. No começo, ele era frio e fechado, escondia completamente a personalidade doce e inocente que começou a dar as caras depois de aproximadamente um mês e meio de amizade, tirando os surtos que dava periodicamente a respeito de Avatar.

- Então... Toda a sua cautela no começo, aquele jeito estranho que não era realmente seu...

- Sinceramente, você chamou a minha atenção no momento em que te vi na entrada da sua casa naquele dia, mas não é como se eu pudesse fazer qualquer coisa a respeito, ou mesmo deixar que você descobrisse sobre a minha sexualidade. Na maioria das vezes, as pessoas não reagem bem a isso. – deu uma pausa, respirando fundo. – Achei que seria melhor deixar que você desse os primeiros passos, fosse para uma amizade ou algo mais. Eu realmente estava convencido de que nunca passaríamos da primeira opção, até que subitamente, no meio da noite, senti alguém me beijando, e aquilo se repetiu algumas vezes. – naquele momento, virou a cabeça para fitar o mais velho, que corou violentamente. – Eu fico lisonjeado com os seus olhares, e adoraria passar o dia recebendo beijos seus, Jisoo, mas, por favor, não faça isso enquanto eu durmo. É meio bizarro. – disse a última parte num tom de brincadeira, mas ambos podiam notar o grande fundo de verdade na sentença.

- Eu... Me desculpa. – Hong disse, querendo enfiar a sua cabeça num buraco. O havia pensado para ter feito algo daquele tipo? – E sobre nós... Eu não sei o que eu sou. A respeito da minha sexualidade. Nunca havia sentido vontade de beijar ninguém até você aparecer, e tudo isso é muito novo pra mim. Estou morrendo de medo da minha família descobrir, ou de qualquer um além de você. A parte sã da minha cabeça diz que tudo isso é completamente errado, mas todo o resto tem uma vontade enorme de passar a noite inteira te beijando. – Junhui abriu o sorriso mais bonito que ele havia visto.

- Bem, eu adoraria te ajudar com a última parte. E sobre o resto, nós podemos dar um jeito. – sorriu travesso enquanto aproximava o rosto do Hong, que retribuiu ambos os gestos.

E, por um tempo, eles deram um jeito.

Mantiveram a mesma imagem de sempre na escola e em frente aos pais, mas o caminho compartilhado para chegar à instituição passou a ter várias paradas, mais especificamente algumas paredes mais escondidas e cercas abandonadas, onde aproveitavam o pouco tempo para trocar beijos, carícias e palavras que deviam permanecer escondidos dos olhos dos outros. A técnica funcionava muito bem, mas os dois passavam a semana toda ansiosos, basicamente contando as horas para o fim de semana, onde poderiam finalmente se afogar nas mãos alheias, a manta quentinha sob seus corpos, estrelas sobre suas cabeças.

As semanas passaram, e os dois continuaram daquele jeito. Jisoo ainda tinha crises constantes, a parte fiel da sua mente berrando que ele era um pecador impuro que queimaria no inferno, todo o resto de si ansiando por ver Junhui novamente. Passava horas conjecturando sobre o Céu e o Inferno, se perguntando como conseguiria subir ao primeiro sem perder uma parte de si, pois, àquela altura, já estava certo de que era, sim, homossexual, e que amava aquele chinês com todo o seu ser. Se dissesse aquelas palavras em voz alta, especialmente perto de adultos, provavelmente falariam que era algum tipo de drama adolescente, mas Hong acreditava piamente naquele sentimento.

Qualquer dúvida que talvez aparecesse em sua cabeça era imediatamente lançada para longe quando os lábios de Junhui tocavam os seus e as mãos do mais alto se embrenhavam por debaixo da sua camiseta, sempre sussurrando algo doce no pé do seu ouvido quando o oxigênio se fazia necessário.

Jisoo tinha certeza que em algum momento cairia duro no chão, uma vez que achava impossível um coração fazer tantas acrobacias e continuar funcionando normalmente depois.

Durante três meses, conseguiram esconder o relacionamento sem receber a desconfiança de uma alma sequer. Talvez foi por este motivo, ou pelo fato de ambos já estarem completamente acostumados um com o outro, quem sabe esquecendo por um momento da crueldade do mundo, que baixaram a guarda uma única vez, o que foi suficiente para que tudo começasse a tomar um rumo completamente diferente.

Naquele dia, tudo correu como o padrão estabelecido depois te tanto tempo: foram para a escola juntos, saindo de casa levemente mais cedo, tornando possível uma parada num beco qualquer, onde trocaram carícias. Separaram-se durante as aulas, e permaneceram nos respectivos grupos sociais durante os intervalos, despedindo-se dos amigos e saindo da escola imediatamente após o último sinal. Repetiram o processo da ida, e então ambos almoçaram na casa do Hong, onde Junhui já estava acostumado a passar a maior parte dos dias.

Depois de terminarem de ajudar a sra.Hong com a louça, subiram para o quarto de Jisoo, onde fizeram os deveres de casa, deitados de bruços lado a lado na cama de casal. Ou pelo menos Junhui tentou fazê-los, pois o mais velho parecia decidido a perturbá-lo, desenhando coraçõezinhos no meio das linhas onde devia escrever as respostas do questionário de História, beliscando de leve seu braço de vez em quando e batendo repetidamente com o lápis na sua cabeça.

Farto daquele comportamento, porém ainda rindo, Wen passou o braço esquerdo na cintura do mais velho e o trouxe para perto, selando os lábios. O que começou como um beijo casto acabou aprofundando-se para algo a mais, as mãos intrusas de Jisoo, que agora se encontrava quase que em baixo do mais novo, vasculhando toda a extensão das suas costas pelo que devia ser a milésima vez, mas ainda trazia os sentimentos da primeira.

Foi naquele momento que a mãe de Jisoo resolveu entrar no quarto do filho para colocar a roupa limpa no guarda-roupa do garoto. O cesto, no entanto, foi ao chão assim que ela viu a cena que se desdobrava em frente a si, o rosto vermelho de ira, vergonha, desgosto e mais sentimentos que sequer conseguia nomear.

Assustados com o barulho, ambos os adolescentes viraram-se para a entrada, entrando em desespero simultaneamente ao notar a mulher paralisada à porta. Junhui pulou feito um gato, aterrissando no chão, batendo o joelho no processo. Jisoo apenas sentou-se, o rosto tão escarlate quanto o da mãe, os olhos arregalados, medo exalando de cada poro.

- Junhui, eu acho que você deveria ir para a sua casa. – ela disse num tom cortante. O chinês olhou para o namorado, desesperado, mas Hong não parecia capaz de se mover, ainda fitando a mãe, o rosto gradativamente perdendo a cor. Tudo que Wen queria era permanecer ao lado do garoto, mas, no fundo, sabia que não tinha escolha. Por isso, ajuntou todos os seus materiais e saiu do quarto, a mãe de Jisoo dando dois passos para longe quando ele chegou à porta, nojo tomando conta de seus traços. Lançou um último olhar desolado para o americano, mas ele novamente não pareceu notar. Com o coração na mão, desceu os degraus e saiu pela porta da frente, fechando-a atrás de si.

Muitas coisas aconteceram naquela tarde.

Pela primeira vez, Jisoo ouviu um palavrão sair da boca da mãe. Não apenas um, mas uma sucessão deles, todos direcionados a si.

Pela primeira vez, ele levou uma bronca, a mulher à sua frente se controlando ao máximo para não berrar a plenos pulmões enquanto lágrimas de histeria desciam por sua face.

Pela primeira vez, a pessoa que o criou com tanto carinho e palavras gentis levantou a mão para si, mais vezes do que se pode contar. Acertou o garoto com toda a força que sua raiva conseguia juntar, puxou os cabelos, beliscou-o, fez tudo o que tinha a seu alcance para machucá-lo, enquanto Hong apenas deitava em posição fetal na cama, chorando baixinho, incapaz de reagir de qualquer forma que fosse.

Em algum ponto, todas as forças se esvaíram dela, então a sra.Hong apenas saiu do quarto sem mais palavras, trancando a porta atrás de si. Jisoo, no entanto, não se importava, visto que não conseguia reunir forças suficientes sequer para se mover. 


Notas Finais


Aqui o link da playlist:
https://open.spotify.com/user/e6cuqm679xntzwo2hmctwqhv7/playlist/45aBh0AsOWjSh0Q1IeOFgW?si=nNDidzaqSDeLTni8XL5HqA
A partir desse capítulo, o angst vai correr solto, preparem os corações ;)
Avisem se encontrarem qualquer erro, okay?
Até o próximo sz


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