História Hidden Lies - Prólogo

"Tudo sempre chega ao seu devido lugar, porque as máscaras sempre caem à luz da verdade."

Los Angeles Police Department -  Maio de 2018.

Presa. Acorrentada. Fora da liberdade. Trancafiada na prisão, e em breve serei transferida para a penitenciária de segurança máxima dos Estados Unidos.

 Ayla Bryant encontra-se atrás das grades.

Chuto o colchão soltando um grito alto. Maldição. Justin Bieber vai me pegar por tudo que me fez. Ele não aprendeu que uma mulher como eu não fica presa.

Escuto passos vindo e viro de costas para as grades.

— A ratinha está presa? Oh, acho que dessa vez o gato ganhou — escuto o deboche do delegado e viro-me rapidamente com meu sorriso mais falso.

— Oh, único rato que tem aqui é você, seu desgraçado, na verdade, essa podridão que estou sentindo está vindo daí.

— A vadia é afrontosa, Justin — o delegado bate no braço do Justin, mas ele está com a cabeça baixa. Daqui consigo calcular todas as possibilidades de acabar com a vida dele, mas juro que não será uma morte fácil, vou acabar com a família desse filho da puta.

— Vadia que acabou com a sua raça. Vadia que tem todo poder na palma da mão e pode muito bem acabar com sua vida num piscar de olhos. — gargalho do seu medo — Está com medo, Pedrinho? Oh, uma pena.

— Cala a boca, seus dias estão contados. Acho melhor se acostumar com a ideia, você será transferida para uma cela que várias outras mulheres, e sabe de uma coisa? — ele chega mais perto colocando as mãos nas grades — Elas estão doidas para colocar as mãos em você. Passar bem.

— Você pensa que a cadeia me assusta? — solto uma risada debochada — Nada nesse mundo me assusta, Justin Bieber. Uma mulher como eu, não nasceu para ter medo de nada. Faço a minha própria trajetória, e acho melhor vocês se prepararem, porque essa porra aqui — me refiro a prisão — É minha!

O desgraçado sai andando e seguro a vontade de grudar no pescoço dele. Pedro ainda não aprendeu que quem comanda essa cadeia sou eu. Mal ele sabe que o diretor desse prédio corre comigo.

— Está me olhando por quê? Desgraçado. — falo para o Justin que está com os braços cruzados.

— Eu vou te tirar daqui. — ele afirma e começo a rir.

— Cala a boca, maldito estúpido.

— Eu dei a minha vida por essa missão, Ayla, mas eles me usaram da pior forma possível, entretanto eles esquecerem que estão lidando com Justin Bieber. Todas as provas contra você está comigo, se eu não entregá-las você sai daqui.

— Meu amor, não acredito em nenhuma palavra que sai da sua boca. Vai mentir na casa do caralho, eu vou acabar com você. Reze muito, pois, seus dias estão contados — chego mais perto das grades.

Justin percebe minha movimentação e entra dentro da cela, trancando nos dois.

— Ayla, posso ter feito o que fiz, mas meu amor nunca foi uma mentira. Ele é real e continuará sendo. Por isso, vou queimar tudo que tem contra você. Acredita em mim, por favor — ele sussurra encurralando-me na parede fria da cela.

— Sai de perto de mim — falo entre os dentes sentindo nojo do toque dele.

— Vai me dizer que não sente saudades? A nossa noite ontem não significou nada para você? Quando eu te beijei, te toquei e disse o quando era a mulher da minha vida, não mudou em nada? — Justin fala no meu ouvido e fecho os olhos sentindo meu coração acelerado. Foco, Mayla. Ele mentiu, te usou, e no final te colocou nesse lugar imundo. Empurro ele e cuspo na cara dele.

Justin afasta de eu limpando o rosto, mas mesmo assim me encara sorrindo. Não posso negar que o amo, mas não posso fingir que nada aconteceu. Ele me enganou e tem que pagar por isso.

— Ayla... Não faz isso com a gente.

— Não existe um nós! Filhos da puta não merecem perdão. Não consigo olhar na sua cara sem sentir vontade de te matar — afirmo puxando o cabelo da minha nuca.

— Ayla, você precisa me ouvir — ele tenta falar, mas não deixo.

– CALA A BOCA! — grito — Você não merece porra nenhuma! Eu confiei em você, coloquei meus negócios nas suas mãos. Abri meu coração, e você sabia sobre a morte do Lewis e ficou quieto, matou o meu marido, o homem que mais amava — sussurro sentando no colchão da cela, sentindo lágrimas por todo o meu rosto.

Lewis foi o homem que mais amei na vida. Justin tirou a vida dele de uma forma que não sei explicar. Lembro-me de quando a notícia chegou eu estava experimentando meu vestido de noiva. Faltava apenas cinco dias para o meu tão sonhado casamento, mas esse filho da puta vai pegar por tudo que me fez.

— Eu não podia falar nada, você precisa me escutar.

O filho da puta tenta argumentar, mas levanto rapidamente limpando as lágrimas do meu rosto. Caralho, sou esposa de Lewis Hamilton, e ele me ensinou que nunca devo chorar por vacilões, devo apenas mandá-los para o inferno.

— Você vai se arrepender por isso. Posso ficar presa, mas um dia eu saio com vida — ressalto — E você vai temer todos os dias por ter conhecido Ayla Bryant. Sabe o que faço com filhos da puta, amor? — chego mais perto do ouvido dele, passando as mãos no seu lindo rosto — Mando para o inferno, pois é disso que gosto — Sorrio malvada e ele arregala seus olhos.

— Você sabe que posso usar todos esses argumentos contra você, não sabe? Então, acho melhor começar a controlar essa sua língua. Posso foder mais com sua vida — ele tenta me ameaçar e começo a gargalhar alto sentindo até lágrimas saindo dos meus olhos.

— Você tem medo da morte, Justin? — pergunto rodeando em volta dele — Porque a partir de hoje, é melhor dormir de um olho aberto e outro fechado. Nunca de sabe quando a nossa hora vai chegar — ele se afasta de mim e solto uma risada escandalosa.

Justin Bieber colocou-me atrás das grades, mas eu mesma irei colocá-lo em um lugar que muitos têm medo. No caixão.