História Just one story... - CAP. 198 - Sherlock Holmes

6 de março, domingo à noite

*Brian narrando*

Aly - acho que a minha mãe deve me querer em casa...

Eu - hum ok... - levo ela até à porta onde me despeço com um beijo demorado e depois ela sai sorrindo meio sem jeito -

Talvez eu não o tivesse feito se estivéssemos apenas com o meu pai, mas Wendy nos olhava atentamente e eu não podia perder a oportunidade... Passo por ela ainda a olhando fixamente nos olhos e vou até à sala chamando Vini que vem e sobe comigo.

Volto a ligar a TV do meu quarto e decido assistir "Friends", que é a série favorita de Vini - estou nem zuando -

...

*Marcus narrando*

Segunda-feira de manhã, mesmo não tendo religião, dou graças a deus por ainda estar de férias! (Narrador: kkk) Esse negócio de ter notas ruins por não gostar da escola é tudo mentira! Minhas notas são sempre acima da média e eu mal pego nos livros da escola ou estou com atenção nas aulas. Ter conhecimento é importante, escola no geral não...

Este meu discurso de revolta vem a propósito de quê, perguntam vocês, apenas porque estou estou lendo um livro de Sherlock Holmes. Eu já não tinha acabado? Já, - não propriamente pois não sei onde guardei o livro de Summer quando nos mudamos e ainda ando procurando por ele - mas decidi ler "Um estudo em Escarlate", porquê se já o li? Bom, foi o primeiro que li da coleção "As aventuras de Sherlock Holmes", mas eu tinha 10 anos e depois deste livro não consegui largar o mundo dos mistérios, dos enigmas e dos crimes e romances policiais. - mesmo que prefira muitas vezes quando a parte do "romance" está meio apagada da história... - No que toca a este tipo de livros, não me incomoda muito o facto de já saber o final, até porque a escolha de palavras do autor sempre me cativa. Mas de qualquer forma, já não lembro tão bem o enredo, visto que fazem 10 anos que li o livro...

Afinal parece que sempre tenho uma religião, "Sherlock Holmes", o Deus da mesma é "Sir Arthur Conan Doyle"...

- rio dos meus próprios pensamentos -

Mas em vez de estudarmos coisas como estas na escola não, falamos sobre Shakespeare, e não me entendam mal, os "mais de 20 adjetivos por parágrafo" não me aborrecem, nem por sombras! Mas acho que as pessoas que só pensam em quantos shots de tequila conseguem beber e na quantidade de bocas que conseguem beijar na mesma noite, não sejam o mesmo tipo de pessoas que apreciem a poesia do século XVI... (Narrador: 16, se você não sabe, nem fale mais comigo! Kkk)

Summer cortando a minha linha de pensamento - enlouqueceu e está falando sozinho? - ela se aproxima -

Eu - você acordando cedo durante as férias? Estou chocado... - falei debochado -

Summer - se é para tomar patada assim, mais vale ficar dormindo né? - eu rio - Mas você deve ter ficado bastante tempo lendo ou pensando em sei lá o quê, porque já não é, a sua definição de, "cedo"... - a olho franzindo o cenho e ela aponta o celular para o meu rosto - já são 12:30 PM meu querido... - dou de ombros voltando a atenção para o livro em meu colo -

Summer tirando o livro de minhas mãos - chega disso! - eu a olho - A gente vai fazer algo produtivo esta tarde!

Eu - eu não sei qual a sua definição de "produtivo", mas eu estou lendo! - sou rápido o suficiente para tirar novamente o livro de suas mãos -

Summer - acho que todo o mundo se vai encontrar na garagem...

Eu - legal para eles, você deveria ir... - falo não prestando muita atenção -

Summer - eu vou tacar fogo nesse livro! Estou te avisando caralho!

Eu - como o seu caderno?

Summer - quer começar com isso novamente? Da última vez as coisas não ficaram bonitas para o seu lado... - ela se apoia na cadeira deixando nossos rostos próximos -

Eu - você adora me lembrar disso...

Summer - pois adoro - ela sorri vitoriosa -

Eu - "as coisas" estão diferentes agora...

Summer - é, mudaram bem depressa...

Eu mudando de assunto - você quer ir muito lá, não quer?

Summer - é só que ainda não vi eles...

Eu - tudo bem então...

Summer - você vem?

Eu - é aquele ditado: "vamo fazê o quê, né?" - ela ri -

Summer - olha ele, todo simpático e fazendo tudo o que eu peço... - ela passa o dedo pelo meu rosto -

Eu - eu sempre faço o que você quer!