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História Just Remember Me - Jerrie - Capítulo II


Escrita por: Girl-SeteTiros

Notas do Autor


amanhã tento atualizar novamente, beijinhos.

Capítulo 2 - Capítulo II


“Então, devido a este acidente ocorrido há dois meses, a senhora infelizmente...” a voz do meu médico soava longe enquanto dizia o que eu já havia deduzido por mim mesma.

Isso mesmo, eu sofri um acidente de carro gravíssimo. Fiquei em coma por dois meses e e agora eu finalmente havia acordado, contrariando as expectativas pessimistas da equipe médica que cuidava de mim. Meu médico, um tiozinho chamado Alonso, veio me examinar durante todo o dia juntamente com um grupo expressivo de quatro enfermeiras. Para me acalmar enquanto tentava explicar com termos técnicos o que havia acontecido, Alonso aplicou um calmante muito forte o suficiente para que eu dormisse rapidamente. Meu primeiro dia havia sido assim e eu nem sabia qual era o meu primeiro nome.

Pensei que, após o baque de saber que eu não sabia quem era, o outro dia seria melhor. Estava enganada. Assim que abri meus olhos para uma nova manhã sendo alguém que eu não sabia quem era, notei que havia um buque de rosas vermelhas em cima da cômoda direita da minha cama e, no meu dedo anular esquerdo, havia uma grossa aliança de ouro. Aquilo me deixou atordoada. Em algum lugar de minha mente havia informações preciosas e rapidamente percebi que aquela aliança significava compromisso. Não havia ninguém em meu quarto. Olhei o buque com olhos clínicos fascinada com sua beleza. Peguei um cartão junto as flores e o li, seu conteúdo deixou-me nervosa.

“Para quem sabe, um novo recomeço. Bem vinda de volta,

P. Edwards.”

Edwards? O mesmo sobrenome pelo qual o médico se referiu a mim. Devia ser um parente ou algo assim. Acreditei que, lendo o cartão, olhando a caligrafia, eu poderia ter algum resquício de memória ativado, não ocorreu. Voltei a repousar na cama com o cartão em mãos. Uma leve batida na porta, uma enfermeira adentra.

“Bom dia senhora Edwards! Como se sente?” Perguntou enquanto vinha em minha direção a afofava os travesseiros.

“Confusa... E faminta.”

“Ah, claro! Seu café da manhã está sendo providenciado, eu a ajudarei a se alimentar e a banhar-se. Como seu café da manhã ainda não está pronto nós iremos nos banhar primeiro. Tudo bem?” Perguntou. Sua simpatia amainou um pouco o mal estar que estava sentindo por não saber quem era. Sorri de volta e então logo a enfermeira ajudou-me a seguir para o banheiro e a tomar um refrescante banho.

Limpa e alimentada, tive permissão para caminhar pelos jardins do hospital com a ajuda da mesma enfermeira que me auxiliou pela manhã. Soube então pela mesma que seu nome era Leigh-Anne, recentemente formada em enfermagem. Uma moça simpática conversava comigo sobre futilidades. Devia imaginar que me sentia desconfortável em falar sobre mim sendo que nem saber quem era. Foi bom sair de um ambiente hospitalar, admirar o lindo jardim que ficava ao lado do hospital. Não sentia muitas dores, constantemente recebia doses pequenas de morfina para não sentir dor. Tive vontade de perguntar a Leigh quem havia mandado o buque, se ela sabia algo sobre mim, mas me acovardei.

Metade do dia foi com visitas esporádicas de médicos fazendo perguntas ao meu respeito, na esperança de que minha memória voltasse. Uma esperança vã. Após o almoço, tive de ficar em meu quarto por algum motivo.

Eu estava sem informação desde que acordei e isso me enervava. Por fim o médico veio, não sei ao certo se para saciar minha curiosidade ao meu respeito, mas eu o fiz assim que ele passou pela porta.

“Boa tarde senhora Edwards. Como está se...?”

“Doutor, eu preciso saber de coisas ao meu respeito! Diga-me... eu ficarei sem memória para sempre? Qual é o meu nome? Eu tenho amigos, familiares? Eu...” O médico caminhou para perto de mim, sentou-se em uma poltrona ao meu lado, a mesma poltrona em que via uma enfermeira no primeiro dia em que abri meus olhos.

“Senhora Edwards acalme-se. Se as informações são escassas é por que não quero pressioná-la. Eu já lhe disse ontem o porquê de estar aqui e sua condição física atual. Surpreendentemente seus ferimentos estão cicatrizando rapidamente. A maior lesão sofrida foi em sua cabeça e teve como conseqüência seu quadro de amnésia. Não sabemos ao certo se esta sua condição é permanente, mas saiba que em todos os pacientes que tratei com lesões similares e com quadros de amnésia, todos felizmente recobraram seus lembranças ap´´os alguns meses de convívio com amigos e familiares.

“E onde estão esses amigos e familiares? Eu tenho alguém?” Tentei suprimir a dor em minha voz com tal pergunta, mas inútil. O médico sorriu levemente.

“Claro que a senhora tem pessoas que a querem muito bem! Desde que foi internada neste hospital recebeu muitas visitas: sua mãe, alguns amigos e sua esposa.

Estaquei.

“Minha o que?” Perguntei atordoada. O médico avaliou-me e percebeu relutante em repetir sua palavras.

“Bem... Sua esposa. Ela tem vindo aqui todos os dias, chegou a pedir para que pudesse estar neste apartamento aguardando sua convalescença.

Eu estava simplesmente em choque. Uma coisa é você descobrir que possui familiares, amigos, com isso você pode conviver. Outra bem diferente é saber que você é casada e tem deveres para sua esposa. Empalideci.

“Foi ela que lhe enviou este belo buquê e, quando a viu ontem à tarde, enquanto estava desacordada pelo calmante, colocou esta aliança em seu dedo.” Disse apontando para a grossa aliança em meu dedo anular.

“E ela, meus familiares e amigos... Eles sabem da minha condição? Sabem que eu...”

“Sim. Eu não só comuniquei seu despertar após dois meses como disse que está com amnésia. Por esse motivo você não recebeu visitas até agora. Não podemos simplesmente introduzir uma vida a você, isso poderia ser altamente prejudicial. Primeiro iremos deixá-la ciente de sua condição, coisa que fiz ontem e estou fazendo agora. O próximo passo é receber visitas, uma a uma. Ver objetos seus podem ajudar também.

“Hmmm... então me responda a uma pergunta: qual é o meu nome? Todos me chamam como senhora Edwards, mas ninguém disse meu primeiro nome.”

“Bem seu nome é...” Nesse momento Leigh-Anne, a enfermeira por quem eu tinha grande simpatia, adentrou o quarto.

“Doutor, há alguém que precisa vê-lo” Falou e acenou para mim. Correspondi ao seu cumprimento. O médico levantou-se.

“Volto em alguns instantes.” Disse para mim e saiu sendo seguido por Leigh-Anne. Ótimo, ele não havia respondido minha pergunta! Isso me deixou frustrada. Peguei novamente o bilhete que acompanhou o buquê de rosas. Quem seria “P. Edwatds”? Antes que minha mente trabalhasse nessa incógnita, o bom doutor Alonso estava de volta, um sorriso nervoso nos lábios.

“Senhora Edwards? Tenho uma surpresa.”

“Surpresa? O que seria?”

“Há um familiar aqui que deseja vê-la. No entanto ela só poderá vê-la com sua autorização, claro.”

Eu não sabia o que poderia me acontecer se estivesse diante de um rosto que eu deveria conhecer, mas achei mais prudente aceitar tal visita.

“Sim. Deixe essa pessoa entrar.” Disse com o olhar perdido na paisagem ofertada pela persiana de vidro de minha janela. O médico afastou-se seguindo para uma ante-sala, onde visitantes ficavam antes de adentrar o quarto do paciente.

“Com licença.” A voz feminina disse e senti aproximação de alguém. Automaticamente virei meu rosto e me deparei com uma jovem de pé. Era alta se comparada a mim, incrivelmente branca, olhos cor azul e os cabelos um pouco bagunçados de cor loira. Trajava um elegante blazer preto feminino, por baixo uma camisa de botões azul marinho. Fitava-me intensamente, mas eu não sabia dizer o que aquele olhar revelava. Era algo perturbado de ver, aquele olhar sobre mim com o poder de um buraco negro. Senti necessidade de desviar o olhar e fitar em qualquer direção, menos a que ela estava.

“Oi” Murmurei sentindo-me pouco a vontade de repente desejando que a desconhecida não ficasse muito tempo em meu quarto.

“Oi” Disse. “Sabe quem sou eu?” Perguntou. Não ousei olhá-la. Mantive meus olhos na janela.

“Não. O médico deve ter dito a você que eu estou com amnésia sendo assim não me lembro de anda, nem seu meu próprio nome.” Ri sombriamente.

“Sim, ele me comunicou, mas... Tinha esperanças que me reconhecesse quando me visse.” Falou com a voz tão baixa que não tive certeza se realmente tinha dito essas palavras. “Seu nome é Jade Amelia Thirlwall Edwards.

Ah, finamente um nome! Acabei por olhá-la querendo agradecê-la por finalmente me ceder tal informação.

“Então... Quem é você? Pode me dizer?” Perguntei olhando-a com curiosidade. Talvez se mantivesse os olhos nela eu conseguisse me lembrar de algo. A mulher fitou o chão e quando olhou para mim, tinha olhos tão intensos que me senti paralisada.

“Sou Perrie Louise Edwards, sua esposa.”

Suas palavras me açoitaram!

O que? Por quê? Onde? Mais o que...? Esposa? Ela? Essa mulher?

Em meio à confusão que senti com a noticia algo me ocorreu tardiamente, algo que mais tarde iria refletir sobre...

Nossa! Ela é gostosa!



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