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História Just Sex - Dezesseis - Proposta indecente, parte 2: Apenas Sexo.


Escrita por: AnnieParker

Notas do Autor


E aiiiiiiiiiii!
Gente, que saudades de vocês! Preciso falar algumas coisinhas :3
Primeiro, desculpas por dois motivos:
1. Demora: Demorei mais que o esperado por que estava respondendo milhares de comentários de outras fics minhas. Deixei os de JS por último por que aqui eu sempre faço as coisas direitinho. Mas só que ainda vai demorar mais um pouco para eu responder os daqui, então achei melhor postar logo. Vocês sabem que eu sempre respondo os comentários o/ Saibam que eu li e amei todos!
2. Erros: Alguém aí lembra da prévia do capítulo 15 no capítulo 14, onde a Levy fala alguma coisa com a Lucy? Bem, eu fui equivocada, e peço perdão. Isso vai acontecer sim, mas só no capítulo 17 ;-; Desculpem meu grande erro! É por que os capítulos já estão prontos e eu acabei me confundindo T^T Mas vou ajeitar as prévias dos outros capítulos.
Agora, quero agradecer a algumas pessoas em especial!
A ~Pure_Inoccence! A fofa da Lari que sempre está acompanhando minhas fics e nesses últimos dias ela comentou em praticamente todos os capítulos de JS, por que ela estava relendo de novo para tentar descobrir alguma coisa que deixou passar! Ela não é um amor, gente? <3
Também preciso agradecer a Loo-chan! Outra linda que me mandou uma MP apenas agradecendo pela fanfics que eu tenho! Fiquei muito emocionada! <33
E por último, ao Daniel4madara! Esse carinha fez um lindo comentário no último capítulo falando sobre suas teorias em JS! E olha, fiquei super impressionada! Infelizmente, não posso afirmar nem negar por que aí estaria revelando as coisas e isso não teria graça :v
E no geral, agradeço a todos vocês pelos lindos comentários e pelos 329 favoritos!
Well, é isso. Aproveitem o capítulo de hoje, que está bastante... legal ¬u¬ E olha, é a partir de agora que as coisas vão ficar mais misteriosas, e algumas coisas serão reveladas.
Boa leitura!

Capítulo 17 - Dezesseis - Proposta indecente, parte 2: Apenas Sexo.


Quando podemos nos ver?

– Hoje. Tem que ser hoje.

Na sua casa? – Imagino a expressão com segundas intenções de Hibiki e reviro os olhos.

– Não, na escola. Você já estudou aqui, sabe onde é. Estarei na biblioteca, você pode usar os computadores de lá.

Escuto sua risada.

Claro que não, meu amor. Não gosto de usar esses computadores lerdos de colégio, vou levar minha máquina.

Hibiki e sua paixão por informática.

– Você quem sabe, contanto que faça o que pedi. Demora muito?

É só o tempo de eu digitar e assinar o contrato. Vai querer que eu leve os termos já prontos? Pra quem é?

– Não. – Não consigo conter um sorriso de canto. – Meus termos são, digamos, bastante peculiares.

Hm, interessante. Espera, seus termos?! – Ele parece horrorizado. – Não me diga que você...

Começo a rir de seu desespero.

Quem é o maldito felizardo?!

– Vai saber quando chegar.

Maldade, Lucy. – Seu tom de voz está falsamente choroso. Que idiota, nem parece que tem 20 anos na cara. – Pensei que você estivesse se guardando para mim!

– Não seja ridículo, Hibiki. Venha logo, se não te quebro a cara.

Quando ele faz menção de choramingar mais, eu desligo a ligação. É cada encosto que me aparece.

Hibiki já está na faculdade, mas o conheci através de papai numa das raras vezes que fui em seu escritório numa situação até engraçada. Ele estagia lá e tem meu pai como chefe. É um cara legal, um pouco infantil demais para a sua idade, exceto quando dá em cima de mim. Já bati nele algumas vezes, mas nada sério. Hibiki nunca rompeu os limites, e isso é bom para sua própria segurança. Se eu não o matasse, acho que papai pediria para que Laxus o fizesse.

Respiro fundo depois de guardar minhas coisas no armário. Ando pelos corredores agora vazios do colégio, já faz mais de uma hora que o horário de aulas acabou. Espero que esse castigo não me dê dor de cabeça.

Quando viro um esquina, vejo Gray e Juvia, ainda com as roupas de Educação Física, se encarando intensamente. Não faço questão de esconder minha presença, além do que eles não parecem ligar para mim. Chegando mais perto, com eles ainda em silêncio, percebo que o rosto de Juvia está vermelho e Gray não parece nada feliz. E quase grito quando ela estapeia a cara dele.

– Você é doente, Gray!

Juvia se vira bruscamente para ir embora, mas esbarra em mim, só agora notando minha presença. Quando seguro seus braços, percebo que ela está tremendo, mas não se debate e aproveita para esconder o rosto em meu peito, onde chora silenciosamente.

Ela não quer que ele veja.

– Gray, o que significa isso? – Pergunto a ele, com uma calma fora do comum.

Sua expressão esboça arrependimento, mas ele tenta encobrir com uma pose defensiva e irritada:

– Você pergunta isso pra mim, Lu? Ela que me bateu!

Levanto o queixo ao olhar para ele. Gray está muito estranho, ele nunca foi assim.

– Sei que Juvia não faria isso sem um bom motivo.

– Por favor, me tira daqui. – Ouço Juvia sussurrar. Posso parecer uma pedra por fora, mas meu coração se parte vendo uma coisa dessas.

– Não precisa. – Diz Gray, ouvindo o que ela disse. – Eu saio.

E então ele vai embora, apertando a toalha que segurava nas mãos como se quisesse parti-la ao meio.

– Juvia. – A afasto um pouco de mim, fazendo com que ela me olhe nos olhos. – O que houve?

Nunca fui tão humilhada em toda minha vida!

Ai, meu Deus. Ela está chorando mais! O que eu faço? Não sei consolar as pessoas, definitivamente. Na verdade, dá vontade de socar a cara delas até que parem de chorar, de tanto que fico constrangida.

– Olha – Puxo-a para um banco no corredor. – Senta primeiro, respira fundo e se acalma. – Ela enxuga as lágrimas e balança a cabeça. – O que ele fez?

– Se eu te contar, você não vai acreditar.

Reviro os olhos.

– De novo essa história, Juvia?

– Eu já te disse, quarta-feira. Não era para você ter visto essa cena, na verdade nem era para ter acontecido. Eu que fui precipitada.

Respiro fundo.

– Não vai me contar mesmo?

Quarta-feira. – É tudo o que ela diz. Em seguida sorri para mim ao se levantar. – Obrigada, Lucy. Você é única com quem posso contar, mesmo que eu ainda nem tenha dito nada. Eu estou melhor, só quero ficar um pouco sozinha.

– Tudo bem.

– Desculpa dizer isso, mas você pode ir só com a Erza atrás da Levy? Eu também não consegui falar com ela pelo telefone e minha cabeça parece que vai explodir. Estou preocupada com ela, mas nessas condições...

– Relaxa, nós cuidamos disso. – Faço um joinha com a mão.

Prendo a respiração e fico em choque quando ela me abraça, mas consigo responder de modo mecânico.

– Me liga para dizer como ela está, okay? A Erza tá por aí, fazendo a lavagem cerebral pré-olimpíadas que ela faz com os novos “recrutas”.

Dou uma risada fraca.

– Se cuida.

– Você também.

Quando a perco de vista, chego a conclusão de que ela apenas quer ficar sozinha para chorar. Acho que toda essa confusão com o Gray me aproximou da Juvia. E por incrível que pareça, me sinto bem com isso.

O único problema agora é saber o que esse idiota está aprontando para deixá-la tão nervosa assim. Sinto que aí vem uma tempestade. E ainda tem a Levy.

Eita vida conturbada. Não basta a minha, tem que ser a dos meus amigos também.

Chegando na sala do diretor, bato na porta antes de entrar.

– Atrasada até para receber um castigo, senhorita Heartfilia.

Reviro os olhos para o velho e estalo a língua para Dragneel que já está em frente a ele. Sento na cadeira desleixadamente.

– O senhor quer mesmo saber o que eu estava fazendo? Sabe, estou naqueles dias das mulheres. Estou me sentindo uma cachoeira.

Sorrio alegremente para o diretor que parece em choque com o rosto vermelho. Dragneel me fuzila com os olhos estreitos como quem diz “você é maluca!”.

Puff.

– Não estou querendo saber de sua vida... íntima, senhorita Heartfilia. – Ele tosse para dispersar seu próprio constrangimento. – Indo direto ao ponto, vocês estão aqui para receber a devida punição. Espero que esse castigo sirva para aproximar vocês, já que requer um trabalho cooperativo em dupla.

– E que seria... – Dragneel quer saber.

– Bom, nossa bibliotecária, a senhora Hilda, já está muito velha para cuidar de tantos livros sozinha. E vocês crianças tem mania de pegar uma coisa e não colocar no lugar em que encontrou, o que dificulta o trabalho da pobrezinha.

Internamente me sinto aliviada. Pensei que ia ser pior, como tirar chicletes debaixo das carteiras, que além de ser trabalhoso, é super nojento.

– Vocês vão realocar todos os livros fora do lugar. – Torna a dizer o diretor. – O castigo acaba quando o trabalho terminar. E para não ser um trabalho em vão, vou impor um limite rígido para os que frenquentam a biblioteca. Punição para quem desorganizar, novas câmeras de segurança estarão a postos para isso. Podem começar a partir de agora, estarão livres depois das seis. Boa sorte.

Minha vontade é de bater na mesa e dizer que é um horário ridículo, mas me contenho. Apenas me levanto sem dizer nada e saio da sala seguida pelo meu mais novo “colega” de trabalho.

– A biblioteca é um lugar nostálgico para minhas fantasias

Olho para ele com desdém.

– Estava faltando você acrescentar seus comentários inúteis.

– Realizei muitas dos meus fetiches lá – Continua ele, me ignorando completamente –, uma pena colocarem câmeras de segurança. No primeiro ano, peguei nos seios daquela estagiária de inglês. – Reviro os olhos freneticamente enquanto andamos e ele gesticula com as mãos como se estivesse apertando "algo". – Não eram tão grandes quanto os seus, mas ela era bem safada.

– Me poupe dos detalhes sórdidos, Dragneel.

– Detalhes sórdidos? Olha só quem fala, quase vi a hora do diretor ter um enfarto. Você não está naqueles dias.

– Quem manda ele me encher? Mas não sou obrigada a ouvir sua nojeiras.

– Está com ciúmes, loirinha? – Me pergunta com um tom malicioso.

– Ciúmes? Me poupe, garoto. Logo, logo vou abaixar a sua bola.

Ele estreita os olhos, desconfiado.

– O que quer dizer?

– Daqui a pouco você saberá. Agora vamos logo acabar com isso.

Assim que entramos na biblioteca, somos recebidos pela bibliotecária de 200 anos da escola. Ela é tão velha, mas tão velha, que meu pai disse que ela já era velha quando ele estudou aqui. Mas é uma boa senhora.

– Ora, meus jovens. – Ela se aproxima de nós com sua bengala, com os olhos miúdos em nossa direção. – Vocês são os anjos que me ajudarão?

– Eu posso até ser um anjo, mas essa daí tá mais para demônio. Não se engane com essa carinha fofa. – Dragneel me alfineta.

Soco seu braço discretamente.

– Ai!

– Sim, Hilda-san. Fomos convidados a ajudá-la. – Sorrio para ela.

Quase pulo de susto quando ela acerta a cabeça do filho da mãe com a bengala.

–Ei, porque está me batendo? –Dragneel pergunta massageando o local atingido. Prendo o riso com as mãos.

Por que você é idiota. Mas é bom garoto.

Dragneel parece envergonhado.

–Tá, só não precisava ter me batido. – Murmura com um bico.

– Bem, aqui está a lista do material. – Ela aponta para um livro enorme no balcão. – Em ordem alfabética, ali contém todos os livros que temos aqui, e quais são suas devidas seções. – Ela se vira em direção às estantes e nós a seguimos. – Mas nas prateleiras, cada seção é dividida em ordem alfabética. Ou seja, na seção de Literatura, os livros estão enfileirados de A a Z. A ordem alfabética da biblioteca não é universal, e sim para cada seção.

– Parece ser simples. – Dragneel comenta.

– É, pode ate ser simples, mas o problema é a quantidade. – Digo, olhando ao redor.  Tinha me esquecido de como o lugar é enorme.

– A moça tem razão. – Hilda-san concorda comigo. – Tem muita coisa fora do lugar, eu fiz o que pude, mas estou velha demais e minhas costas e pernas não aguentam subir escadas, ainda mais com peso.

– Tudo bem, estamos aqui para isso.

Olho para o sorriso dele ao dizer isso e automaticamente me recordo do Natsu da minha infância. Porque ele faz isso? Não gosto de lembrar de como ele era, nem de como nós éramos amigos. Tudo o que eu vejo e odeio é como ele é agora.

Isso é tudo o que eu sei.

– Muito obrigada, crianças. – Hilda-san termina o tour parando na primeira "rua". Ela aponta para um carrinho e uma escada com rodinhas acoplada à prateleira. – Tem uma uma escada em cada fileira e esse carrinho é para vocês colocarem os livros que estão fora do lugar. Aconselho vocês fazerem duas ruas por dia, desse jeito em menos de duas semanas vocês terminam.

– Tudo bem. – Digo, com uma aura derrotada.  Mas assim como o Dragneel, me sinto bem em ajudar uma boa senhora como a Hilda. – Até mais.

– Até, minha querida. – Ela sorri para mim e se vira paraDragneel, o acertando na cabeça de novo. – Bom garoto.

– Então porque me bateu? – Ele choraminga.

– Porque você é idiota. Boa sorte para vocês.

– Até a velha sabe que você é um idiota. – Não perco a oportunidade de alfinetá-lo quando ficamos sozinhos.

– Ela gostou de mim. – Tenta se defender. Começo a rir enquanto carrego o carrinho para o início da primeira fileira de estantes.

– Ah, claro. Tanto que quase abriu sua cabeça duas vezes.

– Vamos acabar logo com isso. – Ele toma o carrinho das minhas mãos e aponta para a escada. – Você sobe e me dá os livros errados e quando formos colocar no lugar certo a gente troca.

– Nossa, quanta agilidade. – Gesticulo debilmente com as mãos. – Só vou fazer o que você diz por que é mais rápido e não quero perder meus dias aqui mais que o necessário.

– Tenho planos para hoje à noite. Não quero passar das seis.

Minha vontade era de gritar na cara dele, mas apenas fico rindo diabolicamente por dentro.

Isso é o que você pensa, seu filho da mãe. Nada de vadiar hoje, nem nunca mais.

Depois de tirar vários livros das prateleiras de baixo, tive que subir na escada para verificar se os de cima também estão em desordem. Estou quase dizendo a mim mesma que isso é praticamente impossível, quando encontro alguns fora do lugar.

– Como as pessoas se dão ao trabalho de subir nessa porcaria de escada apenas para colocar um livro onde não se deve?! – Expresso minha raiva ao jogá-los para ele.

Quando dou por mim, percebo que ele me olha de baixo com uma expressão maliciosa.

– O quê?

– Se você usasse saia, eu teria uma boa visão daqui. – Faz close com as mãos. – Você deveria pelo menos usar umas calças mais apertadas, parece até que tem bunda caída.

Jogo um livro na cabeça dele.

– Você sabe muito bem que eu não tenho. E estou muito feliz com minhas roupas, obrigada.

– Claro, você odeia homens, mas ama se parecer com um.

Estalo a língua. O que tem demais nas minhas roupas? Tá, eu sei que não sou muito feminina, mas uma calça cargos marrom e uma camiseta preta não é tão ruim, é?

Antes que eu possa retrucá-lo, ouço seu celular tocar.

– Preciso sair. – Diz ele, silenciando a ligação. Havia um vislumbre de sorriso em seus lábios?

– Aonde você vai, seu imbecil? Temos que terminar aqui!

– Vou atender a ligação e quero privacidade. Além do mais, já fizemos muito e são quase seis horas.

– Mesmo assim! – Ele me ignora e sai andando. – Volta aqui! Desgraçado!

Dessa vez o meu celular toca.

– O que é? – Atendo com mal humor.

Ai, Lucy. Você não me ama?

– Hibiki. Sem. Drama. Já chegou?

Estou nos corredores. Onde você está? Nossa, aqui não mudou quase nada.

– Na biblioteca.

Chego já.

Desligo o celular e guardo os livros pré organizados dentro da sala de arquivos. Quando chego às mesas da área de estudo, Hibiki entra pela porta com seu terno de escritório e cabelos loiro-escuro.

– Lucy! – Ele corre até mim como uma gazela, mas espalmo a mão em sua face impondo um limite de distância.

– Não invada meu espaço pessoal. Eu não vou te abraçar.

– Você é muito má, Lucy. – Ele massageia o nariz. – Cadê o meu rival?

– Daqui a pouco ele chega. Vai preparando o material.

– Okay.

Seguimos para perto dos computadores para que ele use uma das impressoras. Ele afasta os computadores não tão avançados da escola como se estivesse com nojo e põe alegremente seu notebook futurístico em cima da escrivaninha. Depois de digitar algumas coisas rapidamente, abre um arquivo de documento com uma base dos termos de contrato.

Hibiki é um nerd de carteirinha e isso salvou sua pele no colegial. Segundo ele, apanhava muito dos valentões da escola, e o único jeito que conseguiu para salvar sua pele foi vendendo esses contratos de namoro que achou na internet. É tudo muito simples: Os badboys queriam as garotas só para eles, mas também queriam ser livres. Então a melhor coisa foi Hibiki sugerir esses contratos, ao qual o casal chegava num acordo. O negócio vai para o cartório e tudo, e a pessoa escolhia o tipo de punição se ele fosse quebrado.

A situação não é muito diferente da minha e do Dragneel, mas os termos e as circunstâncias são completamente diferentes.

– Hibiki. Quero que você retire toda e qualquer coisa sentimental desses termos e só deixe o básico do básico.

Ele olha para mim assustado.

– Que tipo de contrato... Frio é esse que você vai fazer?

– Aguarde e verá. Já volto.

Saio da biblioteca deixando Hibiki adiantar as coisas e vou atrás do Dragneel. O colégio está escuro em algumas partes, já que nem todas as luzes estão acesas, então fico de olho nas penumbras e sombras. Desconfiança nunca é demais.

Depois de procurar em praticamente todo canto, escuto uns gemidos quando passo em frente ao banheiro feminino que quase ninguém usa por ser longe demais.

Não penso duas vezes em entrar. E olha só o que encontro? Dragneel dando uma de desentupidor de pia numa garota do segundo ano. Uma tal de Kinana que treina com a Juvia na natação. Só lembro da bendita por causa da sua voz extremamente irritante, daquele tipo forçadamente fofo.

Urgh!

– Então essa era a ligação importante que você tinha que atender?

Kinana olha para mim como se visse um fantasma. Já ele:

– Yo, Lucy. Quer se juntar a nós?

Sorrio para ele.

– Não, obrigada. Esse negócio de desentupir privadas é com você, não comigo.

– Cruel. – Ele ri, ajeitando o cabelo.

– Tanto faz, apenas volte para a biblioteca. Ainda temos assuntos a tratar lá.

– Hein? Eu vou para casa, meu amor. Disse que tenho coisas mais importantes a fazer. – Ele olha maliciosamente para Kinana e pisca um olho. A menina só faltou se derreter feito manteiga. Eca.

– Não hoje, amorzinho. – Retruco e chego mais perto para puxá-lo pelo braço e sussurrar em seu ouvido: – Quero conversar sobre aquela proposta.

Quando me afasto dele, seu rosto está contorcido em choque.

– Você está falando sério?

– Por acaso sou mulher de brincar, criatura? – Digo raivosa e me volto para Kinana que olha de mim para ele sem entender. – E você, o que ainda está fazendo aqui? Vaza antes que eu dê uma de desentupidora de privadas também, mas só que com sua cabeça.

Em seguida ela pega sua bolsa do chão e sai desajeitadamente pela porta. E graças a meu instinto, desvio dos braços de Dragneel antes que ele me agarre.

– O que pensa que está fazendo?

– Você disse que queria conversar.

– Sim, exatamente. Conversar! E não aqui, na biblioteca.

Ele bufa, mas me segue em silêncio pelos corredores. Quando chegamos, Dragneel parece chocado ao ver Hibiki.

– Hibiki? – Pergunta, descrente.

– Natsu?!

– É pra eu dizer meu nome também? – Reviro os olhos.

– Lucy! – Hibiki grita, se levantando bruscamente. Povo doido. Aponta um dedo para Drganeel. – Não me diga que o contrato é com ele?

– Contrato? Que contrato?

– Calma aí! – Gesticulo com as mãos. – Primeiro, de onde vocês dois se conhecem?

Hibiki folga sua gravata.

– O escritório de seu pai tem negócios com o senhor Dragneel. Nos encontramos eventualmente em reuniões e jantares na casa dele.

– Ah.

– Okay, explicações à parte. – Dragneel se manifesta. – Que história é esse de contrato?

Sorrio diabolicamente.

– Veja você mesmo. – Aponto para o notebook.

– Contrato de... relacionamento? – Lê o que está escrito. Se vira para mim com uma expressão confusa. – E isso seria...?

– A minha proposta. – Respondo com um ar vitorioso. – Você quer exclusividade, mas já ficou bem claro que eu não posso ter o mesmo. Assinar esse contrato seria garantir a... fidelidade da nossa relação, digamos assim.

Dragneel fica completamente perplexo e sem fala.

– Vocês estão mesmo namorando? – Hibiki pergunta sem acreditar.

– Já disse que não é contrato de namoro.

– Então é de quê? – Dragneel pergunta, aparentemente saindo do choque.

Apenas Sexo.

Hibiki quase se engasga com sua própria saliva.

– Você está falando sério?

– Mais que sério. – Olho intensamente para Dragneel, que corresponde da mesma forma. – Nada de um namoro comum. Sem cobranças de atitudes, romance, andar de mãos dadas, demonstrações de afeto, ciúmes. Mas tem a exclusividade, que, no caso, serviria como a fidelidade. Nenhum de nós dois pode se relacionar com outras pessoas. Mas nossa relação é única e exclusivamente física. Sexo, e nada mais. Pode escrever aí.

Ainda de olhos arregalados, Hibiki escreve tudo rapidamente.

Dragneel finalmente se pronuncia.

– Por que acha que eu aceitaria?

– Por que é isso, ou nada. Você escolhe.

Enquanto ele parece pensar sobre o assunto, Hibiki pergunta:

– Quais as consequências da quebra de fidelidade?

Mantenho um sorriso contido. Venho pensando nisso desde liguei para Hibiki mais cedo. Se tem uma coisa que Dragneel ama mais que a si próprio, é seu cabelo. Os fios róseos são sua marca registrada, especialmente quando ele faz seus penteados nos jogos. Tirar isso dele seria o fim, contanto eu não ligaria de ficar careca por um tempo. Além do mais, eu nunca quebraria esse termo, nem mesmo se eu quisesse.

– É bem simples. Não pediria dinheiro, por que isso é muito simples para que tem grana. Por isso a punição será ficar completamente careca.

– O quê?! – Dragneel parece à beira de um surto. – Isso é ridículo.

O olho com raiva.

– Seu desgraçado mulherengo, já está pensando em trair? Parece uma mulherzinha cheio de frescura com o cabelo.

Quando ele respira fundo sei que venci. Ele não foge a um desafio.

– Eu aceito. Mas também tenho minhas condições.

– Tava demorando...

Quero que você me chame pelo nome.

Fico sem palavras. Por que ele me pediu algo tão besta quanto isso?

– Que seja. – Reviro os olhos fingindo não ligar. – Hibiki, não se esqueça de adicionar o mais importante de tudo.

– O quê? – Ele para de digitar para me olhar.

– Se alguma das partes passar a sentir algo a mais que desejo carnal ou não quiser mais estar no relacionamento, pode desistir imediatamente do contrato, invalidando-o dessa forma. De acordo? – Pergunto para ele.

– De acordo.

– Okay... – Hibiki ainda parece chocado. Depois de digitar mais algumas coisas, se vira para a impressora. – Terminei. Agora é só assinar e levar pro cartório.

Puxo o papel da impressora e pego uma caneta. Já a postos para assinar, me contenho antes de perguntar:

– Tem certeza mesmo disso?

Dragneel me olha com um sorriso malicioso e puxa a caneta de minhas mãos, assinando antes de mim.

Não sou homem de brincadeira.

Quando é minha vez de assinar, sinto que estou fazendo a maior merda da minha vida. Entrego a folha de volta a Hibiki e passo a olhar o meu “parceiro” intensamente. Dragneel não parece feliz, nem triste. Na verdade, ele está bem sério. Consigo ver seu maxilar tenso e, quando mordo o lábio inferior, sei o que ele quer.

– Er... Então eu vou indo. – Hibiki nota o clima tenso e arruma suas coisas. – Depois mando uma cópia carimbada para vocês.

– Ótimo, faça isso. Me passa o número da sua conta.

– Não precisa pagar, Lucy. Estou te devolvendo o favor de ter me salvado quando nos conhecemos. – Quando percebe que não desviamos o olhar um do outro, Hibiki pega suas coisas para ir embora. – Nos falamos depois.

– Até.

Escuto o som da porta da biblioteca se fechando, mas ainda continuamos a nos encarar. Por que estou ficando excitada com isso?

Estendo a mão para ele.

– Apenas sexo?

Dragneel passa a língua pelos lábios antes de apertar minha mão e dizer:

– Apenas sexo.

E como uma atração magnética, nos unimos desesperadamente num beijo. Agarro os fios de sua nuca, ficando na ponta dos pés para introduzir minha língua em sua boca. Ele rapidamente me ergue no chão, fazendo com que eu cruze as pernas ao redor de sua cintura. Um das estantes balança quando ele me joga contra ela, mas isso não é importante no momento. Suas mãos quentes entram por baixo da minha blusa, apalpando meus seios por cima do sutiã. E habilidosamente, ele abre o feixe em minhas costas, deixando meu seio livre para ele.

– Não podemos fazer isso aqui. – Digo entre beijos, ele não está me deixando respirar.

– Por que não? Está com medo? – Me olha zombeteiro.

– Claro, seu idiota. O diretor ainda está por aqui, e se ele vier nos ver?

Fico confusa quando ele me coloca no chão.

– Vem.

Me arrastando pelo braço, vamos até o fundo da biblioteca, chegando até uma porta que nunca tinha visto na vida. Dragneel tira a chave debaixo do tapete em frente a ela.

– Que lugar é esse?

– É uma sala onde eles guardam coisas velhas. Descobri no segundo ano.

Fico imaginando quantas garotas ele já não trouxe aqui, mas minha calcinha molhada é o que mais me interessa agora.

A sala é escura e fede a mofo, mas nem tenho tempo de olhar o local quando ele me beija de novo. Enquanto ele tenta desabotoar minha calça, batemos nas mesas e estantes, fazendo um barulho oco. Estou me sentindo excitada com essa adrenalina de perigo.

Acabo gemendo alto quando ele coloca os dedos por dentro da calça agora aberta.

– Não esperaria menos de você, Lucy. 

Ele tira minha calça e blusa ainda mais animado, para em seguida fazer o mesmo com as próprias roupas. Quando ele me coloca nos braços de novo, tenho um espasmo ao sinto seu sexo rígido em mim. Sem se importar com o mundo lá fora, ele arrasta as coisas de cima de uma das mesas, deixando que caiam no chão, e me joga em cima dela.

– Estamos fazendo muito barulho. – O repreendo, ofegante. Quase não enxergo seu rosto, mas posso sentir seu calor.

– E vamos fazer mais ainda.

Hm... – Murmuro quando ele me passa a me penetrar lentamente.

A mesa range com a movimentação agora rápida, mas isso parece apenas me excitar ainda mais. Aperto seus braços, jogando a cabeça para trás, sem conseguir conter os gemidos que escapam de meus lábios.

Ele parece anestesiado, me olhando como se eu fosse um enigma a decifrar. Mas o verdadeiro mistério estão em seus olhos densos, aos quais me perco em fascínio. Suas íris escuras parecem esconder algo sombrio e sensual, o tipo de perigo que te leva para o céu e para o inferno ao mesmo tempo.

Puxo-o pela nuca, chupando sua língua, e isso parece instigá-lo a continuar num ritmo cada vez mais frenético. Seu rosto está a centímetros do meu, meus lábios entreabertos pelos gemidos, apenas roçando em sua boca quando não consigo mais beijá-lo. Minhas pernas e braços tremem, fazendo com que ele segure minhas costas para dar apoio. Em tão pouco tempo, alcançamos uma sintonia tão perfeita, que isso até me assusta.

Mas eu simplesmente não consigo parar. Mesmo com medo do desconhecido, com medo do futuro e de mim mesma, sinto essa necessidade de senti-lo.

Por que ele é o único com quem posso sentir alguma coisa de verdade.

Meus músculos se contraem com o orgasmo, e eu não consigo fazer mais nada, apenas sentir. Meus seios estão contra seu peito rígido quando ele me abraça, me fazendo sentar em seu colo.  Minha respiração está descompassada, ainda sentindo os efeitos do êxtase, mas sei que ele ainda não atingiu o clímax. Seu corpo está calmo e ele ainda não disse nada, o que me faz estranhar sua atitude. Afasto-me um pouco para olhá-lo e meu estômago desce aos pés em milésimos de segundos.

Seus olhos mudaram. O outro cara.

 

No próximo capítulo... 

 

"– Levy! Finalmente consegui falar com você, criatura. O que houve, por que não veio para aula?

– Lu-chan... – Levy pronuncia meu nome num murmúrio abafado, como se me suplicasse algo.

Sinto meu estômago se contorcer.

– Levy, você está chorando? – Pergunto apreensiva e fico ainda mais nervosa quando ela passa a chorar ainda mais, respondendo minha pergunta.

– O que aconteceu?!

– O Gajeel, Lu-chan. – Sua voz está tão embargada que custo a entender. Aos soluços, repete de novo: – Foi o Gajeel que...

Filho da puta desgraçado! Ela nem está conseguindo falar direito de tanto que chora. Minha amiga...

– Estou indo aí agora mesmo."

[...]

"– Natsu, o que houve? – Ele não responde nada, com um semblante indecifrável que na penumbra apenas fica mais obscuro. Me solta no chão, para logo em seguida me jogar bruscamente contra a parede, levantando minhas pernas e me fazendo ficar na ponta dos pés enquanto me segura. – O que está fazendo?
Apertando meu pescoço por trás, ele tira os fios do meu rosto e o empurra na parede, sussurrando em meu ouvido.
– Calada. O único som que quero ouvir sair da sua boca, são seus gemidos."



Continua...


Notas Finais


E então, o que acharam? ¬u¬ As coisas vão começar a complicar para a Lucy...
Espero que tenham gostado!
Beijos da Annie <3


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