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História Just The Way You Are - Vem pra mim


Escrita por: sapatroas

Notas do Autor


Na minha cabeça maluca e de shipper desse casalzão um roteiro diferente do que aquele que foi pro ar no capítulo 45. Ivani, desculpe, mas albertela merecia mais.

Capítulo 2 - Vem pra mim


Fanfic / Fanfiction Just The Way You Are - Vem pra mim

Só quando saiu da pensão permitiu que as lágrimas inundassem seu rosto, elas já estavam queimando, foi inevitável. Ao caminhar até sua casa sentia-se presa a inúmeras correntes, Alberto não a amava e como não tinha percebido? Depois  de tantos anos se permitiu viver alguma emoção, de nada adiantou, mais uma vez estava sofrendo, jamais passou por sua cabeça que ele pudesse ser um dissimulado. Entrou em casa, foi até o banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água levar um pouco do amor que sentia, por tantas vezes aquele a sentimento a sufocou, ela o amava demais e nem podia dizer que tinha perdido algo que ela nem ao menos conquistou. Ela foi a segunda opção, o que havia restado para ele, afinal quem o Alberto queria estava casada, mas era uma questão de tempo, afinal quando o Téo se separasse da Diná, o médico não hesitaria em correr atrás dela, segundo o raciocínio da mãe da Bia. Estela encurtaria esse caminho e o livraria dessa penitência, sorriu ironicamente ao olhar seu reflexo no espelho, fez algumas caretas para diminuir o inchaço que já adornava seus olhos, passou um bom tempo se analisando, enquanto esperava o tempo de ação de uma hidratação no cabelo. Resolveu tomar a decisão de parar de se esconder do mundo naquele instante, bem de repente, procurou uma roupa que a Andreza tinha dado no seu aniversário do ano passado, assim que encontrou ficou satisfeita e mesmo com a cabeça fervilhando, lá pelas tantas horas da noite conseguiu dormir.

Pela manhã quando arrumou tudo em casa, foi se vestir para o trabalho e se surpreendeu com sua própria beleza. Por tantas vezes ouviu que a Diná além de bonita, era charmosa, sua própria filha vivia comparando as duas, jogando isso na cara dela para magoa-la. Estela nunca foi de se arrumar muito, era tão prática, no máximo um batom e pronto, achava tudo isso uma frescura, mas hoje se permitiu ser um pouco fresca. Era importante aquele autocuidado, passou anos renegando a si própria em prol da filha e apesar das dificuldades podia se dar ao luxo de se achar linda e poderosa. Rejeitou a carona do Seu Tibério e mal andou 100m notou os olhares de admiração tanto de homens quanto de mulheres, ela mentiria se dissesse que não estava gostando. No trajeto do ônibus seu pensamento recaiu em Alberto, precisava botar um ponto final naquilo tudo logo de uma vez, antes que fosse sofrer mais.

— Naná, eu já falei com seu Duarte, ele me liberou, vou dar uma saída rápida

— Tá, mas aconteceu alguma coisa, Estela?

— Nada de muito importante. Toma conta de tudo pra mim?

— Claro

— Obrigada, querida

Chegando no prédio onde o médico trabalhava, ela quis fugir e sumir dali, mas não podia perder a coragem, não agora, provavelmente ele negaria tudo, como todos os homens fazem. Seguraria as lágrimas e sairia por cima, não precisava se sujeitar a essa baixeza só pra ter um homem ao seu lado, ela tinha sua dignidade e orgulho, isso bastava.

— Pode entrar, dona Estela, o doutor Alberto está esperando

— Obrigada

Girou a maçaneta da porta entrando no recinto, Alberto estava escrevendo alguma coisa de cabeça baixa e seu coração acelerou, se amaldiçoou por ainda admira-lo depois de tudo, tentou não fazer barulho em vão

— Olha, eu estou esperando uma pessoa importante, a senhora pode aguardar um momento

Estava de costas e enxugou uma lágrima suave que tentou escorrer e virou-se para ele

— Não me reconheceu? – suas palavras eram cheias de ironia

— Meu amor, nossa... você conseguiu ficar ainda mais bonita, como se isso fosse possível – ele tentou pegar no cabelo dela, mas ela se afastou

— É... eu resolvi arejar o visual. Cansei de me fazer de coitada, sabe?

— Eu não estou entendendo, aconteceu alguma coisa?

— Você não tinha o direito de fazer isso comigo

— Estela calma, me conta o que aconteceu?

— O Seu Tibério foi um cretino

— Que isso, Estela... o homem é uma criança

Pelo menos ele não negou, já sabia do que se tratava

— Criança? Ele foi leviano

— Tá, mas você vai querer desmentir o que ele me contou?

— Logo eu que não faço confidências com ninguém

— Estela, ele descobriu e veio feliz da vida me contar, ele só queria nos ajudar

— Chega, Alberto. Não precisa mais desse seu teatrinho, a mulher que você quer está casada, eu não preciso da sua caridade – sua respiração foi ficando cada vez mais ofegante por todo aquele nervosismo existente nessa situação

— Estela é isso mesmo? Você acha que eu gosto da Diná e fiquei com você por piedade? – se limitou a só balançar a cabeça – Eu nunca ouvi tanto disparate na minha vida

— Eu acho que já fomos bem claros um com outro

— Espera ai, um minutinho por favor. Você tá sendo muito injusta

— Procura outra pessoa pra te ajudar nisso

— Olha pra mim, Estela. Só olha e me escuta, eu não te peço mais nada, depois você faz o que você quiser – ele soltou o ar que estava prendendo e seus olhos ficaram um pouco marejados, ela não entendeu nada, embora tenha feito o que ele pediu se dando conta de que estavam perto demais um do outro e a mão do Alberto ainda estava lá na sua cintura – Em primeiro lugar, quando seu Tibério veio falar sobre seus sentimentos por mim, eu já estava vendo você com outros olhos, Estela. Eu sentia tanto a sua falta, das nossas conversas, você estava me evitando e eu fiquei profundamente magoado quando me dei conta disso, o fato dele contar foi apenas um estímulo a mais para eu me declarar a você. Eu acho sim que você tem todo o direito de ficar magoada por essa fofoca, mas por favor acredita em mim, Estela. Eu não sou leviano e muito menos mentiroso. Em segundo lugar, eu não amo a sua irmã, nem muito menos a amei em qualquer dia da minha existência, o que eu sentia por ela era um carinho muito forte e eu confundi as coisas, achei que gostasse dela sim, só que quando eu acordei e olhei pra você... foi como se uma nova vida tivesse começado, a mim não bastava frequentar sua casa como um amigo, médico da família, eu queria e quero muito mais, não porque você é a minha segunda opção, mas por que você, Estela, só você é a única possível, não existe ninguém nesse mundo que possa me fazer mais feliz do que você.

Os dois já estavam completamente emocionados, Estela já não sabia mais qual era o sentimento dominante, tudo havia se misturado dentro dela

— Alber...

— Espera...se não eu perco a coragem, eu amo a forma como você defende sua família, o fato de você ser sempre equilibrada e sensata pensando no bem das pessoas e sendo sincera mesmo que isso magoe algumas pessoas, eu amo que você cuida de todo mundo e não espera nada em troca, eu amo a sua teimosia e seu orgulho por mais que sejam bobos, eu amo que seus olhos sorriem quando você sorrir, eu amo a forma como você fala o meu nome, eu amo você sem graça quando eu te elogio, desse jeito agora, sem querer olhar nos meus olhos, eu amo o teu cheiro, eu amo quando você faz o meu ombro de travesseiro e eu posso mexer e cheirar o teu cabelo, ah Estela, eu te amo inteira, não sai da minha vida assim, porque eu demorei muito a te achar, fica comigo

— Por favor não fala mais nada

Ele fechou os olhos no mais absorto silêncio, Estela se afastou dele, Alberto sentiu o vazio do calor dela e talvez um parte dele tenha morrido. Não era um homem de muitos medos, mas naquele momento não quis abrir os olhos, não quis mais existir se fosse possível, podia ser só um sonho ruim e a qualquer momento ele acordaria e estaria tudo bem, dai ele ouviu o barulho da maçaneta e sabia que tudo estava perdido. Não acreditava quando diziam que doía tanto e agora ali estava ele sofrendo. Quando tomou coragem finalmente abriu os olhos

— Eu pense...

— Shiu! Como eu poderia ir embora depois de tudo que eu ouvi e senti? Nunca ninguém me leu tão bem quanto você, eu me sinto tão especial ao seu lado – enquanto falava, ela passava a chave na porta

— O que você tá fazendo?

— Alberto, você é o homem da minha vida, essa é a maior certeza que tenho. Desculpe se eu te magoei e o que eu tô fazendo? É muito simples, eu te amo e quero ficar todos os restos dos meus dias ao teu lado

Ela andou passo a passo confiante em direção a ele e finalmente o beijou, sentindo-se livre de qualquer medo, de qualquer angústia, ela tinha o coração, o corpo e amor desse homem. Os beijos se misturavam ao gosto salgado das lágrimas e nada mais ali importava. Enquanto Alberto beijava a curvinha da orelha e do pescoço dela, Estela aproveitava pra desabotoar a camisa dele, ainda que tivesse cheio de desejo

— Estela aqui não... a qualquer momento alguém vai chegar

Com um sorriso bem sedutor

— Ninguém vai nos atrapalhar, a sua última cliente desistiu e eu tomei a liberdade de dispensar a sua secretária – ela passou a mão no cabelo e mordeu o lábio, uma coisa bem natural e ao mesmo tempo bem provocativa. Ela aproveitou pra chegar bem próximo do ouvido dele – Somos só eu e você, doutor Alberto

— Então vamos aproveitar ao máximo

— Isso é uma ordem médica? - ele levantou os braços para que a camisa passasse

— É sim senhora – nesse momento Alberto enfiou as mãos por baixo da blusa preta da amada, a trazendo para ele, apertava de um modo possessivo, mas sem machucar – Estela, promete que você nunca mais vai duvidar do que eu sinto por você.

— Nunca mais, meu amor, eu prometo.

A blusa foi pra qualquer canto do chão, ele colou os seus corpos e a beijou de forma urgente, a filha dona Maroca ofegou e ela precisava de mais do que um beijo, sabia que Alberto também, parecia tão insuficiente, ali mesmo naquele sofá se amaram de uma forma intensa, reafirmando todo o amor que sentiam um pelo o outro.

Eles acabaram adormecendo ali mesmo, de uma forma desajeitada, mas ainda assim a Estela fazendo o Alberto se travesseiro, quando ela acordou se sentiu culpada, mas notou que o amado sonhava e estava sorrindo. Por um tempo ficou admirando as feições do Alberto, fez isso muitas vezes de longe, ela passou o dedo na bochecha fazendo um carinho suave, seus olhos irradiavam ternura e paixão, ele acordou e a surpreendeu, Estela ficou corada por ter sido pega

— Tava me analisando, dona Estela?

Sem conseguir prender o riso ela respondeu:

— Para, Alberto. Tava te admirando, posso, não posso?

— Deixa eu pensar aqui. Não só pode, como deve

Ela deu um tapa no braço dele

— Convencido

— Ah que horas são?

— Ah não

— Ah sim – ele ri – chega de chamego

— Tem certeza?

— Este... não me provoca desse jeito que eu fico maluco

Ela se aproveitou que estava por cima dele, completamente nus só com um lençol fino que acharam por ali, cobrindo, Estela roçava pele com pele

— Eu posso perfeitamente parar e ir embora se você quiser – deu um selinho nele

— Não... eu sou um homem com sangue nas veias, agora que você começou, só vai sair daqui quando acabar

Por eles ficariam a noite toda ali, mas Alberto tinha outros compromissos e por mais que não quisessem encerrar aquele dia, eles sabiam que nada mais podia separa-los e teriam mais momentos como aqueles. Depois de arrumarem a bagunça que tinham feito, o médico a deixou em casa.

— A gente precisa agilizar o seu processo de divórcio, eu não quero mais ter que me separar de você

— Eu sei, eu também não, na verdade é tudo que eu mais quero, me livrar logo disso. Vamos amanhã no advogado que o Otavio indicou?

— Claro. Agora eu preciso realmente ir. Se cuida, meu amor.

— A Diná tá chegando – ele ri – É sério. Vai com, Deus, tenha cuidado no trânsito.

Se beijaram e ele foi embora. Logo em seguida a Diná chegou pra deixar a Bia e aproveitar pra enfiar juízo na cabeça da irmã turrona. Enquanto a adolescente foi brincar com os amigos, assim que a Diná bateu os olhos na Estela ela sabia que não precisava fazer mais nada

— A senhora sumiu o dia inteiro, liguei lá na sua repartição não tava. Onde você tava?

— Tava por ai ué

— Estela não mente pra mim. Você tava com o Alberto não era? – silêncio – Não, não precisa responder, tá na sua cara

— O que é que tem a minha cara?

— Você tá irradiante, eu nem precisaria da nossa telepatia pra sentir o seu farol de felicidade. Finalmente largou de ser boba e fez as pazes com o homem que só quer o teu bem e te ama

— É, a gente conversou muito

— Só conversou?

— Diná!!! - as duas caíram na gargalhada. - Trate de comprar um vestido, porque você vai ser minha madrinha de casamento.


Notas Finais


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