1. Spirit Fanfics >
  2. Just The Way You Are >
  3. Se chove lá fora, queima aqui dentro

História Just The Way You Are - Se chove lá fora, queima aqui dentro


Escrita por: sapatroas

Notas do Autor


Já perceberam.que segui com a ideia das oneshots né? Desculpem os erros, não revisei, mas espero que aproveitem o capítulo mesmo assim.

Capítulo 3 - Se chove lá fora, queima aqui dentro


Alberto já tinha encerrado seus compromissos, viu uma garrafa de uísque no meio que Mauro havia tomado, resolveu tomar um gole, não era de se embriagar, nem nada perto disso, mas as vezes um homem precisava anestesiar os pensamentos, já que nem sempre dava pra esquecer. Estela não saia da sua mente, ele sentia uma falta absurda dela, como em tão pouco tempo uma pessoa preenchia tanto a vida de outra? Chegava a sentir o perfume dela nos seus devaneios. Bebeu o copo rápido demais, a sensação de queimação não foi tão forte.

O ex marido tinha voltado para seu tormento, por mais que tivesse conversado sobre esse assunto muitas vezes, tinha medo deles dois se reconciliarem, a Bia ficaria feliz e torcia por isso, qual seria o impedimento? Eles ainda eram casados. Sua cabeça dava voltas e não chegava a lugar nenhum, o amargo gosto do segundo gole permanecia lá. Tudo que ele mais desejava era tê-la aqui para poder se perder e se achar naqueles olhos, o telefone tocou, pensou em ignorar, mas sua profissão não permitia agir assim, então atendeu.

Saiu de modo apressado, e nem reparou que um temporal estava se formando, ligou o carro e saiu em disparada. O trânsito estava um inferno pela chuva que já desabava, mas fazendo alguns desvios, conseguiu chegar ao destino final. De longe, ainda que com o vidro embaçado ele a viu encolhida, meio trêmula, esperando um táxi, um ônibus, qualquer coisa que pudesse a tirar dali. Na correria lembrou que tinha uma capa na mala, saiu do carro e pegou.

— Estela, Estela

— Alberto? O que você tá fazendo aqui?

— Entra no meu carro, eu vim te buscar

— Eu não preciso, já já um táxi aparece

— Estela para com essa besteira, você deve tá ai há horas. Tá chovendo muito, vários engarrafamentos, você só sai daqui amanhã e já está ficando muito tarde

Ela resmungou, mas concordou

— Tudo bem

— Usa isso pra você não se resfriar

A mãe de Bia não pode deixar de sorrir, Alberto sempre dava um jeito de cuidar dela, por mais que fosse estranho, ela gostava sim dessa proteção. No carro, ela o observou de canto de olho, Alberto parecia tão charmoso com aqueles fios molhados. Aquele silêncio estava extremamente perturbador, até os espirros dela entrarem em ação, até houve uma tentativa de prendê-los, mas não conseguiu

— Você precisa tomar algo quente

— Droga de tempo, hoje fez sol o dia todo. O que você tá fazendo?

— Te levando pra minha casa que é mais perto do que a sua

— Alberto eu não quero ir pra sua casa

— Estela será possível que você sempre tem que ser do contra, eu não vou te atacar, nem fazer nada que você não queira, eu só quero cuidar de você. Se eu não agir rápido, no mínimo terá de ficar de molho por vários dias por conta de uma gripe que pode muito bem ser evitada. Não gosto de ver as pessoas doentes, muito menos as que eu amo

Alberto a tinha deixado sem reação, sem poder contra argumentar, ficou em silêncio, analisando as palavras que tinha ouvido e de repente se sentia uma idiota daquelas de comédias românticas, quando nunca sabia se o mocinho estava blefando ou não. Na hora dele passar a marcha, sentiu a mão dele encostar de leve na sua coxa e ela desejou secretamente que aquele toque durasse mais tempo. Ela tinha medo de perder o controle na casa dele, de ser traida pelo corpo, ali foi a última vez que passaram a noite juntos, não fazia um longo período, mas a saudade nem sempre era proporcional ao tempo.

— Você não vai descer?

Ficou tão perdida nos pensamentos e já haviam chegado

— Claro – na hora em que ele abriu a porta e os dois ficaram mais próximos, ela sentiu o cheiro de uísque.

— Ah não, acho que faltou energia no prédio

— Esse dia não tem fim, a cidade tá um caos

— O Rio de Janeiro não tá pronto pra uma chuva assim. Vem, segura na minha mão

Assim os dois foram seguindo os degraus com bastante cuidado. A sorte é que o medico morava no primeiro andar.

— Da licença

— A casa é sua, Estela... eu vou pegar uma toalha pra você

Olhou o lugar, estava praticamente do mesmo jeito, ele era um homem organizado, exceto por um detalhe, a garrafa de uisque e o copo remexidos, além do que o porta-retrato da foto que ela tinha dado a pedido dele próprio estava fora do lugar.

Flashback on

— Anda vai, eu quero ter uma foto sua de recordação

— Pra que? Se você já e tem aqui e agora

— Você vai negar o pedido de um homem apaixonado? Eu quero sempre olhar pra você, enquanto você não é a senhora Toledo Rezende

— Bobo, muito bem, amanhã eu vou tirar a foto, revelo e te dou. Satisfeito?

— Sim

— Mas isso não vai sair de graça, eu quero muitos beijos pra começar

— Então eu vou sair ganhando duas vezes

Flashback off

— Eu tomei a liberdade achar essa velas e acender pra melhorar esse escuro todo

— Bem lembrado, tá aqui sua toalha, você sabe onde fica o banheiro, eu deixei uma roupa em cima da cama pra você

— Obrigada pelo cuidado, mas você também precisa se esquentar, Alberto. Tá todo encharcado.

Ele gosta de saber que ela ainda se preocupa com ele

— Eu vou pra perto do fogo, enquanto você toma banho primeiro. Fica tranquila, aproveito e faço um café ou você prefere um chá?

— Acho que um chá é melhor

Os dois sorriem

*

Estela tinha se trancado no quarto se sentindo ridícula naquela camisa do Alberto, completamente pelada, mas pelo menos estava quentinha, fez força pra disfarçar o frio horrível que sentia. Alberto não sabia se chamava ou não chamava, aquilo era ridículo, bateu na porta, ela precisava tomar o chá, ele tinha optado pelo café mesmo.

— Só um momento

Se enrolou no lençol e abriu a porta, Alberto olhou, não aguentou e caiu na risada. No começo, Estela ficou brava, mas depois ficou rindo também, só ppr conta da risada do Alberto

— Será que eu posso saber o motivo de você rir da minha cara

— Desculpa, Estela... é que você tá engraçada, parecendo um fantasma sei lá, me deu uma vontade rir que não deu pra segurar. Você se ofendeu?

— Bobagem, Alberto. Isso já passou.

— Bom, o seu chá tá na cozinha

Da porta da cozinha, ficou observando e Estela sabia do olhar dele.

— Foi o seu Tibério que contou que eu estava lá não foi?

— Por que? Você pediu pra ele ligar?

— Não tenta mentir, eu sei que foi ele. Eu recusei a carona dele

— Estela, não briga com ele, ele gosta muito de você

— Ele me traiu

— Não foi por maldade, meu amor

Nisso, o Alberto foi se aproximando e Estela queria correr, mas não tinha pra onde, então ela sentiu o abraço dele e as suas falas bem no ouvido, o hálito quente inebriando todo o seu ser

— O que eu tenho de fazer pra você acreditar em mim de uma vez? – procurava forças para sair dali, o abraço dele era o seu refúgio, no  dia que Ismael voltou, ela queria vir aqui buscar essa proteção, pois nunca se sentiu tão perdida quanto aquele dia, de repente o motivo que a fez se distanciar do Alberto parecia tão pequeno – Eu amo você e te quero tanto, Estela. Me perdoa se eu te fiz sofrer, meu amor, não foi a minha intenção.

Afastou o cabelo dela para beijar o pescoço dela, a bochecha e ela virou de frente, deixando a armadura cair, assim como o lençol que a cobria para então beija-lo e quando seus lábios se encontraram uma felicidade instantânea. Um beijo cheio de paixão, desejo e saudade, Estela gemeu quando Alberto apertou sua bunda e a colocou sobre a pia, nem se importou em rasgar os botões da camisa, a boca dela estava em vermelho dos beijos ardentes, os dois respiravam com dificuldade. Ela nunca o  tinha visto assim, tão feroz e apaixonado, a mão dele passava por seu ombro, deixando a camisa cair, foi massagear o seu seio, depois foi lamber e chupar com vontade, Estela estava com o ventre em brasa, precisava de um alívio e como se adivinhasse seus pensamentos, Alberto desceu mais até chegar a intimidade da amada para só então dar prazer. Ficou por lá, brincando olhando as expressões dela, adorava sabe se ela estava satisfeita ou não. Sempre tinha a necessidade dar prazer. Estela gemia cada vez mais alto e Alberto se deliciando com tudo aquilo, ela foi ficando mais ofegante e gozou.

Enquanto ela tomava fôlego e se recuperava, Alberto antes de se limpar pediu que ela continuasse ali. Ele voltou, os dois se abraçaram

— Eu senti muito sua falta, te amo tanto, Alberto.

Ele deu um selinho nela e fez um carinho no rosto. E se beijaram mais profundamente. Estela ajudou a tirar as roupas, ele pegou o preservativo

— Posso colocar?

— Claro

Alberto adorou aquilo tudo, quando Estela terminou, ele a puxou para si, levantando-a até a parede mais próxima, ela entrelaçou as pernas  e foi preenchida por ele, até se permitir flutuar.

***

Alberto acordou primeiro e ficou velando o sono da Estela, ela o fazia tão feliz só pelo simples fato de respirar e roubava-lhe o fôlego a imagem dela entre lençóis com os cabelos loiros esparramados pela cama, era essa a sua visão preferida de todas as manhãs. Rezou e agradeceu por tê-la em sua vida.


Notas Finais


:)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...