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História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capítulo XXVI


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


Boa tarde gente!!!!! Muito obrigada por tudo!!! Nem acredito, 77 favoritos é muito mais do que imaginava!!!! E os comentários de vocês!!!! Gente eu to muito feliz, sério!!!

Bom, tem capítulo novo tretoso e gostoso do jeito que vocês gostam, e também pra deixar roendo a unha do pé!!!

Tem musiquinha lá embaixo, e é só!

Boa leitura!!!!

Capítulo 26 - Capítulo XXVI


 

Japão, Era Feudal.

Os dias seguiram tranquilos na aldeia, todos estavam muito felizes com o retorno do casal, após quase 4 anos em que estavam distantes. Eram os mesmos em essência, mas estavam tão diferentes, não discutiam mais e a impressão que dava, era que conversavam com o olhos sem proferir uma palavra sequer. Harmonia era a palavra perfeita para descrevê-los, sempre equilibrados em suas escolhas e decisões, pareciam uma única pessoa e não duas. Consequência da marca e dos treinamentos, que eram mantidos religiosamente, todos os dias. Eles levantavam antes do alvorecer e treinavam por algumas horas, depois aproveitavam para tomar um banho e seguirem com as rotinas que tinham antes, Kagome cuidava dos doentes e das energias ao lado de Kaede, que estava muito doente. Já o hanyou continuava a ajudar cuidando das plantações e trabalhando nos armazéns, e às vezes saía com Kohaku, Miroku e Shippou para alguns extermínios.

Kagome estava no campo, ergueu o corpo e colocou a mão sobre o rosto, olhando para o horizonte fixamente. Respirou fundo e fechou os olhos, ficou assim por alguns instantes até sentir a presença que perturbava seus instintos.

 

Music 1 Play*

- Está tudo muito quieto Kagome. – A voz grave chamou sua atenção, fazendo-a virar para encará-lo.

- Sim está. – A Miko respondeu caminhando e sendo seguida por alguns minutos, até sentarem-se na grama próximos à clareira.

- Não duvide que logo terá tempestades. – Falou reclinando-se na grama relaxando o corpo, em sua rotina semanal de encontros com sua amiga sacerdotisa, onde trocava meia dúzia de palavras, mas ultimamente os encontros estavam sendo mais longos e as conversas mais complexas. O entendimento que ela tinha de história e outros idiomas o fascinavam.

- Entendo o que quer dizer Sesshoumaru, mas eu gosto de iludir-me pensando que o pior não está por vir... – Disse desanimada deitando ao lado do youkai, em sentidos opostos mas com as cabeças próximas, olhavam para o céu.

- Sente a energia tão bem quanto eu. Prepare-se. – Avisou estendendo a mão e tocando na franja que cobria parte do rosto da Miko, afastando-a para poder vê-la melhor, fazendo-a olhar para ele.

- Eu sei... – A Miko voltou a olhar para o céu suspirando desanimada.

- Suspira demais Kagome. – Falou recriminando-a, o que a fez rir da irritação dele com uma coisa tão simples. – E muda demais de semblante.

- Vou ficar em silêncio para não irritá-lo mais, Senhor do Oeste. – Provocou-o fechando os olhos, respirando serenamente.

Ela não viu, mas ele esboçou um sorriso tênue olhando-a atentamente, enquanto ouvia a respiração suave e as batidas do coração, que estava tranquilo. Admirava os traços do rosto feminil, as sobrancelhas arqueadas naturalmente, os lábios rosados e a pele tão branca em contraste com os cabelos negros que estavam absurdamente longos. E como ele gostava daqueles cabelos, pensou em roubar um cacho deles diversas vezes, mas não queria ofendê-la. Também não pediria, seu orgulho não permitia uma atitude dessas.

- Acha que, se eu tivesse sido menos frio, teria me amado? – O Lorde questionou, virando-se de lado apoiando a cabeça com uma mão.

A jovem abriu os olhos e encarou-o de canto, sentando em seguida.

- Eu já o amo Sesshoumaru. – Respondeu com um sorriso doce.

- Não assim. – Concluiu estendendo o braço, tomando um dos cachos das pontas das melenas negras, levando-as ao nariz para sentir o perfume. – Da maneira que o ama. – Falou referindo-se ao hanyou.

- Eu não sei. – Respondeu sincera, com uma expressão sofrida na face. – E não gosto de pensar nisso.

O Lorde apenas assentiu, voltando aspirar o perfume que se desprendia dos cabelos da jovem. Mas em seu íntimo gostou de saber que o assunto a perturbava, era como se pensar nele fosse errado, e se ela estava se sentindo assim, era porquê de alguma maneira ele existia em seus pensamentos. Mas ficou em silêncio, não queria assustá-la e ter que conviver com a dor de afastar-se dela, ou magoá-la e isso ele já não era mais capaz de suportar.

- Você aceita? – Ela perguntou oferecendo uma maçã a ele.

- Não gosto de comida humana. – Respondeu friamente.

- Mas não é humana, é uma fruta. – Sorriu ao vê-lo estreitar os olhos e aceitar a maçã, mordendo-a em seguida.

A Miko também começou a comer uma maçã, rindo vez ou outra com a expressão estranha que ele fazia franzindo o cenho algumas vezes. Pegou a maçã da mão dele e mordeu, fazendo uma careta.

- Olha quanta sorte você tem. – Começou entre risos. – Esta não está doce como a minha. – E sem medir a consequência do ato que estava fazendo, colocou a dela na boca dele. – Coma a minha, está bem melhor.

Ele mordeu e realmente a fruta estava doce, e até tinha um pouco de suculência, fazendo escorrer um pouco pelo canto da boca dele, que ela inconscientemente levou os dedos e limpou, como se faz com uma criança. Ele pareceu um pouco indignado, como se essa atitude o tivesse ofendido, mas a Miko continuou com os dedos nos lábios dele, perdida nos orbes âmbares que a encaravam profundamente. Ele levou a mão ao rosto pousando sobre a dela, retirando-a dos lábios dele, foi em seguida deslizando os dedos até o pulso delicado segurando-o com firmeza mas sem forçar. Ergueu o corpo sobre o outro braço, aproximando-se do seu rosto fitando os lábios rosados, ainda segurando o pulso dela com a mão livre.

- Kagome-Sama! Sesshoumaru-Sama! – Rin vinha na direção deles acompanhada por Sango e Kohaku, fazendo-os se afastarem bruscamente. O lorde levantou-se ficando afastado da Miko, enquanto recebia um olhar fuzilante de Sango. Rin nada percebeu sentando-se sobre os joelhos ao lado da Miko, acompanhada por Kohaku. Sango demorou um pouco, mas acabou juntando-se a eles. Sesshoumaru encostou-se em uma árvore e ficou com os olhos fechados, ouvindo-os conversar.

A Miko sorria ao vê-los ali, volta e meia o exterminador falava alguma coisa que fazia a menina rir, tocando vez ou outra em sua mão pequenina. Passaram a tarde toda conversando na clareira, matando o tempo até o anoitecer, quando o Lorde chamou a menina.

- Rin? – Ele chamou-a. Quando ela se aproximou ele curvou-se sussurrando alguma coisa em seu ouvido, e a jovem apenas assentiu sorrindo em seguida. – Tenha um bom retorno Sesshoumaru-Sama.

Ele assentiu passando por eles, e novamente tocando em um dos cachos dos longos cabelos de Kagome, chamando sua atenção mas sem fazê-la virar-se.

- Até logo. – Disse com sua voz grave, enquanto continuou a se afastar caminhando tranquilamente.

- Até logo Sesshoumaru. – A Miko respondeu sem fita-lo, recebendo um olhar preocupado de Sango, que puxou-a delicadamente pelo braço.

- Precisamos conversar Kagome. – A exterminadora disse enquanto a Miko assentia. – Ei vocês dois, voltem direitinho para a aldeia, eu preciso conversar.

Os jovem deram as mãos e foram caminhando para casa, conversando sobre o calor que fazia nessa época do ano. Quando sumiram das vistas das duas, Sango lançou um olhar inquisidor para a Miko, apontando o dedo indicador para ela.

- O que você pensa que está fazendo? Esqueceu que é uma mulher casada, e quem você estava a um centímetro de beijar é o seu gikei?

- Eu não ia beijá-lo. – Respondeu negando com a cabeça.

- É, talvez ele fosse beijar você... está brincando com fogo. – Disse fazendo a Miko fita-la nos olhos. – Quando você esteve fora, ele vinha sempre aqui e eu o vi entrando na sua casa uma vez durante a noite.

- Mas Sango, o que tinha de mais? – Perguntou achando que a amiga estava exagerando.

- Tinha seu cheiro! – Respondeu irritada. – Ele não é como o Inuyasha, ele é um assassino e é um monstro.

- Não! – A Miko falou indignada. – Ele não é um monstro... só não é compreendido.

- Mas... você enlouqueceu, já está apaixonada.

- Não! – Respondeu erguendo as mãos e se afastando aborrecida.

- Volte aqui Kagome! Eu estou do seu lado... eu amo você. – Chamou-a desesperada, enquanto a Miko parava, virando-se para encará-la.

- É isso o que sinto por ele, só quero ajudá-lo apesar do passado, ele cuidou da Rin igual uma filha e não fez mais mal a ninguém. – Lágrimas escorreram pelos seus olhos. – Sou a única amiga dele, tudo o que ele tem.

Sango começou a chorar indo na direção da Miko, abraçando-a em seguida.

- Eu sinto muito Kagome, não quero que se machuque. – Alisava os cabelos da Miko. – Tenho medo que por ciúme ele talvez... Faça algo contra o Inuyasha, e com isso você vai sofrer.

- Ele não vai fazer. – Respondeu decidida. – Sei que não.

- Pare de encontrá-lo por um tempo, antes que se perca nos seus sentimentos, guarda o que sente por ele a 7 chaves... proteja o seu casamento, me ouça pelo menos uma vez.

A Miko assentiu, concordou com a amiga que talvez sua amizade a esteja cegando, fazendo-a deixar que coisas aconteçam, coisas que podem ter consequências imensuráveis. Respirou profundamente enxugando as lágrimas, abraçando novamente a amiga e caminhando com ela para a aldeia.

Em seu coração um turbilhão de emoções, não tinha dúvidas de amar Inuyasha profundamente e de que seria fiel a ele, mas a amizade estranha que ela tinha com Sesshoumaru a intrigava, o jeito frio dele que aos poucos abriu espaço para ela se aproximar, mesmo sabendo que ela lhe ofereceria apenas a amizade e nada mais. A assustava manter a dúvida se ele seria capaz de magoá-la dessa maneira, ferindo Inuyasha. Afastou a ideia da cabeça, estavam chegando e queria ver seu marido brindando-o com um sorriso bonito.

 

..............

 

Oriente Médio.

 Finalmente.

- Minha amira, vamos trabalhar! – Zayn disse ao ouvido de Soraya que estava sentada em seu colo.

- Trabalhar? – Ela pergunta com um sorriso nos lábios vermelhos.

- Vai começar, foram anos esperando e lhe digo, é chegada a hora do princípio.

A Youkai vermelha assentiu com uma expressão maliciosa.

- O que quer eu faça?  - Perguntou enquanto o Jinn sussurrava ao seu ouvido, abrindo seu corpete.

De longe Mariskah os observava, cada dia mais chocada com as atitudes de sua metade. Ela estava apaixonada por aquele monstro e faria tudo o que ele pedisse. Respirou fundo, confiava no destino e na energia pura que emanava da Terra do Sol Nascente.

 

...........

 

Japão, Era Feudal.

Sesshoumaru chegou em seu castelo tranquilamente, ninguém o recebeu na porta, nem mesmo Jaken. Ultimamente sentia uma solidão absurda, olhando toda a sua riqueza e título de nobreza, que na verdade não valiam nada, só traziam problemas e inimigos, incontáveis inimigos, e fêmeas desagradáveis que não serviam para passar mais de uma noite, pensou em trazer Rin para passar alguns dias lhe fazendo companhia, mas isso fariam surgir fofocas a respeito da honra dela, que já era uma mocinha de 14 anos, e não estava disposto a matar ninguém nessa semana. Um servo passou por ele, informando que um banho já havia sido preparado para ele. Subiu as escadas indo para seu aposento, entrando em seu quarto de banho e jogando as roupas no chão, entrando na banheira e fechando os olhos enquanto relaxava na água morna.

 

Dreams.

Abriu os olhos num sobressalto ao imaginar Kagome com ele no banho, ergueu as sobrancelhas, afastou o pensamento tentador da cabeça sentindo-se perdido.

- Perdidamente apaixonado. – Uma voz feminina o fez virar para trás sobressaltado.

Uma linda youkai com cabelos vermelhos e roupas “diferentes” estava sentada na sacada, bem no parapeito. Ela deitou-se ficando com os braços pendidos ao lado do corpo.

- Eu vejo seu futuro Emir Sesshoumaru, e tem muito sangue nele, lágrimas de uma mulher de cabelos muito longos e negros como a noite. – Virou o rosto para a direção da banheira em que ele estava, com um sorriso malicioso. – Ela mesma irá matá-lo... – Virou de bruços, apoiando o rosto com as mãos e erguendo os pés graciosamente. – Nunca vai provar dos lábios dela.

- Este Sesshoumaru sabe disso. – Respondeu friamente, levantando-se da banheira e secando-se sem se importar com a presença da Youkai.

- Sabe? – Ela pareceu não se importar com a atitude frígida dele. – Vai magoá-la tanto, justo agora que o coração dela estava inclinado a aceitá-lo.

Ele a fitou por cima do ombro, vestindo sua yukata para dormir ignorando-a completamente.

- Suma daqui bruxa, este Sesshoumaru não tem tempo para brincadeiras. – Ordenou com voz autoritária.

- Não sou bruxa, mas sim vou deixá-lo em paz...- Levantou o corpo ficando de pé equilibrando-se na sacada. – Ela geme quando beija, e abre a boca minimamente esperando ser invadida pela língua ávida, coisas que você morrerá sem experimentar. – Proferiu as palavras perturbadoras com uma expressão de prazer, gargalhou e lançou-se para baixo, virando uma águia dourada e sumindo no horizonte.

O Lorde ficou olhando o lugar onde a youkai estava, fechando as janelas em seguida e caminhando para sua cama, fingindo que o que ouviu, não o abalou.

 

............

 

Dreams.

Inuyasha tinha um sono agitado, movendo-se de um lado para o outro e abrindo os olhos de repente, deparou-se com a mesma youkai vermelha que havia atacado a aldeia há 4 anos atrás. Ela estava encostada na parede, um pé estava totalmente apoiado no chão e o outro estava em meia planta, como se a qualquer momento ela fosse sair dançando.

- O que faz aqui? – O hanyou perguntou intrigado, olhando-a seriamente.

- Nada, só vim para lhe contar o que vi sobre seu futuro. – Abaixou-se apoiando as mão nas coxas, e virando a cabeça para o lado. – Ela vai ficar com Emir Sesshoumaru, planejam isso há dias.

- Saia daqui mentirosa. – Bradou irritado.

- Claro que vou sair, mas quero alertá-lo quanto à infidelidade de sua mulher e...

- Fora demônio!!! – O hanyou gritou fechando os olhos, e quando os abriu estava todo suado ainda deitado ao lado da Miko. Graças aos treinamentos aprendeu a controlar seus pesadelos, ou sair de um transe sozinho. Olhou para sua tsuma acariciando lhe os cabelos, e ficou observando-a dormir até também voltar a cair no sono.

 

..........

 

Dreams.

Num primeiro momento, Inuyasha estava beijando Kikyou enquanto a Miko espiava por trás de uma árvore, mas o pensamento era tão absurdo que ela forçou-se a  não acreditar.

- Você é bem forte...

A Miko virou-se, viu a alguns metros um youkai louro, com vestes atípicas e peito nu, com olhos violeta totalmente penetrantes.

- Zayn... não pode enganar-me com um absurdo desses, chega a ser ridículo.

- Tem razão estrela, mas agora veja isso. – O Jinn proferiu as palavras, sumindo. O local que ela estava agora era completamente diferente.

Kagome via-se no campo, colhendo ervas enquanto pequenas borboletas passavam próximas ao seu rosto, sente uma mão pousar em seu ombro, e ao virar-se seus lábios colam com os de Sesshoumaru, num beijo prazeroso e ousado, deixou a cesta que carregava cair no chão, envolvendo-o pelo pescoço. Sentiu-o circunda-la pela cintura com os braços, erguendo-a do chão colando seu corpo ao dela. Ouve chamarem seu nome e quando abre os olhos abandonando o êxtase, Inuyasha está ao seu lado observando-a extremamente magoado, a puxa pelo braço e quando ela vai acompanhá-lo, Sesshoumaru o fere com Bakusaiga atravessando-o ao meio.

Neste Momento a Miko acorda gritando em desespero debatendo-se, quando é envolvida pelos braços do hanyou, que a segura com força, mesmo levando tapas e pernadas.

- Não, ele não seria capaz... não poderia. – Murmurou confusa, abriu os olhos e encontrou os orbes âmbares olhando-a com preocupação.

- O que houve?

- Eu... tive uma pesadelo. – Abraçou-o encostando a cabeça em seu ombro.

- Eu também.

“Não duvide que logo terá tempestades.” As palavras de Sesshoumaru ecoavam na mente da jovem, que estremeceu ao lembrar do sonho, misturado à conversa que teve com Sango. Sentia-se culpada, terrivelmente culpada e sua expressão a denunciou.

- Quer contar-me alguma coisa Kagome? – Ele a olhava intensamente, sério e preocupado.

- Eu... sinto-me culpada em relação ao seu irmão... – Respondeu afastando-se.

Ele passou alguns minutos em silêncio, apenas respirando. Continuava a encará-la mesmo quando ela desviou os olhos. Via culpa nela, angústia e sofrimento por ele, por Sesshoumaru.

- Você está o amando? – Perguntou num sussurro, tocando em suas mãos carinhosamente.

- Não do jeito que eu amo você.

- Vocês já tiveram alguma intimidade?

- Não.

- E você seria capaz disso sendo minha tsuma, minha fêmea? – Fitou os olhos castanhos firmando autoridade, e erguendo o queixo suavemente.

- Nunca, nem mesmo se eu o amasse como homem.

Ele suspirou aliviado, suavizando a expressão facial sorrindo levemente. Abraçou-a acariciando os cabelos negros, fazendo-a pousar a cabeça em seu ombro novamente, ouvindo o coração dela acalmar-se gradativamente, e a respiração normalizar. Ela estava em paz. O peso da culpa a havia deixado, a confiança é realmente uma dádiva que conquistaram juntos, a cada dia que se passava, mais seu amor por ela amadurecia e aumentava. Em outros tempos sairia igual louco sem ouvi-la, apenas num impulso. Mas agora, a palavra dela valia mais que a sua própria vida e só queria vê-la feliz, mesmo que não fosse ao seu lado, mesmo assim a apoiaria.

Ela beijou o pescoço dele inúmeras vezes derramando algumas lágrimas, murmurando que o amava. O hanyou ergueu as mãos, segurando o rosto delicado, levando os lábios à boca rosada num toque profundo e aveludado, sorrindo ao ouvi-la gemer em seus braços, deitando-a no futon ficando sobre seu corpo enquanto afastava o Kimono das pernas macias, depois dos seios deixando-os à sua disposição para acariciá-los com a boca.

- Eu o amo. – A Miko murmurava ante os carinhos delicados em seu corpo.

- Eu também a amo. – Respondeu antes de voltar a abocanhar os mamilos entumecidos, invadindo-a com sua virilidade, sentindo-a desmanchar em seus braços, livre e apaixonada.

Ao erguer-se para beijar lhe a boca, percebeu a insistência de lágrimas nos olhos meigos e uma expressão de gratidão, por ser amada, por confiar nela.

- Pare de chorar meu amor. – Pediu com os lábios colados aos dela. -  Vou te fazer sorrir de prazer. – Intensificou os movimentos, fazendo-a suspirar e morder os lábios com os olhos enevoados pelo êxtase. Levou uma das mãos à coxa alva, erguendo-a aprofundando as investidas e foi quando ela começou a gemer alto, entre os beijos que abafavam suas expressões de deleite, arqueando o tronco para trás afundando a cabeça no futon, bagunçando os cabelos negros, tendo os dedos do hanyou entrelaçados às madeixas da nuca e a outra mão ainda erguendo lhe a coxa, roçando os lábios aos seus deixando-a mais envolvida no ato, tendo o corpo agitado com rapidez.

- Sinta minha fêmea, como me deixa... – Forçou mais a profundidade das investidas, fazendo barulho com o choque dos quadris, em meio ao grito que o orgasmo provocara na Miko. Retirou-se dela, beijando-a com voracidade enquanto ela levava as mãos ao falo rijo, massageando-o intensamente levando a boca para acaricia-lo em seguida, o que fez carinhosamente até ser puxada para beija-lo na boca e o membro ser inserido em seu interior novamente, quando preencheu o cerne dela com sua semente.

Ficaram assim por mais alguns momentos, conectados um ao outro. Nem sinal de tristeza na face afogueada da jovem, que parecia estar sob o efeito de algum entorpecente, totalmente relaxada nos braços do hanyou.

- Como se sente agora? – O meio-youkai perguntou com um sorriso encantador.

- Totalmente consolada... – A resposta o fez rir junto com ela, estreitando o abraço carinhoso.

- Vamos nos banhar? – Perguntou beijando o nariz delicado. Ela apenas assentiu, e seguiram para o quarto de banho. Lavaram-se com água fria mesmo, refrescando as peles em brasa. Secaram um ao outro, conversando sobre coisas amenas, vestiram-se e foram ao quarto, deitando no futon. A Miko deitou-se de lado com as costas para o hanyou, que a abraçou pousando o rosto na curva do seu pescoço, e ao aspirar o cheiro dela abriu os olhos e esboçou um sorriso, estava estranhamente diferente, mais adocicado e instigador, impelindo-o a ficar próximo à ela. Esperaria até o amanhecer para que o organismo se alterasse mais durante a noite, e pela manhã teria certeza, mas suas habilidades de hanyou o faziam estar praticamente certo, de que sua fêmea havia ficado prenha.

 

................

 

Ao amanhecer o hanyou voltou a aspirar a tez delicada de sua fêmea, e teve a certeza absoluta de que o resultado da noite de amor que viveram, foi um gestação. Mal pôde conter-se em sua alegria, sua família finalmente cresceu com a concepção de um filhote. Podia sentir pela energia que emanava dela, que era uma fêmea, os pais de youkais ou hanyous tinham uma ligação extremamente forte com suas crias, podendo percebê-las imediatamente após a concepção, e passada a noite já podia sentir a aura de uma fêmea.   Queria gritar aos quatro cantos, mas se segurou para que a Miko notasse sozinha as mudanças em seu corpo, e percebesse a gravidez.

 Acordou-a beijando-lhe a face e acariciando suas costas, vendo-a sorrir e murmurar algumas palavras em protesto por tê-la despertado. Ela levantou-se, se banhou e voltou ao quarto sentando no futon para pentear os cabelos, mas o hanyou tomou o pente de suas mãos, e ele mesmo cuidou das longas melenas de sua tsuma enquanto a ouvia contar sobre o namoro escondido de Rin e Kohaku, como se gostavam e que teriam que vigiá-los para que não se apressassem antes do casamento, que demoraria pelo menos mais três anos, visto que a jovem estava com apenas 14 anos.

- Mas isso é normal aqui Kagome, as meninas casam cedo. Não tem problema ela casar agora. – Dizia enquanto penteava os cabelos da Miko, com toda a ternura do mundo. A necessidade de cuidar dela e fazê-la feliz era enorme, não podia se conter.

- Ah... mas eu a acho tão jovem, ela precisa ter certeza.

- Você não tinha certeza?

- Claro que tinha, mas eu já era uma mulher com 18 anos, e fizemos algumas coisas antes do casamento.... – Respondeu com as bochechas corando suavemente. Ele riu alto, pendendo a cabeça para trás.

- Tudo bem, você tem razão. Tínhamos certeza absoluta do que queríamos, entendi. – A frase dele chamou a atenção da Miko que virou-se para encará-lo.

- O quê? Você concorda? – Perguntou desconfiada. – Você nunca concordou comigo em nada. – Ele sorriu matreiro, deixando-a mais intrigada ainda.

- Concordo.

- Quem é você e o que fez com o Inuyasha??? – Ele apenas beijou-a na boca até arrancar suspiros dela, levantando-se em seguida e indo ao quarto de banho. Quando voltou estava vestido para sair com suas vestes de pelo de rato de fogo, mas o rabo de cavalo fora adotado como novo visual, dava-lhe um ar mais maduro.

- Meu amor, vou com Miroku e Kohaku na aldeia vizinha fazer um “extermínio”. – Riu fazendo aspas com os dedos. – Na verdade Kohaku cuidará de tudo sozinho, mas meu amigo pervertido está entediado e vamos dar um pouco de diversão a ele.

- Tem certeza que é um extermínio ou vão levar Miroku em uma casa de Gueixas? – A Miko perguntou estreitando os olhos.

- Kéh! Até parece! – Cruzou os braços no peito, com falsa indignação. – Se não quiser eu não irei.

- Ah que lindo! Mas pode ir, Sayonara! – Respondeu levantando-se do futon em que estava sentada, dando-lhe um beijo casto nos lábios.

Ele sorriu abraçando-a pela cintura, enquanto saiam juntos de casa. Ela iria ao campo enquanto ele estaria fora, sempre fora sua rotina.

- Não fique muito tempo no sol Kagome. – Pediu beijando-lhe uma mão.

- Tudo bem. – Sorriu sem entender a preocupação, mas concordou.

 

.............

 

Uma semana depois.

Sentada no gramado, com Rin fazendo uma enorme trança em seus cabelos negros, enchendo-o de pequenas flores enquanto riam, lindas como nunca, pareciam mãe e filha, mas claro com uma mãe incrivelmente jovem. Foi assim que Sesshoumaru encontrou a Miko, numa de suas visitas semanais. O humano que não desgrudava de Rin estava mais afastado, cortando lenha sendo ajudado pelo hanyou, que o fuzilou com os olhos assim que o viu, estava diferente na percepção do Lorde, mais protetor talvez. Desviou os olhos dos dele, e voltou-os para a Sacerdotisa sorridente que encontrou em seguida, sentando sobre os joelhos ao seu lado, fazendo-o olhar para baixo.

- Olá Sesshoumaru. – Cumprimentou com um sorriso. Ele assentiu, sentando-se ao seu lado e quando o vento passou por eles, ele fechou os olhos para sentir o cheiro intensamente doce que ela exalava, estreitando os olhos e aproximando-se do pescoço dela para sentir o cheiro melhor, e se afastando em seguida olhando para o hanyou que emitiu um rosnado, saindo de sua atividade e sentando-se ao lado da Miko em posição de lótus.

- Não vou fazer mal alguns a elas. – O Lorde pronunciou com voz grave.

A Miko os observou ficarem se encarando por alguns minutos, sem entender o que acontecia. De quem estavam falando, Rin e ela? Como Inuyasha poderia imaginar que o meio-irmão dele faria algum mal a menina, mas o hanyou continuava estranho e arisco, ele não estava mais assim. Uma energia agitou-se em seu ser, mas não provinha dela, era tão forte que atraiu os olhares dos dois.

- Expliquem o que está acontecendo. – A Miko pediu com o tom de voz usado, para brigar com uma criança.

Eles cruzaram as vistas, desviando-as novamente ainda em silêncio. O hanyou começou.

- Meu amor, você está prenha. – Disse enquanto ela ria.

- Como pode um absurdo desses? Vocês sabem e eu não? – Olhava de um para o outro, vendo-os continuarem sérios.

- É uma fêmea. – Sesshoumaru completou, recebendo outro rosnado do hanyou.

- Parem isso é ridículo! Quando isso aconteceu e como poderiam saber o sexo do bebê? – Perguntou ficando aborrecida.

- Faz uma semana que está prenha. – Inuyasha respondeu a contragosto.

- Sabemos que é fêmea pela energia que ela desprende. – Sesshoumaru completou.

- E você sabia que ganhamos uma menininha e não me contou nada? – Olhava para o hanyou.

- Queria que notasse sozinha...- Baixou os olhos.

A Miko jogou-se nos braços do hanyou cobrindo-o de beijos, enquanto Sesshoumaru levantou-se e saiu caminhando em direção da clareira.

- Eu vou ser mãe!!!! – A Miko chorava de alegria, nos braços do hanyou que sorria como um bobo. Seu casamento era maravilhoso e logo teria um bebê em seus braços, ele nunca imaginou que poderia ser mais feliz do que já era.

De longe os olhos âmbares inundados em solidão, observavam tendo apenas uma amostra do que era ser feliz, ser amado. Pelo menos poderia vê-la prenha e fazer-lhe companhia quando ela desejasse, e por mais que a cria não fosse sua, também seria seu protetor.

 

................

 

Oriente Médio.

Pelo espelho da alma o Jinn observava a cena com uma expressão de ironia, sorria maliciosamente e em sua cabeça deturpada, já sabia exatamente o que fazer para ferir aquelas almas, e dar continuidade ao seu plano cruel e egoísta. Usaria do amor para magoá-los de maneira intima e profunda, de forma a destruí-los de tal maneira, que não teriam forças para lutarem juntos contra ele, sua maldade não tinha limites... e essa seria a coisa mais dolorosa que Kagome, Inuyasha e Sesshoumaru enfrentariam em suas vidas.

 

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Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=cchlCNlJUXw Music 1 Play*

Gente se preparem, porque o coração vai pedir férias.....

Beijos, fico no aguardo das opiniões preciosas de vocês!!!!

Muito Obrigada por lerem!!!


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