História (Kakasaku) O tempo e o destino. - O beijo...

-Essa missão foi moleza! Bem que o velho podia nos designar missões de rank mais alto.

-Sem essa Boruto! Vocês ainda são gennis, terão de fazer missões simples por enquanto.

-Konohamaru-sensei está certo, Boruto - dizia Sarada - e apesar de saber disso, estou muito anciosa para que chegue logo o exame chunnin. Bom...tenho que ir, até amanhã pessoal!

A jovem Uchiha gritou se despedindo de Boruto, Mitsuki e Konohamaru, indo embora para casa.

Correu pelas ruas vendo o lindo fim de tarde. Ao chegar, entrou em casa se pronunciando.

-Tadaima! - a jovem não ouviu sua mãe responder e foi para a cozinha - mãe? Está em casa?

Não obteve resposta alguma, mas viu um bilhete que estava pregado na geladeira. Se aproximou e leu.

"Filha, resolvi sair um pouco com sua tia Ino. O jantar está no forno e não sei de que horas irei chegar.

Beijos, mamãe"

Sarada sorriu pondo as mãos na cintura.

-Até que enfim resolveu se divertir um pouco - fitou o forno atrás de si e sentiu o estômago reclamar - acho melhor comer alguma coisa.

...

Sakura e Ino chegaram no bar do centro comercial e logo sentaram em uma mesa. O local era bem agradável, um ambiente amplo, cheio de mesas com uma enorme adega atrás de um longo balcão que ficava mais pro fundo do local.

Um rapaz simpático se aproximou de ambas para anotar seus pedidos e logo se retirou.

-Acho que Kakashi se enganou, isso não parece um bar. Está mais para uma...

-Uma mistura de restaurante com bar! - Ino a interrompeu.

-É tão estranho sairmos sem a galera. - Sakura observava todo o local um pouco desconfortável.

-É, acho que eles pensaram o mesmo que nós - disse Ino apontando o grupo que se aproximava.

-Que bom ve-las! Sakura? Você por aqui? - disse Kiba.

O grupo que se aproximou era composto por Kiba, Shino, Lee, Tenten e Temari.

-Pois é! Resolvi sair um pouco hoje. Por favor, sentem-se conosco! - a rosada oa convidou.

Logo todos já se encontravam em uma conversa distraída e nostálgica.

-Confesso que Konoha mudou bastante, aliás, acho que o mundo mudou bastante com a chegada da tal tecnologia.- dizia Temari.

-Verdade, o trem é um ponto que acho positivo. Antes tinhamos que passar dias correndo, fazendo acampamentos e agora, em pouco tempo conseguimos chegar ao destino. - disse Lee.

-Mesmo dormindo, continuamos nos locomovendo e assim, ganhamos tempo. - Tenten concluiu.

-Mas as crianças de hoje preferem muito mais essa tecnologia toda ao invés de se tornarem shinobis.

-Concordo, Shino. É verdade...você é sensei na academia, não é? - Sakura indagou.

-Sou sim. Dá um pouco de trabalho, mas é muito bom lecionar, tentar passar adiante os conhecimentos ninjas. No fim é gratificante.

-Yo! Podemos nos juntar a vocês?

-Kakashi-sensei? Yamato-taichou? - Tenten dizia, espantada por ve-los após tanto tempo.

-Sem o "sensei"...- Kakashi suspirava entediado por precisar sempre repetir o mesmo.

Sakura ficou visivelmente desconfortável com a presença de Kakashi. Se sentia uma tola e um adolescente novamente, não entendia o porque de ficar tão nervosa apenas com a presença do grisalho.

Ambos se sentaram e se juntaram a conversa. Ino abriu um sorriso malicioso direcionado a amiga rosada, que não percebia os olhares discretos que o prateado lhe lançava, até que seus olhares se cruzaram pela primeira vez na noite. A partir dali, o encontro dos olhares já se tornavam automáticos e deixavam ambos extremamente constrangidos.

-Testa, vem comigo ao toilette?

-Claro, porca! Com licença pessoal!

As amigas levantaram e se retiraram por um breve momento. Dentro do toilette, Ino retocou a maquiagem e tentou alfinetar a amiga.

-Não sabia que o gostosão viria também.

-Eu também não sabia, porca! Foi uma surpresa para mim também.

-Chega de enrolação, testa! O que está havendo entre vocês dois? - Ino virou-se para fitar a amiga, que ficou nitidamente espantada.

-Nada, porca! Não está rolando nada!

-Nem vem com essa, testa. Ele não tirava os olhos de você e nem você tirava os Olhos dele.

-Está bem...- Sakura suspirou rendida - ainda não rolou nada, mas estou vendo-o com outros olhos agora. É difícil ficar perto dele e não ficar nervosa ou feliz com seus olhares, é como se eu desejasse que ele me olhasse com outros olhos também.

-Amiga você está se apaixonando pelo gostoso? - Ino pulava e batia palmas empolgada com a idéia.

-Sem essa, porca...na verdade estou muito confusa, quero muito beija-lo, ter ele em minha cama e ficar sempre junto a ele...- Sakura se deu conta do que dizia - esquece isso que eu disse, está bem?

-É claro que não vou esquecer! Amiga, se liga! O cara é o maior gostoso, o solteiro mais cobiçado de Konoha, deve ter uma cara de safado naquelas horas e está visivelmente atraído por você! Ele não tira os olhos de você.

-Porca, não torne as coisas mais difíceis por favor, sabe que ainda espero o Sasuke.

-Por Kami, testa. O cara é super bonito, carinhoso, é super amoroso com sua filha e ela o adora! Acho que ele seria um super pai. Fora que vocês conviveram muito e se conhecem como ninguém.

Sakura revirou os olhos e bufou. Infelizmente ou nem tanto assim, tudo o que a loira falou era a mais pura verdade.

-Melhor voltarmos, depois conversamos sobre isso.

Ambas retornaram e sentaram a mesa. A conversa voltou a fluir e os olhares trocados também. A cabeça de Sakura dava voltas e a conversa com Ino vinha a todo instante em sua mente. Observava o prateado em ricos detalhes e aquilo fazia seu corpo reagir de modo estranho. O olhar de Kakashi era penetrante e hipnotizante, as esmeraldas de Sakura eram facilmente atraídas por ele.

-Gente, foi muito bom ve-los, mas tenho que ir - dizia a rosada se levantando da mesa.

-Te acompanho! Preciso ir também. - Kakashi se pronunciou.

Os amigos se despediram dos dois e Ino deu uma piscada direcionada a amiga que revirou os olhos em resposta.

Assim que os dois saíram do local, iniciaram uma caminhada silenciosa. Sakura estava ligeiramente nervosa e furiosa consigo mesma por estar assim. Kakashi a observava de soslaio colocando as mãos nos bolsos.

A rosada atreveu-se a dar uma breve olhada para o shinobi e ficou intrigada ao ver os olhos do mesmo denunciando um sorriso.

-Do que está rindo? Posso saber?

-Eu sei que sou gostoso, Sakura. Mas não precisa me comer com os olhos.

-O que? - Sakura emburrou a cara e ficou furiosa com o mais velho - você é que estava me comendo com os olhos, pensa que não vi?

-É claro que viu, não tirava os olhos de mim. - deu de ombros.

-Qual o seu problema, velhote? - Kakashi arqueou uma sobrancelha.

-Não sou tão velho assim! -Kakashi observou onde estavam, faltava apenas uma esquina para chegar a casa de Sakura e as ruas estavam vazias, visto que já estava tarde da noite.

Kakashi em um movimento rápido, prensou Sakura em uma parede e prendeu as mãos da jovem com as suas, contra a parede.

-O que está fazendo? - Sakura bufava e tentava conter as sensações involuntárias de adrenalina.

-Estou te mostrando quem é o velhote!

-Sabe que posso sair daqui facilmente, não sabe? - desafiou.

-Tenho pleno conhecimento de sua força, mas não é em relação a isso que estou falando. - colou seu corpo ao da jovem, fazendo Sakura arfar ao sentir o corpo quente do mais velho.

-Não? Kakashi, por favor...me solte antes que eu te machuque.

-Está bem! - o shinobi soltou apenas uma mão da jovem.

Com a mão livre, Kakashi desceu a máscara e deixou seu rosto exposto, desarmando Sakura de toda e qualquer ação. Os olhos da jovem passeavam por todo o rosto másculo e sua mão foi de encontro a cicatriz, fazendo um arrepio atingir ambos. Kakashi fechou os olhos, saboreando o toque delicado da ex-aluna em seu rosto e sorriu quando o polegar dela lhe tocou no sinal que ficava no canto da boca.

-Kakashi...você é lindo demais - o sussurro de Sakura era quase como um gemido e fez o mais velho estremecer em resposta.

Ele nada disse, apenas se aproximou da rosada, dando-lhe um selinho casto e demorado. Vendo que a jovem não o afastou, resolveu aprofundar o beijo, fazia tempo que esse era seu desejo e estava finalmente, provando o gosto da boca da ex-aluna. Explorava cada canto da boca da jovem, enquanto suas mãos hábeis, exploravam o corpo da rosada, querendo gravar cada detalhe dela.

Sakura não estava diferente, a boca do shinobe era tão magicamente deliciosa, a fazia subir aos céus, coisa que nunca sentiu nem mesmo com Sasuke, a quem tanto idolatrava. Os toques de Kakashi deixavam suas pernas moles, seu coração acelerado e a temperatura de seu corpo incrivelmente alta.

As pequenas mãos emaranharam-se nos cabelos grisalhos, deixando um leve gemido escapar ao ter seu bumbum apertado pelo mais velho. A boca experiente dele deixou a sua e dsceu para seu pescoço, dando pequenas mordidas e lambidas. A gota d'água, foi ouvir um gemido do mais velho bem perto de seu ouvido, no momento em que o mesmo lhe mordeu o lóbulo da orelha.

-Kakashi...já provastes que não é um velhote...

O prateado deu uma leve risada e continuou com as investidas, voltando para a boca de Sakura e sussurrando contra a mesma.

-Cala essa boca e aproveita, ou melhor...deixa que eu calo...

O beijo esquentava cada vez mais e Sakura estava tão desnorteada quanto Kakashi. Era perigoso, era gostoso, era uma sensação indescritível, mas que tinha de acabar.

Sakura o afastou em um breve momento de lucidez. Estavam ofegantes e Kakashi não entendeu o motivo de Sakura o afastar. Viu claramente que ela o desejava, assim como ele a desejava também.

-Tenho que ir, Kakashi...depois conversamos...

Antes que o shinobi pudesse falar alguma coisa, a kunoichi correu para casa, deixando-o confuso.

Sakura chegou em casa e subiu diretamente para o quarto, trancando a porta. Se aproximou da cômoda e fitou a foto de Sasuke, seu coração estava acelerado pelo beijo de outro, seu corpo reclamava o contato de outro, que não era seu marido e sim, seu ex-sensei.

-Kakashi...seu idiota...- a rosada se sentou na cama chorando.

Se perguntava porque tudo aquilo estava acontecendo, se sentia tão culpada e ao mesmo tempo nem tanto. Lembrar do beijo com Kakashi lhe fazia subir um frio na barriga que ia até o estômago. Era uma sensação boa, que fazia um sorriso involuntário surgir em meio as lágrimas.

-Eu que sou idiota...- sibilou.

[...]