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História Kara Danvers, you are my hero - O Lago


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Boa Leitura ;)

Capítulo 3 - O Lago


-Você tem certeza de que vai continuar trabalhando? – Perguntou Kara

Lena apenas assentiu, balançando a cabeça em afirmação tão lentamente que fez Kara duvidar que a mente dela estivesse realmente ali, e de fato, não estava. Ela repassava em sua mente o ocorrido, suas mãos ainda tremiam e ela ainda sentia a adrenalina agora mais discreta agindo em seu organismo. Ela calculou a distância, cada rota possível e probabilidade de o tiro tê-la acertado em cheio mesmo que a sua segurança estivesse ao seu lado, dissipando a densa nuvem de confusão que embaralhava sua mente, foi capaz de lembrar que atrás de si tinha outros dois seguranças e nem mesmo eles conseguiriam chegar a tempo. Lena olhou para Kara ao seu lado, havia trocado sua blusa branca de botões por outra. Mas por quê? Seu dia seguiu sem outra tentativa de assassinato. Atolada de papelada e reuniões, e seu cérebro só foi descansar quando entrou em seu laboratório.

-Tenho certeza que ela algum tipo de alienígena – Comentou Kara em sussurro

-Eu sabia – Exclamou Winn –Não tem como alguém tão bonita assim existir na Terra...

-Winn – Kara reclamou em sussurro exasperado –Eu estou falando serio, ela sofreu um atentado há poucas horas e continua trabalhando como se nada houvesse acontecido, estou começando a ter medo... Ela se quer parou para almoçar, quem não para por comida? Estou morrendo de fome Winn...

Kara ouviu a gargalhada do amigo, mas não deixava de ser mentira, seu organismo alienígena lhe exigia muito diariamente, então passar menos de duas horas sem comer absolutamente nada era horrível, estava faminta. Já passava das duas horas da tarde e Lena se quer falara em comida ou seu estomago dera indícios de fome. A kryptoniana estava começando a ter certeza de que a mulher vinha de outro planeta, de um planeta onde não se consumia alimentos. Quando se virou novamente em direção a Lena, a outra estava perigosamente próximo, seu olhar analítico causava calafrios em Kara, quase como se desconfiasse de alguma coisa. Kara engoliu a seco o súbito nervosismo e não conseguiu esconder seu susto.

-Ra-Deus – Kara levou a mão ao peito –V-você me assustou – Gaguejou enquanto se recomponha.

-Estou pronta para ir almoçar – Avisou, Kara sentiu a queimação em suas bochechas pelo medo de que Lena a houvesse escutado, abriu a porta do laboratório e Lena parou –Mas... Eu não quero ir a um restaurante – Kara franziu a sobrancelha confusa, porém preferiu não comentar nada.

Sabendo que repórteres a esperavam na portaria do prédio, Kara acompanhou Lena pela saída de emergência da empresa. Lena caminhou por diferentes becos, alguns desconhecidos pela loira, que a cada minuto se tornava ainda mais curiosa. Sentia a língua formigando de vontade de perguntar para onde estava indo. Lena parou diante de uma porta de cor verde quase preto. Bateu, duas vezes e um homem carrancudo abriu a porta, sua expressão dura mudou para um largo sorriso ao ver a mulher parada com um leve sorriso nervoso no rosto.

-Menina Luthor! – Ele exclamou e puxou Lena para dentro de um abraço apertado.

O ato foi tão abrupto que fez Kara dar um passo em direção aos dois. Ele a olhou de cima a baixo e seu sorriso ficou ainda maior.

-E quem é essa?

-Minha segurança – Disse Lena, e colocou uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. O homem olhou Kara de cima a baixo mais uma vez, a analisando –Venha – Ele passou seu braço em torno do de Lena e a arrastou para dentro –Vou preparar seu almoço, você parece com fome e exausta...

-Nem tanto – Disse Lena enquanto o acompanhava para dentro –Já a minha amiga...

Kara corou, então ela havia escutado.

Quando dentro do estabelecimento, viu alguns cozinheiros. Todos eles cumprimentaram Lena com um abraço apertado.

-Soubemos do atentado de mais cedo Lena – Disse uma das cozinheiras –Você está bem mesmo? – Perguntou e Lena assentiu enquanto sentava na cozinha.

A essa altura ela já não entendia absolutamente nada. Lena poderia estar em qualquer restaurante, mas preferiu estar em uma cozinha, conversando com os cozinheiros. Que aparentemente a conheciam muito bem. Esse era outro lado dela que Kara não conhecia, e qual lado ela conhecia mesmo? Lena fez os pedidos ao chefe de cozinha, o mesmo homem que as recebera.

-Você não vai sentar senhorita Danvers? – Perguntou Lena, e esticou seu braço para o lugar vazio a sua frente.

Os cozinheiros encararam Kara e isso a fez sentar envergonhada. Os pratos não demoraram a chegar. Ela estava se matando por dentro de curiosidade.

-Você pode perguntar Danvers – Afirmou Lena.

-Como você conhece esse lugar? – Perguntou Kara.

-Como conseguiu chegar até mim tão rápido? – Retrucou Lena

Kara abriu a boca várias vezes, porém nenhum som foi emitido. E Lena continuou:

-Disse que poderia perguntar, não que teria uma resposta – O canto de seus lábios pintados de vermelho se puxaram em um sorriso presunçoso.

E quando os pratos forma servidos, Kara mais uma vez foi surpreendida. Hambúrguer, bastante gorduroso, com a carne ao ponto e acompanhada por uma generosa porção de batata frita.

-Como sabia que era isso que costumo comer? – Perguntou Kara, e Lena deu de ombros.

-Sou uma excelente observadora – Disse Lena, os olhos de Lena se prenderam aos de Kara, e a kryptoniana precisou morder a parte interna de sua bochecha para continuar mantendo o contato visual –Deduzi, sabe por que eu permiti que continuasse sendo minha segurança?

-Se eu disser que quero saber, vai me responder com outra pergunta?

Lena sorriu, um sorriso a qual Kara ainda não estava pronta para presenciar. Seus batimentos cardíacos aceleram, ela mexeu em suas mãos nervosamente.

-Você me intriga senhorita Danvers – Admitiu Lena –Eu realmente gostaria de saber como alguém como você acaba em um trabalho como esse – Kara abriu a boca para responder, porém Lena ergueu a mão a impedindo –Não me dê a resposta – Lena sorriu mais uma vez ao notar a confusão espalhada no rosto de Kara –Eu prefiro descobrir sozinha.

-Gente – Kara ouviu a voz de seu amigo no ponto em seu ouvido –Tô chocado – Winn riu e continuou –Ela está mesmo flertando com você? – Afirmou Winn e Kara fechou os olhos ouvindo a risada do amigo –Ah, eu sabia meu gaydar nunca... – Kara desligou mais uma vez a comunicação com o amigo.

O almoço seguiu em silencio, com Lena vez ou outra flagrando a kryptoniana a olhando. Lena continha seus sorriso que teimavam em repuxar o canto de seu lábio, e anotou mentalmente a quantidade de comida que Kara era capaz de comer.

Para voltaram a Luthor Corp refizeram o mesmo caminho, sendo guiado por Lena. Entraram no prédio pela saída de emergência. E o resto do dia, Lena passou presa em seu escritório, tendo como única distração a kryptoniana parada na porta.

-Eu não preciso de um segurança – Afirmou Lena para o irmão, tudo que ela menos precisava agora era de alguém há vigiando o tempo todo.

-Lena é para o seu próprio bem – Retrucou Lex, o tom de voz alterado –Eu até encontrei uma mulher para o trabalho para você se sentir mais confortável, ela é ótima no que faz...

-Você não está pensando no meu bem – Disse Lena sem esconder a magoa na voz –Quer me manter vigiada.

-Não faça isso Lena – Lex tentou se aproximar da irmã –Sabe que me importo com você.

-Se importa o suficiente para esquecer de sua rixa com o Superman, abrir mão de todos os seus projetos...

-Eu sabia que voltaria nesse assunto – Disse Lex e saiu do quarto do hospital.

A noite veio fria, e por alguma razão o carro de Lena demorou para chegar ao estacionamento. A Luthor abraçou seu próprio corpo para se proteger do frio, então Kara fez algo que para ela, não passava de seu trabalho, ou pelo era no que queria acreditar no momento, no entanto para Lena significou outra coisa. Kara tirou seu casaco e o colocou sob os ombros de Lena. A Luthor a olhou nos olhos havia um sorriso tímido decorando o rosto levemente corado.

Merda, Lena pensou sendo inebriada pelo perfume que a peça de roupa exalava. Ela não escondia que havia gostado de Kara assim que pôs os olhos na mulher, afinal, quem não gostaria? Ela parecia já ter sido feita para que os outros gostassem dela, seu olhar gentil e o cuidado que tinha, mas claro era seu trabalho ser cuidadosa, se pegou mais uma vez encarando os lábios rosados e sentindo o quão errado isso era. Afinal, Kara trabalhava para ela. Não podia desejar beijar um de seus empregados, mas o que poderia fazer se quando ela sorria ou corava era exatamente esse desejo que gritava em seu interior, o que era extremamente estranho já que ela se quer havia passado muito tempo com a loira, e mesmo se tivesse continuava sendo errado desejar tal coisa. O vento frio a fez encolher ainda mais seu corpo, e se perguntou por que Kara não estava com frio? Lembrou-se do calor do corpo da outra. Lena suspirou e desviou seus olhos para rua.

Kara tentou o quanto pode manter sua mente ocupada, tudo para não ceder ao desejo de olhar para mulher ao seu lado, se tornava difícil já que ouvia claramente os dentes de Lena batendo denunciando o frio que sentia. O maldito carro parecia nunca chegar. Até que finalmente cruzou a rua escura e pouco movimentada.

A kryptoniana abriu a porta do carro, Lena continuou com o casaco de Kara ainda dentro do carro.

-Sinto muito a demora senhora Luthor – Pediu o motorista –O carro estava recendo alguns reparos...

O carro foi gradativamente acelerando, os olhos de Kara encontraram os do motorista. Ele não era o mesmo homem de antes, e Lena teria percebido se não estivesse tão perdida em seus próprios pensamentos. O carro acelerou na estrada saindo do limite imposto que deveria ser de 80km/h por 130km/h, Lena finalmente olhou para o motorista ao ponto de ver de carro ir de encontro ao lago.

O carro avançou em direção ao lago, o homem ainda tentou alcançar Lena, porém Kara segurou seu pulso e o torceu para o lado, quebrando-o. O homem puxou sua Glock e apontou em direção a Lena, de uma coisa Kara teve ainda mais certeza, quem quer que estivesse por trás de todos esse atentados estava mais do que determinado a conseguir. Kara apanhou a bala no meio do caminho e acertou o rosto do homem com o cotovelo, o carro já estava quase todo submerso na água, ao ponto da água do lago estar na metade do corpo de Kara que dentro do carro era a mais alta. Kara tirou o cinto de segurança de Lena, a porta ao lado dela estava emperrada, assim como as outras.

-Não! – Exclamou Lena, e apesar de desesperada manteve sua postura e calma, Kara empurrou a porta ao seu lado, a água já estava no pescoço da Luthor –Tire ele primeiro.

-O que?! – Kara passou seu braço em torno da cintura de Lena pronta para empurrá-la para fora, a água chegou ao queixo de Lena –Ficou maluca Lena?

-Por favor – Ela implorou, Kara a encarou incrédula por alguns instantes, estava sim em seus planos salvar o homem, mas a vontade de Lena de salvar seu agressor primeiro do que a sua vida fez Kara ter dois pensamento,  aquela mulher definitivamente não existia, não era possível que alguém colocasse a vida de seu agressor a frente da sua ou ela poderia substituir tudo isso pela certeza de que Lena era uma suicida, Kara preferiu acreditar na primeira. A água chegou a cobrir metade do rosto de Lena.

Kara tirou o cinto do homem, saiu do carro e deu a volta para a porta do motorista. O carro estava completamente dentro da água e afundando. Kara puxou o homem para junto de seu corpo e o levou para superfície. Uma van preta estacionou de forma brusca em frente ao lago.

-Kara! – gritou Winn correndo em direção à amiga.

Kara não esperou mais nenhum outro segundo, pulou dentro do lago e nadou o mais depressa possível em direção ao carro. Lena tinha os olhos fechados, seu corpo estava leve, Kara segurou o rosto da Luthor, ela não estava só de olhos fechados como havia perdido a consciência. Kara a puxou para fora do carro, quando chegou à superfície trouxe não somente Lena como um sentimento de culpa. Kara entrelaçou suas próprias mãos e as levou para o peito de Lena, pressionando, uma, duas vezes. Levou sua boca de encontro à de Lena e soprou seu oxigênio. Repetiu o mesmo processo duas vezes, até Lena cuspir uma generosa quantidade de água, ela não queria que ninguém soubesse o quanto ela se desesperou, o quanto ficou angustiada e apavorada. Ela queria saber se era capaz de salvar sua própria vida. Estava ofegante, e sentia perfeitamente o caminho que o oxigênio fazia em seu corpo. Seus olhos encontraram os de Kara, que parecia aflita. A kryptoniana passou a mão por seu cabelo molhado, aliviada por ver Lena respirando. Viva.

-Você não pode me assustar assim Lena – Afirmou Kara e Lena pode sentir que Kara estava fazendo um comentário mais para si mesmo do que para a própria Lena.

O homem acordou, Kara o puxou pela camisa e o jogou contra a van, Winn havia jogado sobre os ombros de Lena um cobertor grosso e ainda assim o frio parecia nunca abandonar a Luthor, os lábios estava roxeados e ela não parava de tremer.

-Quem mandou você? – Perguntou Kara e o homem apenas riu, uma viatura da policia parou ao lado da van.

-Nós cuidamos disso – Alex algemou o homem –Vocês estão bem? – Perguntou e Kara assentiu, mesmo parecendo chateada com alguma coisa –Kara.

-Pode ir me ver lá na casa – Pediu a kryptoniana e olhou para Lena, que somente agora, parecia ter caído a ficha e o medo estava expresso em seu olhar –Preciso leva-la para casa – Alex assentiu antes de apertar o ombro da irmã.

O caminho para mansão foi em um silencio fúnebre e já não suportando o bater dos dentes de Lena, Kara se aproximou da Luthor e jogou seu braço em torno do pescoço de Lena, a Luthor estremeceu com a aproximação, iria se afastar, porém o calor era tão agradável que nada disse, apenas encostou sua cabeça no ombro da loira e desejou que o preço por essa decisão não fosse ser cobrado mais tarde, seu calor corporal aqueceria Lena mais rápido e como suspeitara, Lena apertou a cintura da kryptoniana. Exausta por seu dia, adormeceu. Winn observou as duas pelo espelho da van.

-Se disser alguma coisa – Disse Kara já o interrompendo, como se fosse capaz de ler a mente do melhor amigo.

-Eu não disse nada.

-Mas pensou.

Winn sorriu. Ele realmente havia pensado e imaginado que alguma coisa tinha inicio ali, e ele apoiava o que quer que fosse que estivesse guardado para as duas.

Quando a foi estacionada a frente da mansão. Ninguém ainda havia sido informado do ocorrido. Era incrível como ter dinheiro e um sobrenome de peso mantinha algumas coisas encobertas por determinado período de tempo, Lena dormia tão profundamente, exausta pelo dia que teve. Kara não quis acorda-la. Passou os braços da Luthor em volta de seu pescoço e seus braços em baixo de suas penas, a erguendo em seus braços, Winn abriu a porta da mansão.

-Vou checar as câmeras de segurança – Avisou Winn deixando à amiga, ela sabia que ouvira piadas depois disso, mas sinceramente isso era o que menos a importava agora.

Kara carregou Lena até o quarto, toda a mansão estava submerso no escuro, era assustador, estava se perguntando onde estariam os empregados e até mesmo Lilian Luthor. A cabeça de Lena tombou para o lado, Kara empurrou a porta do quarto com o ombro, colocou Lena em sua cama. Observou o rosto sereno da Luthor, ela franziu a sobrancelha como se estivesse embarcando em um sonho ruim, ela sabia que poderia estar ultrapassando de todos os limites agora, mas não poderia permitir que Lena dormisse com roupas ensopadas. Então simplesmente as tirou, e evitou encarar qualquer parte do corpo pálido de Lena por mais de cinco segundos, e ela contava. Cobriu a Luthor com seu cobertor, Lena se moveu desconfortável na cama e murmurou alguma coisa, estava de fato tendo um pesadelo. Kara quis acordá-la, mas não foi necessário. Lena despertou sentando-se em um solavanco. Seu peito subia e descia ofegante, ela passou a mão por seu cabelo, estava suando frio. Demorou até se situar ao lugar onde estava e o quem estava sentada na cama a observando.

Quando percebeu que estava apenas com suas peças intimas, cobriu seu corpo com o lençol fino e encarou a kryptoniana com um olhar inexpressivo. Apavorada Kara começou a se explicar...

-Não me entenda mal eu-eu-eu só... Não queria que ficasse doente... Eu...

Lena olhou para os lados, apreensiva, alguma coisa definitivamente não estava certo, demorou um tempo até voltar a sua postura de inabalável.

-Está tudo bem – Lena interrompeu os pedidos desesperados de desculpa –Você já pode ir – Disse sem ter coragem de olhar a kryptoniana nos olhos, sentia o peso das lágrimas se acumulando em seus olhos, e só queria ficar sozinha, as imagens de seu pesadelo a assombrando.

-Você escolheu aquele homem a sua vida...

-Você já pode ir embora! – Exclamou Lena, tinha pavor e magoa em sua voz –Já fez o seu trabalho... Mais do que o seu trabalho pelo que vejo – Afirmou olhando para seu corpo e em seguida para Kara, estava sendo cruelmente rude e sabia disso. Kara havia salvado sua vida e estava devolvendo isso com sua falta de educação, mas realmente estava apavorada.

Kara a encarou pouco antes de deixá-la sozinha. Fechou a porta do quarto e ouviu o suspiro frustrado de Lena, seu coração continuava acelerado, angustiado e cercado de medo. A kryptoniana ficou no corredor da mansão, e ouviu o choro silencioso da Luthor. Kara pode perceber que Lena não estava com medo pela última tentativa de assassinato o que de fato chegava a assustá-la, mas com medo pelo pesadelo que tivera. Uma verdade pesou sobre os ombros da kryptoniana, os demônios de Lena a amedrontava mais do que a própria morte.

-Que dia – Comentou Winn assim que viu a amiga entrar na cozinha, ele empurrou no balcão de mármore uma cerveja, mesmo sabendo que a amiga não podia ficar bêbada. Mas, às vezes, era bom apenas beber e tentar fingir que nada havia acontecido – Como ela está?

-Me expulsou do quarto assim que acordou – Disse Kara abrindo a cerveja e sentando a frente do amigo.

-E você esperava que ela convidasse você para dormir com ela? – Perguntou Winn em um tom zombeteiro.

-Rao! – Exclamou Kara –Não Winn, é só... Ela não parece ligar para própria vida – Acusou, frustrada e até mesmo com raiva –Na hora do acidente, me mandou salvar primeiro o homem que estava tentando matá-la... Não sei se considero isso uma porra de uma prova de altruísmo ou uma completa burrice... E se prepare porque talvez vamos perder o emprego amanhã.

-O que? Como assim? – Winn viu Kara tomar um longo gole de sua cerveja e balançar a cabeça negando o que havia feito.

-Ela acordou e eu tinha tirado as roupas dela...

-Meu Deus Kara – Winn saltou da bancada em que estava sentado, estava chocado e ao mesmo tempo rindo da amiga –Por que fez isso?

-Eu não queria que ela dormisse com as roupas molhadas e adoecesse no dia seguinte...

-E por que isso importa? – Ouviram a campainha –Talvez seja a nossa carta de demissão...

-Não é a Alex, pedi para ela vir – Disse Kara e correu para abrir a porta da casa.

-Sabia que sua irmã tem o costume de tirar a roupa das vitimas – Winn dedurou a amiga.

-O que? – Alex soltou confusa.

-Esquece – Kara olhou feio para o amigo –Atualizações sobre o caso.

-Não tenho boas noticias – Avisou Alex –Nosso suspeito se suicidou assim que chegamos à delegacia para o interrogatório.

-Como assim que suicidou?!

-Puxou um dente e ingeriu um veneno que... Nossa foi horrível de ver... Ele se deteriorou de dentro para fora. Kara, isso é diferente de tudo que já tivemos... Estou realmente assustada com tudo isso, duas tentativas em um único dia, quem me garante que agora mesmo não estão tentando mata-la?

Kara sentiu o peso da pergunta de Alex literalmente em seus ombros. Ela não conseguiu dormir aquela noite, sentada de frente para janela onde tinha a vista da janela do quarto de Lena, a observando bolar de um lado para o outro da cama.


Notas Finais


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