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História Karma is a Babies - Bebês, Karmas e Harry Potter


Escrita por: gauntom

Notas do Autor


MEU FUCKING GOD!!!!! EU TO NA CATEGORIA DE HARRY POTTER!!!! Ah, pera, eu já escrevi uma Drarry.... OK, EU TO NA CATEGORIA DE HP COM UMA TOMARRY!!!! Me segura, Brasil. Hahaha


Ok, ok. Vamos direto ao ponto, e ai, pipous. Eu sou a KillerZ, também conhecida como Tia Ki ou apenas uma louca pros mais chegados. Eu costumo escrever fanfic de KPOP ou One Direction, porém cá estou eu!

Essa oneshot surgiu de uma ideia aleatória pra mandar pra uma amiga e, depois de três semanas, eu resolvi desenvolver ela de verdade. Passei praticamente um dia inteiro escrevendo, então espero que vocês gostem. ♡


Boa leitura e espero que gostem. ;* ♡

Capítulo 1 - Bebês, Karmas e Harry Potter




Tom estava preocupado. Não que ele demonstrasse, afinal, o Lord das Trevas nunca faria isso, mas ele estava.


Harry tinha decidido, de última hora, que algo importante precisava de sua presença na Romênia. E, assim, ele saiu. A promessa era de três dias fora, e esse era apenas o primeiro. Tinha se despedido do marido pela manhã e tudo corria muito bem, pois estava no escritório desde então.


Lord Voldemort estava terminando e verificar o relatório de Lucius, quando Whinky apareceu em seu escritório. A expressão preocupada da elfa fez o Lord arquear a sobrancelha.


– Whinky veio avisar que os jovens herdeiros acordaram, senhor. – A elfo disparou, e Tom levantou no mesmo instante. – Whinky deve preparar as mamadeiras, senhor?


– Sim, e levá-las para o quarto. – O Lord respondeu, saindo do escritório e rumando pelo corredor escuro.


Quando Tom Riddle abriu a porta, ele já não era Lord Voldemort ou o Lord das Trevas, ele era apenas Tom, pai dos gêmeos Riddle.


Falando neles, os dois pestinhas se balançavam nos devidos berços, tentando alcançar um ao outro.


Tom conseguiu pegar o garotinho de cabelos pretos quando ele começou a flutuar, o quão péssimo seria se Harry descobrisse que o filho acabou preso ao teto... De novo?


– Aleister, o que já falei sobre isso? – Tom olhou o garotinho, sua cara séria fez o menino de um ano e dois meses arregalar os olhos e tremer os lábios. – Não precisa chorar, mas não faça isso de novo.


Como se entendesse que o irmão estava levando uma bronca, Orfeo estendeu os braços para o pai. Tom colocou Aleister junto de Orfeo, e os dois começaram a rir um pro outro.


Observando aquela cena, Tom se perguntou por quê Harry estava com tanto medo de deixar os filhos com ele.


Eles eram crianças, nada mais.


◇♤◇


Tom descobriu o motivo poucas horas depois e, secretamente, admirou Harry ainda mais.


Quer dizer, Harry era um marido ótimo. Ele passou por cima de todos os traumas, perdoou Tom por ter matado seus pais e se casou com o Lord das Trevas. Então, sim, Tom admirava o marido.


Claro que nem tudo foi flores, Tom torturou Harry, Harry odiou Tom e os dois juntos perceberam o quanto erraram em vários aspectos. Harry sabia que os pais nunca voltariam, ele teve muita raiva e mágoa de Tom, mas aquilo era uma guerra.


Felizmente, Tom não era de todo mau, pelo menos não com Harry. Isso também não fazia ele bom, mas Potter aprendeu a conviver com isso, porque o Lord também não lhe deu outra escolha.


Harry tinha sido sequestrado um pouco antes de completar quinze anos, foram dois anos torturando o garoto até perceber que aquilo não daria em nada. Apesar dos momentos de tortura, Harry era petulante e Tom gostava daquilo. Aos poucos, sem que o Lord percebesse, Potter foi ganhando espaço e confiança, dessa forma ele saiu das masmorras e recebeu um ótimo quarto na mansão do Lord.


Com a convivência ambos acabaram pegando gosto pelos momentos de conversas, onde se atacavam verbalmente, mesmo que fosse com coisas implícitas. Harry passou por uma pequena crise quando estava perto de completar 17 anos, porque ele não aceitava estar sentindo coisas por seu inimigo.


Tom nem mesmo percebeu quando parou de torturar o garoto, ele apenas se divertia a cada resposta atravessada que Harry dava, o garoto realmente vivia intensamente, mas nada preparou o Lord para o dia em que Harry o beijou. Foi nada menos que impactante, Tom demorou quase dois minutos pra reagir e se surpreendeu quando sua reação não foi afastar o garoto e sim prensá-lo conta a mesa de seu escritório.


E foi ali, no escritório do Lord das Trevas, que Harry teve sua primeira vez. Claro que nenhum dois dois tinham pensado nas consequências que aquilo geraria. Até porque depois da primeira vez veio a segunda, terceira, quarta e assim até que ambos não conseguissem manter as mãos longe um do outro.


E era por isso que Tom estava ali, muito chocado com o quão imprudente crianças podem ser. Ele tinha deixado os gêmeos sozinhos por menos de cinco minutos, já que eles estavam muito bem brincando no chão do quarto, Tom até mesmo fechou a porta quando saiu, mas quando voltou teve uma surpresa: a porta aberta e os gêmeos sumidos. Ele lançou um feitiço localizador e encontrou os dois herdeiros prontos para rolarem escada abaixo.


Tom segurou Orfeo antes que ele realmente rolasse a escada e lançou um olhar para Aleister. Como pai, ele sabia que aquilo era obra de Aleister, o garoto era muito bom em arrumar problemas assim como Harry. Riddle segurou Aleister com o outro braço e desceu com os dois para a sala, ele deixou os dois no tapete felpudo — que Harry fez questão de comprar por causa dos gêmeos —, e sentou na poltrona confortável, apenas para observá-los.


Os gêmeos eram a cópia perfeita de Tom, os cabelos castanho escuro, a boca fina e o nariz arrebitado, apenas os olhos eram verdes como a maldição da morte ou, resumindo, como os olhos de Harry. Já a personalidade… Aleister era um verdadeiro Potter, arrumava encrenca por onde passava, já Orfeo era calmo e quase sempre seguia Aleister apenas por seguir. Tom quase sempre ria do quanto Harry ficava desesperado atrás dos garotos e agora ele estava pagando por isso.


Por algum motivo Aleister estava puxando o cabelo de Orfeo, o que claramente fez o bebê de um ano e dois meses começar a chorar em plenos pulmões. Tom suspirou e levantou, ele tirou a mão de Aleister do cabelo do irmão, mas Tom pode jurar ver um olhar desafiador no filho quando ele pegou os cabelos do irmão de novo e puxou. Orfeo berrou e Tom, com toda paciência do mundo, pegou Aleister e colocou sentado em um cercado perto da parede. Harry tinha decretado que aquele era o local pra deixar os filhos quando fizessem algo errado, então o Lord apenas concordou e, pela primeira vez, estava utilizando aquilo.


Riddle pegou Orfeo, este último que ainda chorava e ninou o filho até ele se acalmar aos poucos. Tom ainda achava engraçado o quanto os filhos ficavam impressionados com seus olhos vermelhos, Orfeo o encarava fixamente como sempre fazia, parecia cada dia mais maravilhado com os olhos do pai.


Aleister vendo aquilo e sabendo que tinha feito algo muito ruim começou a chorar. Riddle olhou para o garoto chorando e, com apenas esse olhar, Aleister chorou ainda mais. O garoto berrava em plenos pulmões como Orfeo tinha feito anteriormente e Tom apenas suspirou, Harry era realmente muito paciente pra aguentar tudo aquilo.


— Se você não parar não vai sair daí. — Tom ditou a voz calma, porém séria.


O garotinho encarou o pai e, aos poucos, foi parando de chorar. Orfeo enquanto isso insistia em chupar o dedo, Tom odiava aquela mania que crianças tinham, mas Harry achava fofo e Riddle tinha certeza que o marido mimava demais aqueles bebês. Com o silêncio de Aleister, Tom aguardou apenas mais alguns minutos e tirou o garotinho do castigo. Ele ainda se perguntava como uma criança de um ano entendia que aquilo era algo ruim, mas Harry falou que funcionava, então…


Como que para se desculpar com o irmão, Aleister segurou na mãozinha do mesmo e balançou, animado. Orfeo gargalhou e logo os dois estavam de bem novamente. Tom revirou os olhos e colocou de novo os filhos no tapete.


— Ivvy. — Tom chamou a elfa e ela apareceu. — Traga o almoço dos gêmeos.


— E o senhor, mestre Riddle? — A elfa questionou.


— Comerei depois. — Tom fez um sinal com a mão para a elfa sair e ela foi fazer o ordenado.


Quando Tom olhou para os filhos, ele não se surpreendeu. Aleister engatinhava em volta de Orfeo, este que tentava segurar o irmão a todo custo. Riddle sentou novamente em sua poltrona e ficou distraído observando os gêmeos.


Normalmente Harry cuidaria deles, o garoto mal saia de perto dos filhos e aquilo era bom para Tom, querendo ou não ele sabia que era difícil lidar com criança e ele sempre iria preferir tomar o castelo de Hogwarts mil vezes a cuidar dos gêmeos. Por isso Harry levava aquilo incrivelmente bem e Tom só ficava com as crianças quando o moreno de olhos verdes estava por perto.


— Maldita viagem. — Riddle reclamou. Não por estar cuidando dos gêmeos e sim porquê Harry estava longe.


Ivvy apareceu com uma bandeja contendo a comida dos gêmeos e deixou na mesa próxima a Tom, desaparecendo em seguida. Riddle suspirou, agora ele desafiaria as leis da natureza e mostraria que era um ótimo pai!


◇♤◇


Meia hora depois Tom teve certeza de que Dumbledore e seu exército da luz era coisa de criança comparado aos gêmeos. Orfeo estava com sopa de tomate na cara, cortesia de Aleister e o gêmeo levado tinha lambuzado a cara do pai com batatas amassadas e depois lambusado a si próprio com suco de abóbora. Ótimo, melhor que isso só dois Aleister juntos, era o que Tom pensava a cada vez que o filho apontava.


Riddle como um pai de família, um homem bom para seu esposo e, atualmente, bom para a comunidade bruxa também — Graças a Harry, devemos destacar —, estava pronto para falar pro marido que não tinham filhos e sim, terroristas. Talvez fosse o karma por ter feito tantas coisas ruins a vida toda, Tom realmente fecharia a fábrica depois desses dois.


— Vocês precisam de um banho. — Tom chegou a essa conclusão, logo notando sua camisa preta de linho fino toda suja com uma mistura de sopa de tomate, batata e suco de abóbora. — E o papai também.


Tom nem percebeu o quanto foi natural falar daquela forma, era apenas… Harry. O garoto tinha mudado muitas coisas em Riddle, todas elas foram apenas Tom querendo ser melhor para seu esposo e não se arrependia disso.


Tom segurou os garotos firmemente em seus braços e levantou do tapete felpudo, onde anteriormente estava alimentando-os. Ele seguiu em direção às escadas e subiu, caminhou até o o próprio quarto e foi para o banheiro ligado ao quarto. Com um aceno de varinha ligou a torneira para encher a banheira, deixou Aleister sentado na tampa da privada e tirou a roupa de Orfeo, quando colocou o menino na banheira, notou que Aleister estava quase se jogando, segurou o garotinho e lançou feitiços na banheira para que Orfeo não se afogasse, também conjurando alguns brinquedos, depois disso tirou a roupa do gêmeo levado e colocou ele junto com o irmão.


Os dois começaram a bater na água e espalhá-la pela banheira. Tom lançou outro feitiço para que nenhum dos dois caíssem da banheira e saiu.


— Whinky. — Chamou a elfa que logo apareceu, se curvando para seu mestre. — Cuide dos gêmeos.


— Sim, mestre. — A elfa respondeu e sumiu em um "pop".


Tom caminhou até uma porta do outro lado do quarto e abriu, ali era o quarto dos gêmeos. Com a guerra e o tanto que Tom foi caçado — até mesmo Harry foi, devido ao desaparecimento —, Harry ficou sistemático. Quando ele descobriu que estava grávido dos gêmeos, apenas surtou. Harry com seus vinte anos ficou histérico com a ideia de ter alguma retaliação e invadirem a mansão Riddle, mesmo ele sabendo que existiam fortes magias que não permitiam encontrar a localização da residência, então ele apenas convenceu o Lord — em um momento inoportuno em que sua boca estava calculosamente dando um dos melhores boquetes matinais em Tom —, de que era uma boa ideia a porta do quarto dos gêmeos ser conectada diretamente com o quarto do casal e Tom como o chefe da casa apenas gemeu de prazer e concordou instantaneamente, ponto para Harry Potter e sua ótima forma de persuasão.


Riddle foi até o closet das crianças e ficou perdido com quantas roupas existiam ali, mas não era surpresa. Os gêmeos eram extremamente mimados por todos os comensais que ainda possuíam um coração e era bem tratados até pelos comensais que não suportavam crianças, Tom tinha deixado bem claro o quanto os comensais sofreriam se seus filhos e Harry fossem feridos, por isso os três eram extremamente mimados. Com Harry e os gêmeos felizes, Tom ficava feliz e assim todos os comensais eram poupados… Ou quase todos.


Depois de muito olhar o homem escolheu o mesmo conjunto: calça, camiseta, meias e uma jaquetinha de veludo. Um conjunto na cor verde e outro vermelho, voltou para o próprio quarto e deixou ambos na cama. Tom entrou no banheiro, encontrando ele encharcado e a elfa banhando os gêmeos. Aleister insistia em puxar as orelhas de Whinky e ela parecia bem feliz em poder cuidar de seus pequenos mestres.


— Whinky, pode ir. — Tom falou par a elfa, esta que apenas concordou e sumiu.


Orfeo soltou um grito animado e Aleister bateu palmas, eles adoravam quando os elfos da mansão sumiam daquela forma. Tom apenas sorriu para os filhos e terminou de banhá-los. Nesse processo Aleister fez questão de molhar o pai dos pés a cabeça e Tom cada minuto tinha mais certeza de que, se fosse ele cuidando dos filhos, teria que comprar roupa a cada semana. Tom pegou Orfeo primeiro, ele enrolou o pequeno em uma toalha e levou para o quarto, quando ele voltou para o banheiro Aleister estava levitando de novo.


— Harry teria um ataque vendo isso. — Tom falou para o filho, Aleister apenas riu ao ouvir o nome do outro pai. — Você iria gostar, não é? — Como se para confirmar, Aleister gargalhou de uma forma que fez Tom rir também, porém contido.


Ele levou o garotinho enrolado até o outro quarto, colocando-o ao lado de Orfeo. O pequeno estava tranquilo ali, mas tom sabia que se tivesse deixado Aleister ali para pegar Orfeo na banheira, com toda certeza o garoto daria um jeito de rolar pra baixo da cama. Tom trocou Orfeo, colocando a roupa verde nele e depois trocou Aleister. Ele teve um pequeno desentendimento com as fraldas, mas o Lord das Trevas poderia lidar com esse pequeno contratempo, por isso lançou um feitiço que fez as fraldas ficarem exatamente como eram pra ficar.


As mamadeiras apareceram na cabeceira da cama e Tom pegou a vermelha, ele pegou Aleister no colo e deu a mamadeira para o garoto que sugou avidamente, enquanto isso Orfeo brincava tranquilamente com o próprio pé tentando tirar a meia com desenhos de cobra. Aleister dormiu em cinco goles do leite, mas não largou a mamadeira até o final. Tom foi até o quarto dos gêmeos e colocou Aleister no berço, pegando a mamadeira vazia e colocando na cômoda, ele cobriu o bebê e voltou para o quarto.


Orfeo seguia tranquilo, como sempre foi. Tom admirava toda essa paciência que o garotinho tinha, mas ele sabia que quando Orfeo crescesse provavelmente seria o maior perigo para os pais. Tom pegou a mamadeira verde e o bebê, Orfeo sugou o bico de plástico com vontade. O garotinho também estava cansado, por isso começou a ressonar em poucos goles, mas diferente de Aleister, ele tomou apenas o necessário e largou a mamadeira. Tom voltou para o quarto dos gêmeos, deixou a mamadeira na cômoda e colocou o filho no berço, ele cobriu Orfeo e admirou os gêmeos dormindo.


Finalmente ele teria um pouco de paz.


◇♤◇


Tom voltou para o quarto, retirou a roupa suja e colocou um robe. Ele foi para o banheiro e com um aceno de varinha limpou tudo e deixou organizado, esvaziou a banheira e a encheu novamente, colocando alguns sais para relaxar. O Lord retirou o robe e entrou na banheira, relaxando os músculos assim que entraram em contato com a água quente. Ele adorava aquela banheira, principalmente depois que Harry chegou na mansão e eles a utilizaram de todas as formas possíveis. Tom ainda conseguia lembrar do quanto foi prazeroso quando Harry descobriu que estava grávido, diferente dos grávidos que ficam com vergonha do corpo, Harry apenas queria mostrá-lo ainda mais.


Tom sentia o pênis pulsar só de lembrar o quando Harry o provocou durante nove meses e o quanto ele adorou cada momento de provocação. Harry parecia quieto, sempre arrumando confusão e fazendo tudo errado, mas ele sabia fazer um boquete como ninguém, rebolava insanamente e deixava o Lord louco com um simples beijo. Harry Potter, atual Riddle, sempre seria a perdição de Tom. O Lord resolveu deixar aqueles pensamentos de lado, ele estava cansado e realmente não desejava uma ereção sem o esposo por perto.


Riddle relaxou por vinte minutos na banheira, então decidiu que estava ali a tempo demais e saiu. Ele se secou e retirou uma camisa vinho, calça feita sob medida, boxer e meias do closet, colocando as roupas em seguida. Ele sentou na cama apenas para descansar, mas acabou deitado no instante seguinte e logo seus olhos pesaram… Uma soneca não faria mal, certo?


◇♤◇


Errado. Terrivelmente errado. A soneca durou uma hora e Tom acordou com o filho chorando. Ele espantou o sono e colocou os sapatos sociais, tirando o amassado da roupa com um aceno de varinha. O Lord caminhou para o quarto ao lado e pegou Aleister no colo, o garoto chorava sem parar e Tom não entendia o porque, isso até olhar no berço ao lado.


Onde. Estava. Orfeo?


Tom fez um feitiço localizador, mas não funcionou. O garoto simplesmente tinha sumido, e o Lord sabia que estava ferrado. Não era como se ele pudesse apenas entregar Aleister e falar para Harry "agora temos apenas um filho", seria castrado e sentenciado a uma greve de sexo eterna, sem contar no pesar que sentiria de um dos herdeiros ter sumido. Nem pensar, Tom encontraria Orfeo à moda trouxa.


E assim o temível Lord das Trevas saiu com um garotinho chorão no colo, chamando o nome do outro garotinho que estava desaparecido. Ele procurou em todos os cômodos da casa, até mesmo de baixo de camas e em guarda roupas, quando percebeu que o garoto simplesmente não estava em lugar nenhum o desespero começou a bater. Claro que Tom nunca demonstraria isso, por isso resolveu que chamaria seus comensais do círculo interno.


Em menos de cinco minutos Bellatrix, Lucius, Narcisa, Draco, Snape, Rodolfo, Rabastan e Sirius estavam ali. Não que Sirius fosse um comensal, mas ele era esposo de um, então ele sempre acabava sendo um enxerido ali. Os comensais reverenciaram ao Lord, enquanto Sirius apenas caminhou até o homem e pegou Aleister que chorava a plenos pulmões.


— Por Merlin, o que você fez com essa criança?! — Ele tentou ninar o garotinho, porém Aleister não parava de chorar.


— Não que seja da sua conta, mas Orfeo sumiu. — Tom lançou, mordaz. Narcisa perdeu a cor do rosto repentinamente e Sirius arregalou os olhos. — Convoquei-os aqui para procurarem o garoto.


— Como meu afilhado sumiu? — Draco estava chocado. — Eu avisei pro Harry que seria uma má ideia ele viajar…


— Sou completamente apto a cuidar dos meus filhos, Malfoy. — Riddle respondeu.


— Estou vendo. — Sirius retrucou, sendo puxado por Snape. — Me solta, morcego das masmorras!


— Deve ser difícil aturar... — Tom falou com Snape, indicando o animago. — Talvez Lupin ajudaria.


— Ele ainda está debilitado devido a lua cheia. — Snape respondeu ao Lord. — Ele gostaria de vir, mas devido a sua condição não podemos arriscar.


— Sem dúvidas, herdeiros em primeiro lugar. — Tom concordou. — Narcisa e Draco vão pela área leste, Bellatrix e Rodolfo pela oeste, Rabastan e Snape ao sul e Lucius fica de olho no cachorro.


— Eu sou um homem grávido, não morto. — Sirius rosnou, ainda ninando Aleister que estava apenas soluçando agora. — Ainda acabo com você por essas piadinhas.


O Lord revirou os olhos, em claro desprezo pelas palavras do animago. Sirius sempre seria essa pedra em seu sapato, mas ele era marido de Snape e Lupin, também sendo padrinho de Harry logo, Tom nunca poderia ensinar a ele o que era respeito por um Lord. Infelizmente, coisas da vida.


Tom seguiu pelo lado norte, mesmo que ele já tivesse procurado por grande parte da mansão era bom olhar tudo novamente. Ele ainda estava tentando entender como Orfeo sumiu tão facilmente e, por que o feitiço localizador não funcionava. O Lord procurou por quase meia hora em todas as portas do corredor, ele mal lembrava da mansão ser tão grande, mas sempre poderia contar com os filhos para lembrá-lo de coisas insignificantes.


Riddle resolveu retornar a sala principal e encontrou Aleister mais calmo no colo do animago, enquanto Lucius estava sentado observando os dois. O loiro levantou ao ver seu Lord, olhando em volta para averiguar se ele tinha encontrado a criança.


— E os outros? — Tom questionou, e Lucius apenas mostrou a marca negra. Riddle passou a varinha sobre ela e, em poucos minutos, os comensais voltaram. — Procuraram em todos os lugares designados?


— Sim. — Rabastan respondeu. — Não encontramos nem mesmo um sinal.


— Orfeo está revelando ser bem parecido com Potter. — Bellatrix soltou e o Lord a encarou sério. — O que não é de todo mal, mas se meter em problemas…


— Começo a acreditar que seja um dom. — Snape comentou, encarando o esposo. — Provavelmente devido aos tios…


— Ei! — Sirius contestou, mas foi calado pelo olhar do marido. — Vocês já pensaram em procurar com os elfos?


A brilhante ideia pareceu tão simples quando saiu pelos lábios do animago que até Lucius soltou uma risada.


— Lógico! — Draco se manifestou. — Orfeo ama os elfos, isso faz todo sentido. — Ele começou a caminhar em direção a cozinha. — Eu vou.


Assim que Draco saiu, Tom começou a se questionar desde quando seu coração batia com tamanha esperança? Ele não tinha se dado conta até ali o quanto seus filhos eram importantes e no que faria para vê-los bem e felizes. Harry realmente tinha feito um trabalho e tanto, Tom pensou. Em outros tempos, ele nunca teria tanta preocupação com uma simples criança, mas ali era seu filho, seu herdeiro.


Draco voltou em menos de vinte minutos, ele estava com um sorriso no rosto, o qual era raro, e Orfeo em seus braços. O garotinho estava sujo de farinha e ovos, mas ainda era o pequeno e calmo Riddle. Tom pegou o filho, sentindoum alívio surpreendente correr por seu corpo. Orfeo estava ali e Harry não iria arrancar suas bolas, graças a Merlin.


— Os elfos não viram ele. — Draco ergueu uma capa e um colar nas mãos. — Provavelmente graças a isso.


Narcisa ficou surpresa ao ver aquilo e Tom apenas se perguntou, novamente, se aquilo era karma por ele e Harry serem tão fortes magicamente.


— Esse colar é aquele anti-localização. — Rodolfo falou, chamando a atenção de Draco. — O Lord fez para o senhor Potter-Riddle.


— Me pergunto como ele conseguiu isso e a capa de invisibilidade. — Narcisa murmurou, pensativa. — Eles são extremamente poderosos.


Tom concordou internamente, ele sabia que Harry deixava a capa e o colar pendurados juntos no quarto dos gêmeos, tudo isso apenas caso ocorresse alguma invasão e Orfeo tinha aproveitado isso, somado ao fato de saber levitar e pronto, estava armado o problema.


— Orfeo aprendeu a levitar. — Tom respondeu, mesmo que não achasse necessário uma explicação a seus seguidores e Sirius.


— Faz sentido. — Bellatrix murmurou, arrumando as vestes. — Vai precisar de nós, meu lord?


— Vocês podem ir. — Tom respondeu, ninando o filho.


Bellatrix, Rodolfo, Rabastan, Narcisa, Lucius e Draco saíram para aparatar do lado de fora, mas Sirius continuava com Aleister em seus braços. O animago encarava Tom em um claro desafio e o Lord precisava lembrar que Harry o deixaria sem sexo por toda a vida se algo acontecesse ao padrinho.


— O que me garante que Orfeo não vai sumir novamente? Ou Aleister? — O animago bufou, batendo na mão de Snape que tendou puxá-lo para irem embora. — Eu não vou sair, Harry deveria ter deixado os gêmeos comigo.


— Eu sei cuidar dos meus filhos, Black. — Tom respondeu, ríspido. — Vocês podem ir agora.


— Eu não vou! — Sirius bateu o pé e Snape sabia que aquilo seria um problema.


— Sirius, pare de ser uma criança mimada. — Snape pegou Aleister do colo do esposo e o entregou para o Lord. — Nós precisamos ir, deixamos Remus sozinho em casa.


Aquilo pareceu despertar o instinto protetor de Sirius. Ele colocou a mão sobre a própria barriga de três meses e levantou, Snape reverenciou ao Lord e segurou na cintura do esposo.


— Se não fosse pelo meu outro marido, você teria que me aturar aqui. — Black provocou o Lord, este que apenas deu um sorriso sarcástico.


— Tire esse vira lata da minha frente. — Ele foi categórico e Snape não demorou mais de dois minutos pra arrastar o esposo, que soltava injúrias para o Lord, até a lareira e jogar o pó de flu.


Tom respirou profundamente ao ter o pulguento fora de sua casa. Ele odiava Sirius Black, mas Harry o amava e Tom era adepto a nunca mais magoar seu garoto novamente, os dois anos que passou o torturando tinham sido o bastante por uma vida toda. Riddle segurou os gêmeos com firmeza e subiu as escadas, indo novamente até o quarto. Ele deixou Aleister em um cercadinho com brinquedos e tirou a roupa de Orfeo, indo até o banheiro novamente.


O Lord deu outro banho no filho, enrolou o garotinho na toalha e voltou para o quarto. Aleister continuava brincando no cercadinho, então ele foi para o quarto dos gêmeos e trocou Orfeo, colocando uma roupa parecida com a anterior, porém em um verde mais claro. Quando Tom voltou para o quarto, Aleister não estava mais no cercado. O Lord teve certeza de que aquilo era um karma e que Harry ia castrá-lo por perder os dois filhos em um único dia, mas para sua sorte o garotinho saiu engatinhando de baixo da cama e o homem o pegou.


Pequenas bicadas na janela chamaram a atenção do Lord, ele deixou os filhos em cima da cama — com feitiços para eles não caírem —, e foi até a janela. Ele abriu, encontrando a coruja do ministério ali. Tom agora era o ministro da magia, então aquilo não o surpreendeu. Ele pegou a carta e a coruja saiu voando, sem esperar uma resposta. O Lord encarou os filhos e eles continuavam concentrados em brincar, por isso ele resolveu ler a carta. Tom levitou a poltrona no canto do quarto com um aceno de varinha e, assim, sentou de frente para a cama, onde observaria os filhos.


Ele abriu a carta, encontrando um breve comunicado de que a lista dos novos bebês mágicos nascidos no mundo trouxa seria mandada para seu escritório, no final das contas Harry sempre estaria certo: ser ministro da magia era cansativo e trazia muito trabalho pra casa. Eles tiveram muitas brigas sobre isso depois que os gêmeos nasceram, então Tom diminuiu o trabalho em casa, mas mesmo assim algumas vezes, como essa, ele era obrigado a verificar e assinar papeladas.


Tom pegou os filhos no colo e jogou a carta na lareira. Ele saiu do quarto e desceu as escadas, caminhou pela área leste, abriu a primeira porta à esquerda e entrou. O Lord fechou a porta e notou que os pergaminhos já estavam em sua mesa, ele soltou os gêmeos no tapete verde e conjurou alguns brinquedos para eles. Apenas por precaução Tom trancou a porta e foi até sua mesa, sentando no estofado macio e caro de sua cadeira. Dali ele conseguia olhar os filhos e trabalhar ao mesmo tempo.


O Lord pegou o primeiro pergaminho e se dispôs a ler. Ali continha o nome de todas as crianças nascidas na Inglaterra trouxa, todos aqueles pequenos seres seriam tirados de seus pais e transferidos para casas onde bruxos que não poderiam gerar filhos os adotariam. A lei do Lord tinha gerado muita bagunça no mundo bruxo, mas a verdade era que a mistura entre o mundo bruxo e trouxa só estava trazendo problemas e enfraquecendo as crenças bruxas, por isso Tom preferiu unir o útil ao agradável. E claro, isso teve uma porcentagem de Harry.


O grande herói do mundo bruxo, que acabou sendo considerado um traidor por alguns ao se casar com Lord Voldemort, não permitiu que famílias fossem dizimadas, até mesmo mostrou em estatísticas o quanto aquelas crianças nascidas de trouxas ajudariam famílias que estavam mal por não poderem ter filhos. Harry ganhou alguns pontos com Tom aquela época e depois veio o beijo, então… Uma coisa levou a outra, disso Tom tinha certeza.


No sistema implantado os pais trouxas teriam as memórias apagadas e alteradas, incluindo parentes próximos e a criança receberia um bom lar. A verdade é que isso melhorou até mesmo o abuso que as crianças bruxas recebiam dos pais ou familiares muggles que não sabiam lidar com a novidade que era o filho ter poderes e acabavam maltratando por achar ser obra do "demônio". Tom achava aquilo extremamente engraçado, eles acreditavam mesmo que todo o problema do mundo era creditado a apenas um ser? Esses trouxas tinham pensamentos tão antiquados.


Os trouxas que realmente queriam filhos, tinham os filhos bruxos trocados por crianças normais que foram abandonadas e assim tudo seguia perfeitamente no mundo trouxa e no mundo muggle. Tom sabia que muitas coisas eram por culpa de Harry, ele tinha mudado alguns ideais do Lord das Trevas, mas mesmo assim Tom continuava sendo temido e era isso que ele queria e gostava.


O Lord olhou para os filhos, os dois estavam brincando com um trenzinho encantado para se mover sozinho, porém sem machucar os bebês. Orfeo soltou uma gargalhada e Aleister se jogou pra trás, Tom segurou a respiração e quase levantou para ver se algo tinha acontecido, mas Aleister rapidamente voltou a engatinhar atrás do irmão e do trem. Riddle suspirou, aqueles garotos ainda causariam um desastre.


Ele voltou a se concentrar no pergaminho, leu todos os nomes e as peculiaridades de cada família, tanto a família trouxa das crianças quanto a família bruxa para qual seriam mandadas e no final assinou os cinco pergaminhos, após assiná-los os pergaminhos sumiram da mesa. Tom esticou os braços e notou que as mamadeiras dos gêmeos já estavam em sua mesa, provavelmente obra de Whinky.


O Lord levantou da poltrona e pegou os gêmeos. Eles gargalharam ao olharem para o pai e, em sincronia, colocaram as mãos no rosto dele. Os bebês ficaram encarando os olhos vermelhos do pai em total admiração e Tom sorriu, porque era impossível não sorrir com aqueles dois.


— Vocês e esses olhos verdes… — Tom murmurou, voltando para a poltrona e sentando com os gêmeos em seu colo. — Seu pai consegue tudo com esses mesmos olhos. — Tom pegou as mamadeiras, entregando a verde para Orfeo e a vermelha para Aleister. Os bebês seguraram as mamadeiras e começaram a mamar, as cabecinhas apoiadas no peitoral do pai enquanto sugavam o líquido da mamadeira com fome.


Orfeo estava com tanta fome depois de toda a brincadeira de esconde-esconde e engatinhar atrás de Aleister e o trenzinho que dormiu primeiro. Já o gêmeo mais levado aproximou a cabeça da do irmão e fechou os olhos, novamente o garotinho só largou a mamadeira depois de terminá-la. Tom colocou as mamadeiras na mesa e ficou observando os filhos.


Ainda parecia claro como água quando Harry começou a passar mal. O encrenqueiro acabou sentindo um mal estar quando estava no final das escadas e caiu. Ele rolou quatro degraus e deixou os comensais desesperados, Tom quando ficou sabendo lançou alguns crucius em seus seguidores, apenas pela ousadia que todos tiveram em não prever aquilo.


No final de contas, Harry se desculpou com os comensais que foram acertados pela fúria do mestre, deu um sermão de meia hora em Tom, claro que a sós, sobre como tratar seus seguidores melhor e então o medimago entrou. O homem parecia chocado quando revelou a notícia da gravidez, mas aquilo não surpreendeu Harry tanto assim. Ele acabou revelando que estava desconfiado dos sinais que seu corpo dava e, por fim, o único impactado com a notícia foi o Lord.


Apesar de não demonstrar, Tom se afastou por um tempo pra pensar. Ele sabia que Harry tirava coisas boas dele, mas não tinha certeza se conseguiria sentir isso pelos gêmeos, o que também foi revelado no exame feito pelo medibruxo, no entanto todas suas dúvidas foram tiradas quando Harry entrou irritado em seu escritório. O garoto trancou a porta e lançou um feitiço sonoro, ele falou todas as verdades na cara do Lord que apenas o encarava. Tom admirava aquela coragem e mal conseguiu registrar quando puxou o garoto de olhos verdes para seus braços e o tomou com desejo na mesa do escritório.


Depois daquele dia ele não ignorou mais Harry e, com o tempo, acabou percebendo que seus herdeiros seriam tão importantes quanto o esposo. No final das contas, Harry trouxe muitas primeiras vezes na vida de Tom Riddle, mesmo que fossem coisas que vários bruxos passassem na adolescência, Tom só as sentiu com Harry e assim foi para o garoto também. De uma forma estranha ambos se completavam.


Tom acabou caindo no sono entre esses pensamentos, os gêmeos estavam firmes e seguros em seus braços. Os três dormiam como anjinhos quando Harry destrancou a porta do escritório com magia e entrou. Ele sorriu ao ver aquela cena, Tom realmente parecia diferente quando estava dormindo, afinal, por poucos momentos, ele perdia toda aquela aura assassina.


— Whinky, Ivvy. — Harry chamou as elfas e elas apareceram. — Levem os gêmeos para o berço e fiquem com eles.


— Sim, mestre Riddle. — As duas responderam e foram pegar os bebês.


Whinky tirou Orfeu com cuidado e Ivvy pegou Aleister. Elas foram andando, pois Harry não permitia que as duas apenas desaparecessem com seus bebês no colo, ele sabia que era um pouco super protetor, mas não tinha o que ser feito. Harry trancou a porta e caminhou até a mesa, sentando no canto da mesma.


Tom dormiu por mais alguns minutos, mas quando se mexeu sentiu que os gêmeos não estavam ali. Ele abriu os olhos vermelhos repentinamente e olhou para o lado, encontrando os olhos verdes que tanto amava. Tom não entendeu porque Harry estava ali, ele voltaria apenas depois de três dias.


— O que aconteceu? — Tom arrumou a postura na poltrona e Harry pulou da mesa, ele nem mesmo pensou duas vezes antes de sentar no colo do marido. — Por que voltou mais cedo?


— Não parece feliz com isso. — Harry constatou, brincando. O Lord apertou a cintura do esposo, dando um selinho no mesmo. — Aconteceram algumas coisas e precisei voltar.


— Eu estou mais do que feliz por você ter voltado. — Tom subiu a mão direita pelas costas do mais novo, e fez um leve carinho em sua nuca. — Os gêmeos são impossíveis.


Harry deu uma gargalhada jogando a cabeça para trás, Tom tinha certeza que todas as vezes que Harry fazia isso ele ficava com aquela cara séria que o esposo conhecia por ser a cara de fascínio, ao menos era assim que Harry chamava.


— Foi tão ruim assim cuidar deles? — Harry brincou, acariciando o rosto do marido.


— Aleister faz de Orfeu seu escravo, tenho pena dele. — Tom murmurou e Harry soltou outra risadinha.


— Aleister é muito parecido comigo e Orfeo com você. — Harry falou, dando a entender claramente que Tom era seu escravo.


O Lord apenas riu, aquilo espantaria todos os seus seguidores caso eles vissem a cena.


— O que aconteceu na Romênia? — O Lord quis saber, mas Harry o desconcentrou ao rebolar em seu colo. — Harry?


— Estou com saudade. — O moreno de olhos verdes murmurou, beijando o pescoço do Lord. — Vamos conversar mais tarde.


Tom não precisou de mais do que isso pra atacar os lábios do esposo. O beijo não foi amoroso, esses beijos eram raros. Eles se beijavam com voracidade, Harry parecia em abstinência por uma semana, mas eles tinham transado no dia anterior, Tom lembrava muito bem. Riddle segurou na bunda do esposo, apertando e puxando-o para mais perto, tendo Harry rebolando em seu colo como resposta. O moreno separou os lábios para retirar a camisa branca que usava, jogando-a no chão e então desabotoou a camisa vinho do Lord. Ele desceu os beijos pelo pescoço do homem, seguiu pelo peitoral e foi deslizando para o chão.


Harry ficou de joelhos em frente ao marido e desabotoou a calça do mesmo, ele puxou a peça para baixo junto com a boxer e mordeu o lábio inferior ao ver o membro semidesperto. O moreno segurou no membro do Lord e bombeou um pouco, Tom tinha um bom autocontrole, mas ele mordeu os lábios fortemente ao sentir a boca do esposo em seu membro. Ter um bom autocontrole não significava que ele conseguia ficar imune a habilidade daquela boca.


O de olhos verdes sugou o marido com paixão. Sua boca subia e descia pelo comprimento de Tom, seus lábios sempre apertando um pouco mais quando chegava na glande, tirando ofegos deliciados do Lord. Harry adorava aquele sentimento, ali ele sabia que tinha Tom a seus pés, mesmo que não fosse ele quem estava de joelhos. O mais velho fechava os olhos e soltava suspiros que ninguém mais seria capaz de ver, aquilo era exclusivo para Harry.


Harry teve os fios do cabelo puxados, Tom o obrigou a soltar seu pau e seus lábios foram reivindicados pelos do Lord. O beijo foi tão quente quanto o anterior e o mais novo mal teve tempo de pensar, Tom se levantou e o jogou na mesa. O lord desceu os lábios para o pescoço marcado por alguns chupões da noite anterior e fez outras marcas, mas seus lábios não ficariam ali, por isso ele desceu até alcançar o mamilo direito. Tom o sugou com volúpia, tirando gemidos extasiados de Harry. O jovem jogava a cabeça para trás, sua calça a muito apertada para seu membro, mas ele sabia que ainda teria mais daquela tortura prazerosa.


O Lord deslizou os lábios para o outro mamilo, sugando-o com tanta vontade quanto o anterior. Harry era uma confusão de gemidos e pedidos baixos, enquanto puxava os cabelos de Tom. Riddle aproveitou o momento para desabotoar a calça do esposo e puxar para abaixo, ele não se surpreendeu ao encontrar o marido sem boxers, pois Harry as odiava. Ele deixou um beijo no mamilo do esposo antes de se afastar, Tom terminou de retirar a calça do moreno e o obrigou a deitar na mesa. Ele abriu as pernas de Harry, encontrando-o tão duro quanto ele próprio estava.


— Tom… — Harry gemeu ao sentir o toque do marido em seu membro. — Não me torture.


— Por que? — O Lord sorriu, movendo a mão lentamente para cima e baixo. — É tão divertido.


— Vamos, Tom, por favor… — Harry suplicou e aquilo fez os olhos vermelhos brilharem. — Eu preciso de você em mim.


Tom não era burro, ele sabia que Harry estava tocando em seu ponto fraco ao implorar, mas ele não ligou. Riddle soltou membro ereto e ergueu as pernas do marido, ele murmurou um feitiço lubrificante e inseriu o indicador no esposo. Harry mordeu os lábios e rebolou, ele queria bem mais do que um dedo e, apesar de saber que Tom fazia maravilhas com os dedos, ele gostava ainda mais do que ele sabia fazer com o pau.


— Eu não preciso de preparação, você sabe que me fodeu como um louco ontem. — Harry rebolou no dedo do marido, vendo aos poucos como aqueles olhos vermelhos ficavam mais brilhantes e descontrolados. — Vem, enterra seu pau em mim.


Tom retirou o dedo e puxou Harry para a beirada da mesa, ele colocou uma das pernas do marido em seu ombro e a outra Harry abriu o máximo que podia, apoiando-a na mesa. O Lord não precisou de um segundo pedido, ele fez como o esposo queria e afundou seu pau com força e desejo no interior quente. Harry jogou a cabeça e gritou, por Merlin, ele amava aquilo.


Cada centímetro dentro era um pouco da consciência de Harry sendo levada lentamente para o Nirvana. Tom segurou em sua cintura com uma mão e a outra apoiou sobre a mesa. Harry nem se impediu de soltar os gemidos e gritos de prazer quando Tom começou a estocar com força, tirando todos seus outros sentidos e só focando no prazer. O Lord também gemia, mas era mais contido pelo fato de além de sentir todo aquele prazer, também observar Harry de cima e sim, seu esposo era uma ótima visão.


Harry estava tão sensível, ele apenas gemia cada vez mais com as estocadas e, aproveitando o momento, ele apertou os bicos dos mamilos puxando-os de leve como gostava que o Lord fizesse, aquela era a tortura que Tom mais gostava de usar com ele e Harry aprendeu a gostar. Era um pouco sádico, mas tinham coisas piores e o moreno de olhos verdes amava todas elas. Cada toque de Tom era um motivo novo para amá-lo.


O moreno mais novo choramingou ao sentir Tom deslizar para fora, mas foi surpreendido ao ser pego no colo. Ele envolveu as pernas na cintura do marido e sentiu seu pau deslizar novamente para dentro de sua entrada, conectando-os. Harry revirou os olhos ao sentir Tom tovar diretamente sua próstata naquela posição e rebolou contra o membro do marido. O Lord segurou na bunda de Harry e admirou o esposo envolver seu pescoço com os braços, Harry subiu e desceu da forma que pode na extensão do marido, levando ambos a um estado de tesão que não poderia ser explicado.


O ar do escritório estava puramente a sexo e Tom só conseguia pensar no quanto aquele garoto o enlouquecia, por Merlin, Harry era único. Tom sentou na poltrona e Harry foi mais do que feliz apoiar seus joelhos no estofado fino para poder ter mais movimentos. Ele rebolou com precisão, tirando um gemido arrastado do marido e subiu até o membro quase escapar de sua entrada, para então descer novamente.


— Tom… — Harry gemeu, ele puxou os poucos cabelos na nuca do marido em puro descontrole. — Eu preciso gozar.


— Você não pode. — Tom respondeu, ele apoiou as costas no estofado e sentiu grudar devido ao suor. Harry fechou os olhos com força e gritou ao sentir o marido voltar a estocar com força e, dessa vez, acertando sua próstata repetidas vezes. — Segure, Harry.


O moreno de olhos verdes concordou com a cabeça, ele abriu os olhos encarando diretamente as orbes vermelhas do marido. Tom o desestabilizava de uma forma que Harry precisou de um grande autocontrole para não gozar, a cada estocada um grito de Harry e um gemido de Tom, cada vez mais Harry estava perto e Tom também. O Lord sabia que estava perto, por isso beijou seu garoto e sugou o lábio inferior do moreno.


— Agora sim, pequeno. — Tom murmurou contra os lábios de Harry.


O garoto gemeu, sentando com vontade contra o membro que o fodia sem pena. Harry gritou o nome de Tom tantas vezes que o homem sabia que mais tarde ele ficaria rouco como em tantas outras vezes. Harry veio em um gemido alto, seu gozo sujando a barriga de ambos e seu interior apertando e sufocando o pau de Tom. O Lord gemeu arrastado, sua mão direita fincou em uma das nádegas do moreno e a esquerda puxou os fios de cabelo do rapaz, ele gozou em três jatos longos dentro do esposo e sentiu o garoto cair contra seu corpo.


Harry afundou o nariz no pescoço de Tom, ainda sentindo seu interior quente e molhado pelo gozo do mais velho. Tom estocou mais duas vezes, ganhando gemidos arrastados do esposo e deslizou para fora com calma. Ele segurou Harry todo o tempo que o garoto precisou para se recompor e aproveitou para regularizar a própria respiração.


— Tenho algo pra contar. — Harry murmurou, dando um beijo no pescoço do marido. Ele encarou o Lord, sorrindo nervoso. — Eu voltei da viagem pois descobri algo.


— O que? — Tom questionou, ele sabia que era algo sério para Harru ter voltado no mesmo dia.


— Eu passei muito mal com a chave de portal, mas mesmo assim tentei permanecer na Romênia, porém há pouco mais de uma hora comecei a me sentir muito cansado e sonolento, somei uma coisa a outra e… — Harry respirou fundo, seus olhos estavam molhados. — Percebi que estava precisando da sua magia, Tom. — Ele pegou a mão do marido e colocou em sua barriga. — Parabéns, você vai ser papai novamente.


Tom ficou alguns segundos sem responder. Ele começou a lembrar do quanto Aleister tinha aprontado naquele dia e Orfeu, por Merlin, o garotinho tinha sumido! Na hora sua mente o lembrou sobre pensar em fechar a fábrica de bebês, mas só de ver como Harry estava emocionado e feliz… Ele amava aquele garoto, sem dúvidas.


— Espero que seja uma menina. — O Lord soltou, fazendo Harry gargalhar.


— Ah, meu amor, não se esqueça que ainda será minha filha e tão levada quando os gêmeos. — O de olhos verdes respondeu, deixando algumas lágrimas escaparem. — Achei que você não aceitaria.


— Harry, você sabe que eu nunca negaria um herdeiro e não teria como dizer "não" agora. — Tom sorriu de canto, ele odiava falar sobre sentimentos. — Eu sei o quanto você quer mais filhos e, se for com você, eu também quero.


Harry abriu outro daqueles sorrisos arrebatadores e beijou Tom, dessa vez o beijo continha todo amor que um sentia pelo outro. O Lord tentou puxar o esposo para mais perto, mas Harry negou e se afastou.


— Preciso ver meus bebês. — Harry levantou, ele pegou as roupas pelo chão e limpou o que estava sujo com uma varinha, incluindo sua barriga. O moreno se vestiu e o Lord aproveitou para também se limpar com um feitiço não-verbal e se vestir.


Os dois saíram do escritório e subiram as escadas, Harry estava grudado em Tom como um coala e o Lord não reclamaria. Eles entraram no quarto e seguiram para o quarto dos filhos. Os gêmeos já estavam acordados e brincando com as elfas no tapete do quarto.


— Meus bebês! — Harry sentou no tapete com os filhos, estes que gritaram de animação ao ver o pai. — Como foi o dia sem o papai?


Os gêmeos olharam em sincronia de Harry para Tom e Orfeu estendeu as mãos para o pai. O Lord pegou o bebê no colo e Harry pegou Aleister, ele levantou do tapete e ficou ao lado do marido. Os gêmeos começaram a bater palmas animados e Orfeu ficou encantado com os olhos do pai novamente.


— Essa fixação deles nunca vai acabar… — Harry riu e Tom só concordou silenciosamente.


Graças a Merlin eles não sabem falar, Tom pensou.


◇♤◇


Harry tinha acabado de sair do banheiro, Tom estava em seu escritório novamente pois surgiram assuntos de emergência. Ele odiava quando o marido trabalhava até maia tarde, mas não tinha o que ser feito. Então ele sentou na poltrona que era destinada ao Lord e esperou. Riddle voltou me menos de uma hora, ele entrou no quarto e encontrou o marido sentado com uma das mãos na barriga.


— No que tanto pensa? — Tom perguntou, trocando sua roupa social por um pijama de seda.


— Tem a chance de termos gêmeos novamente. — Harry observou a reação do marido, Tom apenas o encarou sem demonstrar nada. — O que você acha?


— Que você já sabe que serão gêmeos. — Tom concluiu, deitando na cama e se cobrindo. — Vem deitar.


Harry levantou da cama, ele ia deitar quando bicadas na janela chamaram sua atenção. Ele foi até a janela e a abriu, encontrando Grown, a coruja que Snape tinha dado a Sirius no natal, com uma carta. Ele pegou a carta e entregou um dos petiscos que guardava em um potinho na mesinha do quarto. Grown saiu feliz e Harry abriu a carta, lendo seu conteúdo.


Ele olhou para a cama, onde Tom o esperava pacientemente. A carta continha injúrias sobre como Tom era irresponsável e que Harry nunca mais poderia sair sem os gêmeos, Sirius o proibia daquilo. Também continha todos os apelidos esdrúxulos que Tom tinha chamado o animago e Sirius estava profundamente magoado pelo comportamento do marido de seu afilhado.


Harry revirou os olhos, seu marido e seu padrinho nunca se dariam bem.


— Tom? — Harry chamou, tendo a atenção do marido imediatamente. — Você sabe algo sobre Orfeo ter sumido repentinamente?


E, pela primeira vez em anos, o Lord das Trevas sorriu. Um sorriso culpado e de quem sabia que estava ferrado.


Notas Finais


Pessoal, eu escrevi e postei pelo celular, então qualquer erro me avisem, pls. ♡


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