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História Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Estilhaços


Escrita por: Anonima6

Notas do Autor


Heyyyy!!!!! Não vou perguntar sei que querem me matar, sei que é o desejo mais profundo de vocês hehehehe. Primeiramente quero agradecer a todos os favoritos os comentários e o apoio que estão me dando <3 Eu agradeço do fundo do meu coração, vocês nem sabem o quanto eu sou grata a todos. MUITOO OBRIGADAAAA <3 Vou deixando vocês com mais um capítulo, tenham uma boa leitura. Até as notas finais, leiam por favor é importante.

Capítulo 5 - Estilhaços


Fanfic / Fanfiction Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Estilhaços

 OS ESTILHAÇOS DO PASSADO SÃO OS CACOS MAIS PERIGOSOS PARA O PRESENTE, PODENDO ATINGIR QUEM TIVER NO CAMINHO - CAPÍTULO CINCO.

Encostei as costas na porta e escorreguei até o chão, puxei meus joelhos para cima e os abracei, apoiei meu rosto nele e curtia o momento de paz. A casa e o corredor do lado de fora foi banhado pelo silêncio assim que ele se foi. Tentei o máximo o ignorar hoje, mas ele sempre voltava e batia na porta, me chamava pelo nome, tocava a campainha. Parecia uma orquestra infernal que voltava a cada hora.


Desde ontem que o mandei embora ele tem voltado, sempre, mas me negava abrir a porta e o encontrar. Logo, sairia daqui, minha mãe estava chegando. Olhei para o relógio, o ponteiro maior estava para o lado esquerdo enquanto o menor para a direita, marcava 15:40, o voo estava previsto para chegar às quatro em ponto.

Fechei o olho por um breve momento e deixei a solidão me engolir, eu estava condenada a isso. Choros, gritos ao vazio escuro e sem forma. Sem permissão uma lágrima escorreu pelo meu rosto, nessas últimas horas eu só conseguia chorar sem parar, eu não deveria está chorando, eu não deveria. Ergui a cabeça rapidamente e a afastei para trás até escutar o baque e sentir a dor angustiante.

- Idiota - Sussurrei para mim mesma, não estava com muita força, não tinha dormindo e minha última refeição tinha sido  muito tempo atrás. Deixei minhas pernas escorregarem e se esticarem no chão. Eu não estava com vontade de fazer nada, nem o livro que deveria finalizar hoje, não tive interesse de mexer.

Fechei meus olhos e abracei as lembranças que minha mente guardou dos últimos meses. A primeira lembrança  beijou minha mente e floresceu em meus pensamentos, crescendo rapidamente, sem permissão revivi o primeiro encontro que tive com Suga.

...

O barulho tímido e baixo veio da campainha, não hesitei em deixar o livro que estava em minhas mãos no canto do sofá e me levantar para atender a porta, estava esperando um pacote havia dias, era importante, precisava assinar e mandar para a editora o mais rápido possível.

Abri a porta sem olhar no olho mágico, e a escancarei sem ao menos pensar duas vezes. Não encontrei o porteiro velho que precisava fazer a barba do outro lado, mas sim um homem.

Ele era alto, suas roupas estavam bem passadas, poderia ser descritas como impecáveis, a camisa preta sem mangas destacava seus bíceps, a calça jeans simples caia perfeitamente em seu quadril. Um sorriso tímido tocou os lábios avermelhados, quando percebeu que eu estava olhando o suficiente como se o desejasse. Olhei para seu rosto imediatamente, sua pele clara e os olhos levemente puxados para cima denunciava sua origem oriental. O cabelo loiro platinado caia sobre sua testa que ia além quase chegando em seus olhos, eles tinham a coloração castanho escuro, o fino traço preto do delineador deixava qualquer um um intrigado sobre sua personalidade e sua história.

- Posso ajudá-lo? - Perguntei querendo saber o porque o estranho estava batendo em minha porta.

- Meu inglês não é muito bom - Disse, com uma certa dificuldade eu pode entender o que ele queria dizer - Eu sou novo aqui - Ele apontou para o prédio, então ele era meu mais novo vizinho, ontem pode escutar algumas comandas de um homem dizendo onde colocar coisas no apartamento ao lado - Preciso de açúcar, você pode me dar um pouco ? - Falou parando um pouco nas frases, ele tentava utilizá-las corretamente.

Foi então que reparei que sua mão tinha um caneca, a peguei rapidamente, ele me olhou assustado e virei as costas batendo a porta na sua cara. Sei que não era educado, nem a hospitalidade adequada, mas ele tinha que entender que eu não era amiga. Foi até a cozinha enchi a caneca de açúcar e voltei para a porta, abri e vi ele contar nos dedos e repetir as frases que tinha me dito olhando para cima com uma expressão pensativa. Ele deve estar achando que disse algo de errado e me ofendeu. Fingi uma tosse baixa para ele olhar para a porta, ele se assustou um pouco e se virou rapidamente. Ergui a caneca e entreguei a ele. Sem mais delongas peguei na porta para fechá-la, mas antes ele segurou no portal da porta me impedindo de fechar, se pressionasse ele machucaria a mão.

- Obrigado - Agradeceu e me analisou de perto, ele se inclinou perto da porta e pude sentir o perfume amadeirado invadir meu sentido - Eu sou Min Yoongi, mas todos me chamam de Suga.

- Suga - Experimente o nome em minha voz, parecia uma idiota hipnotizada que não via homens há muito tempo, dizendo tudo que eles queriam, eu precisava entrar antes que dissesse besteira - Tchau - Fiz menção em fechar a porta e ele tirou os dedos e me deixou entrar sem acidentes. Assim que a porta estava totalmente fechada a tranquei.

...

Voltando para o presente, senti a frustração dessa lembrança bater de frente. Aquele grande idiota, sentiria a falta dele. Ele me confessou há pouco tempo que tinha a desculpa de pedir açúcar para poder conhecer os vizinhos que o cercava, ele não podia se arriscar ser reconhecido. E naquele tempo o inglês dele era de um iniciante, hoje já diz coisas que não se deve. Fantasma de um sorriso apareceu em meu rosto manchado com lágrimas frias.

Pareci lamentável o suficiente, eu não era assim, me forcei a levantar, com certa dificuldade consegui me manter de pé e ir aos tropeços até o banheiro, precisava de um banho e um cochilo, eu não poderia parecer muito deplorável para minha mãe, já era o bastante ligar chorando para ela.

A água quente do chuveiro caiam em meu corpo, cada gota que caia sobre mim lavava um pouco minha alma escura cheia de feridas abertas e cicatrizes profundas que transparecia em minha vida todos os dias. Eu esperava ser punida com as vozes deste ontem a noite quando ele saiu, mas a única coisa que escutei foram meus gritos de socorro sufocados. Fiquei um bom tempo no chuveiro deixei a temperatura me acalmar e aliviar meus problemas, depois de um tempo sai e coloquei uma roupa comum e esperei minha mãe no sofá.

Olhei para as paredes, para os móveis pareciam solitários, a casa estava silenciosa. Me sentia estranha em minha própria casa, houve um tempo que ela era repleta de gargalhadas e a felicidade percorria cada canto. Agora as paredes me olhavam com deboche e com superioridade, enquanto em minha própria casa eu parecia lamentável.

A campainha tocou alto e o som ecoou pela casa, virei-me para a porta e me perguntava se era minha mãe ou ele que tinha voltado para mais um show de tortura, minha tortura. Esperei o som vir de novo, mas nada, apenas o silêncio da casa veio como resposta. Caminhei para a porta lentamente, talvez não seja ele, já teria tocado a campanhia novamente ou batido na porta.

Ergui meus pés até alcançar o olho mágico, e vi minha mãe olhando o relógio em seu pulso. Ela tinha chegado tarde seu voo deve ter atrasado. Girei a chave duas vezes e abri a porta com um puxão.

Sem antes olhar ou cumprimentar ela, olho para os lados para ver se ele não estava à vista. Olhei para a esquerda vi o corredor vazio e o elevado fechando, giro minha cabeça para direita e vejo sua porta fechada e o resto do corredor vazio. Assim volto minha atenção para a mulher que me criou.

- O que está procurando querida? - Pergunta ela mostrando um par de dentes perfeitamente enfileirados e brancos em um sorriso largo.

- Nada - Respondi e me recompôs dando parcialmente minha atenção a ela, a outra estava atenda a porta do outro lado - Que bom te ver mãe - Dei um passo para frente e a abracei, enterrando minha cabeça em seu peito e inalei o perfume doce francês que ela se recusava a mudar, eu sentia sua falta, sentia falta de seus abraços calorosos e aconchegantes que me fazia sentir em casa novamente.

- Senti sua falta - Ela disse, e me apertou mais para si, meus olhos estavam aderno, o líquido transparente e salgado queria sua libertação mas os reprimi, não era hora de choradeira.

- Vamos entrar - Me afastando de seu abraço de urso peguei uma de suas malas que estava no chão e deixei ela ir primeiro. Seu longo cabelo vermelho natural balançava em suas costas, na adolescência tive inveja por não ter a mesma coloração e amaldiçoava a genética do meu pai ser tão dominante em relação aos ruivos - Como vai o Phillipe mãe?  - Phillipe era o quarto marido dela, ele era um cara forte e alto, trabalhava como treinador de lutadores da UFC, a primeira vista ele era um cara assustador, mas sua imagem não condiz com sua personalidade doce e gentil.

- Ele vai bem - Respondeu ela pensativa, seus grandes olhos verdes avaliava a sala com muita cautela e atenção, se decepcionaria se acha que vai encontrar algum cara deitado no sofá só de cueca me esperando.

- Não mudei nada de lugar, mãe continua o mesmo - Disse para ela parar de analisar a sala.

- Eu sei, isso que me assusta - Ela veio até mim e me incentivou a sentar no sofá, fiz o que ela pediu, não iria contrariá-la, estava com meus documentos que era preciso para sair daqui - Você precisa parar de viver no passado querida, você precisa andar para frente e olhar tudo em sua volta. Já se passaram três anos, até quando irá se torturar?

- Até quando você vai deixar a foto do papai na carteira ? Até quando você irá chorar todos os seus aniversários? - Perguntei de forma rígida e sem emoção na voz, eu não queria falar dele, mas não queria que ela dissesse tudo de novo. Quando alguém tocava na minha ferida eu tocava de novo na da pessoa, sem dó ou piedade - Até quando mamãe? - Minha voz saiu como um sussurro, porque isso também me afetava como ela - Ele também se foi há vinte sete anos atrás, o que são três perto disso? - Por trás da máscara de maquiagem e por toda a armadura que ela vestia, vi sua mandíbula pressionar com força - Michael porque ele tinha os olhos doces como do papai, Hank por ter a coragem parecida com a dele e Phillipe por ter a personalidade. Não diga que vivo no passado mamãe, você ainda está parada grávida na porta de casa em londres esperando um soldado voltar da guerra - Ela se levantou rapidamente do sofá como se ele tivesse pegando fogo, sua proteção que estava vestindo contra mim se desfez completamente eu podia ver em seus olhos cor de safira ficarem avermelhados como seu longo cabelo.

- Vamos parar essa conversa por aqui - Disse ela, e seu salto fez barulho no piso quando foi se afastando rumo ao banheiro.

Ela odiava quando eu tinha razão, tinha se casado três vezes depois da morte do meu pai, que era um veterano de guerra. Ele não tinha chegado a me conhecer quando morreu, ela sempre contava as histórias que viveu com meu verdadeiro pai e nunca deixava de citar como ele era, como me amaria se tivesse aqui. Mas em seus casamentos eu fui percebendo que cada um tinha uma característica parecida com a do meu pai, ela ainda procurava em muitos o que só meu pai tinha a oferecer, parecia sórdido mas ela ainda o procurava por aí. Era cruel o que comentei, mas era necessário, eu não queria que ela repetisse a conversa inicial que dizia toda vez que vinha em minha casa.

- Você ainda continua cruel - Escutei seus passos vindo antes mesmo de vê-la voltando. Sem olhar para trás respondi.

- Você ainda vem com o mesmo papo - Disse sorrindo olhando para a mulher alta e esbelta que invadia minha sala, chegou um tempo que eu odiava a beleza da minha mãe, ela roubava a cena de sua filha adolescente, mesmo tendo quarenta anos bem distribuídos.

- Eu só digo para seu bem - Ela se sentou novamente no sofá e olhou para mim - Eu te amo você sabe disso não sabe? - Ela perguntou, o "Eu Te Amo" não saiu como palavras vindas para alegrar ou dizer seus sentimentos proferidas a outra pessoa, veio como se fosse um pedido de desculpas antecipado. Eu soube que naquele momento alguma coisa estava errado.

- Você não trouxe meus documentos não é? - Um sorriso falso saiu de meus lábios e desviei o olhar do dos dela, como eu estava me iludindo tanto assim.

- Não - Respondeu como se isso não gerasse grande impacto na minha vida - Como você sabe?

- Anos escrevendo sobre os sentimentos e comportamentos humanos é mesma coisa de ser uma psicóloga, posso farejar qualquer sentimento a distância.

- Você se tornou tão sábia e miserável - Ainda me olhando nos olhos eu pude ver que as grandes jóias verdes estavam afetadas pelas minhas palavras frias.

- Eu sei mãe - Tirei meus chinelos e coloquei os pés em cima do sofá, abracei meus joelhos e apoiei meu queixo no joelho.

- Trouxe algo que vai ajudar mais que seus documentos - Ela tirou um caderno de veludo preto de dentro da bolsa. Antes mesmo dela me entregar eu sabia exatamente o que era, o elo perdido da coleção, o caderno mais velho que continha todas as lembranças antigas. O antes de mim, como eu chamava, nunca o li, mas o procurei como louca anos atrás, minha mãe estava o escondendo, era de se esperar - Acho que está na hora de você seguir alguns conselhos que tem escrito aqui - Ela estendeu o diário para poder pegar, mas apenas fiquei olhando sua capa antes de virar minha cabeça e o recusar, apesar de  querer lê-lo, me sentia indigna de saber o que estava escrito - Você não quer ler, tudo bem - Ela suspirou cansada e com relance vi ela o abrindo e escutei as folhas sendo raspadas umas das outras as repartindo até achar o que procurava - 23 de junho de 2009 - Ela começou a ler as palavras escritas no diário que eu considerava sagrado, com um outro longo suspiro continuou a ler - Observo o comportamento humano e sempre vejo o quanto somos complicados e rasos, não olhamos o que temos ao redor não vemos que temos tudo mesmo assim não damos certo valor, deixamos para depois, mas às vezes o depois nunca poderá chegar - Ela parou de ler e me olhou, eu insistia em parecendo soberana sobre a situação - 01 de agosto de 2009. Ela é tão linda, suas grandes órbitas flamejantes de castanho e verde realçava sua face, o par parecia tão inocentes e brilhantes aos meus olhos que me conquistaram quando entrou pela porta e, curiosa, analisou toda a sala, seu cabelo longo me tentava a tocar cada vez que balançava de um lado a outro. Seu sorriso era tão doce que queria registrá-lo, queria que ela sempre sorrisse, queria que sorrisse para mim. Queria que ela me olhasse como um cara qualquer, não como seu novo irmão mais velho.

- Por favor para - No fundo escutei gritos ao longe, mesmo distantes eles estavam lá para me assombrar. Tirei minhas mãos trêmulas das minhas pernas e tomei o diário o fechando com força o barulho e ação inesperada fez minha mãe se afastar de mim um pouco, eu estava estática, não conseguia dizer muito, aquelas palavras foram arrebatadoras, os gritos sumiram quando o diário bateu fechado, suspirei aliviada por terem ido, eu não podia dizer a ela que tinha voltado - Eu não quero ler - Meu estômago girou e por um momento eu pensei que ia colocar o que não comi para fora. Quase derramei outra lágrima mas as reprimi, transformando-as em palavras duras e sem vida - Cuide de suas próprias ferida ou eu vou apertá-la até sangrar e quando não tiver nada as transformarei em areia - Ela se endireitou assim que seu cérebro processou a informação e por um momento um breve momento a incredulidade passou em sua expressão.

- Você está pior que antes - Disse ela em um sussurro - Eu pensei, por um dia, que você tinha consertado, mas me enganei.

Queria responder a altura, mas já a tinha a ferido o suficiente ela não precisava de mais momentos difíceis, eu já era o motivo de desgosto e tragédia na família inteira.

- Vou fazer o jantar, você está branca, sua coloração não é de uma pessoa saudável - Ela se levantou rapidamente e foi em direção a cozinha, mal ela sabia, que eu tinha acabado de escutar o passado clamando por mim. Ela me deixou sozinha novamente,  com os estilhaços do passado na mão que tomava uma forma negra com escritas dolorosas e sabiás, como sempre fazia, ignorava o que estava acontecendo ao seu redor.


As palavras escritas no diário me atingiu fortemente com apenas um golpe eu estava nocauteada no chão sangrando e chorando igual uma criança. Parecia palavras escritas hoje, que eu mesma servi de inspiração para o criador. Mas, foi há muito tempo.

Pelo meu ponto de vista e interpretação, eu estava fazendo o que todos os humanos fazem, ignorar algo que é importante e deixar para depois, eu estava fazendo isso com meus sentimentos, eu estava os colocando de lado em nome de um "bem maior" que a preservação de um sentimento passado. E a representação de como eu era antes, a garota ingênua e frágil era o tapa na minha cara, dizendo que não sou a mesma, que meus sentimentos poderiam mudar. Mas eu não posso fazer isso com ele, não posso seguir em frente quando o motivo por estar respirando esse ar seja ele. Não baseados nessas palavras.
...

Ouvia o barulho de panelas e tampas batendo, sentia o aroma delicioso de comida vindo da cozinha. Outra coisa que não herdei da minha mãe, seu dote culinário, eu era péssima na cozinha, nem servia para auxiliar, enquanto ela inventava comidas que ficava uma delícia. Meu estômago reclamou, foi quando percebi que não havia comida nada, além de bolachas de água e sal e suco que minha mãe havia jogado em mim quando foi procurar cereal no armário, pelo menos com ela aqui iria comer nem que fosse forçado.

Ainda analisava o diário em minha frente como se fosse uma grande decisão a ser tomada. Eu não deveria ler, não era merecedora de ler essas palavras, mas o que estava escrito poderia me dar uma direção que devo tomar. Torci meus dedos por conta da indecisão e coloquei o diário fechado em cima da mesa. Sem meus documentos não conseguiria nem alugar um apartamento aqui perto, não foi escolha minha, mamãe pegou meus papéis importantes que precisava, simplesmente os roubou em uma noite e os levou para sua casa em londres, o motivo ela confessou que tinha medo de sumir no mundo sem contatá-la, como se eu fosse sair dessa grande e imensa prisão de paredes soberbas.

As batidas na porta começaram, e instantaneamente minhas costas ficaram tensas, eu não podia deixar ele bater na porta como estava fazendo antes, mamãe iria sair e convidá-lo para entrar se descobrisse que Suga ela o cara de quem eu estava apaixonada.

Andei até a porta e a abri rapidamente, a primeira coisa que vi foi sua mão fechada em punho estendida para bater outra vez na porta de madeira. O empurrei mais para fora, sai de dentro de casa entrando no corredor sem movimentação e fechei a porta com maior cuidado possível para mamãe não escutar.

Ainda com a mão na maçaneta suspirei fundo, tinha me livrado de um problema, e entrado em outro, não sabia o que dizer a ele, mas o encarei. A jaqueta de couro espessa deixava uma fenda destacando a camisa marrom avermelhada apertada, que marcava todos os seus músculos. Fiquei um bom tempo observando essa parte, até voltar para seu rosto pálido marcado pelo contorno de delineador em seus olhos castanho escuro, seu cabelo loiro não estava uma completa bagunça, o gel firmava, fazendo os fios rebeldes ficarem no lugar.

- O que está fazendo aqui? - Perguntei sussurrando, minha mãe podia escutar, ela tinha uma audição aguçada.

- Vim te... - O tom de voz dele foi normal mas o suficiente para ela escutar, tampei sua boca com minha mão e comecei a guiar ele de volta para seu apartamento.

- Fala baixo - Destampei sua boca quando achei que a distância era o suficiente.

- Ou o que? - Perguntou com o sorriso debochado no rosto, em seguida, cruzou os braços me desafiando.

- Ou nada, você fala baixo ou vou entrar para dentro, sem condição sem propostas ou motivos - Disse, não queria dizer que mamãe estava em casa ou mentir dizendo outra coisa.

- Sei que sua mãe está na sua casa - Seu sorriso triunfante ganhou vida em seu rosto, eu fiquei parada no local absorvendo as palavras e me perguntando como no mundo ele soube da sua visita - Não se espante, eu não estava te perseguindo, ela que veio fazer uma visita ao seu futuro genro - Ele descruzou os braços e se abaixou ficando um pouco mais alto que meus olhos me observando intensamente - Acredite, fiquei bem surpreso pela visita.

- Mais... - Abri minha boca para falar mas a fechei, eu não sabia o que dizer.

- Inclusive me convidou para um jantar hoje, ela disse que seria um agradecimento por conseguir suportar a filha - Ele se aproximou mais, e a onda do seu perfume invadiu meu espaço, e lá estava os sentimentos que eu tanto reprimia quando ele estava longe e voltava mais forte quando chegava perto. Meu coração virou uma bagunça, ele batia rápido o suficiente para alguém escutar e sem aviso minhas mãos gelaram.

- Você não ousaria ir - Disse por fim, queria colocar a mão em meu coração e dizer a ele para parar - Sabendo que eu não gosto de você, deveria ter recusado - Falei e desviei os olhos e me afastei.

 

- Sim eu ousaria, além do mais, acho que essa história de você não gostar de mim não passa de uma grande mentira - Suga de aproximou e eu me recusei dar um passo para trás demonstrar insegurança, agora era um risco cada movimento que fizer errado, posso me cortar com os cacos se ele descobrir que meu coração guardou uma parte para ele - Vejo interesse em seus olhos, o jeito que você me olhou quando me viu na porta não era de uma garota desinteressada - Ele se abaixou novamente ficando na altura de seus olhos e seus lábios ficaram em meu alcance - E ontem quando me beijou não era brincadeira - Sussurrou como se aquilo fosse um secreto, quando ele percebeu que eu não reagiria, foi para o grand finale, chegou seus lábios perto da minha orelha e disse mais baixo - Você gostou e aposto que quer mais.

Queria o empurrar, mas não fiz, fiquei do mesmo jeito sem me mexer ou falar algo. Ele voltou seu olhar para meus olhos e a ponta de seus lábios subiram para cima e assim seu famoso sorriso doce apareceu, foi quando meu coração vibrou desajeitadamente em meu peito. Eu via as luzes de alerta piscando, mas mesmo assim, não quis recuar. Foi quando seus lábios habilidosos pressionou um selinho demorado em minha bochecha, estremeci com toda o sentimento passado por ele, eu deveria o empurrar e dizer barbaridades, mas fiquei e senti a emoção de estar tão envolvida com alguém tão de perto.

No fundo do corredor escutei uma porta se abrindo e logo sendo fechada, um engasgo a seco e o sufocar de alguém me trouxe a realidade. Empurrei Suga de uma vez quando percebi que alguém nos pegou e logo virando me deparo com minha mãe agarrando a porta tossindo como um louca e com outra mão agarrava o peito.

 

Continua...


Notas Finais


Esse foi o final do 5° capítulo, espero que tenham gostado. Quero dizer que era para esse capítulo ter continuação só que, eu não consegui diminuir ele, toda vez que eu tentava, ficava era maior hehehehe eu sou um caso perdido eu sei, então, eu tive que parar ai, e quero avisar que, vocês vão ficar sem muitas respostas por mais dois capítulos ehhh que emoção (Não,não é Anônima.6, trouxa, vou te matar ~ mente~). Mas decide que no meu perfil vou fazer um jornal, não dando spoilers, mas explicando algumas coisas que talvez não perceberam nos capítulos postados. Eu não sei se sai amanhã ou depois, mas se quiserem ser notificados quando eu postar me observem, depois que eu postar vocês podem des-observar (existe essa palavra? Definitivamente não, mas brasileiro gosta de inovar hehehe).Quero que fique claro que não estou fazendo isso para ganhar observação só quero ajudar a vocês na minha bagunça que fiz nas previsões dos capítulos que disse que iam ter resposta no 6° capítulo, mas vai sair só no 8°. Infelizmente pessoal, me desculpem. Por fim quero finalizar agradecendo a todos. MUITO OBRIGADA E DESCULPA QUALQUER COISA. VALEW <3


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