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História Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Cheque-Mate


Escrita por: Anonima6

Notas do Autor


Hey galerinha do mal!!!!! Adivinha quem ressurgiu dos mortos? Soouuu Euuuu!!!!! - Que bosta hehehe- Quero pedir mais uma fez desculpas por não postar, vocês devem pensar que eu não me importo com os leitores, mas quero dizer que me importo sim e muito, eu só não postei antes porque não estava me sentido bem e foi um milagre terminar esse capítulo ontem, eu juro que não consegui escrever e prometo postar o próximo capítulo o mais rápido possível, tanto que, não irei tirar minha folga de escrita amanhã, sim, eu tiro para as ideias fluírem com intensidade no outro dia, mas não vou fazer isso hehehehe Me desculpem de verdade. Bom... fiquem com mais um capítulo e anunciou oficialmente que... não, vou deixar isso para as notas finais hehehe até lá.

Capítulo 6 - Cheque-Mate


Fanfic / Fanfiction Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Cheque-Mate

Com passos largos me distanciei de Suga e posicionei ao lado de mamãe que estava um pouco curvada segurando ainda a maçaneta, seus longos cabelos vermelhos cobria sua face enquanto tentava se controlar. Quando percebeu que cheguei  ela soltou a maçaneta e apoiou suas mãos em seu joelho, não sabia o que fazer então e bati nas costas dela aplicando um pouco de força. Eu sabia que ela estava assim, por ter visto uma cena que ela considerava chocante.

- Não se atreva a morrer em minha frente - Levei minha mão novamente para cima e ia descarregar a força em suas costas, quando ela se afastou me deixando bater no ar.

- Eu estou bem - Disse em meio a voz afetada quando suas tosses cessaram, erguendo uma de suas mãos e demonstrou rendimento.

Ela olhou para cima e encontrou meus olhos, as grandes órbitas verdeadas estavam vermelhas por conta do esforço que fez tentando não sufocar até a morte. Eu não sabia o quanto ela tinha escutado ou visto, mas foi o suficiente para ficar sem palavras e se engasgar com ar, deduzindo, ela escutou quase tudo.

- Vamos entrar garotos - Minha mãe conseguiu se recompor e manteve suas costas retas enquanto passava as mãos nos cabelos rebeldes que ficaram desarrumados - O jantar está quase pronto - Sua atenção desviou de mim e foi a Suga que continuava no mesmo lugar que o deixei. Ela não citou nada do que viu apenas se voltou para mim e sorriu antes de entrar.

Esse sorriso não era bom, significava cumplicidade, parceria e entendimento, não conseguir decifrar, decidi não entender, olhei para o fim do corredor. Suga continuava parado e agora olhava para mim de um jeito debochado.

- Se vai mesmo entrar venha logo - Me mantendo firme, escondi meus verdadeiros sentimentos, mas no fundo queria mesmo era desmontar no chão e ficar por alguns minutos.

Ele começou a andar preguiçosamente pelo corredor e seu sorriso pensativo estampou seu rosto pálido. Ele ia dando um passo para a entrada de casa, mas interrompi empurrando a porta ,que com o click, bateu fechada. Cruzei os braços o analisando de perto ficando em sua frente e de costas para a porta.

- Se dizer algo sobre isso ou insinuar sobre o beijo que tivemos na frente dela eu te afogo num copo d'água - Falei tentando parecer ameaçadora mas não conseguia me concentrar o suficiente para parecer a metade. Eu não queria que ele passasse um tempo com mamãe, mas não podia fazer nada sobre isso, ela iria atrás dele se eu o mandar embora e ele voltaria de bom grado. A situação estava fora do meu controle.

- Não se preocupe, ela já sabe - Com essa frase, ele levou a mão na maçaneta e ficou centímetros de distância dos meus olhos, ele teve a audácia de piscar com o olho esquerdo para mim, que continuava estática com os braços cruzados absorvendo as palavras - Ela pareceu bem animada quando contei sobre isso mais cedo, você não deve pegar ninguém a muito tempo - Com um sorriso debochado ele continuou com a mão no maçaneta me encarando bem de perto, seu perfume se instalou em meu olfato, eu queria respirar fundo para sentir o cheiro embriagante, mas me recusei em fazer qualquer coisa além de tentar olhar por cima como se ele não tivesse me afetando em nada - Acho que ela se sentiu aliviada por perceber que você não é lésbica.

Abri minha boca para falar alguma coisa, mas não saia nada, o que eu podia contar? Sobre meu passado? Não. Definitivamente não, seria a lésbica da história, mas não diria a ele isso. Seu sorriso ficou intenso quando percebeu que a garota que tinha uma resposta ou ameaça na ponta da língua ficou sem palavras.

- Cuide de sua vida - Disse com raiva, seu sorriso estava me incomodando.

- É o que estou fazendo - Ele puxou a maçaneta e fez a porta bater em minhas costas - Agora adoraria que você tirasse seu bumbum sexy da porta, adoraria entrar -  Dei um passo para frente para a porta ser aberta completamente. Não respondi, não queria discussão deixei ele pensar que levou a melhor agora.

Ele me deixou plantada sozinha no corredor enquanto olhava ele entrando na casa como se fosse o dono dela, deixando o ambiente mais sociável e confortável, suas palavras foram fazendo efeito em minha mente e só assim que percebi o significado oculto. Ele estava cuidando de mim.

Esse garoto idiota, ele não tinha o direito de entrar mais em meu coração gelado e fazê-lo esquentar com essas palavras doces. Entrei rapidamente e puxei a porta com força que bateu em suas dobradiças a fazendo fechar.

...

Os socos dados na porta do meu escritório vieram vinte minutos depois que tentei me livrar da minha mãe e de Suga, precisava ficar sozinha por um tempo e eles eram os motivos para tirar meu apetite, meu sono e minha sanidade.


Com a testa encostada na gelada mesa de vidro, levantei cuidadosamente me mantendo as costas ereta na cadeira, uma dor de cabeça forte viria, eu a sentia em pequenos intervalos de tempos uma pontada intensa, tirei minha mão que pressionava o diário fortemente em palma, tinha o pegado antes de me isolar. Ainda hesitava em lê lo, jogando o diário na mesa junto com papeis e livros, deixei minha mão vive para pressionar a testa com o objetivo de melhorar o desconforto.

- O jantar está pronto venha para a mesa agora - As batidas se juntaram com a voz da minha mãe me chamando, uma melodia infernal para quem estava sentindo o efeito da preocupação afetar a cabeça.

- Estou indo - Gritei, ela não parou de bater na porta enquanto não respondi. Mamãe estava me desafiando, eu já  tinha sacado seu jogo para me jogar nos braços de Suga. O trazendo aqui foi mais uma peça do xadrez sendo movida, as primeiras foram ir encontrar Suga sem minha consciência, não trazer meus documentos e o diário foram as outras, uma bela estratégia se fosse  por ela está jogando comigo. Nesses últimos anos ela esqueceu que me tornei uma jogadora sem escrúpulos, doa em quem doer, iria virar o jogo ao meu favor, eu iria dar o xeque-mate e terminar de uma vez com essa história e com essa brincadeira.

Me levantei da cadeira e abri a porta rapidamente, ela ainda continuava na porta me esperando, seus olhos vieram ao encontro dos meus e um sorriso amigável veio em seu rosto, se eu não fosse uma pessoa esperta o suficiente não perceberia as intenções e o veneno escorrendo dos dentes, ela estava pronta para atacar e eu não entregaria o jogo facilmente.

- Eu disse que estava saíndo - Respondi fechando a porta atrás de mim e a trancando, não confiava nela para deixar minhas coisas expostas desse modo, coloquei a chave em meu bolso a olhando com se a desafiasse de algum modo - Eu sei o que está tentando fazer.

- Claro que sabe, estou a chamando para o jantar - Se fez de desentendida.

- Ele não vai ficar muito mãe, ele não vai cuidar de mim, não crie romances que só existe em sua mente - Dei uma chance para ela desistir. Seus olhos piscaram como se não soubesse o que estava acontecendo.

- O que eu vi no corredor não foi imaginação - Ela respondeu e tocou seu cotovelo em meu braço, me afastei de seu alcance e andei na sua frente, eu tinha dado a chance dela sair sem se machucar, mas ela a rompeu a trégua ali mesmo.

Entrei na copa olhando rumo a mesa que estava posicionada no centro da grande sala com paredes coloridas de amarelo pálido e branco. Suga se encontrava no lado esquerdo da mesa de seis lugares que tinha talheres e as panelas fumegantes que haviam acabado de sair do preparo, sopravam brisas de fumaças quente que se misturava com o ar do local, deixando o ambiente acolhedor e confortável. Os olhos dele viajaram até mim que encontrou com os meus do outro lado da sala, desviei minha atenção demonstrando superioridade puxando uma cadeira mais afastada possível.

Mamãe veio em meu encalço ela olhou de modo desaprovador onde me sentei, mas não se manifestou sobre minha escolha, ela sabia que se me pressionasse sairia correndo de volta para o confortável escritório frio e escuro. Passando tranquilamente por mim se sentou perto de Suga como se fossemos uma família unida e feliz.

- Podem se servir - Ela apontou para a comida em cima da mesa - A especialidade da casa é Meatloaf com algumas especiarias do meu gosto, recheado com bastante queijo - A especialidade dele sempre foi Meatloaf é basicamente um bolo de carne tradicional, mas os temperos que ela utiliza são diferenciados e o queijo e a surpresa dentro e que o torna inesquecível e agradável ao paladar - Fiz puré de batata e algumas vegetais para acompanhar, espero que goste - Ela olhou para Suga como se precisasse de sua aprovação na cozinha para ficar satisfeita - Filha, traga o vinho na geladeira.

- Eu não tenho vinho na geladeira - Disse e me inclinei em cima da mesa para pegar o prato e os talheres que estavam no lado de Suga.

- Eu trouxe de londres - Respondeu ela olhando minha façanha em pegar a louça sentada. Suga pegou os talheres e colocou dentro do prato e empurrou para minhas mão estendidas, eu parecia uma crianças que sabia que não ia dar certo, mas mesmo assim ainda tentava.

- Parece que você planejou cada detalhe, aposto que sabia de Suga antes de te contar - Posicionei o prato em minha frente e tirei os talheres de cima para colocar a comida, eu estava mexendo minhas peças no jogo e minha mãe estava me dando todas as dicas por onde começar - Me diga - Apoiei meus cotovelos em cima da mesa e coloquei toda atenção a ela - Você ainda anda conversando com Hank ? - Perguntei como se isso fosse normal, deixei um sorriso falso criar vida e acender meu face. Sua mandíbula mexeu e percebi que ela estava a pressionando, a incredulidade passou em seu rosto por um momento antes de voltar ao normal.

- Apenas pegue o vinho querida - Ela mexeu desconfortável na cadeira e olhou de relance para Suga que continuava parado sem dizer nada, pelo jeito não entendeu e estava processando a informação.

Me levantei sem dizer nada e foi para cozinha, um ponto estava marcado, eu ia fazê-la se arrepender por ter feito esse jantar. Abri a geladeira, o vinho estava nas parteiras junto com minhas bebidas não saudáveis, peguei uma lata de refrigerante e levei comigo também. Sem muita pressa voltei para a copa que ficava depois da sala, entrava na sala e depois seguia o pequeno corredor que levava onde queria. Entrei no corredor e escutei a voz da minha mãe batendo nas paredes e espalhando no corredor onde eu tinha acabado de entrar.

 

- Vim decidida a fazer algo que ela vai me odiar o resto da vida, mas isso você não precisa saber - Sua voz foi como um sussurro, quase perdi a última parte mas meus ouvidos se pôs mais aguçado, meus instintos me diziam para não entrar na sala, então sem pensar duas vezes me prendi a parede e deixei apenas minha audição fazer seu trabalho - Preciso saber se você estará aqui para ela - Apertei a garrafa gelada de vinho em minha mão, queria jogar la nós dois, mas fiquei olhando a luminária presa na outra parede, em seu centro emanava a luz alaranjado que iluminava todo o corredor tirando a escuridão do lugar, minha mãe queria ser a luminária, não sabia exatamente o que ela queria fazer, mas era algo para me tirar minha venda para o mundo, ela iria abrir meus olhos, foi o motivo dela me entregar o diário apenas agora  - Okay, eu não conseguiria se não tivesse alguém aqui - Ela respondeu para Suga, pelo o lado da conversa ele acenou com a cabeça.

Com a mente tumultuada entrei pela copa com a garrafa de vinho na mão e olhei para os dois que estavam tramando em minhas costa, eles pararam de conversar imediatamente, se ajeitaram em seus lugares e fizeram cara de paisagem. Com minha melhor atuação pôs um sorriso no rosto, caminhei até minha cadeira, coloquei a garrafa de vinho em cima da mesa e me sentei novamente.

- Vejo que não me esperaram, já se serviram - Tentei o máximo não demonstrar o que acabei de ouvir, peguei a vasilha de Meatloaf e me servi. Eu não conseguiria comer mais nada depois que escutei os secretos sendo preferidos, mas obriguei meu estômago ficar com os pedaços de carne e queijo que colocava na boca e tentava o máximo mastigar sem parecer que eu estava comendo borracha.

Mamãe percebeu que não iria servir o vinho se levantou, pegando a garrafa a abrindo com habilidade de uma alcoólatra fazendo a rolha se soltar da boca e o pequeno som de estouro instalar na sala. Ela e Suga comemoraram o barulho, fiz questão de apenas prestar atenção na comida e mantê-la dentro de mim, enquanto cérebro se contorcia para descobrir o que ela iria fazer, mas não chegava a nada que pudesse dar resultado em minha aparente "melhor percepção". Ela serviu Suga e depois em seu copo, ela me deixou por último, quando veio pegou minha taça para colocar vinho, com instinto de me proteger agarrei a boca de vidro da taça impedido minha mãe de colocar o álcool.

- Eu não bebo - Disse e virei para ela, estava um passo para virar o líquido roxo avermelhado em minha mão, ela me olhou com pena e depositou a garrafa em cima da mesa novamente. Se sentando em seu lugar sem dizer nada, abri a lata de refrigerante com força e nem ao mesmo dei o trabalho de colocar no copo.

- Eu soube que você é médica - Suga começou falando para minha mãe quando a sala ficou muda e o som dos talheres batendo era a nossa canção. Mamãe rapidamente o olhou e passou o guardanapo em seus lábios tirando uma boa percentagem do seu batom rosado.

- Sou veterinária, tenho uma clínica em Londres - Mamãe respondeu e me lançou um olhar misteriosos me perguntando silenciosamente de como cheguei a uma conversa sobre esse assunto. Quando as palavras fizeram sentido para Suga ele me encarou imediatamente, dei meu sorriso de soberania para ele e voltei a comer minha comida.

- Você me deu pontos como se dar em um cachorro - Perguntou Suga largando seus talheres no prato. Enquanto minha mãe nós observava tentando colocar um sentido na conversa.

- Animais e humanos sangram o líquido vermelho do mesmo jeito, se ferem, machucam e precisam ser tratados. Não vejo diferença - Coloquei um pedaço de carne na boca e foi até meu refrigerante.

-  Uma louca me costurou e ainda me deu medicação - Seu espanto se intensificou assim que viu minha despreocupação sobre o assunto.

- Você se machucou? - Perguntou mamãe olhando para Suga que confirmou com a cabeça, ele não mudou sua atenção de mim quando mamãe se voltou para ele - Não fique espantado - Acalmou ele, ela se virou e me deu seu olhar de reprovação - Ela ia ser médica - Suga se virou para a minha mãe procurando mais respostas, parece que foi naquele exato momento que percebeu que mamãe era um poço de informações sobre mim que eu negava partilhar - Ela trabalhou com meu marido, passou um bom período de treinamento fazendo curativos em lutadores, claro, - Ela mexia o garfo no ar de acordo com sua palavras, fazendo nos dois prestar mais atenção no possível garfo voador que nela mesma - Ela abandonou o curso, mas não antes de ficar presa atrás de montanhas de livros por quatro anos - Disse ela sorrindo para mim, minha carranca se intensificou eu não queria que ela compartilhasse essa informação com ninguém - Ela tem mãos habilidosas - Lançou um olhar de cumplicidade para Suga e deu um sorriso, que interpretaria como safado. Foquei minha atenção na comida e meu estômago que se recusou a ingerir mais coisas.

- Porque não me contou? - Perguntou Suga, se voltando para mim novamente depois de saber a verdade.

- Porque eu não quero cuidar de ninguém - Respondi sincera e larguei a faca no prato que fez um pequeno barulho quando tocou a louça.

Ele não me pressionou depois disso, e a sala ficou silenciosa, eu não queria ficar mais no mesmo ambiente, meu desejo era sair correndo e me esconder no meu escritório e sair apenas quando meu livro estiver pronto para ser enviado para a editora e depois disso dormir até a impressão teste chegar em minhas mãos, conferir como ficou antes de dar o sinal verde para a impressão em massa, depois disso desejaria morrer e não voltar a realidade.

- Tem falado com seus pais? - Mamãe perguntou no meio de uma garfada de vegetais indo diretamente para sua boca. Eu a olhei e me perguntei como deveria responder.

- Você tem falado com Hank, deveria saber - Respondi e finalmente meus desejos alimentares foram para o espaço, larguei o garfo e coloquei minhas mão em minha coxa. Olhando para a mulher a minha frente e percebi que sua coloração de pele tinha ficado igual seu longos cabelos vermelhos.

- Não tenho falado com Hank - Ela se defendeu rápido demais para parecer inocente. Por mais que mamãe diga que não, ainda continuava completamente  apaixonado por Hank, seu terceiro marido. Eles acabaram se separando quando fiz dezesseis anos por conta do trabalho de Hank, que era perigoso, ele não estava apenas colocando se em perigo, mas também nós, por canto desse trabalho. Mamãe não queria ser mais uma mulher viúva novamente, a experiência com meu pai foi o suficiente para ela aguentar, esperar alguém que ama todas as noites em claro rezando para voltar vivo era um peso grande sobre os ombros, e todas as noites se repetiam até ela não conseguir mais e pedir o divórcio.

- Ele ainda me liga - Respondi já cansada - Me chama para sair de vez em quando, foi no mês passado no recital da Nick - Nick era a filha de cinco anos que Hank tinha com outra mulher, por mais que mamãe negasse, uma vez a vi chorando depois de descobrir que Hank tinha se casado de novo, mas o que ela esperava? Que ele ficasse o resto da vida se lamentando enquanto ela estava com outro? Mas na verdade nunca soube o certo, mamãe ainda amava meu pai verdadeiro e talvez ainda nutria sentimentos por ele, era complicado e parecia doentio aos meus olhos, mas nunca pude fazer nada - Michael me chama para partidas de golfe até hoje, as vezes ele me liga para comermos donuts no parque - Michael era seu segundo marido ele praticamente me criou, ficou casado com ela por oito anos, depois se separou por conta de uma traição da parte dele, mas ele nunca deixou de ser meu pai, apesar dele não ter nenhuma obrigação ele se sente responsável por mim e eu sou grata por isso. Suga prestou atenção nas minhas palavras e pelo que eu percebi ele estava tentando o máximo extrair informações, baixei minha cabeça e olhei para o resto de comida que estava no prato eu não queria mesmo ficar nessa sala onde eu estava exposta, mas foi um aliviou mamãe não perguntar o que estava acontecendo entre Suga e eu. Eu estava aceitando completamente a perda desse jogo que formulei em minha cabeça, apenas queria que esse momento acabasse antes dela mencionar coisas que me faria ficar acordada a noite toda.

- Eu sinto muito por ter feito você perder seus pais adotivos - Ela disse em voz baixa, deve ter captado algum sentimento que deixei escapar.

- Não se sinta culpada agora, se passaram anos, não venha com essa - Disse mas tive o cuidado de bloquear todos os sentimentos em relação aos relacionamentos frustrados dela que me afetaram psicologicamente. Suga apenas observava minhas alfinetadas que dava nela em silêncio. Por um bom tempo mamãe não disse nada e seu olhar de quem não sabia o que fazer comigo apareceu, eu sempre via esse olhar nas diversas vezes que sempre vinha me ver, seu suspiro longo foi audível na sala, logo ela desviou seus olhos e continuou comendo.

Comecei a brincar com a lata de refrigerante que estava pela metade a minha frente, quase derrubei o conteúdo no mesa e virei para ver se alguém tinha visto minha façanha. Mas, Suga estava de olho, deve ter percebido, larguei a lata de lado cruzei  meus braços no peito e iniciei o jogo de quem desviaria o olhar primeiro, era infantil, mas deixar ele e minha mãe a sós não era uma opção. Por mais que ficar na sala seja torturante, tinha que me certificar que Suga não soubesse nada do passado.

- Sam ainda pergunta por você.- Mamãe soltou sem avisos, assim fazendo me encará-la sem conter a surpresa que me causou esses cinco palavras. Quando seu prato estava limpo ela se voltou para mim colocando os dois cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos. Ela tinha percebido minha reação que no fundo eu queria esconder, mas não pode deixar de sentir a pontada do meu coração se desintegrando.

- Diga a ele que morri, simplifique as coisas mamãe -  Joguei a última parte com deboche. Eu percebi que naquele exato momento eu não podia nem sequer retrucar, ela poderia mencionar mais coisas. Lancei minha atenção a Suga que também já tinha terminado de comer e vi a curiosidade estampando em primeira linha em sua feição.

- Não é assim que se resolve as coisas - Sugeriu.

-  Mas é assim que eu resolvo minhas coisas - Disse e empurrei o prato para longe de mim, ver a comida fez meu estômago embrulhar.

- Não fuja da luta querida - Mamãe disse com uma voz doce, eu sabia, ela começaria a contar tudo que sabia, tudo que aconteceu.

 

- Eu você não sabe de nada - Me levantei rápido da mesa empurrando a cadeira para trás, eu tinha que sair, nem conseguir olhar para Suga depois disso, parecia estranho misturar passado e presente.

A dor de cabeça se intensificou assim que me pus completamente de pé e fechei os olhos por pequenos segundos para conseguir fazer ela se controlar, mas em vez da pontada aguda sumir a sala se encheu de gritos e lamentações por toda parte, eu não consegui abrir os olhos, porque temia está na terra húmida novamente. Assim minha realidade foi tirada completamente de meus pés e voltei para a escuridão sem estrelas no céu, o sangue ainda escorria na parte de traz da minha cabeça, e as mãos geladas me balançava me pedido para levantar rápido, mas mal conseguia abrir os olhos, senti sendo erguida do chão e me afastado do lugar que esperava morrer dolorosamente, sentia tudo doer em meu corpo inclusive minha cabeça coberta pelo sangue, os passos me levaram para mais longe enquanto vi uma gota de sangue escapar de meus dedos e caiu rumo a grama verde escura.

Senti um tapa vir em meus rosto com força, foi somente assim que consegui perceber onde estava, continuava na copa, em sentada sobre as pernas com as mãos em meus ouvidos, eu tentava bravamente tampar as vozes que só eu escutava. Com os olhos marejados encarei os olhos verdes preocupados da minha mãe que me olhava espantada, ela tinha me dado o tapa, ela sabia que tinha que fazer para voltar para voltar a realidade é eu fiquei feliz por um momento por ela está na comigo. Mas quando voltei completamente, vi que um par de mãos descansava em minhas costas, virei para lado é lá estava os olhos castanhos escuro me observando com atenção, ele tinha visto, e foi quando meu coração se despedaçou novamente. Me forcei a levantar desajeitadamente e dos dois me afastei.


- Não se atravessa -  Me refiri a contar o que estava acontecendo comigo para Suga, minha voz saiu um pouco abalada, mas, demonstra claramente minha raiva excessiva pela menção de um nome e pelo meu surto, ela me olhou com mais espanto, mas não disse nenhuma palavra, estava mais abalada  até mesmo que eu, agora ela sabia que as vozes estavam de volta.

Ainda afetada pelo que vi, voltei aos tropeços para o escritório onde eu deveria ter ficados, tirei a chave do meu bolso e com a mão ainda tremendo de medo e de pavor tentei acertar a fechadura, as primeiras tentativas foram todas falhas. Foi quando parei de respirei antes de tentar de novo e acertar a tacada, girei a fechadura, abri a porta. Eu sabia que ele tinha me seguido, meus instintos sabia que ele estava atrás de mim por uma explicação.

- Agora você tem uma boa razão para ir embora, seja lá o que minha mãe combinou com você, eu posso te afirmar, não iria querer ficar - Sem me virar disse o que deveria dizer a muito tempo atrás.

- Prefiro decidir isso por mim mesmo - Sua resposta veio de imediato, queria tanto encará-lo, mas apenas fiquei vendo a porta de madeira com traços claros e escuros de marrom a minha frente, apertei a maçaneta e disse para mim mesma não me afundar nessas palavras e confiar nelas, porque no fim, terei apenas a mim.

- Lembre-se, não se esqueça dessas palavras nem por um segundo, momentos felizes acabam quando a escuridão chegar - Virei para ver os belos par de olhos castanho escuro a meia luz, a janela do corredor estava aberta dando a passagem da luz da lua, o frescor da noite gelada de Nova York entrava e batia em minha pele fazendo o frio se instalar em minha alma, as estrelas estavam imperceptíveis fazendo a lua ter seu solo perfeito, por um momento desviei a atenção e fiquei vendo o quanto a lua era magnífica e solitária - Eu sou a escuridão - Disse ainda vendo a lua, mas para ele ver como falava sério, virei-me para dar o alerta - Ninguém pode me salvar, nem você, não queira ficar perto para experimentar a doçura do veneno - Falei e não vi sua expressão mudar, parecia que estava cego o suficiente para perceber que eu era a destruição. Sem uma resposta dele virei-me, e entrei pela sala fria.


CONTINUA...


Notas Finais


Hehehe, aqui estou eu, bom, eu acho que se você chegou até aqui porque terminou de ler o sexto capítulo ou ficou curioso o que eu tinha para falar e pulou para cá hehehehe mas seja qual das infinitas possibilidades, tanto faz hehehe, importante que você chegou aqui. Tenho três coisas a dizer, a primeira mais não tão importante, eu irei fazer um jornal no meu perfil citando umas músicas que combina com a história e que por coincidência (foi descobrir isso semana passada) três das diversas músicas que escuto para escrever se encaixa perfeitamente na história, cara eu pirei quando descobri ( Me observem ou não, se quiserem, receber a notificação do jornal). A segunda, é que, oficialmente iremos ver o motivo para a garota não se "apaixonar" pelo Suga no PRÓXIMO CAPÍTULO, Ehhhh até que enfim. E por último quero agradecer a todos que favoritaram minha história, que está esperando por ela ser atualizada, eu realmente sou muito grata mesmo, serio, do fundo do meu coração, eu agradeço. OBRIGADA <3
Bom... até o próximo capítulo que será mais breve possível hehehe Sonhem com Suga hehehe até mais.


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