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História Kill her for you (camren) - Club and Califórnia


Escrita por: ollgstars

Capítulo 53 - Club and Califórnia


 

Eu me arrumava com ódio dela, isso foi a pior coisa que ela poderia ter feio comigo. Eu nunca vou me esquecer disso, nunca que eu vou escolher entre ela e minha filha. Já estava trocada, só faltava a maquiagem e meu salto quando Normani chegou. Ela apertou a campainha sem parar até eu abrir.

 

- Porra, porque não pressiona esse dedo no cu? - Disse irritada abrindo a porta para ela entrar. 

 

- Tá estressada? - Mani estava segurando uma maleta com sua maquiagem e na outra mão, seus vestidos. 

 

- Achei que você já viria pronta. 

 

- Eu supostamente estou de mudança para cá, amor. - Ela disse rindo e piscou, subindo as escadas. 

 

- Bem que Taylor disse; você é uma folgada. - Ela foi para o meu quarto e eu subi. 

 

- Se eu me arrumasse em casa, provável que o Arin fosse para lá e eu não sairia nunquinha. - Ela tirou a roupa ficando de calcinha e sutiã, voltei a me maquiar. 

 

- Você não disse a ele que sairia comigo? 

 

- Falei, mas você sabe que se ele pudesse me faria desistir de qualquer forma. 

 

- Não quero que ele pense que eu sou uma péssima influência, preciso de uma ajuda. - Ela se olhava na frente do espelho. 

 

- Você viu a Lauren, não é? - Ela me olhava através do espelho. 

 

- Sim. - Estava passando pó. 

 

- Pelo visto não nada boa a conversa de vocês. 

 

- Não mesmo, dessa vez a gente se separou para valer. - Disse para baixo. 

 

- Como? - Ela gritou assustada. 

 

- Ele deu a entender que agora poderia ficar com quem quisesse, porque eu fiz a escolha de não ficar com ela. - Um nó se formou na minha garganta. 

 

- Camila, eu não to acreditando que você deixou a Lauren te montar dessa forma. - Ela se virou com os braços cruzados. 

 

- Eu vou fazer o que? Me fala? Ela é cabeça dura, ela é assim. 

 

- Ah, você tinha que quebrar um barraco e expor sua opinião! Ela tinha que aceitar, querendo ou não. 

 

- Normani, é injusto ela pedir para que eu escolha entre ela e minha filha. Tudo que eu estou fazendo não é por mim, não porque eu quero, é por ela. - Ela ficou quieta. 

 

- Você acha que ela vai estar lá na boate?

 

- Certeza, hoje ela vai fazer tudo o que eu odeio para ver se o peso na consciência dela some, só que eu não vou deixar ela tocar em outra, isso nunca! - Disse decidida. 

 

- Isso ai, baby! E pode contar comigo, porque eu estou nessa com você. - Ela foi para o banheiro tomar banho, coloquei chapinha para esquentar e comecei a enrolar um pouco, ficou meio ondulado. A campainha tocou  e eu estranheiro, não estou esperando ninguém. Fui até o banheiro. 

 

- Mani, você disse ao Arin que viria para cá? - Perguntei. 

 

- Não, eu só falei que iria sair com você. Porque? - Fiquei meia hora tentando me tocar do que ela disse. 

 

- Tem alguém tocando a campainha. 

 

- Oh, pega sua arma, amiga, pode ser um ladrão. 

 

- Logico que não, só espero não ser a Lauren. - Disse indo ver quem era. Sussurrei para mim mesma destrancando a porta e dando de cara com o Logan. 

 

- Achei que não estivesse em casa. - Ele sorriu ao me ver. 

 

- Eu estava me arrumando, por isso demorei a descer. 

 

- Vai sair? - Ele estava parado com as mãos no bolso. 

 

- Mais tarde. - Sorri. - Entra. - Abri a porta para que ele entrasse. - Mani está lá em cima tomando banho. 

 

- Vão sair juntas? 

 

- Vamos. 

 

- Oh, então eu volto uma outra hora. - Ele já estava saindo. 

 

- Não, fica aqui! - Sorri. - Fica. - Insisti mais um pouco. 

 

- Eu não quero atrapalhar em nada. 

 

- Você atrapalha demais, sabe? - Disse debochada e revirei meus olhos. 

 

- Camia, quem está ai? - Mani desceu até metade da escada enrolada na toalha e gritou assim que o viu. - LOGAN. - Deu um berro. 

 

- Oi Normani. - Ele disse sem graça, pois ela estava apenas de tolha. 

 

- Eu já venho para pular em você, estou de toalha e isso não vai pegar muito bem. - Ela subiu correndo. 

 

- Eu acho que ela nasceu com algum parafuso a menos. - Disse rindo. Para não deixar o Logan que nem um pacha aqui, peguei a bolsinha de maquiagem, enquanto terminava a minha maquiagem. 

 

- E você e a Lauren? Brigaram ontem a noite? - Olhei séria para ele. - Suave, a pergunta é... Não se resolveram? - Dei uma risadinha leve. 

 

- Lauren é orgulhosa e eu sou cinco vezes mais, então nem preciso dizer como terminaram as coisa. - Ele deu uma risada. 

 

- Vão para onde? - Já estava passando o rímel. 

 

- Cuidar dos negócios. - Sorri maliciosa. 

 

- Negócios? 

 

- Sim, agora sou uma mulher de negócios. - Ele me olhou de braços cruzados sem expressão. - O que é? - Disse incomodada com o seu olhar. 

 

- Eu não quero nem imaginar o que você está planejando. 

 

- Nem queira, para sua cabeça não doer, mas, dessa vez, não é coisa pequena. - Passei o batom. 

 

- Logan, você está malhando ou é impressão minha? - Mani surgiu descendo as escadas secando os cabelos em uma toalha, já vestida com um vestidinho de renda preto, bem colado. - Não está mais gostoso, Camila? - Ele disse me encarando e eu olhei o corpo do Logan meio sem graça. 

 

- Normani, você é mestre em deixar as pessoas sem jeito. 

 

- Seu exercício é pura academia ou, é natural, puro sexo? - Mani disse rindo, mas eu não achei graça. 

 

- Nem um e nem outro, vocês estão vendo coisas. 

 

- Tudo isso é para impressionar Vicky. - Disse com ironia e ele me encarou perplexa. 

 

- Não preciso impressionar a Vicky, eu pago ela para fazer o que eu bem entender. - Ele piscou para mim e eu subi correndo para pegar meus sapatos. 

 

Lauren

 

Ela acabou com as minhas estruturas, achei que iria desarma-la daquele jeito. Coloquei ela em uma cilada para ver se ela voltaria, mas não. A filha da puta deu um jeito de sair e ainda saiu por cima. Estava deitada com os braços na cabeça, pensando em uma forma de trazer ela de volta e acabar com com essa palhaçada de qualquer jeito, que ela me tem em suas mãos como se fosse um cachorrinho e consegue ter o que quer. Tinha uma foto dela em cima da mesa do lado da cama e aquilo se tornou o meu foco. 

 

- Você é um lobo vestido de cordeiro. - Peguei a foto e fiquei ali admirando. Eu fui domada. Esse sorriso com a língua entre os dentes me ganhou. O que, que essa mulher tem para me deixar vivendo totalmente aos pés dela? Taquei o retrato na parede vendo o espatifar no chão, não vou me render e nem vou aceitar a decisão dela. Ela escolheu isso e eu só tenho que aceitar. Quer saber? Peguei as chaves do meu carro e sai para distrair a mente, assim parava de pensar tanta merda como tem acontecido. 


 

Camila

 

- Estou pronta. - Apareci na ponta da escada chamando a atenção dos dois que me olharam calados por uns segundos enquanto eu descia as escadas. 

 

- Nossa. - Normani disse me olhando. - Espera, para tudo! Tem certeza que você só vai para resolver negócios? 

 

- Oh, não é para tanto. Só estou vestida conforme o ambiente. - Disse sorrindo. - Vou em um lugar onde tem só vadias então nada melhor que eu me vista como uma. - Disse sorrindo com o a língua nos dentes e pisquei. 

 

- Você está realmente linda. - Logan me fez parar e encarar ele. 

 

- Muito obrigada. - Disse um pouco sem graça. 

 

- Vamos? - Mani disse alto e botando um casaco branco, respirei fundo. 

 

- Vamos... - Abri a porta e os dois loga saíram e eu fiz o mesmo trancando a porta. 

 

- Vai fazer o que amanhã? - Logan disse enquanto me acompanhava até meu carro que estava em frente minha casa no jardim. 

 

- Amanhã eu vou passar o dia fora, mas você pode passar aqui de noite. 

 

- De noite? - Ele me olhou confuso. 

 

- Sim, você que vai cozinhar. - Destravei o alarme e Mani entrou no carro. 

 

- Quando chegar me liga que eu venho para cá. 

 

- Tudo bem! - Dei um beijo estalado no rosto dele e depois entrei no carro abaixando o vidro. 

 

- Se cuida, tá bom? - Ele fechou minha porta. 

 

- Pode deixar. - Sorri e fui dirigindo lentamente até o portão para o segurança abrir. 

 

Mani ligou o som e ficou mudando de estação sem parara, ela nunca deixava uma musica certa e sempre enjoava fácil. Estava viajando, eu não acreditava que aquela minha história minha e da Lauren era verdadeira, não pode ser. Eu nunca imaginei aquela situação, nunca imaginei que poderia ficar sem ela. 

 

- Camila. - Ela gritou chamando minha atenção. 

 

- O que é? - Olhei para ela rapidamente, confusa. 

 

- Eu estava aqui falando sozinha que nem uma idiota e você nem prestando atenção no que eu estou falando. 

 

- Hum, me desculpa, estava viajando. 

 

- E essa viagem tem nome? - Sorri pelo nariz. - O que esta fazendo você queimar seus neurônios? 

 

- Amiga, você acha que a Lauren ainda gosta de mim? 

 

-Como? - Ela deu um grito. 

 

- Ela não se importou nem um pouco quando eu decidi deixar ela, entende? Eu pensei que ela agiria feito louca, achei que ela iria me amarrar e não me deixar sair mais, mas não... Ela aceitou numa boa. - Disse meio para baixo. 

 

- Camila, vocês duas sãos o casal mais bizarro desse mundo. É claro que Lauren ainda gosta de você... Para falar a verdade ela ainda te ama. Não consigo entender mais vocês...

 

- Será que a Lauren tem outra? 

 

- Camila, se ela tivesse outra, no mínimo te trataria muito bem; como se você fosse uma rainha e isso para você não descobrir e não desconfiar e não é totalmente isso que ela está fazendo... Vocês faltam só se matar. 

 

- Mas, Mani el...

 

- Mais nada, Camila! Isso que está acontecendo é uma palhaçada e sabe quando isso vai acabar? Quando uma das duas se magoarem de verdade. 

 

- Sabia! - Gritei cortando ela e estacionando o carro. 

 

- O que? - Ela respondeu assustada. 

 

- Eu sabia que essa piranha estaria aqui, já veio afogar as magoas com essas piranhas! Ah, mas eu vou matar ela, Normani! Eu vou cortar os dedos dela fora. Parece que eu adivinhei. - Disse e nessa hora Normani tinha acabado de avistar o carro de Lauren. 

 

- Camila! - Ela gritou. - Para com isso. - Em uma atitude inesperada por mim ela enfiou  a mão na ignição do carro e pegou minha chave e o travou. 

 

- O que é isso, Kordei? 

 

- Eu não vou deixar você sair daqui enquanto se acalmar... Você não veio aqui mais uma vez para fazer barraco, mantenha a classe. 

 

Lauren.

 

- Desse mais uma garrafa de wiskhy. - Disse para a  minha bargirl. 

 

Estava bebendo na companhia de Simon e do governador. É o governador da cidade e fez uma questão de me conhecer. O cara era importante e não queria apenas me conhecer para ter uma amizade minha, o cara era mercenário, mandava no sistema e como agora eu que comandava o trafico ele queria me conhecer para termos parceria nos negócios. Ele iria me encobrir se eu desse uma grana gorda para ele fazer vista grossa com o meu trabalho, ou seja, eu pagaria a propina e ele não encostaria no tráfico, não interferia em nada, tudo funcionaria por baixo do pano e a policia, o sistema estaria recebendo muito para não receber, 

 

- Agora é uma mulher importante, Jauregui, quero que a nossa parceria vá além de negocios. - Ele riu. - Eu sinto que você é uma mulher muito inteligente e eu adoro lidar com pessoas inteligentes. 

 

- Eu só sei lidar com pessoas inteligentes e gosto de fazer trocas, não gasto meu dinheiro em vão. 

 

- Ótimo! Com esse patrimônio todo, aposto que seu dinheiro só tem triplicado e posso até imaginar, com todo esse dinheiro você pode sustentar até a próxima geração. - Ele sorriu. 

 

- Tenho muita grana sim e eu sei muito bem investir nele. Não faço negociações em vão. - Fomos servidos com outra rodada de wiskhy e eu matei o copo todo. 

 

- Shawn costumava me presentar com malas que digo serem muito valiosas. - Ele sorriu. - E já que você é nova, eu espero ser surpreendido e que as maletas pesem bem mais. - Dei risada. 

 

- Você está pensando em ganhar vantagem em cima de mim? - Simon prestava atenção na conversa bem atento, o governador e eu estávamos de costas para entrada e ele tendo a visão da boate. 

 

 - Não, claro que não. Se seu dinheiro multiplicar, quero que minha maleta pese mais, se você ganha dinheiro, quero que o peso da minha maleta continue o mesmo. - Mercenário do caralho, estava irritado e aquela cara estava testando mais minha paciência, mas eu estava mantendo a calma, porque ele era importante e em um futuro próximo, eu precisaria dele... Se não eu já tinha metido um buraco na cabeça dele. Tinha horas que eu nem prestava atenção em nada que ele falava e fica viajando, acho que Simon também estava fazendo o mesmo, porque sua expressão era exatamente a mesma que eu tinha há alguns minuto atrás. - E as mulheres, Lauren? Tá gostando de ser cafetina? 

 

- Cafetina não. - O corregi. - Não obrigo ninguém a trabalhar para mim e muito menos exploro ninguém, elas vêm até mim e eu ofereço meus serviços, não se refira a mim como cafetina. - Ele riu. 

 

- Você tem muitos princípios, não é Jauregui?

 

- E não é atoa que eu estou aqui...

 

- Muito gostosa. - Simon se ajeitou na cadeira com o olhar fixo na entrada e o governador se virou acompanhando o olhar dele. 

 

- Quem é ela? - Simon ficou em silêncio. - Eu pago o quanto você quiser por aquela garota! Só me dar o preço. - Bufei me virando para ver quem era e quase cai para trás dando de cara com a Camila entrando. 

 

- Desgraçada. - Arrastei a cadeira levantando nervosa indo de encontro com ela. 

 

Camila. 

 

Me acalmei e Mani topou entrar comigo na boate. Passei pela entrada e meus olhos correram pelo lugar vendo Lauren no andar de cima acompanha de Simon e mais um cara que eu não conhecia. Os dois me notaram primeiro que a Lauren, pois estavam me olhando e depois de um tempo meu olhar cruzou com o dela e a vi ter uma reação comum. Ela se levantou puta saindo de onde estava, vindo em minha direção. Senti meu corpo gelar vendo os olhos dela vidrados em mim. " Fique calma, eu só tenho que manter a calma." Ficava repetindo isso diversas vezes, assim que ela se aproximou quase dei bandeira com a minha cara de quem estava com o cú na mão. 

 

- O que você está fazendo aqui? - Ela cuspiu as palavras, com o ódio de me ver. 

 

- O que você acha que eu vim fazer aqui? - Disse debochada, vi os olhos dela queimarem em fúria. 

 

- Camila, você está passando dos limites, está pedindo para eu fazer uma merda e eu não vou mais me controlar. - Ela dizia as palavras quase rangendo os dentes. 

 

- Vou deixar vocês a sós. - Normani saiu e eu olhei para ela se afastando... Mas Lauren não tirava seus olhos cheios de odio de cima de mim. 

 

- Eu disse que queria metade dos seu negócios, estou aqui para aprender como tudo funciona, até porque já fui dona daqui. - Dei de ombros e cruzei os braços. 

 

- Você deve estar gostando desse joguinho. - Ela passou a mão no cabelo irritada. - Você não vai mesmo desistir dessa porra, não é? - Ela encarava meus olhos de uma forma desafiadora. 

 

- Você sabe muito bem que não. - Sorri com a língua nos dentes. 

 

- Ok. - Ela me deu as costas e saiu andando. 

 

- Lauren. - Passei em sua frente e segurei em seu peito impedindo-a de andar. Desta vez eu estava a encarando. - Eu vim aqui por um objetivo e eu não vou desistir dele. 

 

- Tranquilo, então se vira. - Ela tentou andar, vi os caras que estavam na mesa com ela, nos olhando. 

 

- Aquele ali é o Simon? - Disse de forma oferecida, sorrindo maliciosa. 

 

- Nem pense em se aproximar daquela mesa ali. - Desta vez quem me segurou foi ela. 

 

- Lauren, eu vou cumprimentar o Simon, me larga. - Empurrei ela me livrando. 

 

- Camila, não. - A ignorei e fui caminhando até onde Simon e aquele homem que eu não sabia nem da existência estavam. Olhei para trás e vi Lauren vindo atrás de mim pegando fogo. 

 

- Simon. - Sorri, me mostrando feliz por ele estar ali. Como se tivéssemos intimidade. 

 

- Oi patroa. - Senti nervoso ao escutar essa palavra. 

 

- Tudo bem? - Me curvei dando um beijo em seu rosto. - Ei, - Cumprimentei o outro cara que estava na mesa. Um velho todo socialmente vestido e fumando um charuto super fedido e bebendo. 

 

- Então, você é a Sra. Cabello Jauregui? - O velho disse sorridente e eu não esperava por aquilo, fui pega de surpresa. Lauren passou a mão em minha cintura me prendendo junto ao corpo dela. Olhei para ela sem entender e ela estava agindo como se a situação fosse comum. 

 

- Sim, sou eu. - Disse sem graça com essa cena. 

 

- Muito prazer em lhe conhecer, minha querida. - O velho pegou em minha mão e deu um beijo estalado e não tirava os olhos da minha perna. 

 

- Camila, esse é o governador. - Lauren disse bufando de ódio, nos apresentando oficialmente. Eu ainda não estava entendendo o que essa peste está fazendo agarrada em mim, mas tá bem, porque isso é uma crise de ciúmes nítida. 

 

- Jauregui, você está de parabéns. - O velho disse. - Sua mulher realmente é muito linda. 

 

- É, eu sei. - Ela disse sendo grosseira. Fui puxar uma cadeira para senta, mas ela me puxou apertando mina mão, meus dedos chegaram a estralar. Pude notar o olhar do Simon e do governador nas minhas coxas, mas Lauren acabou com essa graça em segundos. Tirei meu casaco ficando só de vestido que deu um encolhida assim que me sentei.  - Trás mais um copo. - Ele mandou para a menina que passou por nós. - Quanto é mesmo que quer receber governador? 

 

- O que? Ã? - Ele disse confuso. 

 

- Simon, desaparece. - Lauren disse séria. - Pode deixar que daqui eu me viro, vai arranjar alguma coisa para fazer. - Simon levantou puto e saiu da mesa. A garota colocou o copo em minha frente me servindo com wisky, mas eu estava enjpsada, no minimo minha gastrite nervosa teria voltado. 

 

- Sua mulher participa dos seus negócios também? - O velho perguntou curioso. 

 

- Não...

 

- Participo sim. - Cortei o que Lauren estava falando. - Também estou envolvida, tudo o que é dela, é meu. - Disse sorrindo. 

 

- Pois bem, fico lisonjeado em fazer negócios com uma dama tão linda quanto você. - Sorri sem graça. 

 

- Não vai precisar fazer negócios com ela, porque eu que cuido da parte da propina. - Lauren disse com um tom bem arrogante. 

 

- E você, docinho, cuida de que parte dos negócios? - Ele estava ignorando completamento o estado enfurecido de Lauren, o que ele queria era ficar me indagando. 

 

- Das boates. - Lauren respondeu em minha frente. - Eu cuido do tráfico e ela administra as boates. 

 

- Vocês tem mesmo uma sintonia, isso podemos ver de longe. 

 

- Vai governador, não tenho o dia todo, quanto que você quer? - Lauren estava tão arrogante e eu fiquei ali, calma e quieta. 

 

- Quanto acha que eu devo receber? - Ele disse sorridente. 

 

- Nunca dou o primeiro lance. - Eu tinha aprendido aquela do primeiro lance com ela, ela dizia que quem dava o primeiro lance sempre perdia e não gostávamos de perder. 

 

- Começamos com trezentos mil na sua primeira semana? - O velho não tirava do rosto aquele sorrido de dentadura da cara. 


 

- Duzentos e cinquenta mil. - Lauren rebateu. 

 

- Duzentos e oitenta mil.... 

 

- Duzentos mil e não se fala mais nisso. - Eu não disse? Ela sempre fechava com o valor que ela queria, já tinha estado com ela em cenas como essas. 

 

- Quem levará o dinheiro até mim? 

 

- Simon sempre fará o transporte da grana. - Eu já tinha entendio o que estava acontecendo. Lauren estava no meio de uma negociação de propina. 

 

- Simon é um homem de confiança? 

 

- Ela jurou com sua própria vida. 

 

- Ele trabalhava para Shawn. 

 

- Eu não vivo de passado. - Lauren dizia as palavras friamente e eu prestava atenção em cada detalhe. 

 

- Ok Jauregui... Já está na minha hora, tenho que estar em casa bem cedo amanhã, se bem que você poderia me emprestar uma de suas meninas não é? - Ele era muito abusado e isso fazia Lauren ficar puta. 

 

- Escolhe qualquer uma, menos Perrie. - Aquilo sim me fez ferver em ódio. Quase dei um murro na cara dela, mas me segurei mais do que eu imaginava, 

 

- Amor, mas ela é uma das melhores que nós temos aqui... Porque não deixa o governador levar ela? - Disse provocando e fuzilando os olhos dela. 

 

- Perrie é exclusividade da casa, ela não faz programas. 

 

- Ok. - Sorri tentando ser educada. - Então, vamos comigo governador, eu vou escolher a sua companheira e garanto que o senhor vai gostar. - Ajeitei meu vestido para quando eu levantasse não ficasse curto mostrando mais do que devia. 

 

- Camila, ele sabe muito bem ir sozinho. - Lauren ficou de pé. 

 

- Mas eu quero ajudar, como administradora da casa quero que ele saia satisfeito. Me de licença. - Me retirei da mesa. - Vamos? - O velho que na hora se prontificou a ficar de pé, me seguiu. 

 

- Quero ver se você tem tem mesmo um bom gosto para escolher garotas. - Ele disse enquanto caminhávamos em um corredor estreito que ligava o camarim onde as meninas estavam se arrumando para o show. Assim que abri a porta encontrei Perrie de frente para ela e ainda tinha uns hematomas no rosto, mas assim que a olhei, ela abaixou o olhar. 

 

- Meninas, eu quero que conheçam o governador. - Elas pararam o que estavam fazendo e me olharam. Perrie encostou em uma prateleira e ficou de braços cruzados e de cabeça baixa. - Só escolher. - Os olhos dele rodaram a sala todo e pararam bem em cima da piranha. 

 

- Aquela jovem ali no fundo me parecer ser bastante atraente. - Ele disse com um sorriso malicioso.

 

- Ah, aquela ali é a escrava da casa. - Fiz questão de falar alto para todas ali escutarem. - Escolhe algo melhor. 

 

- Tudo bem, aquela loira ali da direita. - Era a amiga da Perrie, que no dia do banheiro estava com ela. 

 

- Quer que eu embrulhe para presente? - Disse irônica e ele gargalhou. 

 

- Não será preciso, muito obrigada pela ajuda Mrs. Cabello Jauregui. 

 

- De nada, quando precisar é só me chamar. Lindinha, hoje você fará companhia para ele. - Ela assentiu e saiu indo trocar seu traje. - Eu irei ficar no salão, se precisar, sabe já. - Não sei o que deu, mas o corredor começou a ficar pequeno e minha vista começou a embaçar. Vi que Lauren vinha em minha direção. E aquelas luzes só pioravam a situação, me apoiei na parede para não cair. 

 

- Que porra é essa? Não percebeu que aquele velho estava dando em cima de você? - Lauren gritava, mas eu estava realmente passando mal. Sentia que meu rosto estava gelado e minhas mãos estavam soando. - Você é mesmo muito filha da puta, Camila e eu já estou me cansando. 

 

- Para de gritar. - Disse nervosa levando minha mão até a cabeça e aquilo fez com que ela se aquietasse. - Só, para. - Engoli seco sentindo o vomito chegar na minha garganta e minha visão voltando ao normal, Lauren me olhava sem entender. 

 

- Você estás bem? - Ela disse confusa e um pouco alto. 

 

- Eu estou ótima, Lauren. - Sai andando e esbarrei nela com força.  O que tinha acontecido? Não sei, não entendi foi nada. Tive um puta mal estar. 

 

Decidi saber onde Normani se encontrava. Caminhei esbarrando nas pessoas. Comecei a procurar e encontrei ela na parte mais sossegada, ela estava com uma garrafa de conhaque aberta e um copo cheio com gelo. Mani estava debruçada no balcão com um olhar triste. 

 

- Ah, eu não acredito no que eu estou vendo aqui. - Disse me aproximando e ela ergueu a cabeça ficando com os cotovelos apoiados no balcão. 

 

- Isso aqui está um saco, você já fez o que tinha pra fazer? - Me encostei de costas para o balcão, olhando para a boate. 

 

- Te falar, nem sei o que eu vim fazer aqui, eu não sei nem o que eu to fazendo da minha vida. - Disse cabisbaixa. 

 

- Toma isso, livra e sara todas as magoas. - Ela empurrou o copo de conhaque para o meu lado e eu estendi a mão pegando e virando tudo de uma vez sentindo  minha garganta queimar. 

 

- Quer ir embora? - Entortei a boca e ela pensou um pouco. 

 

- Nem pensar! - Disse dando uma ultima golada em seu conhaque e ela me puxou. - Não deixei de transar com Arin a noite toda para ver você deixar a Lauren escapar por conta dos seus caprichos... Agora que estamos aqui, vamos nos divertir. - Deixei que Mani me puxasse e fomos para o meio da pista, começou a tocar Crying In The Club e ela começou a dançar feito louca. Ria dela mas acompanhava descendo até o chão. 

 

Roubei a garrafa de um cara e dei um goladão percebendo ser whisky. Bebia e dançava como se aquilo fosse me fazer esquecer tudo que estava acontecendo comigo. Coloquei as mãos nos joelho e me empinando a bunda enquanto me balançava no ritmo da música. Pude sentir tudo girar e meus pés de mexerem até demais. Havia muitos caras em nossa volta e a Normani se deliciava com alguns. Gargalhei e parei de dançar indo até o bar. 

 

- Garrafa de vodka. - Sorri para o barman. 

 

- Filha de uma puta, o que pensa que está fazendo? - Meu braço foi puxando com força fazendo com que meu corpo se chocasse com o de Lauren. 

 

- Conhece a palavra fiscalizar? - Disse cínica. - Se a dona não gostar, quem vai? Me solte, Lauren. 

 

- Eu não vou mais me controlar com você! - Disse me apertando com mais força, mas eu consegui me soltar. 

 

Bebia a um pouco da vodka enquanto voltava para a pista. Respirei fundo dando uma golada enquanto me deixava levar pela batida da música. Um cara começou a dançar perto de mim e eu me afastei. Senti alguém me puxar pela cintura e me virei empurrando, mas parei assim que vi que era Lauren. 

 

- Você é minha! - Estávamos paradas na mesma posição: Lauren com a mão na minha cintura e eu com as mãos em seus ombros. 

 

- Decidiu me deixar ajuda-la a encontrar Natália? - Disse sorrindo de canto e ela balançou a cabeça em sinal de negativos, antes de falar qualquer coisa, me afastei. - Então. eu não sou mais.  

 

- Camila, Camila... Calma ai, pô. - Ela me puxou mais uma vez me trazendo até ela. - Eu já não aguento mais, você me torturando demais com esse papo de me deixar. - Gargalhei. 

 

- Ué, mas não foi você mesmo quem disse para mim ou você ou essa minha obsessão maluca para achar Natália, eu não fiz nada coisa linda. - Sorri com a língua nos dentes. 

 

- Não, você fez assim. Porra, Camila, você escolheu a opção errada. - Ela estava tendo me envolver, estava respirando tão próxima a mim que sentia sua respiração quente castigar em meu rosto, procurando meus lábios para um beijo. 

 

- Não. - Segurei o rosto dela impedindo que ela me beijasse. - Lauren, é só você me deixar procurar Natália com você e pronto, nada demais. - Sorri. 

 

- Eu não posso, porra. Eu não posso deixar você correr nenhum risco, Camila. - Ela explodiu passando a mão nos cabelos. 

 

- Então, eu não posso ceder tão fácil para você, não quando você quer tirar de mim algo que é tão importante para mim quanto para você. - Eu queria chorar, mas eu não o faria. Ela virou e saiu andando. Caminhei para longe, me retirando de onde estávamos, Lauren era orgulhosa, mas eu era dez vezes mais. - Vamos, Normani. - Puxei ela pelo braço e saímos dali. Peguei as chaves do carro, na bolsa e eu estava rezando para não encontrar com a Lauren. Estava meio complicado encontrar o carro, eu estava bem louca. 

 

- Camila, Camila! - Escutei alguém me chamar e olhei procurando que era. Simon. 

 

- Oi! - Coloquei uma mecha atrás da orelha e ele correu meio ofegante. 

 

- Lauren. - Ele respirou fundo. - Ela quer que você faça o recolhimento do dinheiro. 

 

- Porque? O que ela está fazendo? - E na mesma hora  me arrependi de ter feito aquela pergunta, meus olhos se encontraram com os dela, ela estava com uma garrafa de wisky na mão, e na outra ela estava de mão dada com Perrie. - Não, diga a ela que já fui embora. 

 

- Patroa... - Simon tentou falar. 

 

- Dei meu recado, Simon, agora vá. 

 

- Camila, eu não tô acreditando que você vai deixar a Lauren...

 

- Eu cansei, Mani. - Disse com o choro entalado. - Se ela realmente me ama, aquilo não vai passar de um copo de wisky. 

 

- Não era nem pra você deixar que rolasse um copo de wisky. - Ela gritou. 

 

- Não, a consciência é dela, cada um tem que assumir seus próprios atos. Eu estou pagando pelos meus. - Entrei no carro batendo a porta. 

 

- E desde quando você ficou tão racional? - Ela me olhou. 

 

- Desde que a vida só tem me feito cair. - Engatei a primeira e arranquei com o carro. Passamos o caminho todo caladas. Deixei Mani na casa da minha mãe, ela viu que eu não estava bem. Não fiquei martelando e também não chorei me lamentando. 

 

Lauren. 

 

Chamei Perrie para uma conversa séria. Já que Camila não desistiria daquele papo de chefia metade dos meus negócios, eu tinha que deixar as coisas bem claras para a filha da puta. Entrei na frente e assim que ela passou por mim, fechei a porta e depois coloquei o wisky e os copos na mesa. 

 

- Olha Lauren, eu não fiz nada, sua mulher que chegou me humilhando e nem nos olhos dela eu olhei, não fiz nada desta vez. 

 

- Não disse que fez algo, então não se entregue. - Me sentei em minha mesa. 

 

- Me chamou aqui por quê? Algum erro do meu serviço? - Ela se manteu em pé. 

 

- Te chamei aqui porque eu não vou mais cuidar disso aqui. 

 

- Não? - Ela cruzou os braços. - Mal chegou e já vai largar tudo? 

 

- Não, eu agora vou me focar só no trafico e Camila vai chefiar minhas boates. - Depois do que houve essa noite, não quero nem pensar em vê-la no tráfico. Aquele velho nem me respirou, não quero mais homicídios nas costas, os que eu tenho já basta. 

 

- Você está brincando comigo, não é? - Ela falou se exaltando. - Lauren, sua mulher me odeia! Ela vai fazer da minha vida um inferno! E eu preciso desse emprego. 

 

- Não se faça de santa, porque tanto eu como você sabemos que de santa você não tem é nada. 

 

- E porque ela têm que cuidar das boates? Porque Simon não pode fazer isso? 

 

- Isso não é nem um pouco da sua conta. Não está satisfeita? Me o pé, arrumo outra fácil. 

 

- Sua mulher é louca! Eu não vou suportar conviver com ela sendo minha chefe... Lauren você sabe, você tem convivência com pessoas como eu, não tenho sangue de barata, não vou aguentar por muito tempo. 

 

- Camila é mimada e isso não vai durar por muito tempo, ela só quer minha atenção...

 

- Ah e enquanto isso quem se fode sou eu? 

 

- Quando ela sentir a pressão vai desistir fácil de tudo isso e vai voltar para a vidinha dela e isso só vão ser um teste, se você sobreviver a isso, vou saber que você é muito fiel a mim. - Sorri maliciosa. 

 

- Não tem controle sobre sua puta? Ou ela que domina as coisas? - Ela disse rindo. 

 

- Não vou conversar com você sobre minha vida pessoa... Você é a última pessoa que eu falaria no mundo sobre meu casamento. 

 

- Seu casamento está em crise, Lauren? - Ela riu provocativa e isso fez meu ódio aumentar. 

 

- Rala e chama o Simon. - Disse calma. 

 

- Ok. - Ela disse rindo. 

 

Não estava com paciência para nada, tudo me irritava. Precisava de um barato novo, ficar cheirando já não satisfaz da forma que antes acontecia. 

 

- Mandou me chamar, patroa? - Depois de duas batidas ele entrou. 

 

- Quero que ache a Camila e a traga até mim. - Eu estou disposta a fazer as pazes. 

 

- Mas...

 

- Mas nada, animal. Mandei você chamar para ela recolher o dinheiro e nada dela aparecer aqui. 

 

- Ela foi embora. - Ele disse rápido. 

 

- Foi embora? - Olhei confusa para ele. Como ela foi sem eu ter visto? 

 

- Fui fazer o que a senhora mandou, quando falei com ela, ela disse para você se virar e falou que estava indo embora. 

 

- De repente? - Ele assentiu positivamente. - Ela me viu com a Perrie. 

 

- Não sei!

 

- Merda! - Peguei meu celular no bolso e tentei ligar para ela várias e várias vezes, mas nada. Sempre dando caixa postal por ela não estar me atendendo. 

 

Camila.

 

Cheguei em casa por volta das três da manhã. Tirei meus saltos que estavam fodendo meus pés, os joguei na sala. Peguei meu celular no bolso do casaco e o tirei jogando no sofá, na hora ele apitou indicando mensagem de voz. Subi as escadas me arrastando enquanto discava o numero da caixa postal do meu celular. Era do Sio. A voz dele soou, liguei o viva voz. 

 

" - Camila. - Ele respirou fundo. - É o Siope, o helicóptero não vai poder te levar para Califórnia amanhã, mas eu reservei um jato particular e você vai ter que fazer algo que não gosta muito. - Ele parou, criando coragem. - Vai ter que acordar mais cedo. O jatinho está a sua espera ás sete! Vou implorar que não se atrase e depois vamos combinar esse dinheiro que eu tô gastando com você... Boa viagem e que tudo dê certo, pois eu estou apostando tudo em você, morena! Beijos."

 

- Eu também, estou apostando tudo em mim, nessa grande burrada que fiz. - Sussurrei sozinha, jogando meu celular em cima da cama, me despindo e logo em seguida me jogando de bruços na cama e afundando minha cabeça no travesseiro. Estava cansada demais para tirar a maquiagem, triste com muita coisa que estava acontecendo. Acabei pegando no sono. 


Na mesma manhã, três horas mais tarde. 

 

Minha cabeça estava explodindo e aquele celular estava com um toque muito alto. Rolei minha mão na cama procurando e logo atendendo com muita raiva, não abri nem os olhos. 


- Alô! - Disse com a voz falhada, por ter acabado de acordar. 


- Porra, Camila! Ainda bem que eu te liguei. - Já são seis e vinte, você ainda está dormindo. 


- Siope, eu vou arrancar a sua cabeça. - Disse me espreguiçando. 


- Vamos lá, garota! Você tem coisas para se fazer. 

- O que você esta fazendo acordado a está hora? - Disse ainda deitada. 


- Eu? Fodendo a noite toda! - Ele riu. - Tive um pequeno intervalo, e não sei porque, eu adivinhei que você ainda não havia acordado. 


- Não tinha como reservar um jatinho pra mais tarde não? - Disse enfim me levantando e me arrastando até o banheiro. 


- Não, levante! Minha garota mandou um beijo para você. - Ri assim que escutei um barulho mei estranho. 


- Manda outro para ela. - Abri o chuveiro enchendo a banheira. 


- Tá!


- Beijos. - Desliguei o celular, colocando o mesmo em cima da pia. 

 

Tomei um banho e coloquei uma roupa simples, lá fora estava fazendo frio e ainda gelado. Estava com algumas olheiras por não ter dormido bem. Se pudesse ficaria meu dia inteiro na cama, vendo o dia passar sem me mover, sem fazer tanta merda como ultimamente vem acontecendo. Peguei meus óculos colocando no rosto, meu iPod estava perdido na minha bolsa, mas acabei achando, peguei as chaves do carro, minha arma estava descarregada, a carreguei colocando em minha bolsa com algumas munições extras. Tranquei a casa, mesmo tendo segurança, melhor ter em dobro. Antes de ir ao aeroporto, passei no Starbucks e comprei um café, pra ver se despertava de uma vez por todas. Estava parecendo uma morta viva. Não foi difícil de chegar ao aeroporto, estacionei meu carro onde um cara apontava me mostrando a vaga. Peguei minha bolsa e meu café saindo do carro. No meio da pista tinha um jatinho. Um cara surgiu do nada sorrindo para mim. 

 

- Deixe-me adivinhar, você é a Camila? - Ele parou em minha frente. 

 

- Sim, essa sou eu. - Disse levantando os óculos repousando-o na cabeça. 

 

- Sou o Scott! - Ele me estendeu a mão. 

 

- Ah, Sio me falou sobre você. - Esse era o cara em que o Siope disse instruir bem para me ajudar nas buscas na California. 

 

- Chegou na hora exata. - Ele olhou de lado para o jatinho, que tinha umas turbinas ligas. - Espero que eu possa te ajudar em qualquer coisa. 

 

- Também espero que eu faça algo que preste. - Disse cabisbaixa. - E você é de onde? - Disse um pouco curiosa. 

 

- Amigo de longa data do Siope.

 

- Ah. 

 

- Sei que é esposa da Jauregui, conheço aquela louca. - Ele riu. 

 

- Os conhece de onde?

 

- Digamos que essas gracinhas não são nada santa e já foram pegos pela lei e já precisaram de mim algumas vezes. 

 

- Então, você é policial?

 

- Não... Já fui, sou absolvido. Trabalhei dois anos no FBI, mas descobri que tinha talento para o outro lado da lei, se é que me entende. - Ele piscou e sorriu. 

 

- Nossa. - Disse chocada. 

 

- Realmente, algo inacreditável. 

 

Um homem que estava um mais distante de nós o chamou em seu rádio dizendo algo que não consegui escutar, só escutei ele dizer repetidas vezes; positivo, positivo. 

 

- Acho que já podemos embarcar... - Ele disse animado. 

 

Respirei fundo tentando manter a calma. Ele saiu caminhando na frente e eu fui logo atrás. Meu coração batei rápido, causando arrepios em meu corpo, subi as escadas entrando no avião. Scott pediu licença e se retirou para falar com o piloto enquanto eu me acomodava em uma das poltronas. Sera mesmo que era essa vida que eu queria ter? Será que aguentaria ficar longe da pessoa que eu amo por uma doce e saborosa vingança? Será que eu perdi a Lauren para sempre? E uma dessas horas Perrie estaria nos braços dela? Fazendo com que ela me esquecesse? Esses pensamentos estavam me machucando. 

 

- Já vamos decolar. -Scott apareceu me comunicando. 

 

Assenti, respirei fundo. Coloquei meus fones, e a música que começou ali foi: I have questions. 


Porque você me deixou aqui para queimar?
Sou muito jovem para estar tão machucada
Me sinto presa nos quartos de hotéis
Olhando para a parede
Olhando as feridas e estou tentando fechar todas. 



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